MÍDIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ABORDAGENS INOVADORAS PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

PDF: Clique aqui


REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17381496


Ângela Marta da Costa Miranda1
Micael Campos da Silva2
Francisco Damião Bezerra3


RESUMO
O presente trabalho aborda a relevância das mídias e tecnologias na Educação Infantil, destacando suas contribuições para a construção de aprendizagens significativas e o desenvolvimento integral das crianças. Inserido em um contexto de transformação digital e de novas práticas pedagógicas, o estudo parte da compreensão de que os recursos tecnológicos, quando utilizados de forma planejada e intencional, podem potencializar a criatividade, a ludicidade e a autonomia infantil. O objetivo principal consistiu em analisar o papel das mídias e tecnologias na Educação Infantil, identificando suas potencialidades e implicações para o ensino e a aprendizagem. A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, fundamentada em reflexões teóricas e análises de estudos recentes sobre o uso pedagógico das tecnologias digitais. Os resultados evidenciaram que a integração das mídias no ambiente escolar amplia as possibilidades educativas, tornando o processo de ensino mais interativo e alinhado à realidade das crianças contemporâneas. Conclui-se que o uso consciente e crítico das tecnologias favorece uma aprendizagem mais significativa, reforçando o papel do professor como mediador e estimulando novas perspectivas para a inovação pedagógica na Educação Infantil.
Palavras-chave: Educação Infantil. Inovação. Mídias Digitais. Práticas Pedagógicas. Tecnologias.

ABSTRACT
This study addresses the relevance of media and technology in Early Childhood Education, highlighting their contributions to the construction of meaningful learning and the integral development of children. Within a context of digital transformation and new pedagogical practices, the research is based on the understanding that technological resources, when used in a planned and intentional manner, can enhance creativity, playfulness, and child autonomy. The main objective was to analyze the role of media and technology in Early Childhood Education, identifying their potential and implications for teaching and learning. The adopted methodology was a bibliographic and qualitative research approach, grounded in theoretical reflections and analyses of recent studies on the pedagogical use of digital technologies. The results revealed that the integration of media into the school environment broadens educational possibilities, making the teaching process more interactive and aligned with the reality of contemporary children. It is concluded that the conscious and critical use of technologies promotes more meaningful learning, reinforces the teacher’s role as a mediator, and stimulates new perspectives for pedagogical innovation in Early Childhood Education.
Keywords: Digital Media. Innovation. Pedagogical Practices. Preschool Education. Technology.

1. INTRODUÇÃO

Dessa forma, as mídias e tecnologias na Educação Infantil representam um conjunto de recursos digitais, interativos e comunicacionais que têm transformado as práticas pedagógicas contemporâneas. Sua origem está relacionada ao avanço das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), que, desde o final do século XX, passaram a integrar o cotidiano das escolas e das crianças. Esses instrumentos incluem jogos educativos, aplicativos, vídeos, plataformas de aprendizagem e recursos multimodais que, ao serem utilizados com intencionalidade pedagógica, possibilitam novas formas de ensinar e aprender.

Além disso, no contexto atual, marcado pela cultura digital e pela presença constante de dispositivos tecnológicos, a Educação Infantil passou a ser desafiada a repensar suas metodologias. A inserção das mídias e tecnologias nesse nível de ensino não deve ocorrer de maneira aleatória, mas de modo planejado, com base em princípios pedagógicos que respeitem o desenvolvimento integral da criança. Nesse cenário, educadores têm buscado formas de utilizar as tecnologias como ferramentas de mediação que estimulem a curiosidade, a criatividade e a autonomia infantil, favorecendo o aprendizado significativo.

Consoante a isso, diferentes experiências educacionais demonstram o potencial das tecnologias na Educação Infantil, como o uso de aplicativos de desenho digital, realidade aumentada para contação de histórias, jogos de alfabetização interativa e vídeos que promovem o raciocínio lógico e a expressão artística. Tais práticas, quando integradas ao planejamento docente, proporcionam uma aprendizagem lúdica e interdisciplinar, na qual o brincar se articula com o conhecimento e com a cultura digital.

