ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM NO TRABALHO DE PARTO HUMANIZADO: O USO DA AROMATERAPIA

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10348341


Rafaella Bernardo Andrade


RESUMO
Introdução: Para o alívio de dores agudas alguns métodos não farmacológicos são considerados efetivos e quando se trata do trabalho de parto, não é diferente. A aromaterapia pode proporcionar a parturiente o alívio da dor, da ansiedade e angústia, além de proporcionar conforto durante o trabalho de parto. Objetivo: Analisar a utilização de óleos essenciais no manejo da dor durante o trabalho de parto. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura (RIL). Como critérios de inclusão tiveram-se: artigos originais em texto completo; publicados nos idiomas português, inglês e espanhol; no período de 2011 a 2022. Excluíram-se as produções que abordavam a aromaterapia em outras populações, como também artigos repetidos, trabalhos de conclusão de curso, teses, dissertações, estudos que não atendessem ao objeto e pesquisas que não retratassem a realidade brasileira. Resultados: Um corpus de análise foi constituído com oito artigos. Observou-se nos estudos selecionados, que a aromaterapia possui um leque de variedades com propriedades específicas sendo um método excelente para o alívio da dor, na diminuição da ansiedade e medo, como também no auxílio da contração e redução do tempo de trabalho de parto. Considerações finais: A partir da análise dos estudos selecionados pode-se chegar à conclusão de que o enfermeiro tem um papel primordial quando se fala da utilização de métodos não farmacológicos durante o trabalho de parto.
Palavras-chaves: Trabalho de Parto; Aromaterapia; Dor do Parto.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Iniciais

O objeto deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é: a utilização pelo enfermeiro, dos óleos essenciais na aromaterapia enquanto prática integrativa, para o alívio da dor durante o trabalho de parto.

Contextualizando o objeto acima descrito, sabe-se que no cenário brasileiro o número de cesarianas continua crescendo, principalmente nas pessoas que têm acesso a rede privada de saúde, onde os números de cesarianas representaram um total de 84.76% em 2019, significando um alto número de ações intervencionistas diversas vezes desnecessárias à mãe e ao bebê. (BRASIL, 2020).

A escolha do parto é sempre uma questão que vale ser previamente discutida, já que a literatura reconhece que o parto normal oferece muitos benefícios tanto à mãe quanto ao bebê. Porém, diversas vezes a mulher fica com medo da dor intensa durante o trabalho de parto e com isso opta pela cesariana. (ANDREI E COMUNE, 2006).

O parto, no contexto de uma assistência humanizada, ocorre norteado por diversas práticas que envolvem o respeito à fisiologia natural do corpo. Um dos profissionais que ficam à frente desse processo é o enfermeiro que tem diversas funções voltadas a proporcionar a melhor experiência possível neste momento único. Faz-se necessário propor medidas de conforto e apoio emocional, como por exemplo, o uso da aromaterapia. (GNATTA, DORNALLAS & SILVA, 2011).

Porém, sabe-se que no contexto da saúde brasileira, o uso do modelo biomédico para a assistência às mulheres em trabalho de parto permanece sendo o mais utilizado, e assim torna-se muitas vezes difícil à implementação de métodos alternativos dentro de ambientes hospitalares. (BORGES, MADEIRA & AZAVEDO. 2011).

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) introduziu as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) por meio da Política Pública Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PINPIC), aprovada no dia 3 de maio de 2006 (BRASIL, 2006). Neste sentido, enquanto parte da equipe de saúde, o enfermeiro tem respaldo legal para exercer as PICS, conforme determinado na Resolução COFEN n. 197, de 19 de março de 1997, desde que esteja habilitado para exercer tais atividades. (BRASIL, 1997). 

