CIÊNCIA E TECNOLOGIA NA COLABORAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE

PDF: Clique Aqui


REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10724753


Camila do Nascimento1
Elisangela da Silva Carneiro2
Luciane do Rossio Leal3


RESUMO
O presente trabalho irá discutir os pressupostos teóricos da ciência e da tecnologia no desenvolvimento de uma sociedade como um todo. Considerando que ciência e tecnologia são duas das áreas importantes que moldam a sociedade moderna. Elas estão constantemente se desenvolvendo e mudando o mundo ao nosso redor, e têm um impacto direto e indireto na sociedade. Sendo assim, é preciso questionar-se acerca da importância de refletir sobre ciência e tecnologia, quando se sabe que ambas modificam as estruturas sociais. Essa área de estudo busca examinar as estruturas científicas e tecnológicas de colaboração de ambas as áreas na construção da sociedade, dos sujeitos que vivem, a ciência no objetivo de explicar os fatos e a tecnologia no objetivo de construir, criar e produzir. Ao analisar essas duas relevantes áreas será possível compreender os sentidos, as teorias que cercam o conhecimento científico e tecnológico. Os levantamentos aqui apresentados serão por intermédio de pesquisa bibliográfica realizada em livros, materiais eletrônicos, publicações, artigos etc., busca-se responder com foco específico no tema.
Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Sociedade.

ABSTRACT
The present work will discuss the theoretical assumptions of science and technology in the development of society as a whole. Whereas science and technology are two of the important areas that shape modern society. They are constantly developing and changing the world around us, and have a direct and indirect impact on society. Therefore, it is necessary to question the importance of reflecting on science and technology, when it is known that both modify social structures. This area of study seeks to examine the scientific and technological collaboration structures of both areas in the construction of society, of the subjects who live, science in the aim of explaining the facts and technology in the aim of building, creating and producing. By analyzing these two relevant areas, it will be possible to understand the meanings, the theories that surround scientific and technological knowledge. The surveys presented here will be based on bibliographical research carried out in books, electronic materials, publications, articles, etc., with a specific focus on the theme.
Keywords: Education. Technology. Society.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho se propõe a discutir os pressupostos que cercam a ciência e tecnologia no mundo moderno, com essas duas importantes áreas modificando os espaços sociais. Essas mudanças provocam alterações nas estruturas sociais que conhecemos.

Este estudo objetiva compreender a ciência e a tecnologia, para tanto, a ciência e a tecnologia serão tema central na discussão e reflexão, a ciência é intrínseca, histórica e complexa, busca evidência pelos fatos, sempre plausíveis, em estudos e baseados em resultados obtidos através de aplicação. A tecnologia resolve problemas, cria soluções, modifica o arcaico para o novo. A ciência questiona, indaga, pergunta.

Essas duas áreas intrinsecamente relacionadas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade atual. Ambas têm progredido de forma contínua e se alimentam mutuamente, impulsionando a inovação e o avanço humano em diversas áreas.

A ciência é responsável por conduzir investigações e experimentos para compreender o mundo ao nosso redor. Ela se baseia na observação, na pesquisa e no método científico para obter respostas sobre a natureza, seja ela física, biológica ou química.

A tecnologia, por sua vez, utiliza os conhecimentos alcançados pela ciência para criar soluções práticas e aplicáveis. Ela é a aplicação prática do conhecimento científico para atender às necessidades humanas. Com ela, podemos desenvolver novos materiais, medicamentos, dispositivos eletrônicos, equipamentos avançados e sistemas complexos, que melhoram a qualidade de vida e facilitam a execução de várias tarefas.

A união dessas duas áreas tem resultado em importantes descobertas e inovações que moldam o mundo em que vivemos. A tecnologia tem sido responsável por acelerar a ciência, fornecendo ferramentas avançadas, como microscópios eletrônicos, supercomputadores, sondas espaciais e instrumentos de análise sofisticados. Essas ferramentas permitem que os cientistas ampliem seus campos de pesquisa e aprofundem suas investigações.

