IMPACTO DO DIAGNÓSTICO NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17013977
Aline Ferreira Santos1
Ana Claudia Alves da Silva2
Raphaele B. B. Nascimento3
Jads Victor Paiva dos Santos4
RESUMO
O estudo examina a importância de um diagnóstico preciso no Transtorno de Personalidade Borderline e as consequências da sua ausência para o tratamento e bem-estar dos pacientes. A abordagem utilizada foi qualitativa exploratória e bibliográfica, focada na análise da literatura científica sobre o TPB. Foram utilizados artigos, livros e diretrizes clínicas que abordam o diagnóstico do TPB e suas implicações terapêuticas, em bases como Google Acadêmico e o DSM-5, com palavras-chave relacionadas ao transtorno. Serão incluídos artigos publicados entre 2019 e 2024 que tratem diretamente do diagnóstico do TPB. A análise foi descritiva e interpretativa, categorizando os achados em três eixos: desafios do diagnóstico, impactos clínicos de diagnósticos incorretos e consequências terapêuticas. A discussão aborda a relação entre diagnósticos errôneos e tratamentos inadequados, destacando as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde. A revisão da literatura destaca que diagnósticos corretos resultam em maior adesão ao tratamento e melhora significativa dos sintomas. O TPB, com suas características de instabilidade emocional e comportamento impulsivo, é frequentemente mal diagnosticado, levando a intervenções inadequadas e intensificação do sofrimento. Para melhorar a prática clínica, é fundamental que os profissionais de saúde mental recebam treinamento especializado, e que sejam desenvolvidas ferramentas diagnósticas mais robustas. Embora a pesquisa apresente limitações, como a complexidade do TPB, ela enfatiza a necessidade de diagnósticos e tratamentos mais precisos, contribuindo para práticas clínicas mais eficazes e éticas. A continuidade das pesquisas é vital para reduzir o estigma e garantir que os pacientes recebam cuidados adequados.
Palavras-chave: Transtorno de Personalidade Borderline. Desafios do Diagnóstico. Impactos Clínicos.
ABSTRACT
The study examines the importance of an accurate diagnosis of Borderline Personality Disorder (BPD) and the consequences of its absence for patient treatment and well-being. The approach adopted was qualitative, exploratory, and bibliographic, focusing on the analysis of scientific literature on BPD. Articles, books, and clinical guidelines addressing BPD diagnosis and its therapeutic implications were used, drawing from sources such as Google Scholar and the DSM-5, with keywords related to the disorder. The review includes articles published between 2019 and 2024 that specifically address BPD diagnosis. The analysis was descriptive and interpretative, categorizing the findings into three axes: diagnostic challenges, clinical impacts of misdiagnosis, and therapeutic consequences. The discussion addresses the relationship between erroneous diagnoses and inadequate treatments, highlighting the difficulties faced by healthcare professionals. The literature review emphasizes that accurate diagnoses lead to greater treatment adherence and significant symptom improvement. BPD, characterized by emotional instability and impulsive behavior, is often misdiagnosed, resulting in inadequate interventions and increased suffering. To improve clinical practice, it is essential that mental health professionals receive specialized training and that more robust diagnostic tools are developed. Although the study presents limitations, such as the complexity of BPD, it underscores the need for more precise diagnoses and treatments, contributing to more effective and ethical clinical practices. Continued research is vital to reduce stigma and ensure that patients receive appropriate care.
Keywords: Borderline Personality Disorder. Diagnostic Challenges. Clinical Impacts.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição mental complexa e desafiadora que afeta significativamente a vida dos indivíduos, suas relações interpessoais e sua funcionalidade geral. O TPB é caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade e intensa sensibilidade ao abandono, que pode resultar em comportamentos autodestrutivos e de difícil manejo tanto para o paciente quanto para seus familiares e equipe de saúde. Estudos indicam que a prevalência do TPB na população geral varia entre 1% e 2%, com uma maior incidência entre mulheres e pacientes que buscam assistência psiquiátrica (American Psychiatric Association, 2013). Um dos principais desafios para o tratamento eficaz desse transtorno é o diagnóstico adequado, considerando que o TPB pode frequentemente se sobrepor a outros transtornos, como depressão, ansiedade e transtornos por uso de substâncias, dificultando uma avaliação precisa.
