TECNOLOGIA NA ESCOLA ATRAVÉS DA LEGISLAÇÃO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17373126


Joseliana Maria Rodrigues Nunes1


RESUMO
O presente trabalho propõe uma análise ampla da legislação que embasa o programa de difusão de tecnologia no âmbito escolar, destacando o olhar governamental como forma de preparar os jovens para a escola do futuro. Busca compartilhar as experiencias que o subscritor vivenciou no ambiente escolar, os resultados e impactos da tecnologia na vida dos alunos. Expõe a desigualdade de acesso à tecnologia localizada nas regiões norte, sul, sudeste e centro oeste do país. Propõe levar o leitor a uma breve reflexão sobre inteligência artificial, o momento em que ela está sendo inserida na vida dos professores e alunos, bem como, se a sua utilização da inteligência artificial construirá uma sociedade mais desenvolvidas ou pessoas acomodadas com a praticidade das ferramentas digitais de pesquisa. Por último, na conclusão apontamos breve solução para problemas voltados ao uso excessivo de celulares nas salas de aula decorrente falta de norma de uso contrapondo a vontade do aluno sem causar lesão a sua propriedade privada. 
Palavras-chave: Tecnologia. Políticas Públicas. Legislação

ABSTRACT
This paper proposes a broad analysis of the legislation that underpins the technology dissemination program in schools, highlighting the government's view as a way to prepare young people for the school of the future. It seeks to share the experiences that the author has had in the school environment, the results and impacts of technology on students' lives. It exposes the inequality of access to technology in the north, south, southeast and central-west regions of the country. It proposes to lead the reader to a brief reflection on artificial intelligence, the moment in which it is being inserted into the lives of teachers and students, as well as whether its use will build a more developed society or people comfortable with the practicality of digital research tools. Finally, in the conclusion, we point out a brief solution to problems related to the excessive use of cell phones in classrooms due to the lack of usage rules that go against the will of the student without causing harm to their private property. 
Keywords: Technology. Public Policies. Legislation.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) têm desempenhado um papel crescente no contexto educacional, promovendo novas formas de interação e aprendizagem dentro da sala de aula. No entanto, embora esses recursos ofereçam uma ampla gama de possibilidades para dinamizar o ensino, seu uso cotidiano nas salas de aula envolve desafios significativos, tanto do ponto de vista da infraestrutura quanto da formação pedagógica dos docentes.

O objetivo deste trabalho foi analisar esses desafios e os limites do uso de tecnologias na sala de aula, destacando as principais barreiras que os professores encontram ao tentar integrar essas ferramentas no processo de ensino. A relevância do tema é evidente, pois compreender as dificuldades e as potencialidades do uso de tecnologias pode contribuir para a construção de práticas educacionais mais eficazes e equilibradas, que beneficiem tanto os alunos quanto os professores.

A metodologia adotada foi a bibliográfica, com a revisão de literatura especializada sobre o uso das TICs na educação, abordando tanto estudos que destacam seus benefícios, como o aumento do engajamento dos alunos e a personalização do aprendizado, quanto aqueles que discutem suas limitações, como a dependência excessiva de dispositivos digitais e a dificuldade de adaptação dos docentes.

A estrutura deste trabalho foi dividida em três partes principais. Na primeira, serão discutidos os desafios enfrentados pelos professores no uso das tecnologias na sala de aula. Na segunda, serão abordadas as potencialidades que as TICs oferecem para o ensino, incluindo o impacto positivo na aprendizagem dos alunos. Por fim, a terceira parte trata dos limites do uso das tecnologias, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada e reflexiva sobre seu papel no processo educacional.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Impactada na educação, a tecnologia reflete na democracia do acesso ao conhecimento. Com a internet, recursos educacionais de qualidade tornando-se acessíveis nas escolas.

O avanço das tecnologias educacionais possibilita a criação de ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de conteúdos e recurso para os estudantes, tornando o processo educativo mais dinâmico, envolvente, interativo e inovador.

A tecnologia na educação, utilizada de maneira objetiva e correta, torna-se uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento educacional dos estudantes. Por meio dela, os educandos podem acessar conteúdos relevantes, navegar em um universo de novos conhecimentos e manter maior proximidade com os educadores.

A objetividade da aula proposta aos estudantes, proporciona ampla concentração e a razão dos mesmos para compreensão dos conteúdos e atividades on-line aplicadas. O estudante sentirá que é preciso manter atenção e absorver o que irá aprender. A metodologia não deve ser rígida, mas, flexível e variada na sala de aula, pronta a aderir aos aplicativos e ferramentas, necessárias para uma base de conhecimento, e, isso é libertador e facilitador.

