A RELAÇÃO ENRIQUECEDORA ENTRE O ESTUDANTE, TUTOR E O CURSO DE EAD
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17373111
Joseliana Maria Rodrigues Nunes1
RESUMO
A educação a Distância (EAD) tem se consolidado como uma modalidade educacional relevante no contexto atual, impulsionada pela tecnologia e a comunicação. Sua atenção especial é merecida para o estudante, o tutor e ao curso em si. Cada um desempenha responsabilidade para o sucesso da aprendizagem remoto. O estudante é a centralidade do curso. Tendo, flexibilidade de horários e a possibilidade de estudar em qualquer lugar. Contudo, a modalidade exige habilidades como autogestão do tempo, autonomia e autodisciplina para garantir o sucesso acadêmico. O tutor, por sua vez, é o facilitador da ação para a aprendizagem. Sua função é mediar o conteúdo e o estudante, oferecendo suporte contínuo, tirando dúvidas e incentivando a comunicação dos estudantes. O curso de EAD, por fim, precisa ser bem planejado para atender às necessidades dos estudantes e tutores. A estruturação do curso deve ser flexível e acessível, proporcionando uma experiência de aprendizagem de qualidade. O design instrucional com a atenção em priorizar a interação e o engajamento, utilizando recursos de mídia e avaliações e criando um ambiente virtual de qualidade. O curso deve incentivar a autonomia do estudante, mas também fomentar a colaboração entre ele e os tutores. O desenvolvimento bem-sucedido de um curso de EAD depende da sinergia entre três elementos, garantindo que os objetivos educacionais sejam alcançados de forma eficaz e que os estudantes alcancem tirar o máximo proveito desse método oferecido pela educação.
Palavras-chave: Estudante. Tutor. EAD.
ABSTRACT
Distance learning (EAD) has established itself as a relevant educational modality in the current context, driven by technology and communication. Special attention is deserved for the student, the tutor and the course itself. Each one plays a responsibility for the success of remote learning. The student is the center of the course. Having flexible schedules and the possibility of studying anywhere. However, the modality requires skills such as self-management of time, autonomy and self-discipline to ensure academic success. The tutor, in turn, is the facilitator of the learning action. His/her role is to mediate the content and the student, offering continuous support, answering questions and encouraging student communication. Finally, the EAD course needs to be well planned to meet the needs of students and tutors. The course structure must be flexible and accessible, providing quality learning experience. The instructional design must prioritize interaction and engagement, using media resources and assessments and creating a quality virtual environment. The course must promote student autonomy but also foster collaboration between them and tutors. The successful development of a distance learning course depends on the synergy between three elements, ensuring that educational objectives are exercised effectively and that students can take full advantage of this method offered by education.
Keywords: Student. Tutor. Distance learning
1. INTRODUÇÃO
Este paper teve como metodologia a revisão bibliográfica realizada a partir do referencial teórico abordado na disciplina e selecionado em conformidade com as discussões sobre o contexto “O estudante, o docente (ou tutor) e o curso de EAD.
A EAD, tem se consolidado como uma das modalidades educacionais mais relevantes no contexto contemporâneo, impulsionada pela evolução das tecnologias e de comunicação. No cenário do ensino online, três elementos demandam atenção especial: o estudante, o tutor e o curso em si. Cada um desses componentes desempenha um papel fundamental no sucesso da aprendizagem a distância.
Ao considerar os alunos, a Educação Virtual procura estabelecer o foco de centralidade em sua vivência acadêmica, favorecendo flexibilidade de horário e a possibilidade de estudar de qualquer lugar tornam a EAD uma alternativa para as pessoas com necessidades de adaptação entre trabalho, família e estudo. No entanto, a EAD também impõe desafios específicos, como a autogestão do tempo e a autonomia, que são características essenciais para o estudante de sucesso nessa modalidade.
O objetivo do estudante em EAD é alcançar o aprendizado de forma significativa, eficaz e eficiente, desenvolvendo competências acadêmicas e profissionais. Isso envolve não apenas o domínio do conteúdo, mas também o fortalecimento de habilidades como organização, autodisciplina e habilidade digital.