A importância de um diagnóstico preciso no campo da saúde mental é particularmente evidente no contexto do TPB, pois ele permite direcionar o paciente para abordagens terapêuticas mais apropriadas, como a Terapia Comportamental Dialética (DBT) e o tratamento medicamentoso, conforme a necessidade. Um diagnóstico equivocado ou a ausência de diagnóstico pode levar a intervenções ineficazes ou mesmo prejudiciais, além de comprometer a relação do paciente com a rede de apoio e o profissional de saúde (Gunderson, 2001). Nesse sentido, compreender o impacto que o diagnóstico exerce sobre o tratamento do TPB torna-se crucial para a prática clínica e para a saúde pública, uma vez que o transtorno está associado a altas taxas de morbidade e risco de suicídio (Paris, 2010).
Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo responder à seguinte pergunta científica: "De que forma a falta de um diagnóstico afeta o tratamento do transtorno de personalidade borderline?" A partir dessa questão, busca-se avaliar de que maneira o diagnóstico preciso ou impreciso pode influenciar o curso do tratamento e a resposta terapêutica dos pacientes com TPB. Assim, o trabalho investigará o impacto do diagnóstico em aspectos como a adesão ao tratamento, a escolha de intervenções e a qualidade de vida do paciente, destacando a necessidade de aprimoramento nos métodos de diagnóstico para garantir que os pacientes recebam um suporte mais adequado e eficaz.
O objetivo geral deste estudo é analisar como a falta de um diagnóstico adequado afeta o tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline. Os objetivos específicos são definir o conceito de transtorno da personalidade borderline; revisar as abordagens e diretrizes para o diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline e suas principais limitações; identificar os desafios e equívocos mais comuns que surgem da ausência de um diagnóstico diferencial adequado na prática clínica; e analisar as consequências terapêuticas, incluindo as escolhas inadequadas de intervenções psicoterapêuticas e farmacológicas associadas a um diagnóstico incorreto.
A justificativa para este estudo reside no fato de que o TPB representa um dos transtornos de personalidade com maior impacto na saúde mental e nos sistemas de saúde. Além de sua complexidade clínica, o transtorno exige dos profissionais habilidades diagnósticas refinadas e uma abordagem terapêutica específica, que só é possível mediante um diagnóstico adequado. Estudos como o de Leichsenring et al. (2011) demonstram que o diagnóstico precoce e preciso contribui significativamente para a melhora dos sintomas e para a reabilitação dos pacientes, enquanto diagnósticos errôneos podem levar a um uso inadequado dos recursos de saúde e a uma estigmatização ainda maior dos indivíduos acometidos. Portanto, este estudo pretende contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o impacto do diagnóstico no tratamento do TPB e propor reflexões sobre a importância de uma avaliação criteriosa na saúde mental.
Com base nesses pontos, este trabalho está estruturado de forma a abordar inicialmente a definição e os critérios diagnósticos do TPB, seguido de uma análise dos desafios e das implicações clínicas de diagnósticos imprecisos ou ausentes. Em seguida, será discutido o impacto direto do diagnóstico na escolha e na eficácia das intervenções terapêuticas, com uma análise dos efeitos na qualidade de vida e no prognóstico dos pacientes. Ao final, a pesquisa oferecerá uma conclusão que reforça a importância do diagnóstico adequado e sugere caminhos para a melhoria do atendimento em saúde mental, considerando a complexidade do TPB e as necessidades de seus pacientes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Transtorno de Personalidade Borderline: Definições e sintomas
O TPB é uma condição de saúde mental caracterizada por um padrão prolongado de instabilidade nas emoções, no comportamento e na imagem de si mesmo. De acordo com o DSM-5, essa desordem é marcada por uma série de características diagnósticas que incluem, entre outros, uma intensa instabilidade nos relacionamentos interpessoais, uma autoimagem distorcida e dificuldades significativas em regular as emoções.
Há também um comportamento de tensão, raiva, irritabilidade, “depressão excitada” ou “depressão durante a mania”, marcado por sintomas depressivos relacionados à agitação psicomotora. A depressão “vazia” de pacientes com TPB consiste em um sentimento de solidão, vazio e desespero, no que concerne às pessoas pelas quais são apegados, associados a uma afetividade lábil, e centraliza-se em preocupações de rejeição e abandono. Os pacientes com transtorno borderline são sensíveis às condições ambientais, vulneráveis a um sinal de perda ou sentimento de rejeição e abandono, possuem padrão instável, alteração afetiva e de humor, tendem a ser impulsivos por situações que causem uma satisfação momentânea (gastar dinheiro, apostar, utilizar substâncias ilícitas, dentre outras), e podem apresentar um alto grau de agressividade (Pollis, et al., 2019; Shiozawa, 2020).
