PRP EM BIOMEDICINA ESTÉTICA: EFICÁCIA, MECANISMOS E TENDÊNCIAS
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17605193
Gabriela Antunes Silva
Maria Clara Franco de Souza
RESUMO
O crescente interesse por procedimentos estéticos minimamente invasivos tem impulsionado a utilização do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na biomedicina estética. O PRP consiste em um concentrado autólogo de plaquetas, rico em fatores de crescimento capazes de estimular a regeneração tecidual, a síntese de colágeno e a renovação celular. O presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos do PRP na estética facial, suas principais aplicações clínicas, mecanismos de ação e aspectos regulatórios. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, por meio de consulta a bases como PubMed e SciELO, bem como a documentos emitidos por órgãos reguladores, totalizando 27 publicações selecionadas. Os resultados evidenciaram benefícios no rejuvenescimento facial, tratamento da alopecia, cicatrização de feridas e recuperação cutânea pós-procedimentos, especialmente quando associado ao microagulhamento. Contudo, a ausência de protocolos padronizados limita a reprodutibilidade dos achados. Conclui-se que essa abordagem terapêutica é uma ferramenta promissora, devendo ser aplicado com respaldo científico e observância das normas éticas e regulatórias vigentes.
Palavras-chave: Plasma Rico em Plaquetas, Biomedicina, Procedimentos Estéticos, Regeneração Celular, Fatores de Crescimento.
ABSTRACT
The growing interest in minimally invasive aesthetic procedures has driven the use of Platelet-Rich Plasma (PRP) in aesthetic biomedicine. PRP consists of an autologous platelet concentrate rich in growth factors capable of stimulating tissue regeneration, collagen synthesis, and cell renewal. This study aimed to analyze the effects of PRP on facial aesthetics, its main clinical applications, mechanisms of action, and regulatory aspects. A qualitative literature search was conducted through consultation of databases such as PubMed and SciELO, as well as documents issued by regulatory agencies, totaling 27 selected publications. The results demonstrated benefits in facial rejuvenation, alopecia treatment, wound healing, and post-procedure skin recovery, especially when combined with microneedling. However, the lack of standardized protocols limits the reproducibility of the findings. It is concluded that this therapeutic approach is a promising tool and should be applied with scientific support and in compliance with current ethical and regulatory standards.
Keywords: Platelet-Rich Plasma, Biomedicine, Aesthetic Procedures, Cellular Regeneration, Growth Factors.
1. INTRODUÇÃO
A demanda por procedimentos estéticos pouco invasivo, com alta eficácia e tempo de recuperação rápida, tem aumentado nos últimos anos, promovendo, assim, o desenvolvimento de novos tratamentos em favor da regeneração celular e a reparação de tecidos. Essa popularidade se deve, em grande parte, à busca por resultados mais genuínos, à redução no tempo de recuperação e, frequentemente, a custos mais acessíveis quando comparados aos das cirurgias plásticas tradicionais. Dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) apontam que, em 2023, o Brasil foi o segundo maior mercado global para esses procedimentos, com surpreendentes 3,3 milhões de aplicações realizadas1.
Um desses métodos consiste na aplicação de Plasma Rico em Plaquetas (PRP), que tem sido frequentemente empregado nas áreas clínica e cosmética. Tornou-se uma opção de tratamento atraente para diversas necessidades dos pacientes, incluindo lesões musculoesqueléticas, feridas de cicatrização, alopecia e, mais recentemente, o rejuvenescimento facial, tornando-se um recurso valioso na atuação do biomédico esteta.
O PRP é um hemoderivado autólogo, ou seja, é derivado do sangue do paciente, que é, então, processado usando uma centrífuga para direcionar a concentração de plaquetas (as células responsáveis por liberar fatores de crescimento). Esses agentes bioativos são capazes de induzir angiogênese, controle celular e extensão de colágeno, com efeitos benéficos na regeneração de tecidos e na qualidade da pele. Por meio do rejuvenescimento facial ou mesoterapia, o PRP visa reduzir linhas finas e rugas, melhorar a elasticidade e firmeza da pele, uniformizar o tom, e promover a renovação celular de forma natural e segura2.
