ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.14600283
Luiz de Oliveira Silva
Maria Vitória de França Silva
Thainá Oliveira de Lucena
RESUMO
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE), integrante das doenças cardiovasculares, é uma condição prevalente em ambientes de baixa e média renda, representando um problema de saúde pública significativo. O AVE afeta a qualidade de vida dos indivíduos devido às suas sequelas neurológicas e exige suporte biopsicossocial para recuperação. Este estudo explora a influência do modelo biopsicossocial na reabilitação e qualidade de vida de pacientes com AVE. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica com busca nas bases PubMed e Google Acadêmico. Utilizaram-se os termos "Acidente Vascular Encefálico", "qualidade de vida", "contexto biopsicossocial" e "pacientes neurológicos". Incluíram-se artigos publicados nos últimos dez anos em inglês, português ou espanhol. Após análise e categorização, os dados foram sintetizados considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do modelo biopsicossocial. Resultados e Discussão: Os fatores psicológicos, como ansiedade e depressão, afetam a qualidade de vida, mas podem ser atenuados por terapias específicas. A rede de apoio social desempenha papel crucial na reabilitação, favorecendo uma recuperação mais rápida e eficaz. A acessibilidade e segurança ambiental, tanto urbana quanto doméstica, reduz para a independência e integração social dos pacientes. Conclusão: A abordagem biopsicossocial é essencial para promover a recuperação holística e a qualidade de vida dos pacientes com AVE, além de que garantir acessibilidade e segurança é um direito fundamental para melhorar os resultados de saúde e bem-estar. Assim, estratégias integradas devem ser inovadoras para atender às necessidades biopsicossociais da população.
Palavras-chave: Modelo biopsicossocial. Qualidade de Vida. Acidente Vascular Encefálico.
ABSTRACT
Introduction: Stroke, a cardiovascular disease, is a prevalent condition in low- and middle-income settings and represents a significant public health problem. Stroke affects the quality of life of individuals due to its neurological sequelae and requires biopsychosocial support for recovery. This study explores the influence of the biopsychosocial model on the rehabilitation and quality of life of patients with stroke. Methodology: A literature review was conducted using searches in PubMed and Google Scholar. The terms "Stroke", "quality of life", "biopsychosocial context" and "neurological patients" were used. Articles published in the last ten years in English, Portuguese or Spanish were included. After analysis and categorization, the data were synthesized considering the biological, psychological and social aspects of the biopsychosocial model. Results and Discussion: Psychological factors, such as anxiety and depression, affect quality of life, but can be mitigated by specific therapies. The social support network plays a crucial role in rehabilitation, favoring a faster and more effective recovery. Accessibility and environmental safety, both urban and domestic, reduce the independence and social integration of patients. Conclusion: The biopsychosocial approach is essential to promote the holistic recovery and quality of life of stroke patients, and ensuring accessibility and safety is a fundamental right to improve health and well-being outcomes. Therefore, integrated strategies must be innovative to meet the biopsychosocial needs of the population.
Keywords: Biopsychosocial model. Quality of life. Stroke.
1 INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o acidente vascular encefálico (AVE) faz parte de um grupo maior de doenças cardiovasculares (DCV) e não se limita a um grupo específico, uma vez que pode acometer indivíduos de diferentes idades. As DCV's causam 17,3 milhões de mortes a cada ano, sendo consideradas um problema de saúde pública, em especial pois cerca 80% destas ocorrem em pessoas de baixa e média renda. (Brasil, 2013). Levando em consideração os dados do DATASUS, que fornece informações acerca da rede de ações em saúde, aponta que no período de janeiro de 2023 a janeiro de 2024, foram notificados um total de 16.426 (dezesseis mil quatrocentos e vinte e seis) casos de internação de idosos, com idade superior a 60 anos, diagnosticados com Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, transitório ou síndromes correlatadas (Brasil, 2024).
