MAPEAMENTO DE PROCESSOS EM ATIVIDADES DE GESTÃO: APLICABILIDADE EM INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10349586
Rosangela do Carmo Laureano da Silva Pereira¹
1. INTRODUÇÃO
Os setores públicos de um modo em geral, tem passado por transformações consideráveis ao longo dos anos, com a proposta de otimizar os serviços, visto que as demandas nos setores públicos são crescentes e recorrentes independente do segmento. A medida que a sociedade se torna mais complexa e mais integrada pelo avanço tecnológico, o mercado de trabalho se torna cada vez mais diferenciado e mais sujeito a mudanças e consequentemente mais se diversificam as expectativas sobre os profissionais. (DELGADO E GOMES, 2016).
Na educação não é diferente, muitas instituições públicas de ensino têm passado por mudanças e principalmente quando se referem à Gestão Administrativa, que é a parte operacional de qualquer unidade.
Todo o setor administrativo é responsável pelo suporte ao ensino de qualidade e gratuito, visto que a meta principal dos governos é atrelar suas ações à bons serviços prestados a comunidade, mesmo em meio a críticas e controvérsias, pois são investidos valores significativos para a formação educacional de crianças jovens e adultos, independente da fase educacional.
À medida que se discute o fim da moeda, do emprego, da concorrência, das comunicações sociais, parece natural indagar que assim como qualquer outra coisa não, estamos próximo de minimizar as ações de recursos humanos que mantêm atitudes e condutas tradicionais (GIL, 2008).
Neste cenário encontramos os Gestores e os colaboradores que atuam em unidades públicas de ensino e os desafios que estes encontram para desempenhar suas funções. São poucos por setores, demandas crescentes e não programadas de atividades, relacionamento pessoal e interpessoal tanto com os clientes internos como os clientes externos, prazos que devem ser cumpridos, relatórios e adequação a sistemas informatizados.
Ações que devem ser feitas em curto espaço de tempo, atendendo as normas e com pouca mão de obra, desta feita como melhorar os processos administrativos, sabendo que a Gestão Administrativa Pública não possui a mesma flexibilidade de uma Gestão em instituição privada? Para esse cenário identificou-se a oportunidade de aplicar o mapeamento de processos na unidade, que funcionará primeiramente como uma ferramenta de organização das atividades nos setores e entre os setores da unidade escolar, com a meta de melhorar os processos produtivos de serviços, evitando as informações desencontradas, organizando as funções e subordinações de colaboradores. Também proporcionando a melhoria no processo das atividades executadas pelos departamentos. Os objetivos de desempenho traçados por uma organização indicam a forma de como os processos serão concebidos e a influência que exercem neles. (PENOF et. al, 2013)
O Sistema de Gestão tem alicerces em um conjunto de princípios que formam a base para a melhoria continua do desempenho, compreende-los é o melhor ponto de partida para a adequada interpretação e utilização dos sistemas (NETO et. al. 2012). Desta forma, as abordagens feitas nos componentes estudados proporcionam compreender a eficácia da Gestão de Projetos e Processos em unidades escolar de uma instituição de ensino pública, desmitificando que projeto e processo é somente viável a organizações privadas contribuindo, desta forma com estratégias para administração de mudanças, objetivando ser um modelo futuro de Gestão Administrativa Pública através de projetos e processos.
1.1 Questão de pesquisa
Como a modelagem de processos pode melhorar as estratégias de Gestão Administrativa na unidade escolar de uma instituição de ensino pública?
1.2 Objetivo geral da pesquisa
Propor melhorias nos processos administrativos de uma instituição de ensino pública, por intermédio da aplicação de mapeamento de processos.