Em que pese a metodologia tradicional de ensino, temos a dizer ser inconcebível a não utilização da tecnologia no ensino moderno, afinal o mundo está a passos de distância do ensino brasileiro por ter aberto as portas para tecnologia da década passada. A ideia é despertar o aluno a fazer pesquisas que vão além dos livros impresso, descobrir novos horizontes.

Neste sentido, fazemos um comparativo ao ensino disponibilizado a alunos de regiões remotas do norte do Brasil com alunos da região sul, sudeste e centro oeste do Brasil. A conclusão é una, sem o advento da tecnologia na rede de ensino, alunos da região norte ficariam defasados, pois, o conteúdo didático físico não consegue acompanhar a evolução da educação global, porque o número de publicações em papel não é instantâneo como em um click de computador. Portanto, a única forma de oferecer igualdade de condições na didática pedagógica é oferendo ao aluno e ao professor tecnologias que transmite conhecimento em tempo real.

Tendo em vista a necessidade latente do uso de celulares em sala de aula, o governo permite o uso de celular em ambiente escolar como ferramenta de pesquisa, assim como, disponibiliza aparelhos para que pessoas de baixa renda pesquise.

Destarte, é valido citar a iniciativa do Governo do Estado do Espirito que disponibiliza computadores ao seu corpo docente, e, ao corpo discente disponibiliza Chromebook para pesquisa em sala de aula e no ambiente doméstico. Essa prática tem se revelado promissora, os alunos adentram às escolas inteirados dos mais diversos temas e dominando a tecnologia com rapidez.

Em janeiro de 2023, foi instituído a política nacional de educação digital onde alterou a Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional. A Lei nº 14. 533 de 11 de janeiro de 2023, veio trazer nova maneira de interpretar e interagir com o meio digital garantindo educação digital as crianças, jovens e adultos, em toda instituição básica e de ensino superior para que desenvolva competência digitais. Com ênfase ao letramento digital, cultura digital, informacional, computação, programação entre outros.

A nossa Lei maior Constituição Federal de 1988, no Capítulo III, Seção I, estatuiu um capítulo inteiro com o fito de cuidar da educação. Estamos falando dos artigos 205 ao 214 da Constituição Federal. Todo arcaboiço embasam a Lei supra citada. Para melhor fixar reproduzimos abaixo o artigo 205 na Constituição Federal, que ensina assim:

“A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentiva com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho” [...];

Note que, o pensamento do legislador vai de encontro a evolução natural do ser humano, onde crianças nos primeiros anos de vida administram Tablets e celulares com processadores avançadíssimos. Em outra vertente, é inafastável o pensamento arcaico de profissionais que se recursam a aderir ao movimento tecnológico com meio de avanço ao ensino.

A título de exemplos, o Office on-line, sendo aplicativo Microsoft Office, na versão on-line do Word, Excel e PowerPoint, é uma sugestão para criar conteúdo de forma colaborativa, por meio do qual textos, tabelas, formas de pesquisas se tornam eficaz e dinâmicas. Sendo possível criar, salvar, editar e compartilhar documentos do Office no OneDrive de qualquer lugar.

A partir de experiências diárias, podemos experimentar de diversas ferramentas com as quais podemos compartilhar para o crescimento corporativo. Neste prisma, destacamos GoConqr, que oferece mecanismo de estudo como Mapas Mentais, Notas e Quizzes, permitindo que outros usuários habilitados tenham acesso e promovam integração do tema.

Outra importante ferramenta é o Google sala de aula que tem uma interface simples, permite gestão de turmas, distribuição de tarefas, feedback e gestão de conteúdo. Esse mecanismo de aprendizagem tem caráter gratuito disponibilizado pelo Google, facilitando assim, o acesso das mais diversas classes econômicas de alunos e professores que acompanham a rede pública.

Na lista de sugestão o uso do Padlet é uma experiência salutar que merece ser replicada. Através desse programa o gestor pode publicar as ações realizadas pelos estudantes em mural on-line onde todos terão amplo acesso ao conteúdo disponibilizado.

Para design gráfico para criar pots para rede sociais, apresentações, cartazes, vídeos, convites, mapa metal, o Canva é uma ótima ferramenta.

Nesse ritmo evolutivo avassalador, não podemos de deixar de dedicar um parágrafo para a inteligência artificial, com qual, o mundo caminha a passos largos. A inteligência artificial nada mais é que criação de raciocínio logico por meio de uma máquina, que utiliza critério de comparação de informação ultra veloz capaz de superar o ser humano.