Além disso, a ciência e a tecnologia estão cada vez mais presentes em nossa vida cotidiana. Desde dispositivos móveis inteligentes até redes sociais e aplicativos de entrega, a tecnologia está profundamente enraizada em nossa sociedade, facilitando as comunicações, agilizando processos e melhorando a qualidade de vida das pessoas. Da mesma forma, a ciência nos proporciona uma melhor compreensão de nosso corpo, saúde e meio ambiente, permitindo-nos tomar decisões mais informadas e desenvolver soluções para os desafios globais.

É essencial garantir que esses avanços sejam éticos, sustentáveis e acessíveis a todos. Também é necessário levar em consideração as questões sociais e culturais envolvidas em seu desenvolvimento, garantindo que a tecnologia beneficie toda a sociedade, sem excluir ou prejudicar nenhum grupo.

Em suma, a ciência e a tecnologia são aliadas inseparáveis que impulsionam o progresso humano. Seu trabalho conjunto nos permite entender e explorar o mundo ao nosso redor, fornecendo soluções inovadoras para melhorar nossa qualidade de vida e enfrentar os desafios globais. É fundamental investir em pesquisas científicas e no desenvolvimento tecnológico, pois são eles que pavimentarão o caminho para um futuro mais promissor e sustentável.

É nesse viés que este estudo propõe reflexões críticas sobre a junção dessas duas áreas relevantes na construção e na observação do mundo e do homem.

2. MÉTODOS

Este estudo objetivou-se pela pesquisa bibliográfica e recorreu à abordagem quantitativa, que visa assim, procurar diversas fontes de informações para explorar a educação comparada, a partir de vários ângulos. A escolha desta metodologia permitiu revisar de maneira detalhada.

Como objetivo geral este trabalho tem em ampliar o estudo sobre ciência e tecnologia, a colaboração dessas duas áreas para o desenvolvimento da sociedade. A partir disso, os objetivos específicos se desdobram em: compreender ciência e tecnologia; a importância das duas áreas para o desenvolvimento e o avanço da sociedade; refletir sobre ciência e tecnologia e suas contribuições para o mundo em que vivemos.

O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consulta às bases de dados especializados, como: SCIELO e Google Acadêmico. Foram usadas as seguintes palavras-chave: educação, educação comparada, sistemas educativos.

Foram selecionados teses e artigos após leitura e análises de livros, artigos, dissertações, teses e traduções pertinentes à temática desenvolvida e o estudo e análise das duas áreas citadas.

Quanto ao objetivo a pesquisa de caráter exploratória, com a análise de documentos e levantamento bibliográfico para melhor compreensão sobre o tema.

Quanto ao objeto deu-se pesquisa bibliográfica visando consultar acervos de dados existentes que puderam contribuir para a conclusão desde trabalho.

Sobre a pesquisa bibliográfica, Fonseca (2002, p. 32) diz que:

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta. (FONSECA, 2022, p.32).

Após selecionados os critérios, o material selecionado contou com um pouco mais de 08 fontes. Foram utilizadas, preferencialmente, publicações com autores que dialogam sobre o tema. Após o levantamento das fontes, iniciou-se a análise e interpretação do conteúdo, buscando direcioná-lo ao objetivo principal dessa pesquisa e melhor compreensão.

3. A RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

No final da década de 1990, com a proliferação do uso da Internet a rede mundial que interliga computadores espalhados pelas diversas regiões do planeta, e sua utilização para os mais variados fins, a tecnologia expressa no emprego dos computadores se constituiu em um fenômeno cuja reflexão teórica ainda está apenas no início.

Para Mussoi, Pozzatti e Behar (2007, p.7), “afirmam que com o advento da Internet e suas ferramentas de comunicação e interação, o computador pessoal foi substituído pelo computador coletivo, interligado através de um sistema de rede, estabelecendo a era da comunicação digital”.

Os recursos com base na internet, oportunizando novas dinâmicas para os processos dentro da sociedade e também proporcionaram novos desafios para os sujeitos. Atividades que demandavam esforços físicos, hoje são substituídos pela inteligência de robôs e computadores com inteligência artificial. O mundo globalizado que existe caminha cada vez mais para uma colaboração entre ciência, tecnologia e sociedade.

A tecnologia, acabou transformando a vida e a cultura de toda sociedade pós-moderna, devido essa evolução, em algum momento da história, alcançou as instituições de ensino também, mediante esse despertar da pós-modernidade, acabou trazendo as facilidades do mundo digital, tornando muitos processos manuais em automáticos, facilitando a vida em sociedade.