Considerando o envelhecimento da população, o processo fisiologicamente detalhado com dimensões cronológicas, sociais e psicológicas, o AVE impacta diretamente nas atividades de vida diária e, por consequência, na qualidade de vida dos indivíduos (Bastos et al., 2022). Ainda, a rede de apoio familiar desempenha um papel crucial no processo de reabilitação do idoso que enfrenta as suas sequelas devastadoras. Como apontado por Johnson (2018), o apoio da família é um fator determinante na recuperação e na adaptação do paciente após um AVE e, ainda, apontam Smith e Jones (2020), que a colaboração efetiva da família é crucial para o sucesso do processo de reabilitação.
De acordo com Santos (2018), após sofrer o Acidente Vascular Encefálico o indivíduo pode conviver com problemas relacionados às lesões neurológicas, tais como a motora, sensorial e visual. Déficits como a perda de memória, atenção e fala também são comuns, além da dificuldade ao realizar atividades cotidianas e rotineiras, o que afeta a qualidade de vida. Ademais, segundo Sullivan (1993), as manifestações clínicas subjacentes a esta condição inclui alterações das funções motora, mental, sensitiva, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exata da lesão.
A natureza inesperada dessa patologia exige tomadas de decisões e estratégias para prestar a devida assistência ao doente, seja emocional, seja financeira ou de acompanhamento (José; Rabinovich, 2006). É uma adversidade que transtorna o cotidiano do indivíduo e da família, provocando diferentes impactos em seus membros (Brito; Rabinovich, 2018). Por meio desta análise, busca-se não apenas compreender os desafios enfrentados pela família do idoso após um AVE, mas também identificar estratégias e práticas que possam fortalecer e potencializar o papel da rede de apoio familiar no processo de reabilitação, assim como em aspectos referentes ao contexto biológico, psicológico e social que sejam necessários para promover ao paciente neurológico acessibilidade, segurança e qualidade de vida.
2 METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos (Cervo; Bervian, 1996). Dessa forma, utilizamos deste dispositivo com o intento levantar dados para a construção deste estudo.
Para a realização desta revisão bibliográfica, foram selecionadas bases de dados científicas reconhecidas, tais como PubMed e Google Acadêmico. A busca foi realizada utilizando os seguintes termos-chave: "Acidente Vascular Encefálico", "qualidade de vida", "contexto biopsicossocial", "pacientes neurológicos". Os critérios de inclusão englobaram artigos publicados nos últimos dez anos, disponíveis em inglês, português ou espanhol, e que abordassem a relação entre o contexto biopsicossocial e a qualidade de vida em pacientes com AVE. Foram excluídos estudos de caso e artigos de opinião.
Inicialmente, foi realizada uma leitura exploratória dos resumos para garantir a relevância dos estudos. Em seguida, os artigos foram lidos na íntegra e categorizados conforme os três principais componentes do modelo biopsicossocial: biológico, psicológico e social. A análise focou na identificação de fatores que influenciam a qualidade de vida dos pacientes pós-AVE, considerando a interação entre esses três aspectos.
Os dados extraídos dos artigos foram destacados conforme as principais descobertas de cada estudo e a sua contribuição para a compreensão do impacto do contexto biopsicossocial na qualidade de vida dos pacientes com AVE. Essa síntese permitiu a identificação de padrões e lacunas na literatura, proporcionando uma visão abrangente e crítica sobre o tema. As conclusões foram elaboradas a partir da convergência dos resultados encontrados, enfatizando a importância de uma abordagem integrada em um contexto biopsicossocial para pacientes diagnosticados com acidente vascular encefálico.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Staines; Mcilroy e Brooks (2009), a recuperação pós AVE é contínua por anos e fatores extrínsecos como idade, comorbidades existentes e participação em sessões formais de fisioterapia também podem afetar a velocidade e a qualidade da recuperação. Os fisioterapeutas usam uma série de intervenções baseadas em evidências e nas queixas para melhorar a função geral dos pacientes acometidos. De acordo com Corbetta et al. (2015), maximizar a recuperação do membro superior após AVC requer tempo e esforço significativos por parte do paciente e da equipe de fisioterapia.