Em nosso sentir, a utilização de inteligência artificial não é má ideia, contudo a utilização em massa e a total dependência que ela causara tanto ao corpo docente quanto ao corpo discente, poderá se tornar o maior inimigo da humanidade, afinal afetara a capacidade de pensar, tomar decisões voltadas à razão, ao sentimento coletivo, habilidades cognitivas. Em suma, a inteligência artificial substituirá o que temos de mais preciso que acreditar na capacidade das pessoas.

Embora as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) ofereçam uma série de benefícios para o processo educacional, seu uso desenfreado ou inadequado pode resultar em limitações significativas. Segundo Lima (2020) o uso excessivo de tecnologias pode prejudicar a qualidade do aprendizado e o desenvolvimento de habilidades essenciais dos alunos, como a capacidade de concentração, a interação social e o pensamento crítico. Por isso, é necessário refletir sobre o papel das TICs no ensino e adotar uma abordagem equilibrada, que leve em consideração tanto as vantagens quanto as limitações que essas ferramentas podem trazer para a educação.

Um dos principais limites do uso das TICs na educação é a superficialidade do aprendizado. Segundo Belloni (2020), o acesso fácil e imediato a uma grande quantidade de informações pode levar os alunos a realizar uma aprendizagem rasa, sem uma reflexão crítica sobre o conteúdo. A facilidade de encontrar respostas rápidas na internet pode reduzir o tempo dedicado à compreensão profunda dos conceitos e à resolução de problemas de forma mais elaborada. O uso das TICs, quando não é bem orientado, pode fazer com que os alunos se tornem consumidores passivos de informações, em vez de se engajarem em processos ativos de aprendizagem que envolvam análise, síntese e crítica.

Outro desafio importante é o risco de dependência excessiva das tecnologias. Para Almeida e Silva (2018), o uso excessivo de dispositivos digitais pode gerar uma dependência das tecnologias, prejudicando a capacidade de concentração dos estudantes e sua habilidade de realizar atividades intelectuais sem recorrer constantemente a dispositivos eletrônicos. O uso constante de smartphones, tablets e computadores pode diminuir a atenção dos alunos em sala de aula, afetando negativamente seu desempenho acadêmico. Além disso, o ambiente digital, com suas múltiplas distrações, pode dificultar a imersão em atividades de leitura, reflexão e análise crítica, competências que ainda são essenciais para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes.

As TICs também podem contribuir para o distanciamento social dos alunos. Embora as tecnologias ofereçam inúmeras formas de comunicação e interação online, essas interações não substituem a interação face a face, que é crucial para o desenvolvimento social e emocional dos jovens. Segundo Silva e Costa (2020), o uso excessivo de plataformas digitais pode levar ao isolamento social dos estudantes, prejudicando o desenvolvimento de habilidades interpessoais e a construção de relacionamentos saudáveis com os colegas e professores.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O excesso de tecnologias na educação também pode resultar em uma sobrecarga cognitiva. De acordo com Pacheco e Oliveira (2019), a utilização constante de dispositivos digitais em atividades educacionais pode sobrecarregar a mente dos alunos, comprometendo sua capacidade de processamento de informações. O uso de plataformas digitais interativas, vídeos, jogos e outros recursos pode ser eficaz, mas é fundamental equilibrar o tempo dedicado a essas ferramentas com atividades que promovam uma reflexão mais profunda e o desenvolvimento de habilidades cognitivas de maior complexidade. Sem esse equilíbrio, o uso de TICs pode levar à fadiga mental e ao estresse, o que compromete o aprendizado e a saúde mental dos estudantes.

Segundo Lima (2020), o uso das TICs pode ampliar a desigualdade educacional, pois nem todos os alunos possuem o mesmo acesso a recursos tecnológicos. A exclusão digital pode gerar uma divisão entre os estudantes, tornando ainda mais desafiador o objetivo de uma educação inclusiva e equitativa. As escolas precisam garantir que todos os alunos tenham acesso às tecnologias, ou, ao menos, desenvolver alternativas para que os alunos sem acesso possam se beneficiar de outras formas de ensino e aprendizado.