De acordo com Lopes (2021), os sintomas principais do TPB podem ser agrupados em nove categorias:
Instabilidade emocional: Os indivíduos com TPB frequentemente experimentam emoções intensas e voláteis, alternando rapidamente entre estados de euforia e depressão. Essa instabilidade pode resultar em reações desproporcionais a eventos cotidianos.
Medo de abandono: Pessoas com TPB têm um medo exacerbado de serem abandonadas ou rejeitadas. Isso pode levar a comportamentos de busca de atenção ou a esforços desesperados para evitar a separação, mesmo em situações de relacionamentos saudáveis.
Relacionamentos interpessoais intensos e instáveis: Os indivíduos tendem a ter relacionamentos marcados por extremos. Podem idealizar alguém em um momento e, em seguida, desvalorizar essa pessoa em outro, refletindo uma visão polarizada dos relacionamentos.
Comportamentos impulsivos: O TPB é frequentemente associado a comportamentos de risco, como abuso de substâncias, gastos excessivos, ou comportamentos autolesivos. Essa impulsividade pode ser uma forma de lidar com a dor emocional intensa.
Perturbação da identidade: Indivíduos com transtorno de personalidade borderline apresentam mudanças súbitas em opiniões, metas, valores e identidade, resultando em dificuldade para manter uma autoimagem consistente. Muitas vezes, sentem-se inadequados e oscilam entre se ver como vítimas e buscar justiça por experiências passadas. Também relatam uma sensação de “não existir”, especialmente na ausência de relacionamentos significativos. Essa adaptabilidade, semelhante a um camaleão, faz com que se ajustem ao ambiente e às companhias presentes.
Recorrência de comportamentos, gestos ou ameaças suicidas: Tentativas de suicídio são comuns entre pessoas com transtorno de personalidade borderline, com uma taxa estimada de 9%. O comportamento de automutilação afeta cerca de 70% dos casos e inclui cortes, queimaduras e ferimentos intencionais. Embora não haja consenso sobre quando a automutilação se torna suicida, ambos os comportamentos estão frequentemente relacionados. A busca por ajuda geralmente ocorre quando há ideação suicida recorrente, com ou sem automutilação. Ameaças suicidas e automutilação podem surgir após experiências de abandono (real ou imaginado) e estão ligadas a sentimentos de alívio, dissociação, frustração ou autopunição.
Sentimentos crônicos de vazio: A sensação de "vazio", frequentemente relatada por pessoas com transtorno de personalidade borderline, está ligada a uma constante incompletude. Essa instabilidade de identidade contribui para a percepção de esvaziamento, levando ao sentimento de "não sei quem sou". Essa sensação se intensifica em momentos de solidão, o que explica a necessidade constante de companhia. Comportamentos compulsivos podem surgir como tentativas de preencher esse vazio.
Raiva Intensa e inapropriada, ou dificuldade em controlá-la: Pessoas com transtorno de personalidade borderline frequentemente apresentam irritabilidade e dificuldade em controlar a raiva, que surge de forma constante. Esse sintoma pode se manifestar como sarcasmo extremo, amargura persistente, brigas físicas recorrentes e explosões de raiva injustificadas. Após esses episódios, sentimentos de culpa e vergonha costumam intensificar a percepção de serem pessoas más.
Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos: Em situações de estresse extremo ou percepção de abandono, podem surgir sintomas dissociativos ou paranoides, geralmente de curta duração e intensidade que não justificam um diagnóstico adicional. A despersonalização, uma sensação de distanciamento de si mesmo, faz com que a pessoa se veja como um mero observador de seus próprios processos mentais e corporais. Já a desrealização envolve a sensação de irrealidade do ambiente, como se o mundo fosse um sonho distorcido. Sintomas de ideação paranoide, como sensação de perseguição ou injustiça, também podem ocorrer, mas não atingem a gravidade de um delírio.
