RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: AÇÕES DE UMA SIDERÚRGICA NA REVITALIZAÇÃO DE UM ESF EM DIVINÓPOLIS/MG

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.14675958


Júlio César Amorim Castro1
Tales Freitas2
Ana Paula de Souza3
Graziela Fernanda Teixeira Silva4
Rayane Vilaça de Moraes5


RESUMO
O presente estudo de caso teve como objetivo analisar a iniciativa de responsabilidade social corporativa (RSC) de uma siderúrgica que adotou e reformou o ESF (Estratégia de Saúde da Família) no bairro Icaraí na cidade de Divinópolis/MG. Através de entrevistas e questionários, revelou-se que a empresa empreendeu essa ação com o objetivo genuíno de contribuir para a comunidade em que seus colaboradores residem, melhorando a infraestrutura e a qualidade do atendimento do ESF. A pesquisa explorou a influência da Lei municipal, "Adote um Bem Público" e o seu potencial de inspirar outras empresas a se envolverem em ESG (Ambiental, Social e Governança), enfatizando a importância de equilibrar a responsabilidade social com ações ambientais e sociais. A contribuir, significativamente, para o bem-estar da comunidade local e dos respectivos colaboradores da siderúrgica. Conclui-se que. após a reforma do ESF, a estrutura do mesmo melhorou consideravelmente, assim como o nível de satisfação dos usuários, porém, a empresa pode e tem a oportunidade de avançar em temas ambiental e de governança junto a sociedade.
Palavras-chave: Responsabilidade Social Corporativa. Infraestrutura do ESF. Impactos Sociais.

ABSTRACT
The aim of this case study was to analyze the corporate social responsibility (CSR) initiative of a steel company that adopted and refurbished the ESF (Family Health Strategy) in the Icaraí district in the city of Divinópolis/MG. Through interviews and questionnaires, it was revealed that the company undertook this action with the genuine aim of contributing to the community in which its employees live, improving the infrastructure and quality of care at the ESF. The research explored the influence of the municipal law, “Adopt a Public Good” and its potential to inspire other companies to get involved in ESG (Environmental, Social and Governance), emphasizing the importance of balancing social responsibility with environmental and social actions. Contributing significantly to the well-being of the local community and its employees. It can be concluded that, after the ESF refurbishment, its structure has improved considerably, as has the level of user satisfaction, but the company can and has the opportunity to make progress on environmental and governance issues with society.
Keywords: Corporate Social Responsibility. ESF Infrastructure. Social Impacts.

1 – INTRODUÇÃO

O presente trabalho explorou as ações sociais de uma siderúrgica na cidade de Divinópolis/MG. A empresa foi fundada em 1962, atuava no comércio de sucatas, ferro e aço, fornecendo produtos a relaminadores, com a sua modernização adquiriu uma laminação própria e hoje é uma siderúrgica. A partir de 2009, visando sua expansão, a empresa iniciou um projeto para diversificar sua linha de produtos, passando a produzir aços carbono e especiais com elevado padrão de qualidade.

Este trabalho aborda o tema da Responsabilidade Social Corporativa (RSC), pautada no compromisso das empresas em agir de forma ética e contribuir para o desenvolvimento sustentável, considerando os impactos sociais, ambientais e econômicos de suas atividades empresariais, proporcionando, além de benefícios sociais, o fortalecimento da reputação empresarial, a atração de talentos e a conquista da confiança dos consumidores. O tema RSC constitui um dos pilares do ESG (Environmental, Social and Governance). É a sigla “S” que representa ações sociais que as empresas desenvolvem em uma comunidade. Ambos, ESG e RSC, são questões atuais nos estudos, práticas e teoria da ciência da administração e na ordem de tomada de decisão de pequenas, médias e grandes empresas em seus respectivos conselhos administrativos.

O objetivo geral é compreender as motivações que levaram a empresa a promover uma ação de responsabilidade social corporativa de revitalização do ESF do bairro Icaraí. Entende-se como ESF (Estratégia de Saúde da Família) o modelo de atenção básica à saúde utilizado no sistema de saúde do Brasil, fundamentado na criação de equipes de saúde que atendem a população em suas comunidades, oferecendo cuidados preventivos e curativos, promovendo a saúde e melhorando a qualidade de vida das famílias. Cada equipe é composta por médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais, trabalhando de forma integrada para atender as necessidades de saúde da população local.

Neste contexto, consideramos as seguintes hipóteses: a empresa realiza ações sociais visando benefícios fiscais, atender às comunidades onde seus colaboradores residem e promover sua marca junto ao público.