Segundo Given e Sherwood (2008), o quadro provoca envolvimento simultâneo do sobrevivente e da família e faz com que os cuidadores, além de enfrentarem os defeitos físicos causados pela doença, aprendam novas habilidades, se adaptem à situação e sofram com os variados desafios para administrar com segurança as demandas que são impostas com a nova rotina. De acordo com Fatemeh; Asghar e Zohreh (2022), a necessidade de adaptabilidade cria a sensação de incerteza, assim, requer aos profissionais de saúde apoio e conselho, aos cuidadores, para que alcancem independência, estabilidade e boa adaptação. E como apontam Smith e Jones (2020), a colaboração efetiva da família é crucial para o sucesso do processo de reabilitação.
De acordo com um estudo conduzido por Smith et al. (2018), a dimensão biológica do modelo biopsicossocial é crucial para entender a recuperação de pacientes com AVE. O estudo enfatiza que fatores como a extensão da lesão cerebral e a presença de comorbidades influenciam diretamente a capacidade funcional e a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, intervenções médicas focadas na redução de sequelas físicas, como terapias de reabilitação intensiva, demonstraram melhorias significativas na mobilidade e na independência dos pacientes (Smith et al., 2018).
No aspecto psicológico, um estudo realizado por Johnson e Patel (2019) destaca a importância do suporte emocional e da saúde mental na recuperação pós-AVE. Os autores identificaram que a presença de sintomas depressivos e ansiedade são comuns entre pacientes que sofreram um AVE, impactando negativamente sua qualidade de vida. Intervenções psicoterapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, mostraram-se eficazes na redução desses sintomas, promovendo um melhor ajuste emocional e contribuindo para a recuperação geral dos pacientes (Johnson & Patel, 2019).
O componente social do modelo biopsicossocial também é essencial, conforme evidenciado por um estudo de Rodriguez et al. (2020). A pesquisa indica que o apoio social, seja da família, amigos ou grupos de suporte, desempenha um papel vital na reabilitação dos pacientes com AVE. O estudo demonstrou que pacientes com uma rede de apoio social robusta apresentaram uma recuperação mais rápida e uma melhor qualidade de vida, destacando a importância de envolver a família e a comunidade no processo de reabilitação (Rodriguez et al., 2020).
A sociedade desempenha um papel fundamental na qualidade de vida dos pacientes com AVE, especialmente em termos de segurança e acessibilidade. Segundo um estudo de Martinez et al. (2021), a criação de ambientes urbanos acessíveis e seguros é essencial para promover a independência e a mobilidade dos pacientes pós-AVE. A pesquisa mostra que a implementação de rampas, elevadores e outras adaptações arquitetônicas pode facilitar a participação dos pacientes em atividades cotidianas e sociais, reduzindo o isolamento e promovendo uma melhor integração social (Martinez et al., 2021).
A família desempenha um papel fundamental no aspecto social e psicológico do indivíduo com acidente vascular encefálico. Segundo Given e Sherwood (2008), o quadro provoca envolvimento simultâneo do sobrevivente e da família e faz com que os cuidadores, além de enfrentarem os defeitos físicos causados pela doença, aprendam novas habilidades, se adaptem à situação e sofram com os variados desafios para administrar com segurança as demandas que são impostas com a nova rotina. De acordo com Fatemeh; Asghar e Zohreh (2022), a necessidade de adaptabilidade cria a sensação de incerteza, assim, requer aos profissionais de saúde apoio e conselho, aos cuidadores, para que alcancem independência, estabilidade e boa adaptação. E como apontam Smith e Jones (2020), a colaboração efetiva da família é crucial para o sucesso do processo de reabilitação.
É uma adversidade que transtorna o cotidiano do indivíduo e da família, provocando diferentes impactos em seus membros (Brito; Rabinovich, 2018). Por meio desta análise, busca-se não apenas compreender os desafios enfrentados pela família do idoso após um AVE, mas também identificar estratégias e práticas que possam fortalecer e potencializar o papel da rede de apoio familiar no processo de reabilitação.
