A SUPERVISÃO ESCOLAR E DISCENTES COM TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DA ADMINISTRAÇÃO NO PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO E INCLUSÃO

PDF: Clique Aqui


REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10349697


Rosangela do Carmo Laureano da Silva Pereira¹


RESUMO
O presente artigo relata aspectos de discentes com TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na educação e qual o papel dos atores neste cenário para que as competências e habilidades em educação sejam alcançadas de forma satisfatória, fazendo uma abordagem dos fatores verificados e de como supervisores escolares, coordenadores pedagógicos e docentes podem minimizando as dificuldades encontradas por aqueles que sofrem deste transtorno. O levantamento das informações foi realizado por intermédio de pesquisa bibliográfica e observações diretas junto a discente portador de TDAH e sua evolução durante a permanência na unidade escolar. Considerar que estes transtornos dificultam no desenvolvimento escolar, torna-se necessário conhecer os problemas relacionados ao acompanhamento escolar, a discriminação, e o preconceito. Busca-se com este artigo melhorar o cenário educacional para os portadores de TDAH e explicar a importância da aplicação de metodologias diversificadas pelos docentes e pelas unidades escolares para a evolução educacional, considerando também a participação dos responsáveis neste processo fortalecendo a gestão participativa e a parceria escola-família, por meio da inovação, utilizando se das ferramentas da administração no processo de acompanhamento e inclusão.
Palavras-chave: Transtornos. Educação. Atores. Inovação. Inclusão
 

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem ganhado atenção nos ambientes escolares devido as situações vivenciadas nestes cenários. Desde as séries iniciais até a universidade, vários discentes têm seu rendimento escolar prejudicado por não ter um acompanhamento adequado, que possibilitem as unidades de ensino oportunizar metodologias diversificadas que minimizem as dificuldades relacionadas a concentração, raciocínio lógico, socialização, entre outros aspectos.

A princípio, quando apresentamos o TDAH, deparamos com comentários e julgamentos que tratam deste transtorno com um certo desdém, condicionando os estudantes a apontamentos como falta de interesse, preguiça e em alguns casos relacionados a atitudes comportamentais de falta de caráter. O que não necessariamente sejam características verdadeiras dos estudantes que possuem dificuldades que vão além desses julgamentos: há um transtorno neurológico, podendo ser hereditário e que dificulta a evolução escolar.

O presente artigo relata aspectos do TDAH e a forma de inclusão para os alunos com este diagnóstico no cenário escolar, fazendo uma breve abordagem do processo de acompanhamento e de como os supervisores educacionais e coordenadores podem minimizar as dificuldades nas unidades escolares encontradas por meio de ações junto ao corpo docente. O levantamento das informações se deu por meio de pesquisa bibliográfica e observações diretas em uma instituição de ensino.

Tratar deste transtorno é também considerar um processo de inclusão escolar, de igualdade e de equidade, para reduzir os efeitos do preconceito e da discriminação, tanto de docentes como até mesmo dos responsáveis e familiares que não consideram esta possibilidade de transtorno quando o estudante apresenta uma constante defasagem no desenvolvimento escolar.

Justifica-se abordar este tema devido a necessidade de inserção e didáticas adequadas para promoção da educação junto a estudantes que possuem este transtorno, considerando também que há o despreparo e a falta de informação tanto para coordenadores, orientadores com para os docentes em detectar e aplicar metodologias diversificadas, o que leva muitas vezes à desistência dos estudos, aumentando os índices de evasão nas escolas, além de colaborar para possíveis frustações, pois o aluno passa a acreditar que não é capaz de concluir os estudos ou até mesmo dar continuidade, o que pode resultar em um adulto com sérios problemas sociais e pessoais.

1. EDUCAÇÃO INCLUSIVA E OS ATORES NESTA AÇÃO.

A Educação inclusiva retrata-se pelo: 

“Direito a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano”. (BRASIL, 2000, p.7).