Como objetivos específicos, pretendemos descrever a ação social promovida pela empresa no ESF do bairro Icaraí, em Divinópolis/MG, no período de 2019 a 2023, e avaliar o impacto da revitalização, tanto antes quanto depois da ação. Adicionalmente, buscamos analisar e avaliar a repercussão da ação social entre os membros da comunidade beneficiada.

A justificativa deste artigo reside na análise da ação de responsabilidade social corporativa da requerida siderúrgica, mais precisamente na restauração da Estratégia de Saúde da Família no bairro Icaraí, Divinópolis/MG, a considerar as diversas partes envolvidas. Através dessa análise, busca-se compreender de que forma essa iniciativa beneficiou a empresa, seus funcionários e os usuários da unidade de saúde. Ao examinar esses aspectos, o artigo pretende fornecer insights relevantes sobre o papel da responsabilidade social corporativa no fortalecimento da imagem da empresa e na melhoria das condições de vida dos usuários deste ESF.

Metodologicamente, esta pesquisa baseou-se em técnicas bibliográficas e documentais para fundamentar o estudo. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários fechados, semi estruturados e entrevistas individuais. Quanto ao delineamento, a pesquisa consiste em um estudo de caso. Esse artigo estrutura-se em quatro partes, além desta introdução: 1) a revisão teórica; 2) os procedimentos metodológicos; 3) os resultados e 4) as considerações finais.

2 – RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA (RSC)

Os autores Aligleri e Borinelli (2001) destacam que a responsabilidade social é uma atuação voluntária das empresas, tanto em relação às comunidades externas (consumidores, fornecedores, sociedade civil) quanto internas (empregados, acionistas), visando contribuir para o bem-estar social e ambiental. Conforme a definição de Ashley (2002), responsabilidade social é o compromisso que uma organização assume com a sociedade, expresso por meio de ações que a afetem positivamente, agindo de forma proativa e coerente com seu papel específico na sociedade. Segundo essa visão, uma organização deve ressarcir a população de alguma maneira, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade em que está inserida.

Conforme Camargo (2002, p. 92), a responsabilidade social corporativa (RSC) refere-se às estratégias de sustentabilidade ao longo prazo das empresas que, em sua lógica de desempenho e lucro, passam a contemplar a preocupação com os efeitos sociais e ou ambientais de suas atividades. O objetivo é contribuir para o bem comum e para a melhora da qualidade de vida das comunidades. Entende-se, assim, que a responsabilidade social corporativa se tornou uma estratégia organizacional para alcançar a melhoria, com retorno a longo prazo de seus investimentos em ações sociais, embora, na sociedade e meio ambiente, seus efeitos sejam de curto prazo, proporcionando um desenvolvimento positivo.

Chiavenato (1999, p. 121), ao abordar a Responsabilidade Social Corporativa (RSC), a define como o conjunto de obrigações que uma organização assume. É importante ressaltar que, além de se preocupar com seus lucros, a organização sente a necessidade de retribuir à sociedade. Portanto, adota ações que beneficiem a sociedade, alcançando eficiência e eficácia.

Garcia (1999, p. 2) destaca que a RSC vai além de tratar com dignidade os funcionários, abrangendo também a fabricação de produtos adequados, a prestação de serviços de qualidade e a contribuição para as causas da comunidade, afinal, empresas que negligenciam esse comportamento agem de forma socialmente irresponsável. Nesse contexto, podemos considerar que as empresas que adotam ações de responsabilidade social contribuem de diversas maneiras para o crescimento da sociedade, seja ela cultura, educação, emprego, lazer ou alimentação.

Melo Neto e Froes (2001, p. 26-27) propõem que a RSC busca estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva. As ações de responsabilidade social são extensivas a todos os participantes da vida em sociedade – indivíduos, governo, empresas, grupos sociais, movimentos sociais, igrejas, partidos políticos e outras instituições. A responsabilidade social tem como objetivo contribuir para uma melhor qualidade de vida, sendo um compromisso da organização para com a sociedade e todos os envolvidos. Não se trata apenas de uma ação filantrópica, mas de um compromisso genuíno.

Maria Christina de Almeida (2003) destaca que a função social da empresa compreende um conjunto de fenômenos importantes para a coletividade, sendo indispensável para a satisfação dos interesses inerentes à atividade econômica. Essa função social se traduz na responsabilidade social cobrada pela sociedade e assumida pelas empresas. Vale ressaltar que as melhores práticas em governança têm na responsabilidade um dos pilares, além da transparência, equidade e prestação de contas (IBGC, 2015). Isso tem levado as empresas a adotarem uma nova postura perante a sociedade, incorporando a responsabilidade como um valor ou, simplesmente, como uma obrigação.