A aromaterapia é uma prática que utiliza os óleos essenciais (OE) das plantas aromáticas, que, quando inalados, ativam receptores das vias respiratórias através do sistema do olfato pelo bulbo e nervos olfativos, que propiciam uma ligação direta com o Sistema Nervoso Central, levando o estímulo ao Sistema Límbico, responsável pelo controle da memória, emoção, sexualidade, impulsos e reações instintivas, proporcionando modificações físicas e psicológicas. Além disso, também pode ser aplicado na pele, penetrando nos ductos das glândulas sebáceas, folículos pilosos e através das células da pele, sendo levados, então, aos receptores sensitivos (GNATTA, DORNELLAS & SILVA, 2011).

Considerando o exposto, apresenta-se como questões norteadoras deste TCC: Como e quando a aromaterapia pode ser utilizada no manejo da dor durante o trabalho de parto? Quais os óleos essenciais mais recomendados para este cuidado?

Para tanto, esta pesquisa teve por objetivo: Descrever a utilização dos óleos essenciais, na aromaterapia enquanto prática integrativa, para o alívio da dor durante o trabalho de parto.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2021, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática da cesariana continua crescendo mundialmente, correspondendo no Brasil a um total de quase 45%. Este crescimento se dá por políticas e financiamentos do setor de saúde, normas culturais, percepções sobre o parto e pela qualidade da atenção à saúde. (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2021).

O presente estudo é relevante, pois propõe uma discussão sobre os usos da aromaterapia enquanto PICS na assistência à saúde de mulheres em um momento singular, o parto. Esta prática, de bom custo-benefício, tem se apresentado como um cuidado humanizado, de tecnologia leve, pouco invasiva e não alopático. Contudo, ainda pouco valorizado, conhecido e utilizado na assistência obstétrica. Neste sentido, este TCC poderá contribuir para fomentar esta discussão nos espaços de ensino da graduação e pós-graduação na enfermagem, ampliando o escopo da formação profissional.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Os óleos essenciais e a aromaterapia: definições

Os OE são extratos oleosos provenientes de plantas, folhas, frutas, raízes e flores de diversos tipos. Um mesmo OE pode ser tão complexo a ponto de carregar em sua fórmula molecular mais de 200 componentes. Eles devem ser extraídos de uma forma muito meticulosa, afinal, é preciso garantir a qualidade e a pureza. O método de destilação por arraste a vapor é um dos mais utilizados, pois, consegue evitar a alteração da composição química do óleo. (GNATTA, DORNELLAS, & SILVA, 2011).

Os OE são diferentes quimicamente dos óleos graxos pelo fato das moléculas aromáticas serem bem menores, sendo um diferencial dos OE a sua volatilidade completa, sendo lipofílicos e hidrofóbicos1 . (MASCARENHAS, 2019; MEDEIROS, 2015).

Existem diversas maneiras para extração os OE de suas matérias primas como por exemplo: a enfloragem é um método mais antigo, feita através de gorduras onde coloca-se uma planta num frasco de vidro com óleo graxo e expõem ao sol por uma a duas semanas, depois as plantas são espremidas. Tem o método de pressão a frio, que é um processo usado em frutas cítricas. É utilizada também a destilação, feita no alambique, que é um grande tanque cilíndrico, onde são depositadas as plantas que recebem o vapor vindo de outro recipiente. (LAVABRE, 2018).

Porém, a técnica mais moderna e com maior rendimento é a extração com solvente, onde as plantas são imersas em solventes adequados e a separação se realiza naturalmente, infelizmente esses óleos sempre contêm vestígios do solvente, se tornando inadequado para a aromaterapia. (LAVABRE, 2018).

A aromaterapia consiste na aplicação terapêutica de OE em diversas partes do corpo. Composto de substâncias extraídas de plantas aromáticas e medicinais, sendo posteriormente destilada e prensada. No Brasil, há disponível uma grande variedade de OE, sendo cada um indicado para uma função singular. (NEI NAIFF, 2009).