Os portadores do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) manifestam inespecífica ausência de tolerância à ansiedade, controle de impulsos e capacidade de sublimação, graves perturbações nas relações de objeto, e sintomas neuróticos crônicos e múltiplos. A ocorrência do transtorno é de 2% na população, sendo mais comum em mulheres, aproximadamente 75%dos casos, porém quando ocorre em homens sintomas como agressividade são agravados. Os portadores do TPB possuem gestos ou ameaças suicidas, e comportamentos de automutilação, e cerca de 75% dos pacientes limítrofes tentam pelo menos uma vez o suicídio ao longo da vida, acometendo diretamente a qualidade vida desses indivíduos e dos que estão ao seu redor. (Warol, 2022, p. 02)
A identificação desses sintomas é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados do Transtorno de Personalidade Borderline. O entendimento dessas características pode ajudar profissionais de saúde mental e familiares a oferecer suporte e intervenções eficazes, promovendo um caminho para a recuperação e o bem-estar.
2.2 Importância do Diagnóstico no Transtorno de Personalidade Borderline
O diagnóstico do TPB desempenha um papel fundamental na definição do tratamento adequado e na promoção da recuperação do paciente. A precisão no diagnóstico não apenas ajuda a identificar as características específicas do transtorno, mas também orienta os profissionais de saúde mental na seleção de intervenções terapêuticas apropriadas. Estudos e teorias no campo da psicologia reforçam a importância desse processo diagnóstico e suas implicações para o tratamento.
O diagnóstico classifica a TPB em dois subtipos: o tipo impulsivo que se caracteriza pela presença de instabilidade emocional e descontrole de impulsos e o tipo borderline composto por distúrbios da autoimagem, perturbações de escolhas internas como a sexualidade, relações ou paixões intensas e instáveis e comportamentos autoagressivos. No geral, o TPB se correlaciona com comorbidades como transtornos de humor, transtornos de ansiedade e ainda uso de substâncias psicoativas (Reinecke, et al., 2020; Agnol, et al., 2019; Simoni, et al., 2018).
A terapia baseada no tratamento psicológico auxilia o paciente com TPB a se entender e se encontrar dentro de uma perspectiva psicodinâmica. Além disso, ajuda esses indivíduos no enfrentamento de seus conflitos e dilemas emocionais e no campo comportamental visando ações mais equilibradas, frente a um distúrbio que ocasiona grandes instabilidades, comorbidades e além de recaídas constantes (Lopez e Ferraz, 2021; Castro, et al., 2020)
Um diagnóstico correto do TPB permite uma abordagem terapêutica mais direcionada. A Terapia Comportamental Dialética (DBT), por exemplo, é uma forma de tratamento que se mostrou particularmente eficaz para indivíduos com TPB. Essa abordagem é adaptada para lidar com a instabilidade emocional e comportamentos autodestrutivos característicos do transtorno. Sem um diagnóstico preciso, a implementação de DBT e outras intervenções específicas podem ser comprometidas, resultando em um tratamento menos eficaz.
É importante, primeiro, entender como se dá o diagnóstico do TPB. Não há um exame físico para tal; a entrevista clínica é o que indicará ao profissional a presença dos sintomas. Além disso, não basta descrever esses sintomas para o profissional; o diagnóstico de um transtorno de personalidade ocorre quando há um sofrimento clinicamente significativo devido a esses sintomas. Como se trata da personalidade, é preciso que exista uma continuidade desses sintomas ao longo da vida, começando, normalmente, na adolescência ou no início da idade adulta. (Lopes, 2021, p. 22)
Além disso, a pesquisa demonstra que o reconhecimento precoce do TPB pode melhorar significativamente os resultados a longo prazo. Estudos mostram que intervenções precoces podem levar a uma redução dos sintomas, aumento da estabilidade emocional e melhora nos relacionamentos interpessoais. O diagnóstico oportuno também oferece ao paciente uma compreensão clara de sua condição, promovendo um maior engajamento no tratamento e um senso de controle sobre sua vida.
De acordo com Lopes (2021), uma outra dimensão importante do diagnóstico é a sua função educativa. Quando pacientes e familiares recebem um diagnóstico claro, eles podem entender melhor o comportamento e as emoções do indivíduo, reduzindo a culpa e o estigma associados ao transtorno. Essa compreensão é vital para construir um sistema de apoio efetivo, que é crucial para a recuperação.
Ademais, o diagnóstico do TPB serve como um ponto de partida para a pesquisa contínua na área da saúde mental. À medida que os profissionais de saúde mental aprimoram suas habilidades diagnósticas, também contribuem para um corpo de conhecimento que pode levar a melhores práticas e políticas de saúde mental. Lopes (2021) cita que alguns estudos adicionais podem explorar os mecanismos subjacentes do TPB, levando a intervenções mais eficazes e personalizadas.
