UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TANINOS TOTAIS PARA DETECÇÃO DE PUNICALAGINA E ÁCIDO GALÁGICO A PARTIR DOS FRUTOS DE T. CATAPPA L (SETE-COPAS)
PDF: Clique Aqui
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.14580153
Francisco José Mininel1
Silvana Márcia Ximenes Mininel2
RESUMO
Este trabalho propõe uma metodologia de obtenção de taninos totais para detecção dessa classe de substâncias a partir dos frutos de Terminalia catappa L., popularmente conhecida como Sete-Copas. Terminalia catappa Linn (da família COMBRETACEAE) cresce em regiões tropicais e subtropicais, particularmente localizadas em áreas costeiras. Após a obtenção dos taninos totais, foi feita a injeção em fluxo contínuo (FIA) do extrato no espectrômetro de massas, o qual indicou a presença de taninos, dentre eles, um composto majoritário (punicalagina) em m/z 1083 e também o tanino hidrolisável ácido galágico em m/z 601. Estes compostos são descritos na literatura como os principais agentes antioxidantes e gastroprotetores encontrados em Terminalia catappa L.
Palavras-chave: Terminalia catappa L. Taninos totais. Espectrômetro de massas. Punicalagina. Ácido galágico.
ABSTRACT
This work proposes a methodology for obtaining total tannins for the detection of this class of substances from the fruits of Terminalia catappa L., popularly known as Sete-Copas. Terminalia catappa Linn (from the COMBRETACEAE family) grows in tropical and subtropical regions particularly located in coastal areas. After obtaining the total tannins, continuous flow injection (FIA) of the extract was performed in the mass spectrometer, which indicated the presence of tannins, among them, a major compound (punicalagin) at m/z 1083 and also the hydrolyzable tannin galagic acid at m/z 601. These compounds are described in the literature as the main antioxidant and gastroprotective agents found in Terminalia catappa L.
Keywords: Terminalia catappa L. Total tannins. Mass spectrometer. Punicalagin. Galagic acid.
1 INTRODUÇÃO
Terminalia catappa Linn (da família COMBRETACEAE) cresce em regiões tropicais e subtropicais, particularmente localizadas em áreas costeiras. Essa espécie é nativa de áreas próximas a regiões costeiras do Oceano Índico, na Ásia tropical e da região que compreende várias ilhas a oeste do Oceano Pacífico, como Malásia, Indonésia e ilhas da região da Melanésia. Como consequência da migração humana essa árvore foi introduzida e naturalizada, principalmente próximo ao litoral, em muitos países tropicais do mundo, incluindo o Brasil. Suas árvores são bastante conhecidas pela vasta sombra que proporcionam ao longo das praias da costa brasileira (THOMSON & EVANS, 2006).
Tradicionalmente as folhas da T. catappa (Figura 1) são submetidas à extração em água quente para o preparo de bebida (chá) (PETERSON & JOHNSON, 1978). Essas folhas têm sido usadas como fontes medicinais populares para diarréia e como antitérmico, na Índia, Filipinas e Malásia. Em Taiwan, têm sido aplicadas para prevenir hepatomas e no tratamento da hepatite.