Nesse sentido, entende-se que os agentes de governança em uma empresa precisam zelar pela sustentabilidade das corporações, visando à sua longevidade, agregando a agenda social e ambiental na definição dos negócios e de suas operações.

2.1 – ENVIRONMENTAL, SOCIAL AND GOVERNANCE (ESG)

A primeira menção ao ESG ocorreu em 2004, por meio de um relatório elaborado pelo Pacto Global, intitulado "Who Cares Wins: Connecting Financial Markets to a Changing World". Esse momento foi crucial, afinal, o mercado passou a não visar exclusivamente o lucro, considerando também o contexto ambiental e social corporativo (ATCHABAHIAN, 2020; GALINDO, ZENKNER, KIM, 2023).

Atualmente a sustentabilidade é considerada um fator crucial nas decisões das organizações globalizadas. Os índices que evidenciam a verdadeira sustentabilidade estão cada vez mais em destaque nas discussões internas das organizações, evitando o “greenwashing”. Este termo refere-se a uma estratégia de comunicação e de marketing que apresenta argumentos sustentáveis capazes de forjar uma imagem ecologicamente responsável com o seu público sem que exista a necessária e concreta prática com o conteúdo das mensagens compartilhadas (GALINDO, ZENKNER, KIM,2023; COSTA; FEREZIN, 2021).

Esse tema obtém importância nas diversas bolsas de valores, já que os investidores querem investir em empresas comprometidas com as práticas de ESG, sendo assim, a sustentabilidade passou a ser considerada como essencial, não apenas nas “carteiras de investimentos”, mas nas empresas que têm que apresentar uma série de requisitos para terem seus “selos” de compromisso com a sustentabilidade. (GALINDO, ZENKNER, KIM, 2023; COSTA; FEREZIN, 2021).

Conforme Cruz (2022), os consumidores não apenas buscam produtos de qualidade, mas também exigem que as empresas contribuam positivamente para o planeta, este aspecto é crucial para aqueles responsáveis por promover serviços e produtos aos clientes. Nesse contexto, uma empresa que adere às práticas de ESG mostra que visa reduzir seus impactos no meio ambiente, respeitar as diferenças, promovendo igualdade, diversidade e inclusão, além de se posicionar sobre questões de relevância social, implementando políticas de ações que sejam transparentes e responsáveis, conseguindo também atrair talentos e retê-los.

O ESG (Environmental, Social and Governance) em outras palavras, refere-se ao meio ambiente, aspectos sociais e governança corporativa, que juntas criam uma das siglas mais conhecidas na atualidade no ambiente corporativo. Segundo Atchabahian (2020), as preocupações com estes assuntos estão em todas as discussões importantes dentro do capitalismo global, atual e futuro das organizações.

Segundo Gallian e Seraphim (2022), no passado, as empresas começaram a entender sua responsabilidade dentro de um ecossistema mais amplo, principalmente por meio de ações individuais de líderes visionários e altruístas, que com o tempo se tornaram práticas institucionalizadas. Durante a Revolução Industrial, grandes empresários voluntariamente se envolviam em atividades de caridade e contribuições sociais, apoiando áreas como artes, educação, saúde e religião. Essa filantropia cresceu e passou a ser adotada por muitas empresas, estabelecendo as bases para o desenvolvimento posterior da Responsabilidade Socioambiental Corporativa (RSC) e, em seguida, da abordagem ESG.

Além disso, Irigaray e Stocker, (2022) destacam que a discussão moderna sobre Responsabilidade Social Empresarial (RSE) teve início com a publicação do livro "Social Responsibilities of the Businessman" de Howard Bowen, em 1953. Já para a filosofia se manifestou por início de forma filantrópica, em 1920, constatada na criação de fundações caritativas pelos empresários John D. Rockefeller, Henry Ford e Andrew Carnegie.

Neste contexto, Irigaray e Stocker, (2022) citam o relatório Brundtland, intitulado “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), que reforçou as bases da atual discussão sobre ESG. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento propagou o conceito de desenvolvimento sustentável, que já vinha sendo discutido desde a década de 1970. O relatório indicou que as causas das crises ambientais graves eram o consumismo elevado nos países de Primeiro Mundo e a pobreza nos países de Terceiro Mundo.

2.2 – OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS)

Segundo a Secretaria de Governo da Presidência da República do Brasil (2017) os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), parte integrante da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, têm como objetivo fundamental promover um futuro equilibrado entre a prosperidade humana e a preservação do planeta. Aprovados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2015, os 17 objetivos e 169 metas definem uma estratégia global abrangente para enfrentar desafios como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades e a mitigação das mudanças climáticas (GALINDO, ZENKNER, KIM, 2023).