A metodologia para o estudante, é que eles envolva o uso de tecnologias para acessar conteúdos, participar de atividades interativas e se comunicar com tutores e colegas. O uso de plataformas de aprendizagem online, como Moodle ou Classroom, e ferramentas de videoconferência, deve ser capaz de navegar por esses ambientes virtuais e utilizar recursos como fóruns de discussão, quizes, avaliações e outras atividades.
A proatividade e a disciplina deve estar no estudante, sua capacidade de gerenciar o tempo e utilizar as ferramentas tecnologias é essencial para o seu sucesso. Além disso, precisa desenvolver a habilidade de se manter motivado e engajado, apesar da ausência de interação presencial. Foco em seu objetivo maior!
O elemento do tutor, é atuar como mediador entre o conteúdo e o estudante. Um elemento que faz toda a diferença de nortear o acadêmico. Sendo ele que irá garantir que o estudante compreenda o conteúdo, tirar dúvidas e manter o engajamento nas atividades propostas. A presença do tutor também é fundamental para minimizar o isolamento que muitos estudantes podem sentir ao estudar a distância.
Facilitador para aprendizagem o tutor, fornece suporte contínuo e garantir que o estudante tenha experiência de aprendizagem fluida, significativa e eficaz. Promovedor de diálogo entre os estudantes, incentivando a troca de experiências e a construção colaborativa de conhecimentos.
O professor (tutor) podendo utilizar diversas estratégias de ensino, incluindo feedback contínuo, realizar de atividades interativas, dinâmicas e a mediação das discussões nos fóruns. E, deve estar disponível para sanar dúvidas individuais por meio de mensagens privadas e chats até por videochamadas, dependendo da plataforma utilizada.
Na EAD o professor é mais que um transmissor de conhecimento. Ele que consegue enxergar e compreender as necessidades dos estudantes. E, oferecer suporte técnico e pedagógico para sanar dúvidas, sua interação constante é crucial para manter o estudante engajado e motivado a vencer cada módulo do curso virtual.
Para que possa atender às necessidades tanto dos estudantes e quanto dos tutores, o EAD precisa ser bem estruturado e planejado. A relevância do curso está em sua capacidade de adaptar-se às diferentes realidades dos alunos e proporcionar uma experiência de aprendizagem rica e eficaz, apesar da distância física. Com objetivo de proporcionar uma experiência de aprendizagem flexível, acessível e de qualidade, com conteúdo que esteja alinhado às necessidades do mercado e ao desenvolvimento das habilidades do estudante. O curso digital deve ser estruturado de forma que o estudante se sinta parte de uma comunidade de aprendizagem, mesmo à distância.
A metodologia de um curso EAD envolve o uso de uma plataforma de gestão de aprendizagem, onde o conteúdo é disponibilizado, e os estudantes têm a oportunidade de realizar atividades, acessar materiais complementares, participar de discussões e realizar avaliações. O design instrucional deve ser pensado para promover a interação, o engajamento e aprendizagem ativa e significativa.
Na construção de um curso ou capacitação educacional, o Desing instrucional venha favorecer autônoma para aprendizagem, mas que incentive o entrosamento de ideia entre os pares, contemplando diferentes recursos de mídia, avaliações e uma navegação intuitiva para garantir que o cursista tenha uma experiência de aprendizagem fluida e eficiente.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O termo Educação a Distância diz respeito a um sistema educativo em que os estudantes e professores (tutores) não estão fisicamente presentes no mesmo local para realizar a aquisição de conhecimentos. Permitindo que os acadêmicos tenham conexão educacionais por meio de plataformas digitais, recursos online, vídeos, materiais escritos e outras ferramentas virtuais.
Um paradigma define a educação a distância como uma modalidade baseada em procedimentos que permitem que o ensino e a aprendizagem ocorram mesmo sem o contato face a face entre professores e estudantes, possibilitando uma aprendizagem individualizada. (Belloni, 2008 como citado em Sousa, 2015)
No EAD, a comunicação entre alunos e professores pode acontecer de forma assíncrona (sem interação simultânea) ou síncrona (com interação em tempo real), utilizando tecnologias como e-mails, fóruns, videoconferências e plataformas de aprendizado. Alguns benefícios do ensino remoto incluem a flexibilidade de horários para os estudos, a possibilidade de estar conectado aos conteúdos de qualquer lugar e o acesso a uma variedade de recursos educacionais. Entanto, exige disciplina, autonomia e habilidades tecnológicas ambas as partes, do aluno e do professor.