A discussão sobre a educação inclusiva norteia em muitas épocas o cenário educacional, principalmente pela diversidade tanto cultural como social que começou a ser considerada em sala de aula, quebrando o antigo paradigma do estudante que só recebe as informações e as reproduzem conforme orientado. Desta forma é o que relata Silva (2014) apud Freire (1921-1997) que, considerava os diversos saberes e a realidade do dia a dia do estudante, idealizava que a escola deve ser um fator de libertação, não de alienação, também abre a ideia de que professores e alunos são sujeitos colaborativos, que descobrem e redescobrem a realidade em que vivem, que o educador aprenda como vivem seus alunos, que conhecimentos eles e elas já possuem do mundo e que assuntos lhes interessam. O educador não impõe o conhecimento cientifico, ele se coloca e coloca a ciência como auxiliar, em diálogos.

Desta forma considera-se os diálogos como os apontamentos de Perrenoud (2000, p.31) retratando que a competência se situa além dos conhecimentos. Não se forma com a assimilação de conhecimentos suplementares, gerais ou locais, mas sim com construção de um conjunto de disposições e esquemas que permitem mobilizar os conhecimentos na situação, no momento certo e com discernimento.

Estudantes com TDAH em todos os níveis escolares possuem características e comportamentos diferenciados, o que faz com que uma instituição escolar necessite considerar todos os conhecimentos para desenvolver estratégias e metodologias inclusivas envolvendo todos os atores, deste modo pode-se citar que neste cenário, se fazem necessárias a equidade e a igualdade para que a inclusão seja eficaz.

Nesta perspectiva Luck (2009) retrata os papeis nas instituições de ensino, iniciando com o do Gestor que deve atuar na busca permanente pela qualidade e melhoria contínua da educação, passando pela definição de padrões de desempenho e competências de diretores escolares dentre outros, de modo a nortear e orientar o desenvolvimento das ações.

Já o papel do professor, é de profissionais que influem diretamente na formação dos alunos, a partir de seu desempenho baseado em conhecimentos, habilidades e atitudes e sobretudo por seus horizontes pessoais, profissionais e culturais, de sua postura diante da vida, dos desafios, da educação e das dificuldades do dia a dia dependem a qualidade de seu trabalho. (LUCK,2009)

O autor também descreve o papel do aluno como pessoas para quem a escola existe e para quem deve voltar as suas ações, de modo que todos tenham o máximo sucesso nos estudos que realizam para sua formação pessoal e social.

Já Silva (2014) complementa a perspectiva de Luck sobre o papel do pedagogo que é o de articular o processo de ensino aprendizagem, cabendo-lhe orientar e desenvolver trabalhos que levem o aluno a construir o seu conhecimento. E do orientador educacional, que precisa ter uma relação amistosa com os demais profissionais da instituição e alunos (....) Conhecer os contextos locais, as dificuldades e as situações que são auxiliares na vida dos alunos, desenvolvendo trabalhos que auxiliem o professor no processo de ensino aprendizagem, tendo uma boa relação com todos (aluno, professor e comunidade).

E conforme Gimenes e Martins (2010, p.380) relatam o supervisor ocupa um lugar de destaque dentro desta estrutura organizacional, pois é corresponsável pela gestão e qualidade do processo pedagógico, influenciando direta ou indiretamente o trabalho diário da equipe de professores. 

O que pode se com isso verificar como é necessário ter o envolvimento de todos os atores no processo de inclusão, tanto os atores internos como os externos, que nesse cenário são retratados como atores externos os responsáveis e familiares que precisam estar em parceria com a escola e acompanhando o processo de evolução do discente com TDAH. Como também mantendo-a informada caso o aluno já tenha um diagnóstico de um profissional habilitado, visto que nesta situação, este profissional informa os familiares as diretrizes que devem ser seguidas para que o discente tenha o melhor desenvolvimento no ambiente escolar.