No Brasil, a implementação da Agenda 2030 desempenha um papel crucial na orientação da elaboração de políticas públicas e ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Essa implementação requer a colaboração conjunta de governos, sociedade civil, setor privado e demais partes interessadas, visando a construção de um mundo mais justo e ambientalmente consciente.

Dentre os objetivos, destaca-se o ODS 3, que tem como objetivo principal assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos. A meta 3.8 visa garantir a cobertura universal de saúde, com acesso a serviços essenciais de qualidade, incluindo medicamentos e vacinas seguras e acessíveis. No Brasil, essa responsabilidade recai sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o estudo de caso Monteiro, Waetge, Cury, Albiero, Andreis (2022) intitulado como “VI Relatório Luz da Sociedade Civil da Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável Brasil do ano de 2022”, a meta 3.8 continua ameaçada devido ao desfinanciamento à saúde e a não execução integral do já baixo orçamento. Em dezembro de 2020, a atenção primária alcançava apenas 76,08% da população. Em meio à crise, as famílias tiveram que aumentar seus gastos com saúde, enquanto o governo federal tem reduzido, ano a ano, o investimento no setor.

Em 2019, a saúde privada, incluindo planos de saúde e serviços médicos, tornou-se a principal despesa das famílias e instituições, totalizando R$ 427,8 bilhões. Os gastos com medicamentos ocuparam o segundo lugar, totalizando R$ 122,7 bilhões. Esses dados evidenciam os desafios enfrentados na busca pela cobertura universal de saúde e indicam a necessidade de um investimento adequado e eficiente no sistema de saúde.

2.3 - ISO 14000

Em 1993, o Comitê Técnico TC-207 foi criado com o objetivo de desenvolver uma série de normas relacionadas à gestão ambiental. O comitê era composto por 30 países membros, incluindo o Brasil, e 14 observadores. Como resultado, em 1996, a ISO 14001 foi publicada, sendo a única norma certificável da série. A ISO 14000 é um conjunto de normas que ajudam as empresas a gerenciar e melhorar suas práticas ambientais, na medida em que revela o processo de autorregulação voluntária das empresas, companhias a padrões de boas práticas ambientais não vinculantes (GALINDO, ZENKNER, KIM, 2023).

Portanto, a norma mais importante dessa série é a ISO 14001, que estabelece critérios para a certificação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Os autores Galindo, Zenkener e Kim, (2023), salientam que, ao implementar a ISO 14001, as empresas baseiam-se na noção de que elas podem se comprometer com um conjunto de princípios, diretrizes e normas que regem a gestão ambiental sem a necessidade de se sujeitar a mecanismos externos de fiscalização por parte do Estado. Além disso, a ISO 14001 reduz os custos ao prevenir a poluição e ajuda as empresas a competirem internacionalmente, já que fornece um padrão global para a gestão ambiental.

A ISO 14000 também inclui outras normas relacionadas, como a ISO 14004, que oferece suporte interno à gestão ambiental, e a ISO 14010, que trata de auditorias ambientais para garantir a credibilidade do processo de certificação. Essas normas fornecem orientações para medir, analisar e melhorar o desempenho ambiental de uma organização. Além disso, há normas específicas, como a ISO 14020, que trata de rótulos ambientais, e a ISO 14040, que analisa o impacto ambiental de produtos, processos e serviços.

2.4 - ISO 26000

A norma ISO 26000 foi apresentada em 1º de novembro de 2010, em Genebra, Suíça, como um guia abrangente sobre as diretrizes associadas à responsabilidade social. No Brasil, sua versão em português foi lançada em 8 de dezembro de 2010, denominada NBR ISO 26000, durante um evento realizado pela FIESP em São Paulo, sua responsabilidade é auxiliar as organizações, empresas, a contribuírem para o desenvolvimento sustentável sob a ótica da responsabilidade social corporativa – RSC. (GALINDO, ZENKNER, KIM, 2023).

A norma cita sete princípios, em caráter sugestivo, que norteiam a implementação e adequação das diretrizes de RSC. São eles: accountability (responsabilidade), transparência, comportamento, respeito aos interesses das partes envolvidas, respeito ao Estado de direito, respeito às normas internacionais de comportamento e respeito aos direitos humanos. Além das diretrizes, a norma ISO 26000 propõe estratégias para sua adoção.

