REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO NO CAMPO
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10359040
Atila Barros¹
INTRODUÇÃO
Agora, as tecnologias digitais fazem parte da sociedade, independente da classe social ou origem cultural. Todos as pessoas têm o direito de vivenciar essas inovações e explorar o potencial das tecnologias, independentemente de viver em áreas urbanas ou no campo. Diante destas transformações, educadores e gestores educacionais demonstram preocupação em implementar políticas públicas que acelerem a chegada das tecnologias digitais às regiões mais distantes dos centros urbanos, promovendo novos métodos de comunicação e priorizando o fim do abismo tecnológico e informacional (Duran, 2008). Logo, a realidade das tecnológica digitais, que atinge áreas rurais tem mostrado seu lado solidário com as práticas pedagógicas, apesar disso também exibe um caráter segregador no que se refere à falta de acesso de muitos estudantes sem condições de adquirir os recursos necessários para se manter dentro dessa nova realidade (Araújo, 2008).
PANORAMA DOS ESTUDOS DAS TECNOLÓGICA DIGITAIS NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
As tecnologias digitais são ferramentas que podem oferecer novas oportunidades de aprendizagens aos alunos, promovendo o trabalho do professor através de novos recursos. O uso dessas novas ferramentas tecnológicas na escola vem se tornando cada vez mais cotidiano, trazendo novas possibilidades de ensino e aprendizagem (Lima, 2021).
Para usar as tecnologias digitais a favor do crescimento educacional no campo, o ensino precisa adaptar-se, incorporando as tecnologias digitais como uma ferramenta para o aprendizado, promovendo uma educação mais participativa e colaborativa. Logo, as novas tecnologias digitais podem ser usadas na sala de aula, desde a incorporação de dispositivos móveis até o uso de ambientes virtuais de aprendizagem e redes sociais. Um novo olhar para a educação deve ser considerado, valorizando a complexidade e dinâmica do ambiente escolar, mostrando como as tecnologias digitais podem ser usadas de forma eficiente para promover uma educação mais participativa, colaborativa e adaptada ao contínuo desenvolvimento tecnológico (Lima, 2021).
A relação de tecnologias digitais na educação no campo não é apenas uma necessidade, ao construir uma narrativa educacional que respeite a singularidade do campo enquanto abraça as possibilidades das novas tecnologias, estaremos desafiando estereótipos e evoluído significativamente ao longo dos anos. À medida que as comunidades rurais buscam um ensino mais acessível e alinhado às demandas contemporâneas, as tecnologias digitais surgem como aliadas significantes nesse processo de transformação educacional.
Como a dispersão geográfica, infraestrutura limitada e a sazonalidade das atividades agrícolas são desafios a serem vencidos, é importante destacar a riqueza cultural e o potencial econômico da população no campo, logo, o desafio reside em proporcionar uma educação de qualidade que respeite e valorize esta realidade (Caldart, 2009). As tecnologias digitais podem oferecer oportunidades para superar estas barreiras geológicas, servindo de ponte para o conhecimento, conectando essas comunidades ao mundo de informações disponíveis online. Acesso à internet, dispositivos móveis, microcomputadores e notebooks são instrumentos que democratizam o aprendizado, dês que usados de forma hábil para promoção de uma educação colaborativa e ajustada desenvolvimento dos alunos, permitindo que os estudantes conciliem seus estudos com as demandas cotidianas da vida no campo.
Segundo Arroyo (2007), o treinamento de professores é apontado como um dos grandes desafios para a implementação de uma política educacional para o campo. É essencial que os professores estejam prontos para trabalhar com as particularidades da população rural, valorizando sua cultura e identidade e buscando formas de ensino que sejam adequadas às suas necessidades. Além disso, é relevante que os professores estejam engajados na luta pela garantia de direitos e pela valorização da população no campo.
De acordo com Camacho (2017) os principais desafios enfrentados pela Educação no Campo no Brasil, seriam a falta de infraestrutura adequada, a dificuldade de acesso à educação, a falta de recursos financeiros e a desvalorização da cultura e identidade dos povos no campo. O autor deixa evidente que se faz necessário que esses desafios sejam enfrentados de forma conjunta, por meio da construção de políticas públicas que busquem atender às demandas da população rural e garantir o acesso à educação de qualidade.