2. CARACTERISTICAS DE PESSOAS COM TDAH

Segundo Mattos et. al (2007) o TDAH é um transtorno neurobiológico, com grande participação genética, que tem inicio na infância e que pode persistir na vida adulta, comprometendo o funcionamento da pessoa em vários setores de sua vida, e se caracteriza por três grandes grupos de alterações: hiperatividade, impulsividade e desatenção. A hiperatividade se dá pelo aumento da atividade motora, no adolescente percebesse uma sensação de inquietação ou mostramse sempre ocupados, dando a impressão de estarem sempre muito atarefados, quando na verdade há uma dificuldade em diminuir o nível de atividades.

A impulsividade é a deficiência no controle dos impulsos é agir antes de pensar, no TDAH as reações tendem a ser imediatas, sem reflexão, a maior expressão de impulsividade relacionada ao transtorno é a impaciência, dificuldade em esperar, crianças ou adultos impulsivos tendem a ter reações explosivas súbitas, que logo passam e se arrependem e tratam a situação como se não tivesse ocorrido poucos minutos antes. (MATTOS et al. 2007)

Já a desatenção Mattos et al (2007) explica que se apresenta pode de diversas formas, como não conseguir manter a concentração por muito tempo, perder o foco numa conversa, sendo esta responsável por erros tolos que o estudante comete em matérias que ele seguramente domina. A mente da pessoa com TDAH parece que não tem um filtro e por isso qualquer estimulo é capaz de desviar sua atenção. Como em uma sala de aula, basta alguém passar no corredor ou acontecer algum ruído na rua para deixar a pessoa perdida em relação ao que está sendo falado pelo professor, também não consegue dar um recado simplesmente por não lembrar; não consegue se lembrar de algo no momento em que deveria fazê-lo, o que falha nessas pessoas é um tipo de memória denominada memória de curto prazo ou memoria operacional. 

2.1 SINAIS DE TDAH NO AMBIENTE ESCOLAR

Mattos et. al apud Polanczyk e Rohde (2007) relata de acordo com os critérios fixados pela Associação Psiquiátrica Americana que no ambiente escolar o portador de TDAH com desatenção apresenta com frequência algumas características como: deixar de prestar atenção em detalhes e comete erros por descuido em atividades escolares, como o caso de estudante que sai da prova e percebe que errou muita coisa que ele próprio considera fácil; tem dificuldades em manter a atenção em tarefas, tendo dificuldades em ler, pessoas com TDAH jamais leram um livro até o final; parece não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguem instruções e não terminam deveres escolares, o estudante não lê o que pede a questão e tenta adivinha la, possuem dificuldades para organizar tarefas e atividades, evitam envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante, como tarefas escolares ou deveres de casa, sendo que quase nunca conseguem fazer os deveres por conta própria e os adiam até a última hora; Perde as coisas e nunca sabem em quais lugares as guarda; distrai-se com estímulos alheios à tarefa.

Já os estudantes com características de hiperatividade, o autor cita que em ambiente escolar se remexem na cadeira, balançam constantemente pernas e batem com a ponta dos pés no chão; abandonam sua cadeira na sala de aula ou em outras situações que deveriam permanecer sentados; escala objetos e móveis de formas não apropriadas; em adolescentes a uma sensação de inquietação; agem como se estivessem a todo vapor; falam em demasia e não são bom ouvintes, porém são a alegria em um ambiente porque nunca deixam haver um minuto de silêncio.

Mattos et al apud Polanczyk e Rohde (2007) também relatam sobre a impulsividade no ambiente, que se observa com a presença frequente de sinais como: respostas precipitadas antes de ouvir a pergunta inteira; dificuldade em esperar a sua vez e também em tomar decisão; se intrometer ou interromper assuntos dos outros como brincadeiras ou conversar de outras pessoas;

O autor ainda cita que é importante observar se estes sintomas ocorrem em níveis que não são observados em outras pessoas da mesma idade, que sejam ocorrências frequentes, que persistam desde a infância ou inicio da adolescência e se esses sintomas estejam causando prejuízo no funcionamento da pessoa em duas ou mais áreas de sua vida, como no trabalho ou na escola ou no relacionamento afetivo e se estes sintomas não estão sendo causados por nenhum outro transtorno conhecido.