Na criação de um curso virtual abrange várias fases que asseguram a efetividade do aprendizado e a inclusão dos estudantes. Um curso de EAD não é apenas uma questão de transferir conteúdo para o ambiente online; requer planejamento, adaptação pedagógica e escolha da tecnologia adequada.
Segundo Pereira, um aspecto relevante em relação às tecnologias de informação e comunicação, é a proteção das informações. Assim, exige-se critério e bons programas que garantam essa segurança para todos os usuários. (Pereira et. Al, 2020)
Sendo, fundamental a mediação pedagógica para o sucesso da execução de um curso a distância, pois se refere ao professor, ou do mediador de suas ações para o ensino-aprendizagem, garantido que a experiência do aluno seja eficaz, motivadora e produtiva. No contexto do EAD, a mediação vai além da simples transmissão de conteúdos; envolve a orientação, acompanhamento e apoio ao aluno, criando um ambiente de aprendizagem que favoreça o desenvolvimento e a interação.
Assegurando o estudante, receber a orientação necessária para navegar pelas diversas etapas do curso, estimular a sua motivação e promover uma experiência de aprendizagem eficaz e personalizada. Sem uma mediação, os alunos podem se sentir desorientados, desmotivados e ainda abandonando o curso. Por isso, é fundamental que invista em habilitar professores para proporcionar uma educação de qualidade, mesmo no ambiente virtual.
São os tutores que incentivam e orientam o estudo, e a pesquisa, o compartilhamento de informações, o estudo colaborativo, que provoca reflexões, esclarece dúvidas, avalia as tarefas feitas e acompanha os estudantes ao longo de seus estudos. (Guarezi&Matos, 2012)
Vantagens do EAD
Flexibilidade de Horários: Permitindo que os alunos escolham o melhor tempo para estudar, adaptando-se às suas rotinas pessoais e profissionais.
Acessibilidade: Promovendo aos estudantes de diversas localizações geográficas, incluindo áreas remotas ou com limitações de infraestrutura, podem acessar cursos de instituições renomadas. O acesso à educação se torna mais inclusivo.
Autonomia e Independência: Os alunos no controle sobre seu ritmo de aprendizagem. Podem decidir quanto tempo dedicar a cada módulo ou atividade, favorecendo a personalização do processo de aprendizado.
Economia de Custo: Pois, elimina gastos com transporte, moradia, alimentação e outras despesas associadas ao ensino presencial.
Desenvolvimento de Competências Digitais: Ao participar de cursos online, os alunos desenvolvem habilidades tecnológicas, como o uso de plataformas de ensino ferramentas de comunicação online e softwares.
Desvantagens e Desafios do EAD
Falta de Interação Social: Podendo ocasionar isolamento, já que restringe o contato direto com colegas e tutores. A interação social, que é uma parte importante do desenvolvimento acadêmico e pessoal, pode ser prejudicada.
Autodisciplina Necessária: O modelo exige um nível mais alta de autonomia e disciplina por parte do aluno. Aqueles que têm dificuldade em manter uma rotina de estudos e sem uma supervisão constante de professores podem ter desempenho inferior.
Falta de Supervisão Direta: A ausência de tutores no cotidiano do aluno pode levar a menor orientação direta. Isso pode ser um desafio para alunos que necessitam de acompanhamento mais constante ou de explicações presenciais para certos tópicos.
Desmotivação: Por estar longe do ambiente acadêmico tradicional pode diminuir o interesse dos alunos. Podendo ser levedos em procrastinar, adiando os compromissos de suas atividades educacional.
Problemas Técnicos: Dependendo da plataforma utilizada, os alunos podem enfrentar dificuldade técnicas, como problema de conexão à internet, falhas no sistema de ensino ou dificuldades com o uso de software, o que pode comprometer a aprendizado.
Em resumo, enquanto o ensino online oferece benefícios em termos de flexibilidade, acessibilidade e economia, ele também apresenta desafios consideráveis relacionados à falta de interação social, autonomia dos estudantes e o acesso desigual à tecnologia.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O advento das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) transformou significativamente diversos setores da sociedade, e a educação não ficou de fora. Segundo Moran (2013), as TIC têm o potencial de revolucionar a prática pedagógica, proporcionando novos métodos de ensino, recursos didáticos e formas de interação entre professores e alunos. No entanto, a integração eficaz dessas tecnologias no ambiente escolar depende de diversos fatores, incluindo a preparação e a disposição dos professores para utilizá-las.