O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline é uma etapa essencial que impacta diretamente a eficácia do tratamento e a qualidade de vida dos indivíduos afetados. A importância de um diagnóstico preciso e atempado não pode ser subestimada, pois é fundamental para guiar o tratamento, promover a compreensão e fomentar um futuro mais promissor para os pacientes.
De acordo com Melo (2021), há a necessidade de preparo de profissionais de saúde no apoio a esses pacientes que, por diversas vezes, por não conhecer sobre o transtorno, acabam que não ofertando um tratamento adequado, prejudicando assim a evolução do paciente.
2.3 Desafios no Diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline
O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline pode ser particularmente desafiador para os profissionais de saúde mental, devido à complexidade e à sobreposição dos sintomas com outros transtornos. Esses desafios são exacerbados por diversos fatores, incluindo comorbidades, variabilidade nos sintomas e estigmas associados ao transtorno.
Ao pesquisar a palavra “borderline” no DSM, encontra-se mais de cem referências, evidenciando o cuidado necessário no diagnóstico. É importante lembrar que qualquer diagnóstico de transtorno mental é delicado e envolve mais do que uma simples pesquisa. Focaremos nas peculiaridades do borderline, começando por identificar os transtornos que compartilham sintomas semelhantes. Compreender as semelhanças e diferenças ajudará a entender melhor a personalidade borderline e suas implicações.
Segundo Lopes (2021), uma das principais dificuldades no diagnóstico do TPB é a presença frequente de comorbidades. Estudos mostram que indivíduos com TPB muitas vezes apresentam outros transtornos mentais, como depressão, transtornos de ansiedade, transtornos alimentares e dependência de substâncias. Essa comorbidade pode confundir o diagnóstico, uma vez que os sintomas podem ser atribuídos a um transtorno primário, ofuscando a presença do TPB. Além disso, muitos dos sintomas do TPB, como instabilidade emocional e comportamentos impulsivos, são comuns em outros transtornos de personalidade, dificultando a diferenciação.
No que tange aos principais desafios no tratamento pode-se ressaltar a instabilidade emocional dos pacientes que geralmente experimentam mudanças extremas de humor, levando a dificuldades em manter relacionamentos e aumentando o risco de automutilação, a falta de medicamentos aprovados pela FDA uma vez que atualmente, nenhum medicamento é aprovado especificamente para DBP, complicando as opções de tratamento farmacológico e a coexistência do transtorno de personalidade borderline com outros transtornos mentais, necessitando de estratégias de tratamento abrangentes (Eleuterio et al. 2024, p. 06).
Outra questão significativa é a semelhança do TPB com outros transtornos de personalidade, especialmente o Transtorno Depressivo Recorrente e o Transtorno de Ansiedade Generalizada. Essas condições compartilham características como a busca de atenção e a instabilidade nas relações, o que pode levar a diagnósticos equivocados. A falta de critérios objetivos e a subjetividade na avaliação dos sintomas também contribuem para a complexidade do diagnóstico.
O Transtorno Depressivo Recorrente e o Transtorno de Personalidade Borderline, de acordo com Zimmerman (2023), apresentam algumas semelhanças, como a instabilidade emocional e a sensação de vazio. Pessoas com TPB frequentemente experimentam humor instável, o que também pode ocorrer em episódios depressivos. No entanto, as diferenças entre os dois transtornos são notáveis: enquanto a instabilidade emocional no TPB é mais crônica e intensa, as flutuações de humor no transtorno depressivo tendem a ser mais episódicas. Além disso, o TPB envolve questões de identidade e relacionamentos, características que não são primárias na depressão. É importante observar que o TPB frequentemente coexiste com transtornos de humor, como a depressão, sendo que esta pode ser uma consequência dos desafios emocionais e relacionais associados ao TPB.
Ainda segundo Zimmerman (2023), o Transtorno de Personalidade Borderline pode ser confundido com o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) em alguns casos, apresentando semelhanças e diferenças notáveis. Indivíduos com TPB podem experimentar ansiedade intensa, especialmente em relação a relacionamentos e ao medo de abandono, o que pode se assemelhar aos sintomas de TAG, que incluem preocupação excessiva e inquietação. Ambas as condições podem envolver dificuldades na regulação emocional, resultando em reações desproporcionais a estressores. Contudo, Lopes (2022) esclarece que as diferenças são claras: enquanto a ansiedade no TAG é mais generalizada e não se limita a contextos de relacionamento, no TPB, a ansiedade está frequentemente ligada a medos de abandono e instabilidade nas relações interpessoais. Além disso, o TPB inclui comportamentos impulsivos e dificuldades com a autoimagem e identidade, características que não estão presentes no TAG. É importante notar que ambas as condições podem coocorrer; indivíduos com TPB podem apresentar sintomas de TAG, e a ansiedade pode ser uma resposta às instabilidades emocionais e relacionais associadas ao TPB.