Considera-se que não é qualquer pessoa que apresente alguns dos traços descritos que preenche os critérios deste transtorno, há todo um contexto que deve ser diagnosticado e acompanhado por profissionais. E que no ambiente escolar essas características sejam fatores que estão trazendo prejuízos ao discente de forma que as ações pedagógicas e familiares não tenham obtido resultados pelos acompanhamentos e estratégias já utilizados.

Porém é importante ressaltar que as dificuldades no rendimento escolar são umas das primeiras consequências desse transtorno. Sendo esse transtorno considerado a principal causa de fracasso nos estudos. ” (MATTOS et al, 2007)

Em uma instituição de ensino o que se verifica é que constantemente os profissionais da educação deparam-se com essas características em discentes e que na maioria das vezes não foram diagnosticados como distúrbios e cria-se perante os pares (docentes) julgamentos em relação a conduta, sendo por apontados como preguiça, mal vontade, desinteresse e até mesmo o papel dos responsáveis neste processo que passam a ser questionados como despreocupados e indiferentes a educação do discente. Neste aspecto é importante que em conselhos de classe e em reuniões pedagógicas sejam observados as possibilidades de discentes estarem acometidos por algumas destas situações, que configurem este distúrbio, considerando estas características no processo de ensino e aprendizagem escolar, tendo que existem diferenças como cita Soto (2005, p. 8):

“As pessoas possuem diferenças individuais, cada qual é diferente, desde o nascimento cada um tem suas particularidades(...)

Em um ambiente escolar encontram-se diversos saberes e uma pessoa com TDAH não é desprovido de conhecimento, mas sim necessita ser direcionado, pois possui suas particularidades, observa-se que esses indivíduos possuem o talento canalizado em uma área do conhecimento e nela se destaca.

Neste aspecto se faz cada vez mais inovador o papel da educação e dos atores que nela atuam, que precisam mais do que qualquer outro profissional propor a equidade e igualdade:

“Entende-se que dentro deste contexto a equidade é o reconhecimento dos direitos de cada um e a igualdade é à organização social em que não há privilégios de classes, conforme o dicionário Aurélio (2017) e que se fazem necessárias quando há uma discussão sobre inclusão e acolhimento de discentes com TDAH.

Para isso as ações da supervisão escolar devem ser respaldadas em estratégias que facilitem não só a detecção, mas também o acompanhamento e a evolução do discente no desenvolvimento escolar de forma inovadora, eficiente e eficaz que proporcione que o discente portador de TDAH alcance as competências, habilidades e atitudes essenciais para o cumprimento das etapas educacionais.

3. A INOVAÇÃO A SERVIÇO DO PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO 

A atuação da gestão escolar ao longo dos tempos tem sofrido inúmeras modificações e estratégias para proporcionar a educação para todos, porém esbarra-se sempre no âmbito educacional. Analisando os procedimentos acadêmicos e visualizando não só a gestão participativa, mas também a necessidade de melhorias no atendimento ao discente, observa-se a oportunidade de inovar através de ferramentas da administração no processo de ações, tanto preventivas como corretivas, o que será detalhado neste capitulo, como uma ação empreendedora no ambiente educacional. 

Para o acompanhamento de discente já diagnosticado com TDAH por profissional da área e com o laudo devidamente documentado é importante que sejam realizados todos os registros e não de forma aleatória, neste processo é que se recomenda a utilização das ferramentas da administração e a inovação na ação de supervisionar os procedimentos pedagógicos.