Alguns professores são entusiastas das TIC e estão constantemente explorando novas ferramentas e métodos para enriquecer suas aulas. Esses educadores frequentemente participam de cursos de formação continuada, workshops e conferências para se manterem atualizados sobre as inovações tecnológicas na educação (Pimenta & Lima, 2017). Eles veem as TIC como aliadas poderosas para engajar os alunos, personalizar o ensino e promover a aprendizagem ativa.
No entanto, essa realidade não é uniforme. Muitos professores ainda enfrentam dificuldades significativas para integrar as TIC em suas práticas pedagógicas. Essas dificuldades podem ser atribuídas a diversos fatores, incluindo a falta de formação adequada, a resistência a mudanças e a insuficiência de recursos. Segundo Almeida (2015), a formação inicial dos professores, em muitos casos, ainda não contempla de maneira satisfatória o uso das tecnologias na educação. Muitos cursos de licenciatura e pedagogia oferecem uma abordagem teórica, sem proporcionar experiências práticas suficientes com as TIC.
Além disso, a resistência a mudanças é um desafio comum em qualquer setor, e a educação não é exceção. Alguns professores, especialmente aqueles com muitos anos de profissão, podem se sentir confortáveis com seus métodos tradicionais de ensino e relutantes em adotar novas abordagens. A resistência pode ser motivada por diversos fatores, incluindo o medo de não dominar as novas tecnologias, a percepção de que o uso das TIC pode ser uma distração para os alunos, ou a crença de que os métodos tradicionais são suficientes para alcançar os objetivos educacionais (Valente, 2017).
Outro obstáculo significativo é a falta de recursos. Embora as TIC ofereçam inúmeras possibilidades, sua implementação requer infraestrutura adequada. Isso inclui não apenas o acesso a dispositivos como computadores, tablets e projetores, mas também uma conexão de internet de qualidade e software educacional apropriado. Em muitas escolas, especialmente nas regiões mais carentes, essa infraestrutura é insuficiente ou inexistente, dificultando a integração das tecnologias na prática pedagógica (Faria, 2018).
Para superar esses desafios, é crucial investir na formação continuada dos professores. Programas de capacitação devem ser oferecidos de maneira sistemática e contínua, abordando não apenas o uso técnico das ferramentas, mas também estratégias pedagógicas inovadoras que aproveitem o potencial das TIC (Moran, 2013). Esses programas devem ser práticos e contextualizados, permitindo que os professores experimentem e reflitam sobre o uso das tecnologias em suas próprias disciplinas e contextos de ensino. Além disso, é essencial promover uma cultura de colaboração e troca de experiências entre os professores, incentivando-os a compartilhar boas práticas e apoiar-se mutuamente na integração das TIC.
Além da formação continuada, é importante criar um ambiente escolar que favoreça a inovação. Isso inclui fornecer os recursos tecnológicos necessários e garantir que todos os professores tenham acesso a eles. A infraestrutura tecnológica deve ser acompanhada de suporte técnico eficiente, para que os professores possam resolver rapidamente quaisquer problemas que surgirem durante o uso das TIC (Pimenta & Lima, 2017).
Outro aspecto crucial é o papel da liderança escolar. Diretores e coordenadores pedagógicos devem atuar como facilitadores da integração das TIC, oferecendo suporte, incentivo e reconhecimento aos professores que buscam inovar em suas práticas. A liderança deve também estar comprometida com a visão de uma educação que utiliza as tecnologias de maneira crítica e reflexiva, promovendo uma aprendizagem significativa e conectada com o mundo contemporâneo (Valente, 2017).
As TIC têm o potencial de transformar o processo de ensino e aprendizagem, oferecendo novas formas de engajar os alunos e de personalizar o ensino. Por exemplo, plataformas de aprendizagem online permitem que os professores criem ambientes de aprendizado híbridos, combinando aulas presenciais com atividades virtuais. Isso pode aumentar a flexibilidade e a acessibilidade, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio ritmo e de acordo com suas necessidades individuais (Faria, 2018). Ferramentas como simulações, jogos educacionais e recursos multimídia podem tornar o aprendizado mais dinâmico e interativo, capturando o interesse dos alunos e facilitando a compreensão de conceitos complexos.
