UTILIZAÇÃO DA QUÍMICA FORENSE COMO ESTRATÉGIA INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17892417


Diego Mairins Pereira1
Roseane de Abreu Hudson Santos2


RESUMO
A química forense tem se mostrado uma ferramenta promissora para promover a aprendizagem interdisciplinar no ensino médio, integrando conceitos científicos à resolução de problemas do cotidiano. Este trabalho apresenta uma revisão sistemática sobre a utilização da química forense como estratégia pedagógica no ensino médio, analisando artigos publicados em bases acadêmicas nos últimos 10 anos. O objetivo foi identificar práticas que contribuam para o engajamento dos alunos e o desenvolvimento de competências como pensamento crítico, raciocínio lógico e aplicação prática do conhecimento. Os estudos revisados apontam que atividades relacionadas à química forense, como análise de substâncias, identificação de misturas e simulação de cenas de crime, são eficazes para contextualizar conteúdos de química, biologia, física e matemática. Além disso, favorecem a interdisciplinaridade, ao abordar temas relacionados a direitos humanos, ética e justiça. Os resultados também indicam um impacto positivo no interesse dos alunos, especialmente ao associar a ciência a situações reais e dinâmicas. Conclui-se que a química forense é uma estratégia viável para tornar o ensino mais atrativo e significativo. No entanto, são necessários mais estudos empíricos para avaliar a eficácia dessas práticas e orientar professores quanto à implementação em sala de aula, considerando diferentes contextos escolares. 
Palavras-chave: Educação em química. Multidisciplinaridade. Metodologias ativas. Práticas pedagógicas.

ABSTRACT
Forensic chemistry has proven to be a promising tool for promoting interdisciplinary learning in high school, integrating scientific concepts with solving everyday problems. This work presents a systematic review on the use of forensic chemistry as a pedagogical strategy in high school, analyzing articles published on academic bases in the last 10 years. The objective was to identify practices that contribute to student engagement and the development of skills such as critical thinking, logical reasoning and practical application of knowledge. The studies reviewed indicate that activities related to forensic chemistry, such as substance analysis, identification of mixtures and simulation of crime scenes, are effective in contextualizing chemistry, biology, physics and mathematics content. Furthermore, they favor interdisciplinarity, when addressing topics related to human rights, ethics and justice. The results also indicate a positive impact on students' interest, especially when associating science with real and dynamic situations. It is concluded that forensic chemistry is a viable strategy to make teaching more attractive and meaningful. However, more empirical studies are needed to evaluate the effectiveness of these practices and guide teachers regarding their implementation in the classroom, considering different school contexts.
Keywords: Education in chemistry. Multidisciplinarity in chemistry. Active methodologies. Pedagogical practices.

1. INTRODUÇÃO

O ensino da disciplina de química é um dos principais desafios no contexto educacional do Brasil, pois ainda é persistente nas práticas pedagógicas, o ensino tradicional e descontextualizado, o que contribui para a desmotivação dos estudantes (Torricelli, 2007).

Essa pouca afinidade com os conteúdos de química se deve a vários motivos como dificuldade na aprendizagem, falta injustificada do aluno, evasão escolar, má formação no ensino no período de pandemia ou pelo desvio de professores qualificados em outras áreas para lecionar os conteúdos de química (Belo et al., 2019).

No nível médio são enfrentados desafios significativos no que diz respeito à motivação e ao engajamento dos estudantes. Muitas vezes, a apresentação dos conteúdos de forma isolada e descontextualizada contribui para a falta de interesse e dificulta a compreensão de sua aplicação no cotidiano (Dupeyron et al., 2019).

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino médio em Química (PNC+ de Química), o ensino das disciplinas de ciências deve ser contextualizado e interdisciplinar com eixos centrados e organizados em dinâmicas interativas e investigação por meio da experimentação (Brasil, 2002).