Atualmente, a aromaterapia é vista como um recurso terapêutico reconhecido pela OMS. Assim, a prática é uma linha complementar de tratamentos de saúde. Tal técnica é uma das PICS utilizadas pelo SUS. Estudos realizados nos últimos anos vêm reforçando que a aromaterapia auxilia no fortalecimento do organismo e no combate de problemas fisiopatológicos. Assim, a aromaterapia serve para diferentes objetivos, tais como: aliviar sintomas de ansiedade; induzir ao relaxamento; ajudar na saúde do sono; promover sensação revigorante; melhorar a saúde da mulher; tratar doenças respiratórias; amenizar dores musculares; estimular as defesas naturais do corpo; auxiliar no desenvolvimento cognitivo e concentração, mas para isso, é preciso saber escolher o OE que apresente os efeitos desejados. (NEI NAIFF, 2009).

2.2 Benefícios do uso da aromaterapia durante o parto

Os métodos não farmacológicos (MNF) possuem uma grande aceitação por parte das equipes que trabalham diretamente com assistência ao parto, desde os anos 60, e cada vez mais vem ganhando espaço nas práticas de humanização do parto. Para que a evolução do parto seja contínua é necessário manter o equilíbrio emocional, que muitas vezes pode ser ampliado no trabalho de parto, liberando hormônios adrenocorticotróficos e cortisóis (GAYESHI e BRUGGEMANN, 2010).

A Aromaterapia é considerada como um tratamento pelo Ministério da Saúde, classificado como uma das diversas práticas integrativas e complementares. Dentre os seus benefícios estão: Alivia a ansiedade, depressão, asma ou resfriado; fortalece o sistema imunológico; melhora o humor; ajuda nas noites de sono; contribui para manter a pressão sanguínea sob controle; melhora o foco e a concentração; entre outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

As puérperas reconhecem os MNF como eficazes quanto a sua finalidade e associam a eles sentimentos de satisfação, relaxamento e tranquilidade. Dessa forma, fica evidenciada a importância da utilização dos MNF nos períodos pré e transparto (SANTANA, 2017).

Os MNF proporcionaram conforto e relaxamento, tornando assim uma prática benéfica que tem grande importância no uso dos MNF, proporcionando um cuidado mais humanizado (RITTER, 2020).

A aromaterapia no trabalho de parto não só é utilizada como um método não farmacológico para alívio da dor, mas também traz bem-estar, aumenta pensamentos positivos, neutraliza medos e ansiedade que possam surgir e ajuda a aliviar náuseas e vômitos. As formas de uso dos OE durante o trabalho de parto podem ser através de inalação, massagem, escalda-pés, banheira e borrifado no ambiente. (AMARAL, 2019).

3. METODOLOGIA

Realizou-se um estudo bibliográfico, do tipo Revisão Integrativa de Literatura (RIL). O método de pesquisa adotado é considerado como método valioso na área da saúde, pois resume as pesquisas e livros disponíveis a respeito da temática abordada. (SOUZA, SILVA; CARVALHO 2010).

A pesquisa bibliográfica é desencadeada através da leitura, a análise e a interpretação de material impresso. Entre eles podemos citar livros, documentos, mimeografados ou fotocopiados, periódicos, imagens, manuscritos, mapas, entre outros (GIL, 2018)

Foram utilizadas as bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Eletronic Library Online (Scielo), onde foram utilizados dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) para o idioma português, inglês e espanhol, junto ao operador booleano AND na combinação “aromaterapia” AND “trabalho de parto” AND “dor do parto”.

Elencaram-se os seguintes critérios de inclusão: artigos originais em texto completo; publicados nos idiomas português, inglês e espanhol; no período de 2011 a 2022. Excluíram-se as produções que abordavam a aromaterapia em outras populações, como também artigos repetidos, trabalhos de conclusão de curso, teses, dissertações, estudos que não atendessem ao objeto de pesquisa do TCC, pesquisas que não retratassem a realidade brasileira.