À vista disso, o problema que orienta esta pesquisa consiste em compreender de que forma as mídias e tecnologias podem ser utilizadas como instrumentos pedagógicos inovadores para promover aprendizagens significativas na Educação Infantil, respeitando as fases do desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças.

Diante do exposto, esta pesquisa se justifica pela necessidade de refletir criticamente sobre o papel das tecnologias digitais nas práticas educativas voltadas à infância. O uso inadequado ou superficial desses recursos pode reduzir seu potencial formativo; portanto, compreender suas possibilidades e limites é essencial para promover experiências de aprendizagem que realmente favoreçam o desenvolvimento integral da criança.

Desse modo, esta pesquisa é relevante porque contribui para o debate contemporâneo sobre inovação pedagógica e formação docente, oferecendo subsídios teóricos e reflexivos sobre o uso responsável, criativo e intencional das mídias e tecnologias na Educação Infantil. Além disso, reforça a importância de práticas mediadas por recursos digitais que estejam alinhadas à ludicidade, à inclusão e às competências gerais previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Sendo assim, este trabalho objetiva analisar o papel das mídias e tecnologias na Educação Infantil, destacando suas contribuições para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças, bem como identificar estratégias pedagógicas que favoreçam aprendizagens significativas por meio de recursos digitais e midiáticos.

Com isso, o percurso metodológico adotado caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, fundamentada em estudos recentes sobre o uso de tecnologias na Educação Infantil, inovação pedagógica e aprendizagem significativa. A análise será construída a partir da interpretação crítica de materiais teóricos e experiências documentadas em artigos, livros e publicações acadêmicas.

Outrossim, o percurso teórico do estudo abrange uma reflexão sobre o papel das mídias e tecnologias na construção do conhecimento infantil, destacando conceitos de aprendizagem significativa, ludicidade, interação e mediação pedagógica. O trabalho também discute as transformações nas práticas educativas diante da cultura digital e a importância da formação docente para o uso crítico e inovador desses recursos.

Por fim, o trabalho está organizado em quatro tópicos: o primeiro corresponde à introdução, que apresenta a problemática, os objetivos e a justificativa do estudo; o segundo discute o papel das mídias digitais na construção de aprendizagens significativas na Educação Infantil; o terceiro aborda estratégias pedagógicas mediadas por tecnologias voltadas ao desenvolvimento infantil; e o quarto apresenta as considerações finais, destacando as contribuições, desafios e perspectivas futuras da integração entre tecnologia e Educação Infantil.

2. O PAPEL DAS MÍDIAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DE APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Dessa forma, as mídias digitais podem ser compreendidas como instrumentos tecnológicos voltados à comunicação, à interação e à construção de conhecimentos por meio de linguagens multimodais que unem som, imagem, texto e movimento. Sua origem remonta ao avanço das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), especialmente a partir da década de 1990, quando o ambiente educacional passou a incorporar recursos interativos e digitais. Segundo Abreu et al. (2025), a presença das mídias nas práticas pedagógicas contemporâneas está diretamente ligada à necessidade de um design instrucional inovador e reflexivo, capaz de alinhar tecnologia e aprendizagem significativa. Nessa perspectiva, Anjos et al. (2024) e Freires et al. (2024) ressaltam que a mediação tecnológica permite que o aluno construa sentidos de forma ativa, participando da aprendizagem como sujeito autônomo e criativo.

Além disso, no contexto da Educação Infantil, o uso das mídias digitais como ferramentas de mediação tem transformado a forma como as crianças interagem com o conhecimento e com o mundo ao seu redor. De acordo com Sousa et al. (2025) e Bodelão et al. (2025), a mediação tecnológica amplia o campo da experiência educativa, promovendo situações que unem ludicidade, experimentação e cognição. Freires (2023) complementa que, ao serem integradas às práticas pedagógicas de modo intencional, as mídias digitais favorecem a aprendizagem significativa e permitem que as crianças expressem suas ideias, emoções e percepções de maneira dinâmica.