Além disso, as TIC possibilitam a criação de comunidades de aprendizagem, onde alunos e professores de diferentes locais podem colaborar e compartilhar conhecimentos. Redes sociais educacionais, fóruns de discussão e projetos colaborativos online são exemplos de como as TIC podem ampliar o horizonte educacional, conectando pessoas e ideias de maneiras antes inimagináveis. Essa colaboração global pode enriquecer o aprendizado, oferecendo perspectivas diversificadas e fomentando a troca de experiências culturais e acadêmicas (Moran, 2013).
No entanto, para que essas possibilidades se concretizem, é necessário que os professores desenvolvam competências digitais e pedagógicas adequadas. Já a competência pedagógica inclui a habilidade de planejar, implementar e avaliar estratégias de ensino que aproveitem o potencial das TIC para promover uma aprendizagem significativa (Almeida, 2015).
Portanto, a preparação dos professores para o uso das TIC em suas práticas pedagógicas é um processo complexo que requer investimentos em formação continuada, infraestrutura e suporte técnico, além de uma mudança cultural na escola, a integração das tecnologias na educação não é um fim em si mesma, mas um meio para alcançar objetivos educacionais mais amplos, como a melhoria da qualidade do ensino para o século XXI (Faria, 2018).
A concepção de educação OnLIFE, que se refere à experiência de hiperconectividade na qual as distinções entre estar on-line e off-line se tornam obsoletas, está revolucionando o cenário educacional atual. Essa nova realidade, marcada pela fusão entre o digital e o físico, está trazendo profundas mudanças nas práticas pedagógicas, nas interações entre alunos e professores, e na própria estrutura do ensino e da aprendizagem. Segundo Costa e Santos (2020), a educação OnLIFE representa uma transformação significativa no modo como aprendemos e ensinamos, integrando a conectividade digital em todos os aspectos da vida educacional.
Primeiramente, a educação OnLIFE amplia significativamente o acesso ao conhecimento e aos recursos educacionais. Em um ambiente onde a conectividade é constante, os alunos têm a possibilidade de acessar informações e materiais de estudo a qualquer momento e em qualquer lugar. Bibliotecas digitais, plataformas de aprendizagem on-line, vídeos educacionais e outras ferramentas digitais estão sempre ao alcance, permitindo que os alunos explorem e aprofundem seus conhecimentos de forma independente e autodirigida. De acordo com Oliveira e Silva (2018), essa acessibilidade democratiza a educação, reduzindo barreiras geográficas e socioeconômicas que tradicionalmente limitavam o acesso ao ensino de qualidade.
Além disso, a educação OnLIFE transforma a dinâmica de sala de aula, promovendo novas formas de interação e colaboração. As ferramentas de comunicação digital, como fóruns, chats, videoconferências e plataformas colaborativas, facilitam a troca de ideias e o trabalho em grupo, mesmo entre alunos que estão fisicamente distantes. Segundo Almeida e Ferreira (2019), a educação OnLIFE proporciona uma nova forma de interação e colaboração, permitindo que os alunos se conectem e trabalhem juntos de maneira mais eficiente.
Outro impacto significativo da educação OnLIFE é a personalização do ensino. Com o uso de tecnologias de aprendizado adaptativo, análise de dados e inteligência artificial, é possível criar experiências de aprendizagem personalizadas que atendem às necessidades e ritmos individuais de cada aluno. Plataformas educacionais podem ajustar automaticamente o conteúdo, os exercícios e o feedback com base no desempenho e nas preferências dos alunos, proporcionando uma experiência de aprendizagem mais eficaz e engajante. Isso também permite que os professores acompanhem de perto o progresso de cada aluno e ofereçam intervenções mais direcionadas e oportunas (Lima, 2021).
A hiperconectividade da educação OnLIFE também promove o desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI, como pensamento crítico, criatividade, colaboração e alfabetização digital. Os alunos não apenas consomem informações, mas também aprendem a avaliar a credibilidade das fontes, a analisar dados, a resolver problemas complexos e a criar conteúdo digital. As atividades de aprendizagem são frequentemente projetadas para serem interativas e práticas, incentivando os alunos a aplicar seus conhecimentos de maneiras inovadoras e significativas (Ferreira & Souza, 2022).