Para que as relações entre educador e educando a partir das tecnologias digitais aplicadas no contexto rural seja possível e benéfica para ambos, é necessário a compressão e domínio da mídia que une os dos pontos. De acordo com Moran (2005), os professores enfrentam dificuldades em dominar as tecnologias digitais, apesar de seus esforços para implementar alterações em seus métodos de ensino, ainda não conseguiram superar abordagens repressivas e repetitivas. Muitos deles tentam mudar, mas não sabem como fazê-lo. O autor salienta a importância de diversificar as configurações de ensino, realizar atividades variadas e adotar diferentes formas de avaliação. Para Moran (2005), o novo profissional da educação necessita integrar melhor as tecnologias digitais com a afetividade, o humanismo e a ética. Ele deve ser capaz de transformar o espaço escolar, modificar e inovar a metodologia de ensino e aprendizagem, além de conhecer e saber utilizar as tecnologias digitais disponíveis (Moran, 2005).
A escola no campo vem cumprindo seu papel sociocultural respeitando as especificidades e as limitações de cada local, e de cada família, considerando-se também a sua cultura e os saberes pessoais de cada comunidade. E para melhor atender esta demanda, compreender as necessidades das escolas e professores se faz cada vez mais pertinente. Debater sobre a Educação no campo atualmente, e procurando ser fiel aos seus objetivos e princípios, exige uma ótica de totalidade com um cuidado metodológico, sobre como compreender, combinado a preocupação política, e de entendimento das tendências futuras para atuar sobre elas (Caldart, 2009).
Para Chamon (2006), a educação no campo é fruto de um novo projeto de sociedade, fundamentado no conhecimento, apoiado na transformação e preservação do meio ambiente, a fim de obter o pleno desenvolvimento do ser humano e buscar sua libertação e independência. “Representa, portanto, mais do que uma alternativa ao modelo capitalista de produção, uma proposta contra-hegemônica para a sociedade”. (Chamon, 2006, p.193).
A educação no campo é influenciada pelas representações sociais dos moradores sobre a própria comunidade, suas tradições, cultura e modo de vida. Essas representações podem variar com base na história local, nas experiências das pessoas, nas mudanças socioeconômicas e nas interações com o meio ambiente. Por meio da representação social, é possível verificar como a educação no campo é valorizada ou desvalorizada, quais são as percepções sobre a qualidade da educação oferecida, o papel dos educadores e a relevância da educação formal para os saberes e práticas tradicionais no campo (Arroyo, 2007).
Em algumas comunidades rurais os representantes podem vincular a educação ao desenvolvimento social e econômico como forma de superar desafios e quebrar estereótipos de atraso rural e falta de oportunidades. Em outras comunidades, por outro lado, pode haver representantes que valorizem mais a educação prática e informal relacionada às atividades agropecuárias, em detrimento da educação formal (Arroyo, 2007).
De acordo com Araujo (2008), as representações sociais são configurações de conhecimento socialmente edificadas pelos integrantes dos grupos para explicar as relações constituídas entre eles, com outros grupos e com a natureza. Este acontece por meio do caráter coletivo das ideias, histórias e experiências vividas por um grupo social particular e essa construção vai servir de orientação para a ação social (Araújo, 2008).
TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Para compreender as mudanças na educação no campo trazidas pelas tecnologias digitais e sua influência no modo de vida rural, a Teoria das Representações Sociais oferece um referencial teórico para compreender como os conhecimentos, saberes, crenças e valores sociais influenciam o modo de como os indivíduos se ajustam as tecnologias digitais na educação no campo. A TRS trouxe mudanças significativas para a psicologia social, fornecendo novas perspectivas sobre questões relacionadas à cognição, comunicação e conhecimento geral (Chamon; Chamon, 2007).
Segundo Rateau (2012), A TRS é uma teoria que pode ser utilizada para entender e esclarecer como os indivíduos e os grupos elaboram, modificam e comunicam suas realidades sociais por meio de sistemas de opiniões, conhecimentos e crenças. Ela permite avaliar como as diferentes representações sociais influenciam as interações, as decisões e as ações das pessoas em diversos conjuntos e situações. Ela desempenha um papel fundamental, fornecendo uma visão coletiva para a análise de fenômenos humanos (Rateau, et al., 2012).