Considerando a crescente valorização da estética e o avanço das técnicas biomédicas voltadas à harmonização facial, o estudo do uso do PRP como uma terapia regenerativa é relevante, desenvolvendo o conhecimento científico a ser ampliado sobre a aplicação para esse fim. A proficiência técnica, o conhecimento das ações fisiológicas envolvidas e a atualização constante do profissional biomédico são essenciais para a realização segura e eficaz desse procedimento3. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar os efeitos do PRP no rejuvenescimento facial, discutindo seu mecanismo de ação, benefícios, limitações e o papel dessa terapia na Biomedicina Estética. A pesquisa visa contribuir para o embasamento técnico-científico da atuação biomédica, promovendo um olhar crítico e ético sobre o uso das terapias autólogas no cuidado com a saúde e a estética facial.
Figura 1. Etapas do preparo do plasma rico em plaquetas (PRP).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Importância do PRP na Estética Moderna
Na estética, o PRP ganhou notoriedade por sua capacidade de promover o rejuvenescimento facial, tratar alopecia androgenética e acelerar a cicatrização em procedimentos como microagulhamento e peelings. Seus resultados naturais, com baixo risco de efeitos adversos, tornam o método altamente atrativo para pacientes que buscam intervenções mais seguras e biocompatíveis.
Diferente de substâncias aloplásticas, o PRP não apresenta risco de rejeição imunológica e atua de forma fisiológica, estimulando respostas naturais do organismo. Também tem sido explorado como agente adjuvante, favorecendo a cicatrização e reduzindo o tempo de recuperação pós-procedimento. Ocupa um lugar central na estética contemporânea, unindo ciência regenerativa e segurança clínica4.
2.2. Fisiologia da Coagulação, Ativação Plaquetária e Liberação de Fatores de Crescimento
A coagulação sanguínea é uma resposta fundamental à lesão vascular, sendo mediada por um processo altamente regulado. Quando ocorre a ruptura do endotélio, a exposição do colágeno subendotelial ativa a adesão das plaquetas por meio de receptores específicos, como a glicoproteína Ib (GpIb), que interage com o fator de von Willebrand (FvW). Essa adesão é o primeiro passo para a ativação plaquetária, que leva à liberação de grânulos alfa e densos, contendo uma variedade de fatores de crescimento essenciais para a regeneração tecidual e modulação da resposta inflamatória.
Após a ativação das plaquetas, os fatores de crescimento liberados desempenham um papel crucial na cicatrização de feridas, na regeneração celular e na angiogênese. Além disso, os recentes avanços na utilização de técnicas como a Fibrina Rica em Plaquetas (PRF), que oferece uma liberação mais gradual desses mediadores, têm contribuído para melhorar a eficiência e a sustentação da cicatrização5.
2.3. Fatores de Crescimento Presentes no PRP
PDGF (Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas): Estimula a proliferação de fibroblastos e células endoteliais, promovendo a cicatrização e angiogênese;
TGF-β (Fator de Crescimento Transformador Beta): Modula a resposta inflamatória e promove a síntese de colágeno, essencial para a regeneração tecidual;
VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular): Induz a formação de novos vasos sanguíneos, melhorando a perfusão tecidual e a entrega de nutrientes;
EGF (Fator de Crescimento Epidérmico): Estimula a proliferação e migração de queratinócitos, acelerando a regeneração de feridas;
FGF (Fator de Crescimento de Fibroblastos): Promove a proliferação de fibroblastos e angiogênese, sendo crucial para a formação da matriz extracelular;
IGF (Fator de Crescimento Semelhante à Insulina): Estimula a síntese de proteínas e a regeneração celular, contribuindo para a reparação tecidual;
Outros fatores de crescimento presentes no PRP incluem:
HGF (Fator de Crescimento Hepatócito): que estimula a regeneração celular e possui propriedades anti-inflamatórias;
CTGF (Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo): envolvido na fibrogênese e na reparação da matriz extracelular;
ILGF (Fatores de Crescimento Insulina-Like Growth Factor): que participam da proliferação e diferenciação celular.