Adicionalmente, o estigma associado ao TPB pode influenciar a percepção dos profissionais. Muitas vezes, as características comportamentais dos indivíduos com TPB são mal interpretadas como manipulação ou desonestidade, o que pode resultar em um viés que impede um diagnóstico preciso. Eleutério et al. (2024) cita que essa desconfiança pode afetar o relacionamento entre o paciente e o profissional, dificultando a coleta de informações precisas e a construção de um ambiente terapêutico seguro.
Diante dessas dificuldades, é essencial que os profissionais de saúde mental adotem uma abordagem abrangente e sensível ao diagnosticar o TPB. Isso inclui a realização de entrevistas detalhadas, a consideração de históricos familiares e o uso de ferramentas de avaliação padronizadas. O reconhecimento da complexidade do TPB e a formação contínua em diagnósticos diferenciais são fundamentais para garantir que os indivíduos recebam o tratamento apropriado e eficaz.
A abordagem do TPB deve transcender o âmbito clínico tradicional. O papel das redes de apoio, a compreensão aprimorada dos fatores de risco psicossociais e a consideração das experiências individuais dos pacientes emergem como elementos essenciais para otimizar o tratamento. Além disso, a necessidade de estratégias integradas e adaptativas, levando em conta a complexidade do TPB, aponta para a importância de uma abordagem personalizada e multifacetada. É crucial reconhecer que o TPB não é uma entidade estática, mas sim um espectro dinâmico que exige abordagens flexíveis. (Dos Santos, 2023, p 05)
2.4 Consequências de Diagnósticos Imprecisos
Um diagnóstico preciso do Transtorno de Personalidade Borderline é crucial para o tratamento eficaz e a recuperação do paciente. De acordo com Eleutério et al. (2024), diagnósticos imprecisos, sejam por falta de reconhecimento da condição ou por diagnósticos incorretos, podem ter consequências graves e de longo alcance, afetando não apenas o tratamento, mas também a qualidade de vida do indivíduo.
Embora os medicamentos sejam importantes, a base do tratamento do transtorno de personalidade borderline é a psicoterapia. Compreender o funcionamento mental é essencial para lidar melhor com as situações do dia-a-dia. Por ser um quadro complexo, que envolve a essência da pessoa, pode parecer que não há saída. No entanto, a psicoterapia oferece caminhos para a transformação necessária, promovendo uma vida mais estável, conforme Zimmerman (2023)
Uma das principais consequências de um diagnóstico incorreto é a possibilidade de um tratamento inadequado. Quando o TPB não é reconhecido, o paciente pode receber intervenções destinadas a outros transtornos, que podem não abordar as especificidades e a gravidade dos sintomas do TPB. Isso pode levar a uma deterioração da saúde mental e a um aumento de comportamentos autolesivos, impulsividade e crises emocionais. Além disso, tratamentos inadequados podem gerar frustração e desconfiança nas abordagens terapêuticas, levando o paciente a desistir do tratamento.
Outro efeito negativo é a potencial perpetuação de um ciclo de estigmatização e marginalização. Pacientes que não recebem um diagnóstico correto muitas vezes se sentem incompreendidos e isolados, o que pode exacerbar sentimentos de inadequação e vazio. Conforme explicita Lopes (2021), a falta de um diagnóstico claro pode resultar em dificuldades nas relações interpessoais, já que amigos e familiares podem não entender a gravidade dos sintomas e, consequentemente, não oferecer o apoio necessário.
Além disso, a ausência de um diagnóstico preciso pode impactar o manejo de comorbidades. Indivíduos com TPB frequentemente apresentam outros transtornos mentais que podem requerer atenção específica. De acordo com Zimmerman (2023), sem um entendimento claro do TPB, os profissionais podem falhar em abordar essas condições concomitantes de maneira eficaz, comprometendo ainda mais a saúde global do paciente.