1.2.1 Objetivos Específico
1.3 Metodologia
A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho constou de pesquisa bibliográfica e de um estudo de caso em uma unidade escolar pública. Os procedimentos foram: a observação do desenvolvimento das atividades diárias que contribuíram para aplicação de questionário, entrevistas com os responsáveis de departamentos e coletas de dados para desenvolvimento do mapeamento de processos para a unidade escolar
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na sequência serão apresentadas algumas considerações que nortearam as bases de pesquisa desde projeto, tendo nas teorias administrativas e demais conceitos argumentos para implementar o objetivo de estudo e aplicabilidade da gestão de projetos e processos na unidade escolar pública de ensino.
2.1 O Modelo Burocrático de Gestão
Considerando os estudos realizados por Chiavenato (2004) observa-se que o modelo burocrático de Gestão inicia-se por volta de 1940 com a Teoria da Burocracia, em um momento que teorias como a Clássica e de Relações Humanas já estavam obsoletas e exaustivas para a época.
Desta feita com a influência da burocracia, o capitalismo e a ciência moderna surgem três formas de sociedade e de autoridade, a tradicional, carismática e burocrática, um aparato administrativo que corresponde a burocracia, modelo que serviu de inspiração para uma nova forma de administrar, tendo as características de caráter legal, formal e racional, impessoalidade, hierarquia, rotinas e procedimentos padronizados, competências técnicas e meritocracia, especialização, profissionalização e completa previsibilidade do funcionamento.
Nesse conceito verificasse que hoje as unidades escolares de ensino público tendem a funcionar com esta modelagem, porém esbarram em crescentes demandas não programadas e desafios diários, como também em deliberações e reinvindicações tanto dos clientes internos como externos que minimizam a eficácia deste modelo na unidade.
Chiavenato (2004) ainda cita que a burocracia apresenta consequências imprevistas, como observada neste estudo na unidade de ensino, chamadas de disfunções, como a internalização das regras e o apego aos regulamentos, formalismo e papelório, resistência a mudanças, despersonalização do relacionamento, categorização do processo decisório, superconformismo, exibição de sinais de autoridade, dificuldade no atendimento ao cliente e conflitos internos. Consideravelmente as observações feitas por Chiavenato enquadram-se no cenário que as unidades de ensino apresentam e sendo este o objetivo do projeto, para que com a análise possa tornar-se instrumento colaborativo para as mudanças necessárias e aplicabilidade dos conceitos estudados.
Mas Chiavenato (2004) apud Weber cita que o modelo burocrático oferece vantagens, porém vai se contrapor a omissão das pessoas que participam da organização e dos próprios dilemas da burocrática, que em vez de constituir a máxima eficiência, levam a ineficiência da organização.
O que se verifica no comprometimento dos colaboradores em todos os setores, visto que o ambiente institucional público propicia uma certa inconstância por ter seu caráter público e dentro de regras públicas, onde o Gestor depende não só da sua autonomia na unidade, mas também do comprometimento e envolvimento dos colaboradores.
Chivenato (2004) apud Gouldner demonstra que há graus de burocratização nas organizações formais, apresentando uma criteriosa opinião sobre a administração burocrática, conclui se que mesmo com limitações e restrições, a burocracia é talvez uma das melhores alternativas de organização, superior a várias outras alternativas tentadas a decorrer do século XX, o que o autor aponta também é que essa abordagem deixa de ser normativa e prescritiva para dedicar-se a uma abordagem descritiva e explicativa.
Tratando-se o conceito na atualidade e no cenário estudado, observa-se este padrão burocrático em toda a sistemática, desde a central da instituição até as unidades. O que tem dificultado os processos de trabalho são as diferenças nas padronizações gerencias, visto que esta é personalíssima de cada localidade, pois buscasse adaptar a unidade as necessidades não apenas microambientais, mas também macroambientais e nesta perspectiva identifica-se a aplicabilidade de Gestão em Processos.