Dessa forma, David Ausubel (2003) parte da premissa de que para despertar o interesse do discente por conteúdos científicos é necessário que ele faça conexão com o que já sabe do seu cotidiano e a partir daí faça novas conexões com conteúdo que será abordado pelos educadores.

O professor então surge como um mediador e não como detentor do conhecimento, pois os alunos serão os protagonistas do próprio ensino e o professor um facilitador desses conhecimentos, proporcionando um ambiente de interação, investigação, participação, contextualização e contato direto com o objeto de estudos (Freire, 2014).

Comentar, Leis, 2005, que a interdisciplinaridade surge como uma abordagem pedagógica capaz de promover um ensino mais completo, integrando conhecimentos teóricos e práticos de diferentes áreas. Nesse cenário, a química forense emerge como uma proposta inovadora, integrando teoria e prática de maneira interdisciplinar e contextualizada.

A química forense, um campo que utiliza métodos e princípios científicos para investigar e resolver questões de ordem criminal, oferece um vasto repertório de situações reais que podem ser adaptadas ao ambiente escolar. Por meio de estudos de casos e experimentos, temas como análise de substâncias, identificação de vestígios biológicos (Dupeyron et al., 2019), estudos balísticos e exames de impressões digitais tornam-se ferramentas pedagógicas capazes de conectar conteúdos de química, biologia, física e matemática. Além disso, essa abordagem desperta o senso crítico e a curiosidade científica dos alunos, ao mesmo tempo que estimula habilidades como resolução de problemas e pensamento analítico (Romão et al., 2011).

A interdisciplinaridade no ensino médio visa integrar diferentes áreas do conhecimento, promovendo uma aprendizagem significativa e contextualizada. A química forense, por sua natureza interdisciplinar, conecta conteúdos de química (reações químicas, soluções, ligações químicas), biologia (análises de DNA, tecidos), física (análises balísticas) e matemática (cálculos e estatísticas) (Dos Santos, Amaral, 2020).

Com base no exposto até o momento, surge o seguinte questionamento: Como a aplicação da química forense pode contribuir para o ensino interdisciplinar e aumentar o interesse dos estudantes no ensino médio?
Com base nesse problema objetivou-se realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a utilização da química forense como estratégia interdisciplinar no Ensino Médio, investigar como a química forense tem sido inserida no contexto educacional, identificar as principais metodologias aplicadas em projetos interdisciplinares, avaliar o impacto dessa abordagem no engajamento e desempenho dos alunos e propor recomendações para a aplicação prática no ensino médio.

Este artigo está dividido em metodologia adotada na elaboração desta pesquisa (seção 2). Os resultados e discussões (seção 3) e apresentação das considerações finais (seção 4).

2. METODOLOGIA

Este trabalho adota a metodologia de revisão sistemática, uma abordagem robusta e estruturada para a análise de publicações acadêmicas, com o objetivo de sintetizar as evidências disponíveis sobre a aplicação da química forense como estratégia interdisciplinar no ensino médio.

Segundo Cordeiro et al., (2007), a revisão sistemática tem como objetivo coletar, analisar de forma crítica e realizar uma síntese dos resultados de diversos estudos primários. Ela também busca responder a uma questão claramente formulada, empregando técnicas sistemáticas e explícitas para identificar, escolher e avaliar as pesquisas pertinentes, além de recolher e examinar dados de estudos que foram incluídos na revisão.

Foram utilizadas as seguintes bases de dados para a pesquisa de revisão: ERIC e Periódicos Capes. Utilizaram-se combinações de termos em português e inglês, como “química forense e ensino médio”, “interdisciplinaridade na educação” e “estratégias pedagógicas inovadoras”.

Como critérios de inclusão foram pesquisados artigos científicos entre 2014 e 2025, em português, inglês ou espanhol, que abordem a química forense aplicada à educação. E como critério de exclusão, teses, dissertações e materiais com enfoque exclusivamente técnico ou sem relação com o ensino médio.