Por fim, o impacto no prognóstico a longo prazo não pode ser subestimado. A falta de um diagnóstico e tratamento adequados pode levar a um agravamento dos sintomas ao longo do tempo, resultando em dificuldades na vida cotidiana, trabalho e relacionamentos. O reconhecimento e a intervenção precoces são essenciais para melhorar a qualidade de vida e promover uma recuperação mais eficaz.
As perspectivas futuras para o tratamento do TPB incluem um crescente interesse em abordagens terapêuticas inovadoras e personalizadas. Lopes (2021) afirma que técnicas como neurofeedback e estimulação magnética transcraniana estão sendo exploradas como terapias adjuvantes, com estudos iniciais sugerindo eficácia na redução de impulsividade e instabilidade emocional. A identificação de biomarcadores genéticos e neurobiológicos pode também permitir intervenções mais direcionadas. Além disso, novas abordagens psicoterapêuticas, como a Terapia Baseada em Mentalização e a Terapia Focada na Compaixão, mostram-se promissoras na promoção da autorregulação emocional e na melhoria do funcionamento psicossocial, indicando caminhos para um tratamento mais eficaz e holístico.
Diante dessas consequências, é fundamental que os profissionais de saúde mental se empenhem em realizar diagnósticos precisos e completos, utilizando ferramentas de avaliação adequadas e buscando uma compreensão abrangente do histórico e das experiências do paciente.
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa será desenvolvida com uma abordagem qualitativa de caráter exploratório e bibliográfico, baseada na análise de literatura científica sobre o transtorno de personalidade borderline (TPB). A abordagem será qualitativa, com ênfase em artigos científicos, livros especializados e diretrizes clínicas focados em diagnósticos de TPB e seus impactos na terapia e prognóstico dos pacientes. A pesquisa utilizará bases de dados científicas, serão consultadas bases como o Google Acadêmico além de livros e manuais clínicos sobre TPB, especialmente o DSM-5, utilizando palavras-chave como “transtorno de personalidade borderline”, “diagnóstico diferencial”, “equívocos diagnósticos”, “intervenção terapêutica” e “avaliação clínica”.
Os critérios de seleção serão artigos publicados com recorte temporal de 2001 a 2024, que tratem diretamente do diagnóstico do TPB e suas implicações terapêuticas, em idiomas como português, inglês e espanhol. A coleta de dados se dará através de uma revisão sistemática da literatura, na qual serão seguidos os seguintes passos; identificação dos estudos após a pesquisa nas bases de dados, os estudos relevantes serão selecionados com base no título e no resumo. Os critérios de inclusão serão incluídos estudos que discutam diretamente o TPB e o impacto do diagnóstico, bem como aqueles que tratem das consequências clínicas e terapêuticas de diagnósticos errôneos.
Os critérios de exclusão serão estudos que não abordem o diagnóstico ou que tratem apenas de outros transtornos de personalidade. A análise será feita de forma descritiva e interpretativa dos textos selecionados. As abordagens teóricas serão comparadas, destacando os pontos convergentes e divergentes sobre o impacto da ausência de um diagnóstico diferencial. Será dada ênfase aos desafios clínicos e consequências terapêuticas documentadas nos artigos revisados, buscando identificar padrões nas dificuldades encontradas pelos profissionais de saúde mental e os impactos diretos nos pacientes com TPB.
Para organizar e interpretar os dados, será feita uma categorização temática, dividindo os achados em três eixos principais; Desafios do diagnóstico, impactos clínicos de diagnósticos incorretos e consequências terapêuticas. Os resultados serão discutidos à luz da literatura revisada, comparando as evidências encontradas com a hipótese do estudo. A discussão abordará a relação entre diagnósticos incorretos e a escolha inadequada de tratamentos, as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde na realização de um diagnóstico diferencial preciso, as implicações para a prática clínica e para futuras pesquisas na área. Como se trata de uma revisão de literatura, não haverá coleta direta de dados com participantes humanos, dispensando a necessidade de aprovações éticas. No entanto, todas as fontes serão devidamente citadas, respeitando-se a ética em pesquisa científica.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição psicológica complexa que afeta uma significativa parcela da população, caracterizada por instabilidade emocional, relacionamentos interpessoais intensos e comportamentos impulsivos. Reconhecido oficialmente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o TPB frequentemente se manifesta na adolescência ou início da idade adulta, impactando profundamente a vida do indivíduo e suas interações sociais (Zimmerman, 2023)
Este distúrbio é comum, mas pouco conhecido, caracterizado por instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e nas conexões afetivas, além de uma impulsividade acentuada em diversos contextos, o que pode gerar dificuldades no convívio social.