2.2 Aplicabilidade de Gestão em Processos
Conforme Valeriano (2004) explica, entende-se por processo um conjunto de recursos e atividades inter-relacionados (os subprocessos) que transformam insumos em produtos e resultados. Os insumos são genericamente chamados de entradas (in put) e os produtos de saída (out put). Continuando a explicação do que é um processo considera-se que, insumos é tudo aquilo que é fornecido ao processo para: utilização (uma informação, uma instrução, um instrumento, um serviço de máquina ou trabalho humano etc); transformação (energia, matéria-prima) ou consumo (energia, material de escritório). Um produto ou resultado pode ser: tangível (materiais processados) ou intangível (uma informação ou conceitos) e ainda, intencional, ou seja, um bem ou serviço, constituindo o objetivo do processo ou até mesmo não intencional, aquele que se forma e é debitado como resultado não procurado, geralmente subproduto, alguns destes podendo ser poluentes ou com efeitos indesejáveis e perniciosos. Como o objeto de estudo deste trabalho é a unidade de ensino publica, as diretrizes para o processo de produção serão no âmbito do intangível e de bens ou serviços, visto que o que produzimos não é palpável e sim cidadãos aptos para atuar tanto nos diversos segmentes do mercado de trabalho, como também aptos a dar continuidade aos conhecimentos adquiridos com o objetivo de colaborar com a inovação e capacitação.
Penof et. al.(2013) considera que um processo deve ser projetado para atender objetivos específicos ao desempenho esperado pela empresa. Os processos devem ser projetados de forma que possam produzir todos os produtos que venham a ser disponibilizados pela operação, os objetivos de desempenho traçados por uma organização indicam a forma como os processos serão concebidos e a influência que exercem neles.
Considerando a abordagem de processos, Neto (2012) et al, complementado os autores, compreende que é um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos em produtos ou serviços, exigindo também a alocação de recursos, como por exemplo: pessoas, equipamentos e materiais. E compreender toda a relação que há nos processos como a interdependência e a inter-relação, identificando-as e ampliando, consideravelmente a eficácia e eficiência de uma organização no alcance de seus objetivos.
Relacionando as argumentativas dos autores e nas formas que se complementam, verifica-se que em um processo, são pertinentes o planejamento e o envolvimento dos colaboradores e ainda abordando a produção de bens e serviços, é que cada vez mais se faz presente a figura do Gestor com uma preocupação especial ao trato com pessoas, que será através delas o alcance das metas estabelecidas no projeto de aplicação de processos.
2.2.1 A importância do Gestor nas relações com pessoas
Para Gil (2008) as organizações nunca dependeram tanto dos seus recursos humanos ou melhor de pessoas que compõem as organizações, as forças competitivas que os gerentes enfrentam hoje em dia exigem excelência organizacional, direcionada como o modo das empresas agem e fazem as tarefas serem realizadas e pela maneira como tratam seu pessoal.
Neste cenário e nos atuais enfrentamentos que as unidades se encontram, o perfil relacionado às pessoas que o Gestor precisa desempenhar e ser capaz de gerenciar são:
As orientações apontadas por Gil (2008), vem ao encontro do atual cenário que a unidade se encontra, devido as mudanças em todo o sistema que não dependem exclusivamente do Gestor mas sim do sistema, ao qual hoje as unidades de ensino pública estão enfadadas a funcionar, considerar o capital humano como um importante agente da mudança é fundamental, visto que a mão de obra está escassa nas áreas administrativas, as demandas estão excessivas e o sistema tem suas premissas para a contratação de novos colaboradores, o que se faz necessário pensar em estratégias para que a qualidade e produtividade não tenham uma decaída.
Nesse contexto entende-se que a aplicação do mapeamento de processo se faz uma ferramenta colaboradora, contudo a utilização da tecnologia e sua aplicabilidade também contribuem para que as ações melhorem e que a unidade possua uma equipe de colaboradores atuantes.