2.5 – LEI ADOTE UM BEM PÚBLICO

O Projeto de Lei Ordinária do Executivo Municipal, da cidade de Divinópolis/MG, nº 50 de 2017, conhecido como o "Programa Adote um Bem Público", emerge como uma peça relevante dentro do escopo da pesquisa, que se concentra na revitalização de uma Estratégia de Saúde da Família. Este programa estabelece parcerias entre o Poder Público Municipal e os interessados na melhoria de áreas públicas municipais de uso comum.

Os interessados em participar devem expressar seu interesse por meio de uma "Carta de Intenção" acompanhada de um projeto básico detalhando as obras e serviços propostos. Essas propostas são analisadas pelo órgão público municipal competente, em conjunto com a Procuradoria-Geral do Município, que avalia a viabilidade técnica e operacional das iniciativas.

Após a aprovação da proposta, é formalizado o "termo de compromisso de cooperação", onde são estabelecidos prazos, responsabilidades e encargos das partes envolvidas. Durante a execução do projeto, o órgão competente exerce fiscalização contínua para garantir o cumprimento das cláusulas contratuais. As melhorias realizadas pelas empresas, incluindo obras, serviços e instalações de mobiliário urbano, passam a integrar o patrimônio público municipal.

A empresa que adotar um bem público tem a oportunidade de utilizar espaços para publicidade na área adotada, sujeito a determinadas restrições e normas estabelecidas pela lei. Essas publicidades são isentas de taxas municipais durante o contrato e devem seguir um modelo fornecido pela Prefeitura. Não são permitidas publicidades de produtos relacionados ao tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas ou que violem normas sociais.

A veiculação da publicidade só é autorizada após a conclusão de pelo menos 50% das melhorias no bem adotado. Ademais, os custos de produção, instalação e manutenção do material publicitário são de responsabilidade da empresa participante, e ao término da parceria, a empresa deve remover o material publicitário em até 15 dias. É relevante destacar que a legislação não prevê indenização por parte do município pelas melhorias, obras e serviços realizados pela empresa.

Essa legislação proporciona às empresas a oportunidade de contribuir para o aprimoramento de áreas públicas municipais, através da adoção de um bem público e da realização de obras e serviços em prol do bem comum. A empresa assume responsabilidades e encargos relacionados às melhorias, e em contrapartida, tem direito a espaço para publicidade no local adotado. A legislação não prevê nenhum benefício fiscal para a empresa que adota um bem público.

3 – METODOLOGIA

A técnica de pesquisa documental e bibliográfica foi adotada como parte da metodologia deste estudo. Recorremos a livros, artigos e outras fontes para pesquisar o tema em questão. A pesquisa bibliográfica, como salientado por Gil (2008), é amplamente empregada em quase todos os estudos, pois proporciona acesso a materiais já elaborados, presentes em artigos científicos e livros de diversos autores. Por sua vez, a pesquisa documental, como mencionado por Gil, apresenta semelhanças com a pesquisa bibliográfica, mas difere ao concentrar-se na análise de documentos específicos. Essa abordagem nos permite acessar uma gama de conhecimento já existente e aprofundar o conhecimento sobre esse tema.

Esse artigo possui finalidade descritiva, buscando detalhar e analisar os impactos da ação social promovida pela empresa siderúrgica, a ser pesquisada, e como essa iniciativa reverbera tanto dentro da organização quanto para os usuários da unidade de saúde. Conforme destacado por Gil (2008), as pesquisas descritivas têm como objetivo principal a descrição de características, tais como nível de escolaridade, sexo, procedência, distribuição por idade, saúde física e mental, e nível de renda. Essa metodologia permite uma análise minuciosa dos efeitos da iniciativa tanto dentro da organização quanto para os usuários da unidade de saúde, fornecendo uma visão abrangente dos resultados e e implicações da ação social.

Este artigo possui uma abordagem quanti-qualitativa, combinando elementos da pesquisa quantitativa e qualitativa. De acordo com Mascarenhas (2012), a análise quantitativa se baseia na quantificação dos dados coletados, utilizando técnicas como porcentagens, estatística, médias e desvio padrão. Por outro lado, a abordagem qualitativa aprofunda a descrição do objeto de estudo e é frequentemente utilizada em estudos que investigam comportamentos de grupos sociais ou indivíduos. Nessa abordagem, o pesquisador tem mais liberdade para elaborar o estudo e busca construir uma estrutura sólida e coerente. Portanto, neste artigo, a utilização da abordagem quanti-qualitativa permitirá uma análise mais abrangente e aprofundada da responsabilidade social corporativa da siderúrgica.