Essa metodologia visa garantir que a revisão sistemática forneça uma visão abrangente e fundamentada sobre o uso da química forense como uma estratégia interdisciplinar no ensino médio.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a coleta inicial realizada nas bases de dados, foram encontrados 163 artigos científicos, utilizando a combinação dos descritores no processo de seleção; os artigos foram avaliados inicialmente por meio da leitura dos títulos e resumos. Foram eliminados materiais duplicados e estudos cuja temática não abordasse diretamente o uso da química forense na educação no ensino médio. Após a análise completa, foram selecionados apenas os estudos que atenderam a todos os critérios estabelecidos e apresentaram resultados relevantes para os objetivos do trabalho conforme demonstrado na figura 1.

Após as etapas de identificação, triagem e elegibilidade, 82 artigos foram excluídos por serem duplicados e 69 foram retirados por não se enquadram nos critérios pré-definidos da pesquisa. Para a síntese desta revisão utilizou-se um total de 12 estudos incluídos, todos estão disponíveis em língua inglesa e portuguesa. Os trabalhos foram traduzidos pelo próprio autor utilizando recursos digitais.

Figura 1: Apresentar uma análise quantitativa e qualitativa dos estudos selecionados, destacando as principais abordagens e metodologias.

Fonte: Próprio autor, 2025

Após as etapas de identificação, triagem e elegibilidade, 82 artigos foram excluídos por serem duplicados e 69 foram retirados por não se enquadram nos critérios pré-definidos da pesquisa. Para a síntese desta revisão utilizou-se um total de 12 estudos incluídos, todos estão disponíveis em língua inglesa e portuguesa. Os trabalhos foram traduzidos pelo próprio autor utilizando recursos digitais.

O quadro 1 abaixo demonstra os 12 artigos selecionados para esta revisão, os título, objetivos, países onde foram realizados esses trabalhos e o ano de publicação em ordem decrescente.

Quadro 1: Caracterização dos 13 artigos incluídos nesta revisão narrativa contendo: autoria, título, país e ano de publicação.

Artigos

Título

Objetivo

País

Ano

A1

Aplicação de Metodologia Ativa no Ensino de Biofísica: Uma Abordagem Interdisciplinar com Simulação de Perícia Forense

Aplicação de um simulado de perícia forense em uma turma ade biofísica.

Brasil

2025

A2

Química forense em uma oficina pedagógica: mobilizando o ensino e a aprendizagem para estudantes do ensino médio

Aplicação de uma oficina pedagógica intitulada Casos e Rastros: oficina de detetive.

Brasil

2024

A3

A química forense como tema contextualizador no ensino de química

Aplicação de uma série de atividades relacionadas à Química forense para a aprendizagem potencialmente significativa de conteúdos de química, pois, devido a sua presença na mídia em diversos seriados e noticiários televisivos, acredita-se que esta possui uma linguagem que dialoga e desperta o interesse de estudantes pelos conhecimentos científicos.

Brasil

2023

A4

Ferramenta educacional forense como estratégia de ensino para enfrentar o crescente consumo de álcool na população estudantil

Desenvolver um kit educacional forense composto por um bafômetro produzido com materiais de baixo custo e uma paleta colorimétrica para uso em aulas de ciências para alunos do ensino médio. A função do kit é estimar a concentração de etanol em amostras alcoólicas.

Brasil

2023

A5

Ciência Forense como ferramenta de ensino através da aprendizagem significativa: intervenções nas escolas de ensino médio no município de Maracanaú

Utilizar a ciência forense para capturar a atenção dos alunos e propiciar uma apresentação dos temas inter-relacionados das disciplinas de física, química e biologia a partir de perspectivas cotidianas e reais.

Brasil

2022

A6

Preparo e análise qualitativa de simulacros de drogas de abuso: adaptações de metodos analiticos de quimica forense para experimentação em sala de aula - uma proposta didática

Criar um portfólio de substâncias comerciais e produtos naturais que apresentem falso - positivo dos testes realizados pelas polícias - científicas para detecção das drogas de abuso.