Esses fatores têm funções específicas no desenvolvimento da regeneração tecidual, promovendo diferentes processos celulares essenciais para a reparação e recuperação dos tecidos:
Queratinócitos: A proliferação e migração de queratinócitos estimulada pelo EGF são fundamentais para a epitelização das feridas, acelerando o processo de regeneração da pele;
Fibroblastos: O PDGF e o FGF atuam sobre os fibroblastos, estimulando a síntese de colágeno e a formação da matriz extracelular, que são cruciais para a reparação estrutural do tecido lesado;
Células-tronco mesenquimais (CTMs): A ativação das CTMs por fatores como TGF-β e IGF favorece a modulação da resposta inflamatória e a regeneração dos tecidos lesados, com potencial para a diferenciação celular e reparação de diversos tipos de tecido.
A liberação coordenada desses fatores de crescimento forma um microambiente bioativo que favorece a quimiotaxia, a proliferação celular, a síntese da matriz extracelular e a angiogênese. Esses processos trabalham em harmonia para promover a regeneração tecidual eficiente e sustentada. Compreender essas interações permite otimizar os protocolos de preparo e aplicação do PRP, adaptando-os às necessidades específicas de cada área terapêutica5.
2.4. Aplicações Clínicas e Estéticas
O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) tem se destacado na medicina regenerativa e estética por sua capacidade de estimular a regeneração celular, promover a produção de colágeno e acelerar a cicatrização.
Uma técnica eficaz é a combinação do microagulhamento com PRP. Nesse procedimento, o microagulhamento cria microperfurações na pele que estimulam a produção natural de colágeno. A aplicação do PRP logo após o procedimento potencializa os resultados, promovendo melhora na textura, firmeza e luminosidade da pele, além de ajudar na redução de cicatrizes de acne, poros dilatados e estrias.
Outra forma de aplicação são as injeções intradérmicas, que promovem a regeneração celular diretamente nas áreas tratadas. São indicadas para melhorar a hidratação da pele, estimular a produção de colágeno e elastina (proteínas fundamentais para a estrutura e firmeza da pele), suavizar rugas finas e melhorar o viço da pele. Essa técnica é especialmente útil em regiões como o sulco nasogeniano (também chamado de "linha do sorriso" ou "bigode chinês"), ao redor dos olhos (área periorbital) e pescoço6.
Terapias combinadas: O PRP também pode ser utilizado em associação com outros procedimentos estéticos, com o objetivo de potencializar os resultados.
Laser fracionado: O uso do PRP após sessões de laser ajuda a acelerar a recuperação da pele, reduz a vermelhidão e melhora os resultados da remodelação tecidual.
Ácido hialurônico: A combinação com preenchedores melhora a hidratação e qualidade da pele ao redor, além de promover um efeito regenerativo mais duradouro.
Toxina botulínica: Enquanto a toxina relaxa a musculatura facial, o PRP atua na qualidade da pele, proporcionando um rejuvenescimento global.
2.5. Lacunas Científicas e Desafios
Embora o PRP tenha sido amplamente adotado em diversas áreas da medicina e estética, persistem desafios importantes relacionados à padronização dos seus protocolos de preparação e aplicação5. A diversidade de técnicas empregadas que incluem variações no volume sanguíneo coletado, métodos e parâmetros de centrifugação, ativadores utilizados, concentração plaquetária final e vias de administração dificulta a comparação entre os resultados dos estudos científicos, comprometendo a elaboração de diretrizes clínicas uniformes e confiáveis7.