Tecnologia, ciência e sociedade andam juntas, são colaborativas para o desenvolvimento do ser humano como sujeito ativo e crítico no meio em que vive. Tanto ciência, como tecnologia são maneiras de resolver problemas, novos processos, conhecimentos, com objetivo da melhoria da vida das pessoas. Com essa evolução foi possível ao ser humano aumentar sua expectativa de vida, facilitar a comunicação em tempo real de todos os lugares do mundo, e tornar a educação facilitadora pela utilização do computador (CERUTTI, 2017).

A partir das mudanças ocasionadas pela ciência e tecnologia na sociedade o homem passou a desenvolver técnicas de transformação e manuseamento de materiais, seja ele qual for. A tecnologia na sociedade impacta diretamente na vida em sociedade, modificando estruturalmente diversos segmentos (CERUTTI, 2017).

Em tempo, é preciso refletir sobre os avanços que a tecnologia e ciência proporcionam na sociedade, e como esta é impactada direta e indiretamente para o seu desenvolvimento, considerando contexto político, cultural e social do mundo atual (CERUTTI, 2017).

4. AS CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA E DA CIÊNCIA PARA A SOCIEDADE MODERNA

A tecnologia e a ciência têm sido fundamentais para o desenvolvimento da sociedade moderna. Desde a Revolução Industrial, a tecnologia tem sido um motor para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. A ciência, por sua vez, tem sido responsável por avanços significativos em áreas como medicina, agricultura e energia.

De acordo com Amaral et. al. (2005) o Brasil está um tanto atrasado quando o assunto é tecnologia para a educação, embora possam ter algumas instituições fazendo investimentos, ela ainda não é a realidade da grande maioria das instituições, sobretudo nas da rede pública de ensino.

A entrada da tecnologia na educação deveria ser a estratégia geral de política educativa, considerando a diversidade dos aspectos culturais, econômicos e políticos presentes em nosso país e na educação (TEDESCO, 2004), muito embora isso não seja visto.

Mesmo que se tenham instituições que oferecem recursos tecnológicos para a prática pedagógica docente, é possível notar que há algumas limitações para suas aplicações, seja pela relutância de alguns docentes em seu uso ou pelo fato de ser usada para mascarar práticas desprovidas de objetivos concisos e ou até mesmo propostas pedagógicas mal planejadas (AMARAL et. al., 2005).

[...] dada a diversidade de situações e o enorme dinamismo que existe nesse campo, as estratégias políticas deveriam basear-se no desenvolvimento de experiências, inovações e pesquisas particularmente direcionadas a identificar os melhores caminhos para um acesso universal a essas modalidades, que evite o desenvolvimento de novas formas de exclusão e marginalidade (TEDESCO, 2004, p. 12).

Partindo dessa mesma ótica, Amaral et. al. (2005) corroboram ao afirmar que a tecnologia, através da educação, contribui para a inclusão social e derruba barreiras de distâncias, classes sociais e diversidade cultural, e assim amplia as possibilidades do ensino-aprendizagem (PEREIRA; FREITAS, 2009), sendo este “o grande objetivo das escolas [...] e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade dessa aprendizagem” (LIBÂNEO, 2007, p.30).

A inovação não está restrita ao uso da tecnologia, mas também à maneira como o professor vai se apropriar desses recursos para criar projetos metodológicos que superem a reprodução do conhecimento e levem à produção do conhecimento (BEHRENS, 2000, p. 103).

Para isso, no entanto, é preciso que as escolas saibam como aplicar todo o potencial existente no sistema educacional, especialmente nos seus componentes pedagógicos e processos de ensino-aprendizagem, destacando-se assim o papel do professor que ao fazer uso das tecnologias através da diversidade e inovação na sala de aula, deixa de ser um mero transmissor de informações e se torna um facilitador da construção do conhecimento pelo aluno (PEREIRA; FREITAS, 2009).