À vista disso, exemplos práticos do uso das mídias digitais incluem o emprego de aplicativos de desenho, plataformas de leitura interativa, jogos digitais educativos e ambientes virtuais que estimulam a curiosidade e o pensamento lógico das crianças. Barroso et al. (2025) e Gama et al. (2024) destacam que tais recursos, quando mediadores do processo de ensino, favorecem o desenvolvimento integral e a construção de saberes de forma contextualizada. Freires, Costa e Araújo Júnior (2023) acrescentam que o uso das mídias como mediadoras proporciona novas formas de relação entre professor, aluno e conhecimento, fortalecendo a interdisciplinaridade e a aprendizagem colaborativa.

Diante disso, a ludicidade e a interatividade configuram-se como pilares fundamentais da aprendizagem significativa na Educação Infantil, especialmente quando mediadas por tecnologias digitais. Conforme explicam Abreu et al. (2025) e Lanças et al. (2025), o brincar digital e a interação simbólica promovem experiências cognitivas que despertam a imaginação, a criatividade e a autonomia. Freires et al. (2024) enfatizam que a origem desse entendimento remonta às concepções construtivistas de aprendizagem, nas quais o sujeito aprende pela ação, pela experimentação e pela construção de significados, e as mídias digitais surgem como suporte para potencializar esse processo.

Ademais, contextualizando o uso da ludicidade digital, percebe-se que as plataformas educativas têm investido em recursos interativos que favorecem o protagonismo infantil e o engajamento ativo no processo de ensino-aprendizagem. Bodelão et al. (2025) e Monteiro, Freires e Silva (2025) observam que a interatividade presente em jogos e animações pedagógicas estimula múltiplas linguagens e estimula competências cognitivas e socioemocionais. Nesse sentido, Viega et al. (2025) acrescentam que o ambiente digital, quando guiado por princípios lúdicos, aproxima o conhecimento da realidade das crianças e transforma o ato de aprender em uma experiência prazerosa e significativa.

Como por exemplo, aplicativos como “Khan Academy Kids” e softwares de criação visual permitem às crianças explorar sons, cores e formas de maneira criativa, aprendendo conteúdos curriculares por meio de jogos e desafios digitais. Freires et al. (2024) e Anjos et al. (2024) reforçam que o caráter lúdico das tecnologias educativas contribui para o desenvolvimento da linguagem, do raciocínio lógico e da colaboração entre pares. Sousa et al. (2025) também apontam que as mídias interativas, quando utilizadas com mediação docente adequada, tornam-se espaços férteis de aprendizagem e socialização, fortalecendo vínculos afetivos e cognitivos.

Dessa maneira, o professor assume papel central como curador e mediador das experiências digitais, sendo responsável por selecionar, adaptar e orientar o uso das mídias de forma intencional e pedagógica. Abreu et al. (2025) destacam que o design instrucional na educação contemporânea requer que o docente seja protagonista na escolha de recursos que realmente favoreçam aprendizagens significativas. Segundo Bodelão et al. (2025) e Freires (2024), a origem dessa função docente está associada à necessidade de alinhar o potencial tecnológico com os objetivos formativos, garantindo que o foco permaneça no desenvolvimento humano, e não apenas no uso da ferramenta digital.

Outrossim, no cenário atual da Educação Infantil, a mediação pedagógica com mídias digitais exige que o professor tenha uma postura investigativa, reflexiva e crítica. Freires, Silva e Sales et al. (2024) afirmam que o docente precisa compreender os impactos sociotécnicos das tecnologias e orientar seu uso de modo ético, inclusivo e colaborativo. Pereira et al. (2024) e Santos, Silva e Freires (2025) complementam que essa mediação envolve competências de gestão de ambientes digitais e capacidade de promover experiências interativas que respeitem a diversidade e a individualidade das crianças.

Com isso, exemplos práticos dessa mediação docente incluem a elaboração de atividades digitais integradas ao currículo, como o uso de vídeos educativos para introdução de temas, aplicativos para criação de histórias ilustradas e jogos interativos que reforçam habilidades cognitivas. Freires et al. (2024) e Teles et al. (2025) demonstram que a atuação do professor como curador digital contribui para uma aprendizagem mais crítica, criativa e contextualizada. Gama et al. (2024) complementam que, ao assumir essa função, o educador torna-se um facilitador do diálogo entre tecnologia, pedagogia e desenvolvimento infantil.

3. ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS MEDIADAS POR TECNOLOGIAS PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Dessa forma, o planejamento e a intencionalidade pedagógica representam dimensões fundamentais na integração das tecnologias ao processo educativo da Educação Infantil. Segundo Abreu et al. (2025) e Freires (2023), o uso das mídias digitais precisa estar ancorado em objetivos claros e alinhados às competências previstas pela BNCC, evitando a simples instrumentalização da tecnologia. De acordo com Bodelão et al. (2025) e Anjos et al. (2024), a origem dessa discussão está na consolidação do design instrucional como eixo estruturante da prática pedagógica, que busca unir planejamento didático, objetivos de aprendizagem e recursos tecnológicos de maneira coerente e significativa.

Além disso, no contexto contemporâneo, o planejamento pedagógico que envolve tecnologias deve considerar a diversidade de ritmos, estilos de aprendizagem e contextos socioculturais das crianças. Freires et al. (2024) e Sousa et al. (2025) ressaltam que a intencionalidade docente é o que transforma a tecnologia em aliada da aprendizagem significativa, pois é o educador quem define como e por que utilizá-la. Lanças et al. (2025) e Barroso et al. (2025) enfatizam que a ação pedagógica orientada pelo planejamento consciente favorece o desenvolvimento integral, estimulando a curiosidade e a autonomia infantil.

À vista disso, práticas planejadas podem incluir o uso de aplicativos de alfabetização digital, plataformas de jogos lúdicos e vídeos educativos que abordam conteúdos curriculares de maneira interativa. Freires et al. (2024) e Pereira et al. (2024) destacam que tais estratégias, quando intencionais, ampliam a capacidade de compreensão das crianças e desenvolvem habilidades cognitivas e socioemocionais. Bodelão et al. (2025) complementam que o planejamento pedagógico com base em tecnologias educacionais fortalece o papel do professor como mediador reflexivo, promovendo experiências digitais significativas e alinhadas à formação integral.

Diante disso, as práticas inovadoras mediadas por recursos digitais na Educação Infantil correspondem a estratégias pedagógicas que utilizam tecnologias como meio de experimentação, criação e descoberta. Abreu et al. (2025) e Freires (2024) apontam que tais práticas têm origem na necessidade de adequar o ensino às demandas da era digital e às novas formas de aprender das crianças. Conforme Bodelão et al. (2025) e Gama et al. (2024), a inovação educacional não se limita ao uso de ferramentas tecnológicas, mas envolve a reconfiguração de metodologias, de ambientes de aprendizagem e da postura docente, tornando o processo de ensino mais dinâmico e colaborativo.

Ademais, no contexto das escolas contemporâneas, as práticas digitais inovadoras assumem um papel transformador ao possibilitar que o aluno seja protagonista de sua própria aprendizagem. Segundo Sousa et al. (2025) e Monteiro, Freires e Silva (2025), o uso de mídias digitais permite a criação de experiências interativas que valorizam a imaginação e o pensamento crítico das crianças. Lanças et al. (2025) acrescentam que, ao incorporar recursos audiovisuais, jogos educativos e ambientes virtuais, o ensino infantil torna-se mais inclusivo, acessível e alinhado às competências do século XXI.

Como por exemplo, projetos interdisciplinares que utilizam realidade aumentada, aplicativos de contação de histórias e softwares de desenho digital têm demonstrado resultados positivos na aprendizagem infantil. Freires et al. (2024) e Santos, Silva e Freires (2025) afirmam que essas práticas, além de promoverem engajamento e criatividade, contribuem para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. Bodelão et al. (2025) reforçam que a inovação tecnológica, quando aliada à pedagogia lúdica, proporciona vivências significativas que estimulam a curiosidade e a experimentação, elementos essenciais na primeira infância.

Dessa maneira, a integração entre tecnologia, ludicidade e desenvolvimento socioemocional constitui um dos pilares mais promissores da educação contemporânea. De acordo com Abreu et al. (2025) e Freires et al. (2024), a combinação entre brincar e aprender com o apoio das mídias digitais favorece a expressão emocional, a empatia e a cooperação entre as crianças. Anjos et al. (2024) e Bodelão et al. (2025) reforçam que essa integração tem origem nas teorias do desenvolvimento infantil e nas abordagens construtivistas, que reconhecem o brincar como via de aprendizagem e a tecnologia como ferramenta que amplia as formas de interação e comunicação.