Brasil

2022

A7

Um workshop de enriquecimento usando atividades de química forense baseadas em argumentação para melhorar o pensamento crítico dos alunos superdotados

Aplicar e avaliar um workshop utilizando atividades de química forense baseadas em argumentação para aprimorar o pensamento crítico de alunos superdotados.

Turquia

2020

A8

Investigação criminal e química forense: espaço não formal de aprendizagem investigativa

Aplicação de uma exposição de Investigação Criminal desenvolvida por alunos do curso de graduação em Química como instrumento investigativo

Brasil

2019

A9

Papiloscopia forense e revelação de impressões digitais na cena de um crime: uma ferramenta para ensino de química com enfoque CTS

Aplicar uma aula de papiloscopia forense, envolvendo um contexto de investigação criminal, junto com uma oficina temática de técnicas de revelação de impressões digitais ocultas para o ensino de interações moleculares.

Brasil

2019

A10

Química forense: abordagem de um tema popular entre adolescentes em uma oficina do PIBID/química da UFRGS

Aplicação de uma oficina temática para alunos do ensino médio

Brasil

2016

A11

Oferecendo um acampamento de ciências forenses para apresentar e envolver alunos do ensino médio em tópicos científicos interdisciplinares

Realização de um acampamento com o tema: “Criminal Camp” para apresentar aos alunos do ensino médio a natureza científica proporcionando aos alunos vivências do mundo real.

Dinamarca

2014

A12

Abordagem Forense para Melhorar o Ensino de Ciências no Ensino Médio

Aplicação de seis aulas práticas com a temática forense contextualizadas e de fácil utilização, com foco na interpretação e no desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências.

Brasil

2014

A13

Atividades para alunos do ensino médio investigarem um “Quem matou”

de química e investigarem o método científico

Utilizar aulas de extensão, como uma forma de envolver alunos do ensino fundamental para selecionar testes forenses, formular hipóteses, fazer observações durante a condução dos testes, considerar controles positivos e negativos e usar os resultados para chegar a conclusões.

Estados Unidos

2014

Fonte: Autoria própria, 2025.

A revisão sistemática identificou estudos relevantes que abordam a aplicação da química forense no ensino médio. Eles foram conduzidos em contextos educacionais; foi possível observar que a maioria dos trabalhos foram publicados no Brasil, demonstrando a preocupação de ensinar o conteúdo de química de forma contextualizada na química forense e de forma interdisciplinar com outros conteúdos.

Os estudos destacaram que a química forense é frequentemente utilizada como parte de projetos interdisciplinares que integram química, biologia, física e matemática. Além disso, observou-se uma prevalência do uso de experimentos simples, como análise de pH, cromatografia em papel, extração de DNA e identificação de substâncias, papiloscopia, balística e letras invisíveis. Esses experimentos, além de acessíveis, despertaram grande interesse por parte dos estudantes.

3.1. Os Principais Métodos Pedagógicos Utilizados

Os estudos revisados descreveram diferentes estratégias pedagógicas (Quadro 2), sendo as mais recorrentes: oficina pedagógica, que é uma estratégia de ensino que visa promover a aprendizagem de forma prática e participativa. Estudos de Caso proporcionam aos estudantes a oportunidade de resolver investigações baseadas em cenários fictícios, utilizando conceitos interdisciplinares. Oficinas Práticas, atividades experimentais, como identificação de substâncias, simulações de análise balística ou extração de DNA, aplicadas de forma a reforçar conteúdos teóricos e Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), metodologia em que os alunos desenvolvem projetos que simulam processos forenses, desde a coleta de evidências até a interpretação dos resultados (Barbosa e Moura, 2013).