Uma das ferramentas que inicialmente colaborará no acompanhamento é o Diagrama de Causa e efeito, conforme Azevedo e Neto (2018) apud Marshall Júnior et al. (2011), explicam, esta ferramenta foi desenvolvida pelo professor Kaoru Ishikawa, sendo também conhecida como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, é utilizado para levantamento de possíveis causas de um determinado efeito durante um estudo para eliminação de um problema.

Azevedo e Neto (2018) apud Carpinetti (2015), citam que um problema terá suas causas ilustradas de forma estruturada quando da utilização do diagrama de causa e efeito. O Professor Kaoru Ishikawa elaborou a ferramenta para explicar para engenheiros de uma indústria japonesa, de forma gráfica e didática, o nível de relacionamento dos fatores de um processo em relação aos efeitos, gerando assim uma relação de causa e efeito. Observa-se que mesmo inicialmente esta ferramenta tenha sido apresentada as organizações, há uma utilidade no processo de acompanhamento escolar visto que a mesma apontará as hipóteses de causa e efeito das maiores dificuldades encontradas pelo discentes. Complementando, utiliza-se a ferramenta 5W2H que auxiliará neste processo de apontamentos.

Segundo Polacinski (2012), a ferramenta 5W2H consiste num plano de ação para qualquer prática que necessite ser realizada, trazendo maior clareza ao operador e serve como um mapeamento da mesma para posterior gestão das informações. O objetivo principal da ferramenta é responder completamente sete questões:

✓What O que? Que ação será executada?
✓Who Quem? Quem irá executar/participar da ação?
✓Where Onde? Onde será executada a ação?
✓When Quando? Quando a ação será executada?
✓Why Por quê? Por quê a ação será executada?
✓How Como? Como será executada a ação?
✓How much Quanto custa? Quanto custa para executar a ação?
 

Por esta razão é nomeada 5W e 2H, para o objetivo de acompanhar o discente, elimina-se o último item quanto custa, pois neste contexto não é aplicado custos, e considera-se os demais questionamentos propondo tanto para corpo docente e coordenações um projeto e planejamento de metodologias diversificadas nos processos de inclusão, dando o direcionamento e efetuando registros precisos das ações pedagógicas realizadas pela equipe gestora. Neste processo envolve-se os responsáveis que devem estar acompanhando paralelamente com as ações que competem a estes a evolução do discente, tendo acesso aos registros e deixando o profissional da área ciente das ações escolares.

Complementando o processo de inovar no acompanhamento de discentes com TDAH, se faz adequado o mapa de empatia na análise pessoal, neste é possível compreender como este se sente quando é exposto à desafios ou dificuldades que encontra no ambiente educacional. O mapa de empatia segundo Massari e Vidal (2018) é uma ferramenta que tem por objetivo entender como pessoas ou grupos interagem em determinadas situações, traduzindo seu entendimento do mundo que nos cerca para formular o que é chamado de persona, que funciona como um indicador da forma como a pessoa pensa, age, atua e suas respectivas necessidades diante de um problema sugerido.

O mapa de empatia complementa as ações neste processor inovador, pois é possível trazer para o ambiente educacional as ferramentas da administração de forma eficaz mensurando e registrando todo o processo junto ao discente, docentes, pais. Respaldando a unidade escolar e propiciando que os direitos do discente sejam atendidos, como também propicia ao corpo docente repensar sobre a diversidade em sala de aula, que é crescente e necessita nos diversos casos como o TDAH a utilização de didáticas diversificadas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme apresentado neste artigo, observa-se que o TDAH é uma condição comedida por muitos estudantes e que por muitas vezes por falta de instrução e recursos não é perceptível. E nessa condição entra o papel dos educadores, não em diagnosticar, pois esse ato é imprescindivelmente realizado por profissional da área, mas em um aspecto de observador do discente em suas dificuldades, não simplesmente mantendo o em um julgo de que é preguiçoso, desinteressado e irresponsável, como já conceituado que a priori é desta forma que são rotulados.