2.3 Relações da Tecnologia com o Ambiente de Trabalho
O gerenciamento informacional pode ser entendido como um conjunto estruturado de atividades que incluem a maneira como uma empresa obtém, distribui e usa informação e conhecimento, é o que explica Rampazzo (2014) et. al; as tecnologias invadiram a escola e esta não pode mais viver sem ela, neste contexto fazem parte da sociedade do conhecimento, que exige hoje que se domine e se faça o uso cada vez mais das tecnologias, que adentraram as escolas, colocando a tecnologia em favor do processo de ensino e aprendizagem, o que exigem que não só os profissionais administrativos utilizem-se das tecnologias à sua prática diária como também docentes incorporem as em suas atividades, principalmente nas de registros e comunicação com os demais setores da unidade escolar. E também na otimização de sua vida funcional, através do acesso as informações especificas e de seu interesse.
Dentro desta perspectiva pode-se citar Menino (2016) que relata que a competência é um passo obrigatório em direção ao status de especialista e à sua performance privilegiada, onde descreve que a capacidade de um indivíduo para desempenhar uma determinada tarefa com celeridade, precisão e eficácia, é uma potencialidade latente, advinda da integração do conhecimento e experiências para uma determinada área circunscrita e de vários domínios. Ou seja, pode-se associar toda a bagagem profissional dos colaboradores com as necessidades de mudanças em processos na unidade que necessita difundir suas informações de maneira eficiente e eficaz.
2.4 Reestruturação e Utilização de Ferramentas Organizacionais
Costa e Politano (2008) afirmam que a reestruturação e utilização de ferramentas organizacionais são fundamentais para a criação de uma visão consolidada dos processos corporativos, como suporte à administração orientada a processos, que só é possível com o uso de métodos, técnicas e ferramentas.
Na gestão de processos e negócios, Costa e Politano (2008) apud Smith & Fingar (2003) descreveram a evolução da “Gestão de Processos de Negócios”, normalmente referenciada por “BPM”, por sua notação em Inglês “Business Process Management”, considerando três grandes movimentos, chamados por eles de ondas. A primeira onda surgiu na década de 1920, com a teoria administrativa de Frederick Taylor. Por esta, os processos estavam implícitos nas práticas do trabalho e poderiam ser colocados em manuais, assim, a administração de processos era chamada de “Métodos e Procedimentos”.
A segunda onda surgiu na última década, com os processos de reengenharia, principalmente motivados pelos trabalhos de Hammer (1990), e também com a implantação dos sistemas de gestão organizacional, tais como aplicações ERP (Enterprise Resource Planning). Segundo os autores, mesmo com o fluxo de trabalho centrado em documentos e os sistemas de administração financeira, estas aplicações raramente forneceram aos administradores o controle total do ciclo de vida dos processos. Já a terceira onda de BPM, habilita as companhias e seus colaboradores a aperfeiçoarem os processos de negócios constantemente. A mudança é o primeiro objetivo de projeto. Com processos de negócios ágeis, a cadeia de valores pode ser monitorada e continuamente melhorada. A terceira onda não é uma reengenharia de processos, nem uma aplicação de integração empresarial ou outro pacote de aplicativos. É a síntese e extensão destas técnicas e tecnologias em um todo unificado, formando uma nova base para a construção de uma vantagem competitiva sustentável.
O que pode ser aplicado também em instituições públicas que buscam nos processos de gestão otimizar os processos de trabalho, que geralmente são estabelecidos no cumprimento de prazos e deliberações especificas.
Desta feita os autores apud Muehlen (2005), citam ainda que a tarefa central na BPM é criar um alinhamento entre os elementos individuais dos processos: Entradas (informação e recursos), Saídas, Estrutura e Objetivos. Se o alinhamento entre estes componentes for conseguido, o desempenho total de todos os processos poderia ser aumentado em termos; qualitativos (e.g. rapidez de adequação à mudanças ambientais) e fatores quantitativos (e.g. menores ciclos, menor desperdício, menores tempos ociosos e eliminação de retrabalho).
Já para Harmon (2004) a BMP nas ações de gestão trata-se do alinhamento dos objetivos estratégicos da organização, projetando e implementando arquiteturas de processos, estabelecendo sistemas de medidas dos processos que alinham com os objetivos da organização, educar e organizar os administradores para que possam administrar efetivamente os processos.