Quadro 2: Metodologias empregadas nos artigos analisados nesta revisão sistemática

Artigos

Metodologia de ensino aplicada

 

A1

Aprendizagem baseada em problemas (ABP) e

aprendizagem por investigação

A2

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

Oficinas Práticas

A3

Aprendizagem Cooperativa

Seminários e discussões

A4

Aprendizagem Cooperativa

Seminários e discussões

oficina pedagógica

A5

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

A6

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

Aprendizagem Cooperativa

Seminários e discussões

Oficinas Práticas

A7

Aprendizagem Cooperativa

Seminários e discussões

A8

Sala de Aula Invertida:

Aprendizagem Cooperativa

A9

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

A10

Gamificação

Seminários e discussões

Sala de Aula Invertida

A11

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

Aprendizagem Cooperativa

A12

Seminários e discussões

A13

Sala de Aula Invertida

Aprendizagem Cooperativa

Seminários e discussões

Fonte: Autoria própria, 2025.

A química é uma matéria fundamental no currículo escolar, pois permite aos estudantes entenderem os fenômenos naturais e as interações entre os variados materiais presentes no nosso ambiente. No entanto, o ensino de Química traz desafios particulares e nem sempre é uma tarefa fácil. A Química, como campo de estudo, está mais incorporada ao nosso dia a dia do que muitos pensam. O questionamento constante dos estudantes, "por que precisamos aprender algo que não vamos utilizar?", constitui um obstáculo a ser superado (Neto e Pires, 2024).

De acordo com a pesquisa de Oliveira et al. (2025) A1, ao aplicarem a atividade prática da investigação simulada, puderam perceber que os conteúdos de química, física e biologia foram trabalhados de forma interdisciplinar e com mais engajamento pelos alunos. O protagonismo e o trabalho em equipe dos discentes foram altamente importantes para o desenvolvimento dessa prática, focando e estimulando habilidades como raciocínio lógico, pensamento crítico e trabalho em equipe.

Dessa forma a utilização de oficinas temáticas demonstrados nos trabalhos de Luca et al., (2024) A2 a utilização de uma oficina pedagógica com o título: Casos e Rastros: oficina de detetive e Vieira et al., (2019) artigo A10, contribuiu para o processo de ensino e aprendizagem de forma eficaz para alunos do terceiro ano do ensino médio, pois proporciona a junção da teoria e prática de forma contextualizada e dinâmica.

É importante salientar que os alunos não se sentiram confortáveis no início da prática, porém quando começaram a discutir sobre o assunto nas séries de tv e filmes com o conteúdo de química os alunos começaram a despertar a curiosidade e o desconforto, aos poucos foi desaparecendo dando lugar a um ambiente rico em curiosidade e perguntas que foi o combustível que movimentou a oficina.

O trabalho em equipe também foi algo muito bem observado, pois quando os alunos foram postos para trabalhar em equipe, eles encontraram diversas formas de interagirem entre si para encontrarem a melhor resolução do caso. A atenção a pequenos detalhes e a argumentação lógica foram outras habilidades desenvolvidas neste trabalho. Toda a atividade prática foi realizada pelos alunos, somente quando surgiu uma dúvida com relação ao conteúdo específico, o professor fazia a mediação entre o aluno e o conteúdo, dando a liberdade para os alunos aprenderem com seus erros e acertos. Após a aplicação da oficina foi possível observar que os alunos envolvidos puderam formular seus argumentos com lógica baseada nos fatos, o que demonstra que foi contributivo para o desenvolvimento do pensamento e do intelecto (Sasseron, 2015).

Nos trabalhos de Santos e Amaral (2020) A3 e Meyer et al. (2014) A13 foram adaptadas algumas áreas da escola para abordar conteúdos de química. Primeiramente, o conhecimento teórico foi melhorado através de vídeos selecionados previamente pelo professor, em seguida, foram divididos os alunos para realização de experimentos, aplicando os conhecimentos em uma cena de crime onde os alunos deveriam colher impressões de pegadas, impressões digitais, realizar a extração do DNA, aplicar teste do bafômetro e simulação de Airbag.