Nesse sentido, é fundamental disseminar informações sobre o transtorno para aumentar o número de diagnósticos. Lopes (2021) afirma que, com o diagnóstico e o tratamento multiprofissional adequado, é possível melhorar a convivência social das pessoas que sofrem com essa condição.
Embora a etimologia do termo "borderline" sugira uma posição ambígua entre neurose e psicose, a realidade do transtorno é muito mais intrincada, exigindo uma compreensão aprofundada das suas nuances. Este artigo tem como objetivo explorar os principais aspectos do Transtorno de Personalidade Borderline, incluindo suas características clínicas, possíveis causas, abordagens terapêuticas e o impacto que exerce na vida dos afetados, buscando desmistificar esse transtorno e promover uma maior conscientização sobre suas implicações.
5 CONCLUSÃO
O presente estudo teve como objetivo examinar a importância de um diagnóstico preciso no contexto do TPB e explorar as consequências da falta de um diagnóstico adequado para o tratamento e o bem-estar dos pacientes. A partir da revisão de literatura e análise dos dados disponíveis, fica evidente que o diagnóstico precoce e acurado do TPB é um elemento crucial para a implementação de intervenções terapêuticas eficazes. Estudos apontam que pacientes diagnosticados corretamente apresentam maior aderência ao tratamento, melhoria significativa dos sintomas e uma qualidade de vida superior em comparação àqueles que sofrem com diagnósticos incorretos ou ausência de diagnóstico (Warol, 2022).
O TPB é caracterizado por uma combinação de instabilidade emocional, comportamento impulsivo e dificuldades interpessoais, o que torna seu diagnóstico particularmente desafiador e frequentemente sujeito a erro. A falta de um diagnóstico correto pode levar à aplicação de tratamentos inadequados, que não abordam as especificidades do transtorno, resultando em frustração tanto para o paciente quanto para o profissional de saúde. Além disso, diagnósticos equivocados, como confundir TPB com transtornos de humor, podem levar a abordagens farmacológicas ineficazes, intensificando sintomas e o sofrimento do paciente.
As implicações para a prática clínica são significativas. Dado o impacto direto do diagnóstico no tratamento, sugere-se que os profissionais da saúde mental recebam treinamento contínuo e especializado para diferenciar o TPB de outras condições com sintomas semelhantes. Além disso, o desenvolvimento e a padronização de ferramentas diagnósticas mais robustas podem melhorar a precisão dos diagnósticos e, consequentemente, a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes. A introdução de abordagens específicas para TPB, como a Terapia Comportamental Dialética e a Terapia Baseada em Mentalização, mostrou-se fundamental para a eficácia do tratamento e para a redução de comportamentos autolesivos, característicos deste transtorno, conforme verificado com os estudos de Gunderson (2001).
A pesquisa, no entanto, apresenta limitações, incluindo a complexidade intrínseca do TPB, que dificulta a generalização dos achados. Estudos futuros poderiam ampliar o escopo, incluindo amostras mais diversificadas e explorando abordagens diagnósticas inovadoras que integrem fatores psicossociais e neurobiológicos para uma compreensão mais completa do transtorno.
Conclui-se que a ausência de um diagnóstico preciso para o TPB compromete severamente a saúde e o bem-estar dos pacientes, reforçando a necessidade de estratégias de diagnóstico e tratamento mais assertivas e individualizadas. Este trabalho destaca a relevância do diagnóstico no tratamento de transtornos mentais complexos como o TPB e contribui para o fortalecimento de práticas clínicas mais eficazes e éticas. A continuidade das pesquisas sobre o tema é essencial para reduzir o estigma em torno do TPB e garantir que indivíduos afetados por esse transtorno possam receber um tratamento justo, eficaz e baseado em evidências.
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1 Discente do Curso Superior de Psicologia da Faculdade Anhanguera Campus Valparaíso de Goiás-GO. E-mail: [email protected]
2 Discente do Curso Superior de Psicologia da Faculdade Anhanguera Campus Valparaíso de Goiás-GO. E-mail: [email protected]
3 Discente do Curso Superior de Psicologia da Faculdade Anhanguera Campus Valparaíso de Goiás-GO. E-mail: [email protected]
4 Docente do Curso Superior de Psicologia da Faculdade Anhanguera Campus Valparaíso de Goiás-GO. E-mail: [email protected]