A busca foi realizada no período de 05 de setembro de 2021 a 18 de outubro de 2022, com os descritores definidos: Trabalho de Parto; Aromaterapia; Dor do Parto, oriundos do portal de Descritores de Ciências da Saúde (Decs, 2022).

Seguiu-se a análise dos títulos dos artigos científicos encontrados, selecionaram-se aqueles que apresentavam relação com o objetivo desta pesquisa, posteriormente submetido à leitura crítica completa dos artigos.

Utilizaram-se para a seleção das publicações incluídas no estudo, as recomendações do modelo PRISMA, representado na figura 1.

Figura 1. Fluxograma de processo de identificação, seleção e inclusão dos artigos escolhidos, adaptado ao modelo PRISMA 2009

4. RESULTADOS

Os oito artigos que compõem o corpus de análise deste TCC estão organizados no Quadro 1, que caracteriza os estudos cronologicamente a partir do ano de publicação, títulos, autores, tipo de publicação e objetivo.

Quadro 1. Síntese dos artigos elencados conforme título, tipo de publicação, ano de publicação e objetivo de estudo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2022

5. DISCUSSÃO

A dor do parto faz parte da própria natureza humana e, ao contrário de outras experiências dolorosas agudas, não está associada a patologia, mas sim, com a experiência de gerar uma nova vida. No entanto, algumas mulheres consideram que é a pior dor sentida e, muitas vezes, superior ao que esperavam. (ARAUJO, 2018).

Essa dor resulta de complexas interações, de caráter inibitório e excitatório e, embora, seus mecanismos sejam semelhantes aos da dor aguda, existem fatores específicos do trabalho de parto de natureza neurofisiológica, obstétrica, psicológica e sociológica que interferem no seu limiar. Desta forma, as opções não farmacológicas podem auxiliar a parturiente no alívio da dor. A manutenção do equilíbrio emocional durante o trabalho de parto é fundamental, onde entra a assistência de enfermagem. (SOUZA, 2019).

A assistência de enfermagem no trabalho de parto e parto refere-se ao período em que a gestante apresenta contrações uterinas em intervalos regulares, que aumentam progressivamente em termos de frequência e intensidade e com o passar do tempo são concomitantes ao apagamento e dilatação progressiva do colo uterino. (GOMES, 2015).

O enfermeiro obstetra possui perfil e competência para acompanhar o processo fisiológico do nascimento, contribuindo para a sua evolução natural, reconhecendo e corrigindo os problemas e encaminhando aquelas que demandam assistência especializada. (MERIGHI; GUALDA, 2009) Com isso, pode-se citar como os objetivos da enfermagem acolher e apoiar a paciente em todo o trabalho de parto, monitorar os sinais e sintomas da evolução do parto, orientar e oferecer os MNF de alívio da dor e prestar um atendimento humanizado a paciente e seu acompanhante. (BRASIL, 2014).

Os MNF de alívio da dor incluem a deambulação, massagens, movimentos facilitadores do trabalho de parto, banho de aspersão, bola suíça, respiração consciente, aromaterapia, escalda pés. (BRASIL, 2014) Eles têm o papel de facilitar a experiencia da mulher durante o processo do nascimento, baseando-se nos princípios básicos da humanização pautados no respeito, empatia, intersubjetividade, envolvimento, vínculo e oferecendo à mulher possibilidade de escolha, de acordo com suas crenças. (MERIGHI; GUALDA, 2009).

A aromaterapia, como um MNF, tem auxiliado à mulher durante a gestação e trabalho de parto. Consistindo-se na utilização de Óleos Essenciais, que são instáveis bioquimicamente e evaporam rapidamente, estimulando as células nervosas olfativas, ativando via sistema límbico (área cerebral responsável pela olfação, memória e emoção) os receptores que podem influir na frequência cardíaca, na respiração e na resposta ao estresse. (BUCKLE, 2019).