Como instrumento de pesquisa, optou-se pelo uso de questionário e entrevista semiestruturada. Segundo Severino (2014), o questionário semi-estruturado consiste em um conjunto de questões sistematicamente articuladas, com o objetivo de levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados. Essa abordagem permitiu obter uma visão mais objetiva e quantificável sobre as percepções e opiniões dos participantes. Adicionalmente, foi conduzida uma entrevista semiestruturada com a sócia da empresa siderúrgica. Durante a entrevista, adotou-se uma postura de escuta atenta, registrando todas as informações fornecidas pela entrevistada com o uso de um gravador.

A metodologia deste estudo empregou um instrumento de pesquisa composto por um questionário de perguntas fechadas aplicado a 100 pessoas residentes no bairro Icaraí, assim buscamos dados para ver uma visão geral e opiniões sobre a ação social da empresa. A entrevista semiestruturada conduzida com a sócia administradora da empresa siderúrgica, seguindo um roteiro pré-estabelecido para uma compreensão mais aprofundada e contextualizada da iniciativa da reforma do ESF. Conforme descrito por Severino (2014), às entrevistas estruturadas são caracterizadas por questões direcionadas e previamente estabelecidas, aproximando-se do formato de um questionário, embora mantendo certa flexibilidade e personalização. Com perguntas bem direcionadas, é possível obter respostas facilmente categorizadas, o que torna essa abordagem útil para o desenvolvimento de levantamentos sociais.

O delineamento da pesquisa consistiu em um estudo de caso da empresa siderúrgica, que tomou a iniciativa social de adotar um bem público. Conforme destacado por Marina e Eva (2017), um estudo de caso envolve um levantamento aprofundado de determinados grupos humanos ou casos, explorando todos os seus aspectos. Nesse sentido, buscou-se analisar em detalhes a ação de responsabilidade social da empresa, examinando seus objetivos, implementação, impactos e benefícios tanto para a empresa quanto para seus colaboradores e as pessoas que frequentam a Estratégia de Saúde da Família.

4 - RESULTADOS

Gráfico 1 – Idade dos frequentadores do ESF

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

A faixa etária dos frequentadores pode influenciar suas necessidades de saúde e suas percepções sobre os serviços prestados. Diferentes faixas etárias podem ter expectativas distintas em relação aos cuidados de saúde e à abordagem dos profissionais.

O Gráfico 1, apresenta a distribuição etária dos frequentadores, evidenciando uma ampla diversidade de idades. A maioria significativa (40%) corresponde a indivíduos com 51 anos ou mais, ressaltando a atenção do ESF à população idosa. Em seguida, temos 19% na faixa etária de 41 a 50 anos, 19% entre 31 e 40 anos, 16% entre 21 e 30 anos e 6% com até 20 anos. Essa diversidade ressalta a importância de serviços de saúde adaptáveis a diferentes grupos etários.

Gráfico 2 – Questão racial

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

No Gráfico 2, exploramos, aprofundamos a análise da autodeclaração racial dos participantes. A análise da diversidade racial dos usuários do ESF é crucial para entender se existe equidade no acesso aos serviços de saúde. Os resultados da pesquisa evidenciam que a maior parte dos frequentadores se identifica como pardos (45%), seguidos por 27% que se autodeclararam brancos, 17% pretos, 3% indígenas, 4% amarelos e 1% pertencentes a outras categorias raciais.

Gráfico 3 – Perfil Temporal dos Usuários do ESF

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

Na análise do Gráfico 3, destaca-se que a maioria significativa, correspondendo a 71,7% dos participantes, está vinculada ao Estratégia Saúde da Família (ESF) por mais de 4 anos. Por outro lado, uma parcela de 17,2% relatou uma adesão recente, de menos de 1 ano, enquanto 8,1% indicaram uma permanência de dois anos, e 3% mencionaram uma experiência de 3 anos no ESF.

Gráfico 4 – Nível de satisfação com o atendimento no ESF

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

Na avaliação do atendimento no ESF, destaca-se uma maioria expressiva de frequentadores satisfeitos. Cerca de 34% afirmaram estar muito satisfeitos, enquanto 30% indicaram estar satisfeitos. Além disso, 20% manifestaram uma posição neutra em relação ao atendimento. É relevante observar que uma parcela minoritária de 7% demonstrou insatisfação, enquanto 9% declararam estar muito insatisfeitos. Avaliar a satisfação dos usuários é essencial para medir o impacto da revitalização na experiência do usuário

Gráfico 5 – Panorama do Nível de Satisfação Global no ESF

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

O Gráfico 5, apresenta uma visão abrangente do nível de satisfação no ESF, considerando todos os seus aspectos. Destaca-se que 32% dos participantes afirmam estar satisfeitos, enquanto outros 32% adotam uma posição neutra. Adicionalmente, 17% revelam estar muito satisfeitos. Contrastando com esses dados positivos, observa-se que 12% dos participantes estão muito insatisfeitos, enquanto 7% expressam insatisfação.