Outrossim, no contexto da Educação Infantil, o uso das tecnologias digitais precisa estar articulado a práticas que valorizem o diálogo, a afetividade e a colaboração. Segundo Sousa et al. (2025) e Freires (2023), a ludicidade mediada por recursos tecnológicos estimula a aprendizagem ativa e a formação de competências socioemocionais essenciais, como a empatia, a cooperação e o autocontrole. Lanças et al. (2025) e Bodelão et al. (2025) acrescentam que essa combinação pedagógica promove experiências estéticas e afetivas que fortalecem o vínculo entre os sujeitos e o conhecimento.

Com isso, podem-se citar exemplos como jogos cooperativos digitais, vídeos educativos que estimulam a expressão emocional e plataformas que promovem o trabalho em grupo entre as crianças. Freires et al. (2024) e Gama et al. (2024) destacam que essas experiências digitais proporcionam espaços de convivência e de desenvolvimento integral, nos quais as crianças aprendem a se relacionar, a comunicar e a compreender o outro. Barroso et al. (2025) e Bodelão et al. (2025) complementam que essa integração entre tecnologia e ludicidade contribui para uma formação mais humana, inclusiva e emocionalmente equilibrada.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dessa forma, o objetivo geral deste trabalho — analisar o papel das mídias e tecnologias na Educação Infantil, destacando suas contribuições para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças — foi plenamente atingido. Isso porque a pesquisa evidenciou que, quando utilizadas de maneira intencional e planejada, as mídias digitais e as tecnologias educacionais se configuram como poderosos instrumentos de mediação pedagógica, capazes de promover aprendizagens significativas, interativas e contextualizadas. O estudo também confirmou que a integração das tecnologias com práticas lúdicas amplia o potencial criativo das crianças e fortalece a relação entre brincar e aprender.

Além disso, os principais resultados apontam que as tecnologias, quando aplicadas de forma ética, crítica e pedagógica, potencializam o desenvolvimento infantil e a formação integral das crianças, favorecendo a autonomia, a curiosidade e a colaboração. As análises mostraram que o uso de mídias digitais contribui para diversificar os modos de ensinar e aprender, aproximando o cotidiano escolar do universo tecnológico já presente na vida das crianças. Assim, a pesquisa reforça a importância da mediação docente e da intencionalidade pedagógica na seleção e no uso desses recursos, para que o foco permaneça na aprendizagem e não apenas na ferramenta.

Consoante a isso, as contribuições teóricas deste estudo residem na ampliação do debate sobre inovação pedagógica e integração tecnológica na Educação Infantil. O trabalho traz reflexões que fortalecem a compreensão da tecnologia como aliada do processo educativo e não como substituta da ação docente. Além disso, contribui para o campo da formação de professores, ao incentivar práticas mais críticas, criativas e alinhadas à BNCC, promovendo um olhar interdisciplinar e significativo sobre o uso de mídias e tecnologias no contexto escolar.

Diante disso, quanto às limitações, considera-se que não houve restrições que comprometessem a qualidade ou o alcance das análises realizadas. O percurso metodológico, fundamentado em pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, permitiu uma discussão ampla e consistente sobre a temática. Ainda assim, reconhece-se que a ausência de uma aplicação empírica em campo impossibilitou observar diretamente os efeitos práticos das estratégias propostas em sala de aula, o que representa uma possível ampliação futura, e não uma limitação metodológica propriamente dita.

Sendo assim, com base nas reflexões realizadas, sugere-se que pesquisas futuras possam incluir estudos de caso e experiências práticas em escolas de Educação Infantil, a fim de analisar de forma mais aprofundada o impacto das tecnologias na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças. Recomenda-se também a realização de investigações voltadas à formação continuada de professores, considerando suas necessidades, desafios e possibilidades de uso pedagógico das mídias digitais. Com isso, será possível fortalecer ainda mais o diálogo entre teoria e prática, contribuindo para uma educação infantil mais inclusiva, inovadora e sensível às transformações da era digital.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abreu, A. et al. (2025). Design instrucional na educação contemporânea: Potencialidades, limites e impactos nas práticas pedagógicas. Revista Tópicos, v. 3, n. 21. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/design-instrucional-na-educacao-contemporanea-potencialidades-limites-e-impactos-nas-praticas-pedagogicas. Acesso em: 27 jun. 2025.