Segundo Oliveira (2019), as parturientes destacaram que o parto normal foi uma boa experiência, relataram que os MNF auxiliaram de maneira positiva dando a elas conforto e autoestima e que relatam serem técnicas qualificadas e seguras (OLIVEIRA, 2019).

Além disso, a aplicação da aromaterapia vai além do tratamento. É uma PIC que também contribui para a prevenção e equilíbrio psicossomático do organismo. Para o sucesso e eficácia do procedimento, a aromaterapia depende da ação dos OE por meio do contato com a pele, a corrente sanguínea e sistema olfativo (ANDREI & COMUNE, 2005).

A pesquisa feita por Lehugeur et. al. (2017) mostrou que o aumento da utilização das PICS por parte da equipe de Enfermagem obstétrica mostrou resultados positivos, pois aumentou a autoestima e autonomia das parturientes que participaram do estudo e usaram dois ou mais MNF.

A aromaterapia se mostrou uma valiosa ferramenta para a prática do profissional enfermeiro obstetra em sua atuação com MNF, para que se obtenha o alívio da dor durante do TP (SOUZA, 2019).

O uso das PICS, quando aplicado adequadamente pelo enfermeiro, podem proporcionar benefícios como a redução da dor e ansiedade, colocando a mulher como protagonista do parto, desenvolvendo autonomia e autocuidado, consciente de tudo o que está acontecendo com o seu corpo nas fases do parto (BORGES, 2011).

Na pesquisa realizada por Silva em 2021, sobre as PICS, 100% das enfermeiras apontaram conhecer aa aromaterapia, como podemos ver na figura abaixo:

Figura 2 – Representação do conhecimento sobre as práticas integrativas e complementares utilizadas na gestante e no trabalho de parto


Fonte: SILVA, 2021

A dor durante o trabalho de parto pode levar à perda do controle emocional da mulher, constituindo um evento estressor e traumático capaz de levar a desordens mentais. Nessa perspectiva, o manejo da dor através de práticas complementares e alternativas vem sendo implementado na assistência à mulher em trabalho de parto de forma potente. (LEHUGEUR, 2017).

Uma dessas práticas alternativas é a aromaterapia, a qual utiliza o poder das plantas através de óleos essenciais específicos, como de jasmim e lavanda, para a evolução no trabalho de parto e alívio da dor. (LEHUGEUR, 2017).

Os OE têm eficácia devido às suas propriedades analgésicas, sedativas, anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas que estão relacionadas aos compostos químicos, agindo no hipotálamo e ativando o sistema nervoso parassimpático, estimulando a ação dos hormônios femininos durante o trabalho de parto (KARTILAH & FEBRUANTI, 2020).

Além disso, existem várias vias para a aplicabilidade do OE, com as massagens, sendo as mais utilizadas durante o trabalho de parto, sabendo que a diluição para massagem aromática possui uma equivalência para de 30 ml de óleo vegetal para uma gota de óleo essencial. (AMARAL, 2019).

Os óleos carreadores são aqueles nos quais os OE são diluídos antes da massagem e são todos de origem vegetal. A maioria deles é extraído de nozes e sementes. Existem diversos óleos carreadores que podem ser selecionados de acordo com as condições da pele, sendo o mais utilizado o óleo de amêndoa doce, pois é rico em minerais, vitaminas e proteínas, sendo provavelmente o melhor óleo carreador para massagens com múltiplas finalidades. (COSTA, 2019).

Uma pesquisa, realizada pela Universidade Anhanguera, em 2021, descreveu os tipos de óleos essenciais mais utilizados durante o trabalho de parto, resposta das 13 enfermeiras participantes da pesquisa da Maternidade Cândido Mariano (n= 4) e Hospital Universitário (n= 9), Campo Grande. Estão quantificados na Figura 2. (SILVA, 2021).