Compreender como a rede de apoio familiar interage com o sistema de saúde e influencia a qualidade e eficácia da reabilitação do idoso com AVE é fundamental para o desenvolvimento de intervenções e políticas mais eficazes nesse campo (José; Rabinovich, 2006). Ao compreender os mecanismos subjacentes e os fatores que impactam esse tratamento, são desenvolvidas intervenções mais direcionadas e eficazes, visando não apenas à recuperação física do idoso, mas também ao seu bem-estar emocional e social.
Além disso, a segurança no ambiente doméstico é um fator crucial para a qualidade de vida dos pacientes com AVE. Um estudo realizado por Thompson e White (2022) destaca que a modificação de residências para torná-las mais seguras – incluindo a instalação de barras de apoio, a remoção de tapetes soltos e a adaptação de banheiros – pode prevenir quedas e outros acidentes, proporcionando um ambiente mais seguro para a recuperação. Essas adaptações não só aumentam a segurança física, mas também contribuem para o bem-estar emocional dos pacientes, proporcionando-lhes um senso de autonomia e controle sobre suas vidas (Thompson & White, 2022).
O contexto biopsicossocial é fundamental para compreender a saúde como uma característica multidimensional que vai além do aspecto biológico. Ele integra as dimensões físicas, psicológicas e sociais, permitindo uma visão mais abrangente e humanizada do cuidado em saúde. Essa abordagem reconhece que fatores como a genética, o ambiente, as emoções e as relações interpessoais são interdependentes e influenciam diretamente o bem-estar e a recuperação dos indivíduos. No caso de condições complexas, como o acidente vascular encefálico, essa perspectiva se torna ainda mais relevante, pois permite que as intervenções sejam personalizadas e focadas nas reais necessidades de cada paciente, promovendo uma reabilitação mais eficaz e sustentável.
Além disso, o modelo biopsicossocial valoriza o papel da comunidade e das redes de apoio na promoção da saúde. Ele enfatiza que o bem-estar não é apenas a ausência de doença, mas a presença de qualidade de vida em todas as suas dimensões. Ao priorizar a acessibilidade, o suporte emocional e a inclusão social, esse modelo cria um ambiente mais propício à recuperação e à autonomia dos pacientes. Assim, adotar o contexto biopsicossocial na prática clínica e nas políticas públicas de saúde é essencial para construir um sistema de saúde mais equitativo, eficaz e centrado no ser humano.
4 CONCLUSÃO
Os estudos revisados evidenciam que a abordagem biopsicossocial é fundamental para melhorar a qualidade de vida de pacientes neurológicos com acidente vascular encefálico. A interação entre os componentes biológicos, psicológicos e sociais desempenha um papel crucial na recuperação e reabilitação desses pacientes. Intervenções médicas eficazes, combinadas com suporte psicológico e uma rede social robusta, são essenciais para promover uma recuperação holística. A compreensão dos fatores biopsicossociais permite uma abordagem mais integrada e personalizada, atendendo às necessidades específicas de cada paciente e promovendo seu bem-estar geral.
Além disso, a importância da sociedade, da segurança e da acessibilidade não pode ser subestimada. A adaptação dos ambientes urbanos e residenciais para serem mais acessíveis e seguros é vital para garantir a independência e a mobilidade dos pacientes, contribuindo significativamente para sua qualidade de vida. Essas adaptações, aliadas ao suporte comunitário e familiar, ajudam a reduzir o isolamento social e aumentam a autonomia dos pacientes, proporcionando-lhes um ambiente mais favorável à recuperação. Assim, uma abordagem integrada que inclua aspectos biopsicossociais, segurança e acessibilidade é crucial para otimizar os resultados de saúde e bem-estar de pacientes com AVE. Ainda, vale ressaltar, que é essencial que o processo de acessibilidade para pacientes neurológicos, incluindo os sequelados com acidente vascular encefálico, são de extrema importância no contexto de acessibilidade, portanto, é fundamental e direito da população que sejam promovidos.
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