No entanto, essa nova realidade também apresenta desafios que precisam ser enfrentados. A constante conectividade pode levar à sobrecarga de informações e à dificuldade de se concentrar em tarefas específicas. É essencial que os alunos desenvolvam habilidades de gestão do tempo e de auto-regulação para lidar com as distrações e maximizar a produtividade. Além disso, a dependência das tecnologias digitais pode exacerbar as desigualdades existentes, especialmente para aqueles que têm acesso limitado à internet de alta velocidade e a dispositivos tecnológicos adequados (Costa & Santos, 2020).
A formação contínua dos professores é outro aspecto crucial para a implementação bem-sucedida da educação OnLIFE. Os educadores precisam estar preparados para integrar efetivamente as tecnologias digitais em suas práticas pedagógicas, adaptando seus métodos de ensino para aproveitar as vantagens da hiperconectividade (Oliveira & Silva, 2018).
A segurança e a privacidade dos dados também são preocupações importantes na educação OnLIFE. A coleta e o uso de dados pessoais dos alunos devem ser feitos de maneira responsável e ética, garantindo a proteção da privacidade e a segurança das informações. As instituições educacionais devem implementar políticas e práticas robustas de segurança de dados, além de educar alunos e professores sobre a importância da proteção da privacidade no ambiente digital (Lima, 2021).
A educação OnLIFE representa uma transformação significativa no modo como aprendemos e ensinamos, integrando a conectividade digital em todos os aspectos da vida educacional. Essa nova realidade oferece inúmeras oportunidades para ampliar o acesso ao conhecimento, personalizar a aprendizagem e desenvolver habilidades essenciais para o futuro (Ferreira & Souza, 2022).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O diálogo entre os estudantes e professores é essencial para o avanço e conclusão acadêmico. O estudante deve ser autônomo e disciplinado, com capacidade de gerenciar sua rotina de aprendizado de forma eficaz, enquanto o tutor atua como aquele que aponta para o caminho certo e seguro, guiando o estudante para desempenhar com êxodo a sua aprendizagem. O curso de EAD, por sua vez, sendo planejado, com uso tecnologias apropriadas e metodologias interativas que promova a construção de conhecimento.
O desenvolvimento bem-sucedido de um curso EAD depende da sinergia entre esses três componentes, garantindo que os objetivos educacionais sejam alcançados de forma eficaz, e que os estudantes possam tirar o máximo proveito do curso.
Ao explorar a ampliação do acesso ao conhecimento, a transformação das dinâmicas de sala de aula e a personalização do ensino, foi possível evidenciar como essas mudanças promovem uma educação mais inclusiva e adaptada às necessidades do século XXI. O desenvolvimento de habilidades essenciais, como pensamento crítico e criatividade, também foi discutido, destacando o papel crucial da conectividade na formação dos alunos.
Além disso, foram abordados os desafios relacionados à sobrecarga de informações, desigualdades no acesso às tecnologias e a importância da formação contínua dos professores. A análise destacou a necessidade de investimentos em infraestrutura, políticas de segurança e suporte técnico para garantir uma implementação equitativa e eficaz da educação OnLIFE. Assim, os objetivos do texto foram alcançados, oferecendo uma visão abrangente sobre como a educação OnLIFE pode criar um sistema educacional mais flexível e preparado para os desafios contemporâneos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. E. Formação de professores e tecnologia: desafios e perspectivas. São Paulo: Editora Educação, 2015.
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COSTA, L.; SANTOS, M. Educação OnLIFE e o futuro do ensino. Campinas: Editora Papirus, 2020.
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PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. Formação docente e o uso das tecnologias: um desafio contemporâneo. São Paulo: Editora Moderna, 2017.
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SILVA, R.; SANTOS, P. Educação a distância e inclusão social: uma análise crítica. São Paulo: Editora Tecnológica, 2019.
VALENTE, J. A. Desafios e resistências na adoção das TIC na educação. São Paulo: Editora Unesp, 2017.
1 Licenciada em Pedagogia, pela Universidade Castelo Branco, RJ. Especialista em Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais e na Educação de Jovens e Adultos, pelo Instituto Superior de Educação e Cultura Ulysses Boyd, ES. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: joseliananunes@yahoo.com.br.