Embora, vez por outra, ainda desempenhe o papel do especialista que possui conhecimentos e/ ou experiências a comunicar, no mais das vezes desempenhará o papel de orientador das atividades do aluno, de consultor, de facilitador da aprendizagem, de alguém que pode colaborar para dinamizar a aprendizagem do aluno, desempenhará o papel de quem trabalha em equipe, junto com o aluno, buscando os mesmos objetivos; numa palavra, desenvolverá o papel de mediação pedagógica (MASETTO, 2009, p. 142).

Assim, a aprendizagem torna-se mais fácil para o aluno quando há uma reflexão flexível e verdadeira com o professor, ou seja, pela mediação e não pela imposição. O conhecimento é construído, não simplesmente memorizado ou reproduzido sem significado algum ou contextualizado a realidade do sujeito.

Os alunos por crescerem em uma sociedade permeada de recursos tecnológicos, são hábeis manipuladores da tecnologia e a dominam com maior rapidez e desenvoltura que seus professores. Mesmo os alunos pertencentes a camadas menos favorecidas têm contato com recursos tecnológicos na rua, na televisão etc., e sua percepção sobre tais recursos é diferente da percepção de uma pessoa que cresceu numa época em que o convívio com a tecnologia era muito restrito (ALMEIDA, 2000, p. 108).

Partindo dessa premissa, fica claro que os alunos têm acesso e domínio sobre as tecnologias por conviverem diariamente com ela, e estas levam a práticas pedagógicas colaborativas, flexíveis e dinâmicas, respeitando as relações de aprendizagem que tornam o sujeito um ser ativo no seu processo de formação e sua inserção na sala de aula requer planejamento a fim de facilitar o processo didático-pedagógico da escola (PEREIRA; FREITAS, 2009).

A aquisição da informação, dos dados, dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer, hoje, dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor – o papel principal – é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los (MORAN, 2000, p. 29).

É claro que o simples acesso à tecnologia em si não é o mais importante, mas a criação de novos ambientes de aprendizagem e dinâmicas sociais a partir do seu uso (MORAES, 1997), sendo necessário conhecê-la e saber incorporá-la a prática.

As tecnologias devem ser utilizadas para valorizar a aprendizagem, incentivar a formação permanente, a pesquisa de informação básica e novas informações, o debate, a discussão, o diálogo, o registro de documentos, a elaboração de trabalhos, a construção da reflexão pessoal, a construção de artigos e textos (MASETTO, 2006, p. 153).

Sabendo que a tecnologia está presente no cotidiano de todos e não somente no meio escolar como no uso da TV, vídeo, DVD, rádio, celulares, computadores, tablets e a internet, é preciso reconhecê-las como ferramentas a serem exploradas na prática pedagógica, cujas mídias têm grande poder pedagógico uma vez que se utilizam da imagem. Assim, é preciso que a escola se aproprie desses recursos tecnológicos e com isso possa dinamizar o processo de aprendizagem.

O impacto das novas tecnologias produz alterações no cotidiano da vida escolar. [...] Os professores têm se perguntado se o que ensinam pode ser significativo para seus alunos viverem nessa sociedade de transformação; indagam sobre a viabilidade de suas práticas; sobre o que chamam de “concorrência” com as tecnologias. [...] questões relativas às rupturas dos laços sociais e interativos do cotidiano escolar, evidenciado na questão da violência que permeia as relações entre os sujeitos escolares, no desreconhecimento/estranhamento entre professores e alunos e na desmotivação de aprender e de ensinar (PELLANDA et. al., 2000, p.107).

Neste contexto, é necessário que o professor adquira as aptidões necessárias para poder usar as Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) como um auxílio ao ensino, ajudando os alunos na aquisição de conhecimentos e favorecendo a interação entre ambos.

Superar esses desafios não é tarefa fácil, mas a escola vem buscando tais mudanças, pois é sabido de seu papel em proporcionar ao aluno meios eficazes para aprender a obter a informação, construir seu conhecimento e adquirir competências, desenvolvendo assim seu senso crítico (ROSA; CECÍLIO, 2011), ou seja, assegurar uma formação integral e educação de qualidade, que nada mais é que aquela capaz de proporcionar-lhes o desenvolvimento de habilidades fundamentais para que sejam membros e cidadãos participativos.