Anjos, S. M. et al. (2024). Tecnologia na educação: Uma jornada pela evolução histórica, desafios atuais e perspectivas futuras. V.1, 1. Ed. Campos sales: Quipá.

Barroso, M. et al. (2025). Desvendando o ensino remoto no ceará: A inteligência artificial como aliada na transformação da educação a distância. Revista Tópicos, v. 3, n. 18. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/desvendando-o-ensino-remoto-no-ceara-a-inteligencia-artificial-como-aliada-na-transformacao-da-educacao-a-distancia. Acesso em: 27 jun. 2025.

Bodelão, L. et al. (2025). Entre teoria e prática: Caminhos para uma formação docente crítica e reflexiva. Revista Tópicos, v. 3, n. 21, 2025. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/entre-teoria-e-pratica-caminhos-para-uma-formacao-docente-critica-e-reflexiva. Acesso em: 27 jun. 2025.

Bodelão, L. et al. (2025). Formação docente no século xxi: Desafios, inovações e práticas transformadoras. Revista Tópicos, v. 3, n. 21, 2025. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/formacao-docente-no-seculo-xxi-desafios-inovacoes-e-praticas-transformadoras. Acesso em: 27 jun. 2025.

Borges, J. et al. (2025). Prerrogativas e óbices da cidadânia online: Um olhar sobre a segurança digital nas instituições educacionais. Revista Tópicos, v. 3, n. 18. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/prerrogativas-e-obices-da-cidadania-online-um-olhar-sobre-a-seguranca-digital-nas-instituicoes-educacionais. Acesso em: 27 jun. 2025.

Freires , K. C. P.., Pereira , R. N.., Vieira , M. de J. da S.., Theobald , A. A. de R. F.., & Nunes, W. B. (2024). A integração das tecnologias digitais e da robótica educacional na gestão escolar: Um estudo bibliográfico comparativo entre anos iniciais e finais e a educação de jovens e adultos. Lumen et Virtus, 15(38), 1299-1325. Disponível em: https://doi.org/10.56238/levv15n38-083. Acesso em: 27 jun. 2025.

Freires, K. C. P. (2023). Reinventando a escola: repensando modelos e práticas educacionais diante das transformações sociais e tecnológicas contemporâneas.

Freires, K. C. P. et al. (2024). Reformulando o currículo escolar: Integrando habilidades do século XXI para preparar os alunos para os desafios futuros. Revista fisio&terapia, v. 28, p. 48-63. Disponível em: https://revistaft.com.br/reformulando-o-curriculo-escolar-integrando-habilidades-do-seculo-xxi-para-preparar-os-alunos-para-os-desafios-futuros/. Acesso em: 27 jun. 2025.

Freires, K. C. P. (2024). O impacto do uso da inteligência artificial nos processos de ensino e aprendizagem. Revista Tópicos, v. 2, n. 9. Disponível em: 2965-6672. https://revistatopicos.com.br/artigos/o-impacto-do-uso-da-inteligencia-artificial-nos-processos-de-ensino-e-aprendizagem. Acesso em: 27 jun. 2025.

Freires, K. C. P.; Costa, C. B. S.; Araújo Júnior, E. (2023). A busca pela verdade: Uma revisão de literatura sobre as implicações histórico-sociais, conexões matemáticas e a concepção da teoria da árvore. 1. Ed. Iguatu: Quipá. V. 1. 60p.

Freires, K. C. P.; Silva, M. A.; Sales, F. O.; Lima, F. F.; Santos, J. S.; Santiago, E. C.; Silva, W. C.; Martins, P. A.; Vale, A. F.; Damasceno, M. V.; Soares, A. G. (2024). O impacto do uso da Inteligência Artificial nos processos de ensino e aprendizagem. In: Contribuciones a las Ciencias Sociales, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.55905/revconv.17n.7-024. Acesso em: 27 jun. 2025.