2.5 O Mapeamento De Processos Aplicado
Harmon (2004) apresenta uma visão geral de como um processo pode ser gerenciado e quais são as principais tarefas do responsável do processo. Sendo assim o gerente tem a responsabilidade de estabelecer os objetivos, planejar tarefas, fornece recursos e equipes, monitorar os resultados e tomar decisões caso os resultados desviem dos objetivos estabelecidos. Estas tarefas ou responsabilidades podem ser agrupadas em dois blocos.
Em geral unidades de ensino públicas não tem a visão de tratar a instituição como um instrumento a ser administrado, a visão de administrar é geralmente relacionada a empresas privadas, o que faz com que a aplicabilidade da Gestão de processos por mapeamento encontre algumas resistências na implantação e utilização.
Segundo Costa e Politano (2008) o mapeamento de processos consiste basicamente na captura dos fluxos de informações, materiais e trabalho ao longo dos processos, e registrá-los de forma que possam ser entendidos por outras pessoas interessadas em seu conhecimento.
Os autores apud (AJARD, 1998) também relatam que o mapeamento de processos fornece uma visão geral para identificar, documentar, analisar e desenvolver melhorias. Mostra como as entradas, saídas e tarefas estão relacionadas e inclui os principais passos dos processos. (e.g. resultado produzido, quem desempenhou os passos e onde podem ocorrer problemas).
E também apontam que para Damelio (1996) a análise dos processos com o uso de mapas ajuda a melhorar a satisfação dos clientes com a identificação de ações para reduzir o ciclo de produção, eliminar defeitos, reduzir custos, eliminar passos que não agregam valor e incrementar a produtividade.
O que pode ser observado nas citações apontadas é que a tempos existe a necessidade de sistematizar as ações de trabalho no dia a dia, na busca de minimizar os processos, otimizar o tempo e melhorar continuamente, hoje verificasse uma necessidade maior da aplicabilidade desta ferramenta, principalmente se tratando do cenário observado: falta de mão de obra, sem previa para novas contratações, demanda dos serviços, prazos e normas a serem cumpridos, atualizações necessárias, entre outros fatores que necessitam tanto do aprimoramento como a adaptação para manter o ciclo produtivo de serviços.
2.6 Quadro Síntese De Referências Teóricas
Na sequência apresenta-se o quadro síntese de referências teóricas realizadas para este estudo.
Fonte: da autora, 2018.
3. IMPLANTAÇÃO E EXECUÇÃO DE FERRAMENTAS ORGANIZACIONAIS - ESTUDO DE CASO
Para a criação do mapeamento de processos na unidade de ensino pública houve o acompanhamento durante dez meses das atividades administrativas, acadêmicas, pedagógicas e laborais, como também a comunicação entre os departamentos e gestores, sendo que o estudo de caso feito é uma observação no local de trabalho, uma instituição de ensino pública que tem um grande quadro de docentes, funcionários e uma estrutura ampla para ser administrada e que com o tempo tem necessitado se adaptar as mudanças ocorridas, tanto na implantação de tecnologias para otimização dos trabalhos, como na administração de demandas não programadas, partindo da questão que não há quantidade de colaboradores necessários para o desenvolvimento de todas as atividades.
Busca-se minimizar primeiramente os problemas primários com a implantação do mapeamento de processos, sendo verificado que há uma perda considerável de tempo e desgaste dos colaboradores com ações que podem ser resolvidas de forma mais pratica e objetiva, considerando que há uma hierarquia a ser respeitada, mas que necessita capacitar os colaboradores a ter atitudes proativas com maior segurança para que não haja incertezas do que é possível ser solucionado a curto, médio e longo prazo. Há também os departamentos, seus responsáveis, suas atribuições, competências e designações do cargo para que fatos e atos sejam direcionados de forma correta, minimizando a burocratização, o retrabalho e o pronto retorno necessário.