Gráfico 6 – Conhecimento dos Usuários do ESF sobre o Processo de Revitalização

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

O Gráfico 6, revela que mais da metade (54%) da população está ciente da revitalização do ESF, enquanto 46% não têm conhecimento. Avaliar o conhecimento dos usuários sobre o processo de revitalização ajuda a determinar a eficácia das estratégias de comunicação adotadas pela empresa e se ela de fato não fez a divulgação na mídia.

Gráfico 7 – Mecanismos de Conscientização dos Usuários do ESF sobre o Processo de Revitalização

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

Na representação gráfica apresentada no Gráfico 7, é possível identificar as principais fontes pelas quais os indivíduos obtiveram conhecimento sobre o processo de revitalização. Destaca-se que os servidores do ESF desempenharam um papel central, sendo a principal fonte de informação para 40,7% dos participantes. A mídia não tem muita relevância, contribuindo com 16,7% das percepções. Além disso, amigos e familiares foram mencionados por 11,1%, enquanto colaboradores da empresa representaram 5,6% das fontes citadas. Vale notar que 25,9% dos respondentes indicaram outras fontes.

Gráfico 8 – Nível de satisfação com o atendimento no ESF

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

No Gráfico 8, a pesquisa evidenciou uma percepção altamente positiva em relação à infraestrutura do posto de saúde pós-revitalização, com expressiva maioria de 92,3% dos entrevistados notando melhorias. Em contrapartida, uma pequena parcela de 5,8% não observou alterações significativas, e 1,9% indicou ter notado parcialmente.

Gráfico 9 – Aspectos de grande mudança após a revitalização

Gráfico
Fonte: Elaboração própria.

Explorar as percepções dos usuários sobre as mudanças significativas após a revitalização ajuda a destacar os impactos mais notáveis da iniciativa. Isso é crucial para entender o valor percebido pela comunidade e para destacar áreas de sucesso na implementação da RSC.

No Gráfico 9, destaca-se que a maioria expressiva, representando 53,8% dos participantes, percebeu uma alteração significativa no conforto após o processo de revitalização. Uma parcela de 7,7% mencionou a modernização dos equipamentos como a principal mudança, enquanto 19,2% apontaram melhorias no atendimento. Outros 11,5% citaram aspectos não especificados, e 7,7% relataram não ter percebido mudanças relevantes.

4.1 – ENTREVISTA COM A PROPRIETÁRIA DA SIDERÚRGICA

Sua fundação se remete em 1962, inicialmente focada na comercialização de sucata de ferro e aço. Após fornecer esses produtos a relaminadoras, a empresa optou por criar sua própria laminação. Após o falecimento do fundador em 1984, seu filho assumiu a liderança e modernizou a empresa.

Desde então, a empresa tem evoluído continuamente, melhorando a eficiência, expandindo o portfólio, otimizando a logística de entrega e buscando produzir aço carbono e produtos especiais de alta qualidade. Em 2009, a empresa iniciou um projeto de expansão ambicioso para atingir novos patamares de produção. A missão da empresa é produzir laminados com qualidade, eficiência e sustentabilidade, enquanto sua visão é dobrar o fornecimento de barras e perfis com sustentabilidade até dezembro de 2024.

Denise, diretora financeira e proprietária da siderúrgica, com 57 anos, conduziu a entrevista. A empresa, de natureza familiar, está se preparando para a transição para os filhos. Durante a entrevista, ela abordou a sigla ESG, representando Sustentabilidade, Governança e Responsabilidade Social, enfatizando que a sustentabilidade e responsabilidade social vão além de ações caritativas.

A sede da siderúrgica está localizada em Divinópolis, onde a Lei "Adote um Bem Público" está em vigor desde 2017. A decisão de adotar uma ESF, segundo Denise, foi motivada pelo desejo genuíno de contribuir para a comunidade local. Esse gesto beneficia não apenas os funcionários da empresa, mas também seus familiares, uma vez que muitos deles residem na mesma região. Neste bairro, apesar dos desafios socioeconômicos enfrentados, o ESF sempre promoveu palestras e campanhas de vacinação, o que inspirou a empresa a adotar a revitalização do local.