Freires, K. C. P., Silva, M. C. da, Azevedo, L. F. A., Viega, K. C., Souza, A. M. C., Nogueira, N. M. de O., Teixeira, L. C., & Silva, M. A. M. P. da. (2024). O papel do gestor educacional no ambiente E-learning: uma revisão de literatura. Observatório de la economía latinoamericanA, 22(6), e5203. Disponível em: https://doi.org/10.55905/oelv22n6-103. Acesso em: 27 jun. 2025.

Gama, L. da, Freires, K. C. P., Silva, M. C. da, Santiago, E. C. B., & Correia, A. L. C. (2024). Desafios e oportunidades das metodologias ativas na educação digital: Análise das complexidades no ensino e aprendizagem. Revista Eletrônica Multidisciplinar de Investigação Científica, 3(18). Disponível em: https://doi.org/10.56166/remici.v3n18393924. Acesso em: 27 jun. 2025.

Lanças, E. et al. (2025). Do clique à compreensão: Conexões multimídia na jornada educacional de minas gerais. Revista Tópicos, v. 3, n. 21. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/do-clique-a-compreensao-conexoes-multimidia-na-jornada-educacional-de-minas-gerais. Acesso em: 27 jun. 2025.

Monteiro, H., Freires, K. C. P; Silva, M. C. da. (2025). A inteligência artificial como catalisadora do ensino remoto: Controvérsias deontológicas, labirintos da privacidade e metamorfoses na qualidade educacional. Revista Tópicos, v. 3, n. 18. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/a-inteligencia-artificial-como-catalisadora-do-ensino-remoto-controversias-deontologicas-labirintos-da-privacidade-e-metamorfoses-na-qualidade-educacional. Acesso em: 27 jun. 2025.

Pereira, R. N., Freires, K. C. P., Silva, M. C. da, Nunes, C. P., & Goularte, D. D. (2024). Transformações nas metodologias ativas na era digital: Analisando desafios, oportunidades e inovações no ensino e aprendizagem. Cuadernos De Educación Y Desarrollo, 16(10), e5732. Disponível em: https://doi.org/10.55905/cuadv16n10-009. Acesso em: 27 jun. 2025.

Santos, E., Silva, M. C. da., Freires, K. C. P. (2025). Gestão da qualidade em instituições educacionais: Estratégias para a promoção de excelência no ensino. Revista Tópicos, v. 3, n. 18. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/gestao-da-qualidade-em-instituicoes-educacionais-estrategias-para-a-promocao-de-excelencia-no-ensino. Acesso em: 27 jun. 2025.

Sousa, A. et al. (2025). Educação infantil em foco: Práticas pedagógicas e desafios contemporâneos nas escolas paulistas. Revista Tópicos, v. 3, n. 22. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/educacao-infantil-em-foco-praticas-pedagogicas-e-desafios-contemporaneos-nas-escolas-paulistas. Acesso em: 27 jun. 2025.

Teles , J. F., Freires , K. C. P., Silva , M. C. da, Nascimento , E. A. do, Bitu , M. da C. V. D., Silva, D. B. da., Bezerra , F. D. (2025). Desenhando letras, contando histórias e criando formas: A potência da interdisciplinaridade no processo de ensino-aprendizagem na Educação Básica brasileira. Interference a Journal of Audio Culture, 11(2), 109–127. Disponível em: 10.36557/2009-3578.2022v11n2p109-127" target="_blank">https://doi.org/10.36557/2009-3578.2022v11n2p109-127. Acesso em: 27 jun. 2025.

Viega, K. et al. (2025). Ambiente digital na educação: Entre oportunidades e desafios do século xxi. Revista Tópicos, v. 3, n. 21, 2025. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/ambiente-digital-na-educacao-entre-oportunidades-e-desafios-do-seculo-xxi. Acesso em: 27 jun. 2025.


1 Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: [email protected]

2 Doutorando em Ciências da Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales (FICS). E-mail: [email protected]

3 Doutorando em Ciências da Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales (FICS). E-mail: [email protected]