A escola de qualidade terá que integrar as novas tecnologias de comunicação de modo eficiente e crítico, sem perder de vista os ideais humanistas da modernidade, mostrando-se capaz de colocar as tecnologias a serviço do sujeito da educação - cidadão livre - e não a educação a serviço das exigências técnicas do mercado de trabalho (BELLONI, 1998, p.08).

Essa incorporação das tecnologias na escola não se trata apenas de uma ação técnica, mas sua inclusão deve convergir para as particularidades de cada escola de modo que beneficie a comunidade escolar sem acentuar as diferenças socioeconômicas existentes entre as escolas públicas e privadas (ROSA; CECÍLIO, 2011).

[...] o papel relevante que as novas tecnologias da informação e da comunicação poderão desempenhar no sistema educacional depende de vários fatores. Além de uma infraestrutura adequada de comunicação, de modelos sistêmicos bem planejados e projetos teoricamente bem formulados, o sucesso de qualquer empreendimento nesta área depende, fundamentalmente, de investimentos significativos que deverão ser feitos na formação de recursos humanos, de decisões políticas apropriadas e oportunas, amparadas por forte desejo e capacidade de realização (MORAES, 1998, p. 01).

De acordo com Rosa e Cecílio (2011) o uso pedagógico das TICS na educação exige a sensibilização e conscientização dos professores em relação às constantes e rápidas mudanças de ordem política, cultural, socioeconômica, comunicacional e educacional que as novas tecnologias de comunicação vêm alavancando.

A tecnologia tem sido um fator chave para o desenvolvimento econômico e social. Segundo Castells (1999), a tecnologia da informação e da comunicação (TIC) tem sido um dos principais motores da globalização e da economia do conhecimento. A TIC tem permitido a criação de novos produtos e serviços, a melhoria da eficiência produtiva e a redução de custos. Além disso, a tecnologia tem sido fundamental para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Segundo Rifkin (2014), a tecnologia tem permitido a criação de novas formas de transporte, comunicação e entretenimento, além de melhorias significativas na saúde e na educação.

A ciência, por sua vez, tem sido responsável por avanços significativos em áreas como medicina, agricultura e energia. Segundo Kuhn (2012), a ciência é um processo de descoberta e inovação que tem permitido a criação de novos conhecimentos e tecnologias.

Na medicina, por exemplo, a ciência tem permitido a criação de novos medicamentos e tratamentos para doenças antes incuráveis. Na agricultura, a ciência tem permitido a criação de novas variedades de plantas e animais, além de técnicas mais eficientes de produção. Na energia, a ciência tem permitido a criação de novas fontes de energia renovável, como a energia solar e eólica.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo dessas discussões foi possível constatar e refletir sobre a tecnologia, a ciência e a sociedade, seus conceitos, os pressupostos teóricos, desse tema tão relevante.

Foi possível observar na discussão da tecnologia no contexto da sociedade atual e como esta impacta em todas as ações.

A tecnologia e a ciência levam-nos em busca de novas respostas e novas perguntas sobre a sociedade, quando trata-se das mudanças que aconteceram e que ainda irão acontecer, para além das concepções técnicas, mas que também sociais, culturais e políticas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. E. B. de. Informática e Formação de Professores. vol. 1. Série de Estudos

Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2000.

AMARAL, A. L. As eternas encruzilhadas: de como selecionar caminhos para a formação do professor de ensino superior. In: XXII ENDIPE, 2005, Curitiba. Conhecimento local e conhecimento universal: pesquisa, didática e ação docente. Belo Horizonte: Editora Universitária Champagnat, 2005. v. 1, p. 139-150.

BELLONI, M. L. Tecnologia e formação de professores: Rumo a uma pedagogia pós-moderna? Educ. Soc., Campinas, v. 19, n. 65, dec.  1998.  

BEHRENS, M. A. A formação pedagógica e os desafios do mundo moderno. In: MASETTO, M. T. Docência na universidade. Campinas: Papirus, 2000. p. 57-68.

BEHERENS, M. A. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: Papirus, 2005.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CERUTTI, D. M. L. Ciência Tecnologia e Sociedade. Diolete Marcante Lati Cerutti. Ponta Grossa: UEPG/ NUTEAD, 2017. 68 p.; il. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176344/2/Ci%C3%AAncia%2C%20tecnologia%20e%20sociedade.pdf Acessado em: 01/08/2023.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2012.