É fundamental enfatizar que a empresa não buscou melhorar sua imagem diretamente, uma vez que já desfrutava de uma visibilidade positiva no bairro, em grande parte devido às suas atividades sociais, como campanhas mensais de castração de cães. A motivação para adotar a ESF foi inteiramente desprovida de interesses.

O processo de adoção foi intermediado pela prefeitura, facilitando o contato da proprietária com a secretaria de saúde. A Construtora Império, uma empresa parceira, foi contratada para realizar as obras. De acordo com Denise, não houve busca por benefícios fiscais, pois o objetivo era puramente social. A iniciativa foi bem aceita pelos colaboradores, uma vez que a ESF oferece comodidades, como agendamento para vacinação, garantindo uma experiência conveniente.

Além disso, é importante ressaltar que durante a entrevista Denise destacou que a empresa detém a certificação ISO 9001 desde 2006, demonstrando seu compromisso com a qualidade e conformidade em suas operações. A perspectiva ESG é considerada para o futuro, especialmente com a próxima geração da família envolvida na empresa, visando à sustentabilidade a longo prazo. A família mantém discrição em relação às ações sociais, não buscando promoção ou marketing de suas iniciativas, valorizando o aspecto humano.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito deste estudo foi compreender a motivação que levou a uma empresa siderúrgica a realizar uma ação de responsabilidade social corporativa ao adotar e reformar o ESF do bairro Icaraí. As observações destacaram que a maioria dos entrevistados tinha mais de 51 anos, se autodeclararam pardos e frequentam a ESF há mais de quatro anos, declarando uma satisfação geral com o serviço.

A entrevista realizada com a proprietária da siderúrgica, apresentada em formato de questionário, evidenciou a natureza familiar da empresa e a genuína motivação para adotar a revitalização do ESF, visando contribuir com a comunidade local.

Os resultados obtidos indicam que, conforme as respostas coletadas, a hipótese foi parcialmente confirmada, uma vez que a empresa realiza ações e, em especial, a adoção do ESF por meio da lei "Adote um Bem Público", sem buscar reduções fiscais ou visar ganhos de imagem ou reputação da marca. O propósito subjacente a essa iniciativa foi aprimorar uma instituição de saúde que atende não apenas seus colaboradores, mas também parte de seus familiares no bairro Icaraí, local onde a siderúrgica e a maioria de seus colaboradores residem.

Os resultados da pesquisa, com os frequentadores do ESF, proporcionaram uma visão abrangente do impacto positivo da revitalização da ESF na percepção desses usuários. Isso inclui melhorias na infraestrutura, conforto e qualidade do atendimento. No entanto, também foram identificadas áreas de aprimoramento, especialmente no que diz respeito à disponibilidade de médicos especialistas. Esses resultados podem ser utilizados para orientar melhorias contínuas no sistema de saúde de Divinópolis/MG, a fim de assegurar um serviço de melhor qualidade para a comunidade atendida.

Além disso, os resultados revelaram que, após a reforma do ESF após a reforma do ESF, a estrutura do mesmo melhorou consideravelmente, assim como o nível de satisfação dos usuários, porém, a empresa pode e tem a oportunidade de avançar em temas ambiental e de governança junto a sociedade.. Este estudo destacou a importância da realização social, com a ajuda da lei "Adote um Bem Público". A empresa realizou um grande projeto e tende a influenciar outras empresas a fazerem o mesmo em relação a área social. No entanto, publicizar essa realização é fundamental para motivar outras empresas a fazerem ações sociais como a da respetiva siderúrgica.

Quanto às sugestões de práticas relacionadas à empresa, a mesma pode considerar a adoção das normas ISO 14000 e ISO 26000, a fim de incorporar mais práticas de ESG. Isso incluiria a proteção do meio ambiente, promoção da igualdade e segurança dos colaboradores, buscando sempre estabelecer regras equitativas e transparentes para sua governança corporativa. Contribuir para a redução do impacto ambiental, promover a diversidade e inclusão, apoiar a comunidade local e adotar uma estrutura com compromissos éticos são aspectos essênciais a serem considerados.

É fundamental integrar esses princípios na cultura e estratégia organizacional. Comunicar de forma mais eficiente e relatar seu desempenho e ações pode criar uma imagem positiva e fortalecer a marca para todos seus (stakeholders). Isso, por sua vez, pode encorajar outras empresas a adotarem a referida lei e a realizarem ações sociais de maneira mais ampla.

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1 Mestrando em Administração na Must University.

2 Doutor em Desenvolvimento Econômico na UFRGS.

3 Bacharel em Administração na UEMG.

4 Bacharel em Administração na UEMG.

5 Bacharel em Administração na UEMG.