Como educadora e orientadora educacional afirmo que nenhum discente tem intenção de não atingir as competências, habilidades e atitudes a qual se prontificou seguir, em muitos acompanhamentos observa-se que há um sentimento de preocupação em não atingir os resultados propostos.

Considera-se também que nem toda dificuldade escolar pode ser caracterizada como TDAH, mas é importante submeter o discente em um processo de investigação e a inovação em aplicar as ferramentas administrativas nesse processo colabora tanto na orientação de pais, discentes e docentes.

O acompanhamento e a investigação deste transtorno no ambiente escolar se dá pelas ações executadas junto a conceitos, comportamentos, convívio social escolar e principalmente registros. O discente que eventualmente seja portador deste transtorno tem direitos e é dever das escolas e do corpo docente acolhe-lo e propiciar sua inclusão, aproveitamento e recuperação.

Os registros feitos de forma organizada propiciam respaldar a escola em todos os aspectos legais, visto que qualquer problema relacionado à um discente com TDAH sem o acompanhamento, pode ocasionar recursos em decisões tomadas em conselhos de classe ou até mesmo em reprovações.

sta forma conclui-se que a utilização de métodos inovadores em gestão educacional proporciona à supervisão escolar as estratégias necessárias para promover à inclusão de discentes com TDAH – transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e a quebra de paradigmas em julgamentos feitos que nem sempre condizem com a realidade. O que deixa também um alerta a todos os educadores sobre um possível mal que acomete não só o rendimento escolar,mas também a socialização e o futuro de muitos estudantes, que pode influenciar na tomada de decisão e comprometer não só a evolução escolar, mas a carreira e as relações pessoais. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf> Acesso em: 15 jun. 2018.

EQUIDADE e igualdade. Dicionário Aurélio. Disponível em: https://dicionarioaurelio.com/equidade/igualdade. Acesso em 13 de Jun. de 2018.

MASSARI, Vitor L; VIDAL, André. Gestão Ágil de Produtos com Agile Think Bunisses Framework. Rio de Janeiro: Brasport, 2018. 

GIMENES, Oliria Mendes, MARTINS, Adriana Auxiliadora. Supervisão escolar: entre os ditames da legislação e os desafios da prática pedagógica. Revista Católica, Uberlândia, v.2, n.3 p.380-390, 2010. Disponível em http://catolicaonline.com.br/revistacatolica2/artigosv2n3/27-Pos-Graducação.pdf. Acesso em: 18/06/2018. 

LUCK, Heloisa. Gestão Educacional: Uma questão paradigmática. 8 ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

MACORIN, Marília De Azevedo; NETO, Sergio Tenório Dos Santos. Gestão da Qualidade. Gestão e Negócios. Disponível: http://www.portal.cps.sp.gov.br/pos-graduacao/trabalhos-academicos/dissertacoes/gestao-e-tecnologia-em-sistemas-produtivos/2017. Acesso em 02 de Jun, 2018.

MATTOS, Dr. Paulo; SILVA, Dra. Katia Beatriz Corrêa; CABRAL, Dr. Sérgio Bourbon. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. TDAH.UFRJ, 2004.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

POLACINSKI et al. Implantação dos 5Ss e proposição de um SGQ para uma indústria de erva-mate. Disponível em: http://www.admpg.com.br/revista2013_1/Artigos/14%20Implantacao%20dos%205Ss%20e%20proposicao%20de%20um%20SGQ.pdf Acesso em: 04 jul. 2018. 

SILVA, Samira Kfouri, BARUFFI, Mônica Maria, FERRONATO, Raquel Franco. Políticas Educacionais. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2014.

SOTO. Eduardo. Comportamento Organizacional. O impacto das emoções. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learning 2002, p.5.


¹ Professora Coordenadora do Projeto Apoio e Orientação Educacional na Etec Coronel Fernando Febeliano da Costa – Centro Paula Souza. Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Supervisão Escolar.