Figura 3 - Óleos essenciais utilizados durante o trabalho de parto

Fonte: SILVA, 2021

É notório que o OE de lavanda é o mais utilizado no alívio da dor durante o trabalho de parto e na diminuição da ansiedade. Apresenta na sua composição o linalol e o acetato de linalila, que parecem favorecer a ação dos hormônios femininos presentes no trabalho de parto e parto, através da supressão do neocórtex e ação do ‘cérebro primitivo’, ou seja, o OE de lavanda favorece concentração e tranquilidade à mulher. O OE de lavanda também possui efeito antidepressivo, analgésico, antiviral, citofilático, descongestionante, desodorante, emenagogo, hipotensivo, nervinho (movimento involuntário das pálpebras) e sedativo. (COSTA, 2019).

Existem outros OE utilizados no TP, entre eles: OE de canela; OE de Ylang Ylang; OE de Hortelã-pimenta; OE Hortelã-do-campo; OE de Alecrim; OE de Salvia esclareia; e o OE de Pimenta-rosa.

O OE canela (Cinnamomum verum) é um exemplo de que é preciso ter cautela no uso da aromaterapia. Ele foi apontado pelas enfermeiras como sendo o segundo mais utilizado no TP sendo que, pela literatura científica, sua utilização deverá ser cuidadosa, não podendo utilizar o OE puro por ser cáustico, causando irritação cutânea. O OE de canela aumenta a sensação de bem-estar, trazendo calma e promovendo um relaxamento natural do corpo e da mente. (CARDOSO et. Al. 2018).

O OE de YLANG YLANG (Cananga odorata) é utilizado para aumentar a sensação de bem-estar, melhora o humor, diminui a ansiedade, tensão nervosa e muscular, fobias e estresse. Além disso, esse poderoso óleo tem propriedades sedativas, reduz a pressão sanguínea, diminui a frequência cardíaca e alivia a hiperpneia, podendo, ser usado em massagens terapêuticas durante o TP. (BUCKLE, 2019).

O OE de Hortelã auxilia no controle de Náuseas, vômitos e dores de cabeça. Cerca de 80% das gestantes costumam sentir náuseas, enjoos, amargor na boca e dores de cabeça, especialmente no primeiro trimestre de gravidez, devido ao estímulo hormonal da gravidez, o hCG, que atua sobre uma área no cérebro conhecida como “centro do vômito2 ”. Os OE de Hortelã-pimenta (Mentha piperita) e Hortelã-do-campo (Mentha arvensis) são muito úteis para tratar as náuseas durante o TP, sendo um excelente analgésico muscular e estimulante da mente. (BUCKLE, 2019).

O OE de Alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma ótima opção para aliviar os sintomas relacionados à má digestão, como gases, dor de estômago, diarreia e prisão de ventre, por exemplo. Além disso, é capaz de melhorar dores nas costas, sendo utilizado no final da gravidez também durante o trabalho de parto. Porém, não deve ser utilizado em pessoas hipertensas, pois pode elevar a pressão artérial e em pessoas com epilepsia. (BUCKLE, 2019).

O OE de Salvia esclareia (Salvia sclarea) é especialmente indicada para ansiedade, artrite, asma, depressão, estresse, indigestão, memória, menstruação ausente ou escassa, pressão alta e TPM. Além disso, é uma das melhores opções para ser usada no momento do parto por ser fortemente relaxante e reduzia a ansiedade, auxiliando nas contrações e, portanto, podendo acelerar o TP. (BUCKLE, 2019).

O OE de pimenta rosa (Schinus terebinthifolius) é um excelente imunoestimulante, bactericida, fungicida e anti-inflamatório, auxiliando no tratamento de cistite, leucorréia e candidíase, além de reduzir processos inflamatórios e desintoxicar o organismo, auxiliar no relaxamento do corpo, estimula a circulação. No TP, sua indicação se dá por acelerar a cicatrização pós-parto, além de estimular a circulação sanguínea podendo acelerar o TP. (BUCKLE, 2019).