De acordo com Tavares e Silva (2017), muitos educadores ainda não possuem a formação necessária para integrar as TICs de forma eficaz em suas práticas pedagógicas. A falta de conhecimento e a resistência a mudanças podem ser barreiras significativas para a adoção plena das tecnologias na sala de aula. Além disso, o simples uso das tecnologias não é suficiente; é necessário que os professores saibam como utilizá-las de forma crítica, equilibrada e reflexiva, para garantir que elas cumpram seu papel de apoio ao desenvolvimento do conhecimento e da aprendizagem dos alunos. Para isso, é fundamental que os educadores recebam treinamento adequado e sejam incentivados a continuar se capacitando, acompanhando as inovações tecnológicas e refletindo sobre sua aplicação no contexto educacional.

O uso inadequado ou excessivo dessas tecnologias pode prejudicar o desenvolvimento intelectual, social e emocional dos alunos. É necessário, portanto, adotar uma abordagem crítica que considere os benefícios e os desafios das TICs, garantindo que essas ferramentas sejam utilizadas de maneira a promover uma aprendizagem mais profunda, crítica e inclusiva.

O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tem transformado de forma significativa o cenário educacional, promovendo novas oportunidades de ensino e aprendizagem. Ao longo das últimas décadas, as TICs emergiram como recursos fundamentais para a educação, permitindo o acesso a uma vasta gama de conteúdos e proporcionando um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e interativo (Pereira, 2018). O impacto positivo das tecnologias no ensino, especialmente na aprendizagem dos alunos, tem sido amplamente discutido por diversos estudiosos da área, que reconhecem seu papel fundamental na melhoria do engajamento dos estudantes, na personalização do aprendizado e no desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI.

As TICs oferecem uma série de vantagens que podem ser exploradas de maneira inovadora para melhorar os resultados educacionais. Segundo Moran (2015, p.32), “a integração de tecnologias na sala de aula cria oportunidades para uma aprendizagem mais ativa e centrada no aluno”. Ao utilizar plataformas digitais, aplicativos educativos e ferramentas de colaboração online, os alunos podem interagir com o conteúdo de maneira mais profunda e significativa. O aprendizado deixa de ser um processo passivo e se torna mais dinâmico, permitindo que os estudantes construam seu conhecimento de forma colaborativa, através de atividades práticas, debates e projetos em grupo.

Uma das principais potencialidades das TICs é a personalização da aprendizagem. De acordo com Almeida e Silva (2018), as tecnologias permitem que os professores adaptem o conteúdo e as atividades de acordo com as necessidades individuais de cada aluno, considerando seu ritmo e estilo de aprendizagem. Ferramentas como plataformas de ensino adaptativas, jogos educacionais e sistemas de tutoria online oferecem recursos que ajudam os alunos a avançar de acordo com seu próprio progresso, sem a pressão de acompanhar o ritmo de toda a turma. Essa personalização do ensino contribui para o aumento da motivação dos alunos, uma vez que eles se sentem mais no controle de seu aprendizado.

As TICs oferecem um acesso mais amplo e diversificado ao conteúdo educacional. Segundo Lima (2020), as plataformas digitais, como o Google Classroom e o Moodle, permitem que os alunos acessem materiais de estudo a qualquer momento e de qualquer lugar, superando as limitações de tempo e espaço típicas do ambiente tradicional de sala de aula. Esse acesso contínuo a recursos educacionais, combinado com a possibilidade de consultar materiais complementares e interagir com outros estudantes e professores de forma online, promove uma aprendizagem mais rica e abrangente. A aprendizagem se torna mais fluida e flexível, permitindo que os alunos explorem conteúdos de maneira autodirigida e desenvolvam habilidades de pesquisa e resolução de problemas.

A interatividade e o engajamento proporcionados pelas TICs também são fatores determinantes no impacto positivo na aprendizagem dos alunos. De acordo com Pacheco e Oliveira (2019), os jogos educacionais, vídeos interativos e simuladores oferecem uma experiência de aprendizagem mais imersiva e envolvente. Os alunos se tornam participantes ativos em seu processo de aprendizagem, em vez de apenas receptores passivos de informações. Essa interação com o conteúdo torna o processo de aprendizagem mais prazeroso e, portanto, mais eficaz. Além disso, essas tecnologias permitem que os alunos aprendam de forma colaborativa, realizando atividades em grupo e trocando ideias e conhecimentos, o que também favorece o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas.

Segundo Belloni (2021), as TICs promovem a aquisição de competências digitais, como a habilidade de pesquisar, analisar, sintetizar e comunicar informações de forma eficaz. O uso de ferramentas digitais no processo educacional não só contribui para a aprendizagem do conteúdo específico da disciplina, mas também prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, onde a tecnologia é um elemento central em diversas áreas profissionais. A capacidade de utilizar as TICs de maneira crítica e eficaz é uma habilidade cada vez mais valorizada no mercado de trabalho, e sua aprendizagem na escola pode ser decisiva para o sucesso futuro dos alunos.