Analisando este cenário, verifica-se no acompanhamento alguns itens necessários para este estudo tornar-se relevante:
1o. Identificação do organograma organizacional da unidade de ensino pública. Entende-se por organograma um gráfico que identifica visualmente a estrutura formal em uma organização e/ou instituição, apresentando a hierarquia e as relações nos diferentes setores;
2º. Verificação da disposição deste organograma em locais de fácil visualização, com informações básicas sobre departamentos, seus responsáveis e atribuições do setor;
3º. Comunicação interna entre os colaboradores, nível de orientação recebido tanto para suas atribuições como também sobre a atribuição dos pares, superiores e de seus colaboradores diretos
4º. Como a atuação dos gestores tem impactado nas atividades laborais das equipes de trabalho, considerando ser esta uma instituição de ensino pública.
Para considerar os quatro itens elencados para a implantação de ferramentas organizacionais, serão descritas ações executadas e observadas.
3.1 Organograma da Instituição Pública em Estudo: Análise e reformulação
Para o planejamento do desenvolvimento do mapeamento de processos, necessita-se primeiramente fazer um levantamento das ferramentas organizacionais já implantadas na unidade de ensino pública.
Em analise verifica-se quais itens básicos estão existentes como ferramentas de otimização de informações, tanto para clientes internos como clientes externos e uma das ferramentas encontradas foi o organograma, porém com um certo agravante o mesmo não tem sido atualizado e encontra-se apenas no site da unidade escolar, não há em nenhum departamento uma ilustração de quais departamentos a unidade contempla, suas atividades e responsabilidades.
No site da unidade não há uma identificação de quando o mesmo foi desenvolvido e inserido, porém pelas mudanças ocorridas nos últimos anos entendesse ser um organograma idealizado em 2012, ou seja, fazem seis anos que não há atualização desta informação de forma escrita e representada graficamente, fazendo-se necessário atualiza-lo, tanto para os clientes internos como clientes externos.
Entende-se que a maioria dos colaboradores, principalmente os docentes tem conhecimento das informações quanto a quem são seus superiores e quais são as atribuições, porém ainda ocorrem divergências em informações.
O mesmo utilizado de forma correta minimizaria informações irrelevantes ou possíveis confusões, como exemplo cito o relato de um novo coordenador de área, que tendo assumido pela primeira vez o cargo, compreendia que deveria se reportar diretamente a Direção Geral e não ao Coordenador Pedagógico, pois o mesmo tinha dentro de sua concepção que o coordenador pedagógico só trataria de assuntos relacionados a didática e práticas pedagógicas junto a coordenação e docentes e situações diversas deveriam ser tratadas diretamente com a direção. Porém é atribuição do coordenador pedagógico acompanhar e orientar todas as solicitações e divergências dos coordenadores de áreas. Uma dúvida banal, que gera constrangimento para ambos atores desse processo.
Nesta analise verificasse a urgência de atualizar o organograma e colocá-lo atualizado na unidade de ensino pública, tendo além da visualização no site, nas áreas em comuns, como por exemplo, sala dos professores, sala de coordenadores, copa de colaboradores, oficinas, departamentos e entrada da unidade. Também se faz necessário manter o organograma no sistema informatizado utilizado pela unidade, pois é este um instrumento de comunicação principalmente com discentes e responsáveis quando menores de idade.
O Organograma que consta retratando a unidade é representado pela figura 1 deste projeto de estudo.
Fonte: http://www.etepiracicaba.org.br/organograma.php. Acesso em: 25/02/2018.
Nos dias atuais esse modelo encontra-se obsoleto e a reestruturação deste organograma precisa ser adequado ao atual cenário da unidade, considerando também a quem se reportam os terceirizados que prestam serviços na unidade.
3.2 Reformulação do Organograma da Unidade Pública em Estudo
A seguir apresenta-se a proposta do organograma reestruturado para a unidade de ensino pública, considerando que a reestruturação é um dos primeiros passos para iniciar as mudanças necessárias para o processo de comunicação e otimização das atividades executadas.
Figura 2: Novo Organograma – considerando cenário atualizado