Evidenciou-se em um dos estudos, que a utilização da aromaterapia pode ser realizada por meio de técnicas como: acupressão, massagem, escalda pés, diluição em água para banho de imersão e inalação, sendo o OE utilizado foi o L. augustifolium e sua aplicação foi realizada por enfermeiras obstétricas. Considerou-se que a maioria das gestantes optaram pela técnica da inalação nesse estudo que obteve como desfecho a redução significativa da dor em mulheres nulíparas, bem como a redução do medo e da ansiedade. Destaca-se nesse sentido, a participação das enfermeiras obstétricas, podendo este fato estar relacionado à sua formação que direciona a sua prática para o ‘cuidar’, respeitando os aspectos fisiológicos, emocionais e socioculturais que envolvem o processo reprodutivo. (SILVA et. al., 2019).

A massagem é um dos métodos não farmacológicos mais eficazes para redução da dor durante o trabalho de parto, pois tem como benefícios a promoção do relaxamento, o aumento do fluxo sanguíneo e consequentemente a oxigenação dos tecidos, como também reduz o estresse emocional, logo, todos esses benefícios se tornam fundamentais para reduzir a dor que esta parturiente sente durante o trabalho de parto. Este método pode ser combinado com outras terapias (por exemplo, a musicoterapia) para que o relaxamento seja alcançado com mais precisão. No trabalho de parto, a realização da massagem pelo acompanhante, faz com que a parturiente sinta a sensação de alívio como de proximidade com a pessoa que esteja realizando a massagem, pois é uma forma de promover a estimulação sensorial através do toque sistêmico e manipulação dos tecidos. (ARAÚJO et. al., 2018).

Sendo uma técnica de estimulação sensorial, baseada no toque sistêmico e na manipulação dos tecidos, que ativa os sistemas simpático e parassimpático, reduzindo a secreção de adrenalina e noradrenalina, bem como aumentando a liberação de endorfinas e ocitocina. Seu uso é recomendado para reduzir ansiedade e estresse, promover relaxamento e conforto, aliviar dores e desconfortos, diminuir fadiga muscular e propiciar consciência corporal e equilíbrio emocional. Durante a parturição, a aplicação de massagem favorece a evolução fisiológica, reduz a duração do trabalho de parto, melhora as contrações uterinas, fortalece o vínculo com o profissional e se reverte em maior satisfação. (PIMENTEL et. al., 2021).

A massagem e o toque durante o trabalho de parto são simples intervenções que, segundo as parturientes, reduzem a dor e aumentam a sensação de bem-estar. Em consonância com o citado anteriormente, pode-se verificar que esta técnica, além de agir no controlo da dor, reduz também o nível de ansiedade e favorece a progressão do trabalho de parto. Para alcançar os efeitos desejados, as mãos devem ser previamente aquecidas, friccionando-as uma contra a outra. As mãos devem deslizar suavemente e em movimentos circulares na área dorida, no ritmo da respiração da parturiente. A massagem mostra-se mais efetiva no controle da dor quando realizada na fase latente. Esta técnica diminui as alterações comportamentais, o estresse e ansiedade relacionados com a dor, além de possibilitar a participação do acompanhante, aumentando a sensação de conforto e segurança da parturiente. (MOULAZ et. al., 2018).

Na pesquisa realizada por Osorio et. al., sobre as evidências encontradas quanto ao uso de MNF para alívio da dor no trabalho de parto, a redução da dor foi percebida pelas nulíparas antes e após a administração da aromaterapia, o que não ocorreu com as multíparas. A dor, a ansiedade e o medo foram menores para 86% das mulheres que receberam a intervenção da aromaterapia. (OSORIO et. al., 2014).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise dos estudos selecionados pode-se chegar à conclusão de que o enfermeiro tem um papel primordial quando se fala da utilização de MNF durante o trabalho de parto. É notória a importância da utilização de MNF, como é o caso da aromaterapia, para alívio da dor, ansiedade, estresse, dentre outros sintomas desconfortáveis inerentes ao TP.