A adaptação das práticas pedagógicas ao uso das TICs também tem o potencial de melhorar a inclusão educacional. De acordo com Silva e Costa (2020), as tecnologias podem ser utilizadas para promover a inclusão de alunos com deficiência, oferecendo recursos adaptativos, como softwares de leitura, legendas e audiobooks. Isso permite que alunos com dificuldades de aprendizagem ou necessidades especiais acessem o conteúdo de forma mais acessível, o que contribui para a equidade no processo educacional. Além disso, as TICs também permitem que os alunos de diferentes contextos socioeconômicos tenham acesso a recursos educacionais de qualidade, reduzindo as desigualdades no acesso ao ensino.

A aprendizagem baseada em projetos também se beneficia consideravelmente das TICs, como observam Tavares e Silva (2017). A utilização de ferramentas digitais para o desenvolvimento de projetos permite que os alunos criem soluções inovadoras e desenvolvam competências como o trabalho em equipe, a resolução de problemas e o pensamento crítico. Ao realizar projetos colaborativos online, os alunos não apenas aprendem o conteúdo de maneira prática, mas também se preparam para enfrentar desafios do mundo real, em um ambiente digital cada vez mais globalizado.

A avaliação da aprendizagem também pode ser enriquecida com o uso das TICs. Segundo Costa e Oliveira (2018), as tecnologias permitem que os professores realizem avaliações mais diversificadas e dinâmicas, como quizzes interativos, feedbacks imediatos e portfólios digitais. Esse tipo de avaliação oferece uma visão mais abrangente do desempenho dos alunos, permitindo que os professores acompanhem o progresso de cada estudante de forma mais eficaz e ajustem suas estratégias pedagógicas de acordo com as necessidades individuais. Além disso, as TICs possibilitam que os alunos recebam feedback imediato sobre seu desempenho, o que contribui para a melhoria contínua e o aprendizado autônomo.

Conforme Tavares e Silva (2019) as TICs oferecem uma série de potencialidades para o ensino, com impactos positivos significativos na aprendizagem dos alunos. A personalização do ensino, o aumento da interatividade e do engajamento, o acesso à conteúdos diversificados e o desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI são apenas algumas das vantagens proporcionadas pelas tecnologias no contexto educacional. Com a devida implementação, as TICs têm o potencial de transformar a educação, tornando-a mais acessível, inclusiva e alinhada às necessidades do mundo contemporâneo.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos propostos neste trabalho foram atendidos ao abordar de maneira crítica e reflexiva os desafios e limitações do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no contexto educacional, além de destacar a importância de uma abordagem equilibrada e consciente sobre seu papel no processo de ensino e aprendizagem. A análise das dificuldades enfrentadas pelos professores, a sobrecarga cognitiva dos alunos e as desigualdades no acesso às tecnologias foi fundamental para compreender os limites do uso indiscriminado das TICs nas salas de aula.

Ao longo do desenvolvimento do tema, também foi possível identificar a necessidade de uma formação continuada para os educadores, a fim de que possam integrar as tecnologias de maneira eficiente e crítica em suas práticas pedagógicas. Conclui-se que, embora as TICs apresentem grandes potencialidades para a melhoria do ensino, é essencial que seu uso seja orientado por uma reflexão constante, visando equilibrar os benefícios proporcionados pela tecnologia com os desafios e limitações que ela impõe ao processo educacional.

Por todo exposto, buscamos demonstrar neste trabalho a importância da tecnologia na vida do aluno no âmbito escolar, assim como, a preocupação dos nossos governantes em criar dispositivos legais que amparam a entrada e aquisição de tecnologia nas escolas como forma de difundir o conhecimento.

A educação é a maior aliada no crescimento pessoal e coletivo, sendo imprescindível o saber para evolução pessoal e profissional. Qualquer que seja o ramo, exigira conhecimento dos mais variados, sendo o conhecimento tecnológico a base para todos os outros. É impossível viver nesse mundo sem ter o mínimo de discernimento tecnológico, por isso, sugerimos à aquelas que não dominam controles básicos de tecnologias a buscar conhecimento como forma de integração social e econômica.

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1 Licenciada em Pedagogia, pela Universidade Castelo Branco. Especialista em Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais e na Educação de Jovens e Adultos, pelo Instituto Superior de Educação e Cultura Ulysses Bogd. Pós-Graduada “Lato Sensu” em Educação Especial e Inclusiva, pela FABRA – Faculdade Brasileira. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: [email protected].