Elaborada nos anos 1960 na França por Serge Moscovici (2012), a TRS examina como o conhecimento prático, ou de senso comum, se produz, se estrutura e se difunde nos diferentes grupos sociais. Segundo Moscovici (2012), as representações sociais são precisamente uma forma de conhecimento particular, o saber do senso comum, cujos conteúdos mostram a operação de processos generativos e funcionais socialmente assinalados (Moscovici, 2012). De uma forma mais geral, a TRS é uma teoria interdisciplinar que abrange fenômenos pessoais e sociais, na interseção das ciências sociais e psicológicas. É uma abordagem sociológica da psicologia social que se iniciou nos campos da sociologia e da antropologia. A teoria enfoca a construção social e a transmissão do conhecimento por meio da comunicação (Guareschi; Jovchelovich, 2009).
A compreensão de representação social é diretamente influenciada pelo conceito de representações coletivas de Durkheim (2021). Émile Durkheim discutiu em seu livro "Formas básicas de vida religiosa: o sistema totem da Austrália" o conceito de representação coletiva. Publicado pela primeira vez em 1912, Durkheim descreve fenômenos produzidos por comunidades aborígenes australianos, em particular o sistema totêmico. Ao pesquisar as crenças e práticas religiosas dessas sociedades, ele desenvolve a noção de "representações coletivas" (Durkheim, 2021).
Ao oposto de Durkheim, Moscovici compreendia que a constituição da identidade e da sociedade se transferia por meio da transmissão do conhecimento, tendo as pessoas um papel ativo nesse processo. Para Moscovici (2012), existe uma conexão dinâmica e interdependente entre os indivíduos e a sociedade. Os indivíduos colaboram para a edificação da sociedade e são afetados por ela. As representações sociais não são impostas, mas produzidas (Moscovici, 2012).
No argumento das representações sociais, elas podem ser compreendidas como conhecimentos socialmente construídos que não apenas norteiam a cognição e a comunicação singular e coletiva, mas também justificam comportamentos e escolhas. A linguagem e a comunicação cumprem um papel fundamental na produção e circulação das representações sociais, nos níveis interindividual, institucional e midiático, compondo as possibilidades e determinantes da representação (Moscovici, 2012).
Assim, quando Moscovici (2012) analisa a cibernética, parece que ela anuncia um novo tipo de ciência que une diferentes campos do conhecimento e reúne pesquisadores das ciências naturais e das humanidades, assumindo que esse recurso é quase onipresente em escala global. Esse estudo o levaria ao aperfeiçoamento do conhecimento sobre a teoria da informação e da comunicação, aproximando-o, dessa forma, da ideia de representação social (Moscovici., 2012).
Mais que inserção dê tecnologia nas escolas no campo, o olhar para educação não deve se apoiar somente em ferramentas estatísticas e facilitadoras de conhecimento. Segundo Chamon (2016), compreendemos o saber como uma construção social e histórica e a educação como transmissor desse conhecimento:
A educação é imprescindível ao ser humano visto que não nascemos suficientemente equipados (do ponto de vista genético) para a produção de nossa existência. Não se deve, no entanto, entender educação como mero transporte ou transmissão de conhecimento: ela é, também, produtora de conhecimento (Chamon, 2016, p.187).
Segundo a Teoria das Representações Sociais, todo conhecimento é examinado na experiência social e a representação coletiva é um conjunto de conhecimentos e crenças que tem como principal função transmitir conhecimentos ancestrais e integrar o patrimônio social e cultural além da experiência pessoal (Chamon, 2014).
CONCLUSÃO
A Educação no Campo surge como resultado da disputa territorial entre a classe rural e o agronegócio. Associada ao desenvolvimento das áreas rurais. Essa forma de educação requer uma reflexão sobre a construção do conhecimento para promover um projeto verdadeiramente transformador da posição atual (Camacho, 2017).
No estudo em questão, das tecnologias digitais na educação no campo e as relações educadores e educando quanto ao seu uso, de acordo com Domingos (2018), a Teoria das Representações Sociais pode potencializar o impacto da pesquisa educacional sobre a prática educativa, ao privilegiar a abordagem psicossocial e preencher as lacunas existentes nos estudos em educação, entre sujeito e sociedade (Domingos, 2018).
O uso da Teoria das Representações Sociais permite olhar a Educação no Campo como atividade humana socialmente gerada, dando voz aos grupos que se dedicam a Educação no Campo, alunos, professores e coletivos no campo. A TRS tenta compreender as lutas, espaços, formas de comunicação dessas pessoas e o que eles produzem de saberes no cotidiano (Dias et al., 2016).
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¹ Discente do curso de mestrado em Educação e Cultura Contemporânea/Representações Sociais e Práticas Educativas - PPGE. UNESA, Campus Presidente Vargas – RJ. e-mail: [email protected]