Guerreiro e Goes (2019), trabalho A9, também realizaram uma atividade voltada para a papiloscopia forense onde o foco estava na explicação dos mecanismos e reações portas das substâncias utilizadas nas revelações de impressões digitais.

Para realizar a extração do DNA foram utilizadas substâncias simples como detergente, cloreto de sódio, NaCl e morangos. Para extrair o DNA do morango, os alunos foram orientados que para dissolver a camada fosfolipídica que forma a região externa da célula do morango seria necessário utilizar outra substância de natureza igual ao fosfolipídio que é apolar. Dessa forma, conteúdos de biologia e química foram abordados de forma contextualizada.

De acordo com A3, a utilização da experimentação dentro de um contexto permite que os alunos se motivem para responder a questionários de forma lógica. Com apoio da teoria da aprendizagem significativa proposta por Ausubel (2003), houve uma melhora nas respostas dos alunos após a aplicação dessa metodologia, verificando uma melhora na aprendizagem dos alunos.

Segundo Francez (2020), a utilização de estudos de casos favorece a aprendizagem dos discentes por meio da investigação onde serão utilizados cenários fictícios que descrevam situações que necessitem de tomadas de decisão, alinhando assim o conhecimento teórico adquirido com a prática.

Já o trabalho realizado pelos autores de A4 consistiu na criação de um kit composto por um bafômetro e uma paleta colorimétrica, todos construídos com materiais de baixo custo e acessíveis a todos, para serem utilizados nas aulas de química. O bafômetro mede a concentração de etanol presente em amostras. Através da utilização desses equipamentos foi possível observar a interdisciplinaridade entre os conteúdos de química, física, matemática e biologia. Outro aspecto relevante do trabalho foi o trabalho de conscientização que o tema trouxe para os impactos do etanol no organismo e a utilização em jovens e adolescentes. Assim, essa atividade prática pode despertar o interesse dos alunos para as áreas da ciência e puderam desenvolver a visão crítica sobre ao uso de tecnologias pela sociedade (Carmo, Miranda e Silva, 2023).

Com relação à aprendizagem significativa de Ausubel, os autores dos Santos et al. (2022), A5 trazem a aplicação de uma sequência didática com base nesse autor. O professor aparece como facilitador do conhecimento e criador de um ambiente de aprendizagem prazeroso para os discentes. A química forense foi utilizada como tema centralizador para a realização de atividades práticas. Segundo essa teoria, o conhecimento construído pelos alunos tem como ponto inicial as informações que já possuem e ao aplicarem questionários puderam conhecer melhor a capacidade individual de cada aluno e focar em pontos significativos nas aulas expositivas e seguir para a aplicação das práticas.

Os alunos foram divididos em grupos onde realizaram a prática de extração de um alcaloide, substância que causa efeitos psicoativos, e puderam trazer esse tema de toxicologia e prevenção contra o uso de drogas ilícitas. Pode-se observar que além dos conteúdos de ciências abordados pelo professor e pelos alunos pode-se verificar o papel social com relação ao conhecimento dos dados físicos e sociais que as drogas ilícitas trazem para os indivíduos e a sociedade em geral. Como são adolescentes do ensino médio, muitos estão conhecendo o mundo e são apresentados em festas e baladas por amigos, na sua maioria drogas lícitas e ilícitas e o conhecimento de seus efeitos químicos nos organismos pode servir de alerta para a prevenção contra a utilização dessas substâncias.

É importante salientar que a utilização de tais práticas pode ser fundamental para o primeiro contato dos alunos com equipamento do laboratório e procedimentos científicos que devem ser tomados. Um fato preocupante é que nem todas as escolas de nível médio brasileiras possuem laboratórios de química. Essa falta de laboratórios contribui para uma educação pautada somente em estudos teóricos sem a parte laboratorial, o que torna desmotivante para os alunos (Pinhas; Mião e Abbiati, 2024).