Releva-se o fácil acesso à aromaterapia por profissionais da enfermagem, uma vez que é uma prática não invasiva, porém a implementação desta prática ainda é pouco difundida, apesar de seus inúmeros benefícios já conhecidos. Além do mais, foi constatado que as parturientes se sentem mais confortáveis com a presença do enfermeiro.

Quanto à redução da dor, o óleo mais utilizado pelos estudos citados nesta RIL foi o OE de lavanda. Conclui-se, desta forma, que a aromaterapia, quando utilizada com os OE corretos, possui diversas capacidades terapêuticas e deve ser incentivada à ampliação dos estudos acerca desta temática.

REFERÊNCIAS

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MOULAZ, Ana Luiza Silva de. O enfermeiro especialista e as técnicas não farmacológicas no controle da dor em obstetrícia. ROL - Revista de Enfermagem. Portugal, v.20180000, 2018. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?output=site&lang=pt&from=0&sort=&format=summary&count=20&fb=&page=1&skfp=&index=&q=O+Enfermeiro+Especialista+e+as+t%C3%A9cnicas+n%C3%A3o+farmacol%C3%B3gicas+no+controlo+da+dor+em+obstetr%C3%ADcia&search_form_submit=.

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Assistência ao parto normal: guia prático. Genebra,1996. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/maternidade_segura_assistencia_parto_normal_guia_pratico.pdf.

PIMENTEL, Mariana Machado. Tecnologias não invasivas para o alívio da dor na parturição. Revista de Enfermagem cuidado é fundamental. Brasil, v.13 p. 671-677, 2021. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1178741#:~:text=Observou%20o%20uso%20de%20mais,bola%20su%C3%AD%C3%A7a%2Fbola%20de%20parto.

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SILVA, Maria Andréia da. Aromaterapia para alivio da dor durante o trabalho de parto. Revista Enfermagem UFPE online. Brasil, V.13 p.455-463, 2019. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1010322.

SIQUEIRA, José Tadeu Tesseroli. Porque a Dor é uma questão também de Saúde Pública! Revista DOR, Brasil, v.18, 2014 Disponível em: http://www.dor.org.br/publico/dor-no-brasil.

SOCIEDADE BRASILEIRA PARA ESTUDO DA DOR: 5º SINAL VITAR: Hospital sem dor. SBED, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.sbed.org.br/materias.php?cd_secao=65.


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

MNF – Métodos não farmacológicos.
OE - Óleos essenciais.
OMS - Organização Mundial da Saúde.
OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde.
PICS - Práticas Integrativas e Complementares.
PINPIC - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
SUS - Sistema Único de Saúde.
TP - Trabalho de Parto.

LISTA DE FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS
 
Figura 1 - Fluxograma de processo de identificação, seleção e inclusão dos artigos escolhidos.
Quadro 1 - Síntese dos artigos elencados conforme título, periódico de publicação, ano de publicação e objetivo de estudo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2022.
 

Figura 2 - Representação do conhecimento sobre as práticas integrativas e complementares utilizadas na gestante e no trabalho de parto, resposta de 13 enfermeiras participantes da pesquisa da Maternidade Cândido Mariano (n= 4) e Hospital Universitário (n= 9), Campo Grande – MS, 2021

Figura 3 - Tipos de óleos essenciais utilizados durante o trabalho de parto, resposta das 13 enfermeiras participantes da pesquisa da Maternidade Cândido Mariano (n= 4) e Hospital Universitário (n= 9), Campo Grande


¹ Significado de Lipofílicas: substância que dissolve as gorduras; que pode tornar-se obeso. Significado de Hidrofóbicas: Característica de material ou substância que não absorve ou não se mistura com a água (Dicionário Online de Português, 2022).

² “Centro de vômito” – área do cerebro localizada no tronco do cérebro, não sendo identificado como uma estrutura anatômica única, mas por interneurônios medulares. (CARVALHO,2021).