LAMAR, A. R., & VICENTINI, T. (2019). Epistemologia e educação comparada na América e no Caribe: algumas concepções. Filosofia E Educação, 10(3), 618–634. https://doi.org/10.20396/ rfe. v10i3.8653809.

LIBÂNEO, J. C. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2007.

MASETTO, M.T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, José Manuel., MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 8. ed. Campinas, SP: Papirus, 2009.

MORAES, M. C. Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da Informação na Educação. 1997. Disponível em <http://www.edutec.net/Textos/Alia/MISC/edmcand2.htm> Acesso em 04 abril. 2019.

MORAES, S. A. de. O uso da internet na prática docente: reflexões de uma pesquisadora em ação. 1998 107f. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2006.

MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audivisuais e telemáticas. In: MORAN, J.M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 12. ed. Campinas, SP: Papirus. 2000. p.11-66.

MUSSOI, E. M; POZZATTI, M. L.; BEHAR, P. A. Comunidades virtuais: _SA.doc> . Acesso em: 18 julho 2023.

NÓVOA, A. Ilusões e Desilusões da Educação Comparada. Política e Conhecimento. (s.a) 2017 Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/files/ESC51_Antonio.pdf Acesso em: 13/07/2023.

PELLANDA, N. M. C.; PELANDRA, E. C.; MARASCHIN, C. Ciberespaço: um hipertexto com Pierre Lévy. Porto Alegre/ RS: Artes e Ofícios, 2000.

PEREIRA, B. T.; FREITAS, M. do C. D. O uso das tecnologias da informação e comunicação na prática pedagógica da escola. PDE 2009. Disponível em < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1381-8.pdf> Acesso em 05 abril. 2019.

PEREIRA, V.; FREITAS, A. Filosofia e Educação: uma relação necessária. Universidade Estadual da Paraíba, 2020 Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/enid/2015/TRABALHO_EV043_MD1_SA3_ID598_29062015211822.pdf Acessado em: 30/04/2023.

RIFKIN, J. A terceira revolução industrial: como a energia verde, a internet das coisas e a tecnologia de informação vão transformar o mundo. São Paulo: Makron Books, 2014.

ROSA, R.; CECÍLIO, S. Educação e o uso pedagógico das tecnologias da informação e comunicação: a produção do conhecimento em análise. Universidade de Uberaba- UNIUBE, 2011. Disponível em <http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2011/05/Artigo-0x-15.1-Rosemar.pdf> Acesso em 05 abril. 2019.

SANTOS, A. M; BAADE, J.H; SILVA, E. (2017). Educação Comparada: Relevância Epistemológica e Operacional. Educação em Revista, Marília, v.18, n.1, p.41-56, Jan-Jun, 2017. Disponível em: https://usecerbrum.blob.core.windows.net/educacional/documentos_disciplina_atividade/406727e9-7587-4000-8edf-f25d7446745a_220620230720_Educa%C3%A7.pdf Acessado em: 18/07/2023.

TEDESCO, J. C. Educação e novas tecnologias: esperança ou incerteza? São Paulo: Cortez, 2004. p. 9-13.


1 Doutoranda em Ciências da Educação- FICS. Graduação em Letras- Univali. Especialização em Docência e Mediação- Uniasselvi. Especialização em didática e práticas de ensino e tecnologias educacionais- UFVJM. Mestra em Tecnologias Emergentes em Educação- MUST University. E-mail: [email protected]

2 Doutoranda em Ciências da educação – FICS. Mestra em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST University. Bacharel em Teologia- Uniasselvi. Licenciatura em Pedagogia- Centro Universitário Claretiano. Especialista em Formação Pedagógica do Professor Universitário- PUC- PR. Email: [email protected]

3 Doutoranda em Ciências da Educação pela FICS. Mestra em Tecnologias Emergentes em Educação- MUST University. Graduada em Teologia- FEPAR. Graduada em Licenciatura em Pedagogia- Faculdade Machado de Assis. Psicanalista- SPP. Pós-graduada em Docência do Ensino Superior, Educação a Distância com ênfase em Tutoria, Pedagogia Cristã, Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação e Teoria Psicanalítica. Email: [email protected]