Segundo Belo et al. (2019), a aplicação de uma metodologia inadequada ou a escassez de recursos para laboratórios em aulas práticas ou a falta de laboratórios de química em escolas do ensino médio terá impacto nos estudantes universitários. Sem uma base sólida, é certo que esses estudantes não desenvolveram certas habilidades fundamentais para a formação de futuros formandos em farmácia.

Já a utilização de aulas práticas adaptadas para outros ambientes é uma ótima oportunidade para incitar a curiosidade desses alunos para a área de ciências.

Assim deve quebrar barreiras postas por alguns indivíduos com relação à química ser somente uma ciência abstrata que utiliza fórmulas, modelos, equações e símbolos sem ter relação conexa com problemas do cotidiano dos alunos. Os professores de ciências (com foco em química) têm a grande missão de quebrar esses preconceitos. Isso se dará por uma melhora significativa na didática dos professores para atender às várias características de aprendizagem alinhadas a uma melhor qualidade estrutural das escolas e valorização dos educadores oferecidas pelas autoridades competentes.

Já o desenvolvimento de um portfólio realizado por Barbosa et al., (2022) A6 contendo simulacros de drogas e outros diluentes foi de suma importância para que os alunos do ensino médio tivessem esse contato preliminar, na identificação desses entorpecentes pelas polícias científicas. Substâncias de uso comercial como lidocaína (anestésico), piperina, cafeína, amido de milho, bicarbonato de sódio e fermento químico, que são utilizadas também como adulterantes nessas drogas, foram utilizadas nos experimentos qualitativos.

Na análise de derivados carbinólicos foram utilizadas diversas substâncias vendidas em mercados e na feira livre como orégano, tabaco, canela, guaraná em pó, entre outros. Pode-se verificar o envolvimento dos alunos em busca de compreender o motivo de tais reações e a descoberta de substâncias análogas às drogas testadas, como por exemplo a lidocaína testou positivo no reagente de Scott (para cocaína) e o guaraná em pó no reagente de Duquenois-Levine (para a maconha). Tais descobertas pelos alunos incentivam o senso crítico e o raciocínio investigativo, cruciais para as áreas das ciências, além de trabalhar interdisciplinarmente com vários conteúdos como funções orgânicas, química analítica, técnicas laboratoriais, bioquímica metabólica, química farmacêutica, matemática etc.

Os autores do trabalho A7 realizam um workshop para alunos superdotados na Turquia; foram realizadas seis experiências: identificação de impressão digital, isolamento de DNA, cálculo da altura de individuais através de pegadas, impressões das arcadas dentárias dos alunos, análise grafológica (escrita) em cenas de crime e pinturas de química forense (Tuysuz, Tuzun, 2020).

Já Cavalcante et al., (2020) A8 aplicaram uma exposição com o tema: Laboratório de química forense onde os alunos foram os protagonistas dessa amostra. Os visitantes externos puderam participar da atividade, tornando-a importante para a divulgação das ciências que são produzidas nas escolas. A curiosidade sobre o trabalho pericial atraiu os participantes.

Com o auxílio de um roteiro cativante e bem elaborado, os participantes resolveram enigmas como a balística forense, que verifica o tipo, calibre e capacidade de carga da arma de fogo, resolução de impressões digitais com a ninidina e análise de DNA. Dessa maneira foi possível abordar de forma interdisciplinar conteúdos considerados de difícil aprendizagem pelos alunos.

Como um fator de motivação no Ensino Médio, foi um tema que incentivou o aprendizado e auxiliou na construção de cidadãos mais críticos e participativos em relação ao saber científico. A Investigação Criminal, como disciplina, valoriza essas ações. O ambiente de aprendizado não formal e interativo fez com que os visitantes assumissem a posição de líderes em seus processos de aprendizado.

No trabalho de Ahrenkiel e Worm-Leonhard (2014) A11 realizado na Dinamarca, os autores realizaram um acampamento científico interdisciplinar em química, física e medicina ou biologia. O propósito central do programa do acampamento científico era introduzir aos participantes a essência da ciência e o trabalho dos cientistas, enquanto os estudantes experimentaram situações do mundo real de fácil entendimento. Os achados de um estudo sugerem que o Criminal Camp exerceu um impacto positivo nas percepções dos participantes acerca da ciência em geral e das suas aplicações específicas na ciência forense. A partir das respostas de resposta livre apresentadas no estudo, deduziu-se que os participantes apreciaram trabalhar com ciência em um ambiente interdisciplinar, adquirindo conhecimento concreto sobre os temas abordados e aprimorando a alfabetização científica de maneira geral.

Rocha, Garrido e Garrido (2014) A12 realizaram atividades com 100 estudantes de duas instituições de ensino médio que responderam a questões sobre suas habilidades e a aplicação da abordagem forense, visando contextualizar as aulas práticas de ciências. De acordo com o interesse dos estudantes, foram sugeridas seis aulas práticas forenses contextualizadas de fácil aplicação, focadas na interpretação e no aprimoramento de conhecimentos, habilidades e competências.

3.2. Desafios e Limitações Relatados na Implementação Dessa Estratégia

Embora os resultados sejam amplamente positivos, a aplicação da química forense no ensino médio apresenta desafios como falta de infraestrutura. Escolas públicas, especialmente em países em desenvolvimento, frequentemente carecem de laboratórios e materiais adequados para experimentos forenses (Neto e Pires, 2024).

Outro desafio encontrado está relacionado à formulação de práticas pedagógicas pelos educadores onde podem ser abordados diferentes tipos de conteúdo. Visto que o planejamento de determinadas metodologias demanda tempo para formulação. Outra limitação trazida por Tuysuz, Tuzun (2020), foi a organização dos conteúdos de profissionais externos com a metodologia escolar que muitas vezes não é compatível. A capacitação docente, pois muitos professores relatam dificuldades em integrar a temática de maneira interdisciplinar devido à falta de formação específica.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados consolidam a química forense como uma estratégia eficaz e inovadora para promover a interdisciplinaridade no ensino médio. Sua aplicação contribui para a formação de estudantes mais motivados, críticos e preparados para lidar com desafios científicos e sociais.

A utilização da química forense como estratégia interdisciplinar no ensino médio apresenta um grande potencial para tornar o aprendizado mais dinâmico, contextualizado e significativo. Por meio da integração de conhecimentos de química, biologia, física e matemática, além de temas relacionados à ética, justiça e direitos humanos, essa abordagem possibilita aos alunos compreenderem a aplicação prática da ciência em situações reais, como a resolução de problemas e a análise de evidências.

Os estudos analisados nesta revisão sistemática destacam que atividades baseadas em química forense despertam o interesse dos estudantes, promovem o pensamento crítico, fortalecem habilidades de resolução de problemas e contribuem para a formação de cidadãos mais engajados e conscientes. No entanto, para que essa metodologia alcance todo o seu potencial, é necessário superar desafios como a formação adequada de professores, a adaptação de conteúdos ao currículo escolar e a disponibilidade de recursos didáticos e laboratoriais.

Portanto, recomenda-se que futuras pesquisas se concentrem em avaliar, de forma mais sistemática e empírica, os impactos dessa abordagem na aprendizagem e no engajamento dos estudantes. Além disso, é essencial desenvolver materiais e estratégias pedagógicas que auxiliem os professores na implementação dessa prática de maneira eficaz e acessível em diferentes contextos educacionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 Discente do Curso de pós-graduação lato sensu da Faculdade de Ensino de Minas Gerais - FACEMINAS Campus Coronel Fabriciano - MG. E-mail: [email protected]

2 Docente do Curso de pós-graduação lato sensu da Faculdade de Ensino de Minas Gerais - FACEMINAS Campus Coronel Fabriciano - MG. Mestrado profissional em andamento em MBA Administração e Direção de Empresas. Fundação Universitária Iberoamericana - Florianópolis. E-mail: [email protected]