Fora isso, não há consenso estabelecido quanto às concentrações ideais de plaquetas, frequência e número de aplicações, além das indicações específicas para cada condição clínica, o que gera incertezas na prática. A heterogeneidade metodológica contribui para a inconsistência dos dados e limita a reprodutibilidade dos tratamentos. Outro desafio relevante é a qualidade da evidência científica disponível. Grande parte dos estudos são observacionais, possuem amostras pequenas, curtos períodos de acompanhamento e apresentam limitações metodológicas, como ausência de grupo controle adequado. A escassez de ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e multicêntricos, que ofereçam dados robustos sobre eficácia e segurança do PRP, impede a confirmação definitiva dos benefícios terapêuticos. E das questões científicas, existem aspectos regulatórios e éticos que devem ser observados para garantir a segurança do paciente8.
É fundamental que a aplicação siga as normas dos conselhos profissionais e órgãos reguladores, respeitando critérios técnicos e capacitação dos profissionais. Para o pleno reconhecimento do PRP como recurso terapêutico eficaz e seguro, é necessário a realização de pesquisas rigorosas, com protocolos padronizados, ampla transparência metodológica, e acompanhamento a longo prazo para avaliação de desfechos e efeitos adversos. Somente com a consolidação de evidências consistentes será possível estabelecer diretrizes clínicas claras e ampliar a utilização do PRP de forma segura e efetiva9.
2.6. Uso do PRP por Biomédicos e Farmacêuticos
Tanto o biomédico quanto o farmacêutico esteta são profissionais aptos a aplicar o PRP, desde que devidamente habilitados, treinados e respaldados por suas respectivas normativas profissionais. Segundo as Resoluções do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) nº 197/2011, 200/2011 e 214/2012, o biomédico pode atuar na estética com procedimentos injetáveis. Apesar da ausência de menção direta ao PRP, a aplicação é aceita dentro do contexto de terapias autólogas minimamente invasivas10-12. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) reconhece, por meio da Resolução nº 573/2013, a atuação do farmacêutico esteta em procedimentos injetáveis e com produtos biotecnológicos, incluindo o PRP, desde que haja capacitação específica13.
Tabela 1. Atuação no PRP – Biomédico vs. Farmacêutico Esteta.
Aspecto | Biomédico Esteta | Farmacêutico Esteta |
Autorização para atuar na Estética | Sim | Sim |
Base Legal | Resoluções CFBM nº 197/2011, 200/2011 e 214/2012 | Resolução CFF nº 573/2013 |
Procedimentos Injetáveis | Autorizado | Autorizado |
Uso de PRP (Plasma Rico em Plaquetas) | Autorizado como terapia autóloga minimamente invasiva (embora não citado expressamente) | Autorizado como produto biotecnológico (citado de forma mais direta) |
Capacitação Específica Obrigatória | Sim | Sim |
Requisitos para Atuação | Habilitação em biomedicina estética + treinamento em PRP | Pós-graduação em estética ou capacitação técnica + treinamento em PRP |
Respaldo Legal para Procedimentos com Sangue | Permitido em contexto autólogo e minimamente invasivo | Permitido com capacitação técnica específica. |
2.7. Diferença Entre PRP e PRF
A classificação do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) como concentrado plaquetário de primeira geração e da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) como segunda geração está fundamentada na evolução das técnicas de preparo, na composição biológica dos produtos obtidos e na sua funcionalidade clínica. Essa distinção reflete os avanços científicos e tecnológicos que permitiram o desenvolvimento de métodos mais eficazes, seguros e fisiologicamente compatíveis com os processos naturais de regeneração tecidual.
Composição e Processamento:
PRP: É preparado a partir de sangue centrifugado em alta velocidade, com adição de anticoagulantes, concentrando apenas plaquetas em um plasma fluido;
PRF: É processado em baixa velocidade, sem anticoagulantes, formando uma matriz fibrinosa que inclui plaquetas, leucócitos e, em certas variantes, células-tronco;
Liberação de Fatores de Crescimento:
PRP: Liberação rápida e intensa nos primeiros dias pós-aplicação, porém de curta duração;
PRF: Liberação gradual e prolongada de fatores de crescimento por até 7–10 dias, favorecendo regeneração contínua14.
Efeitos Clínicos em Rejuvenescimento Facial:
Um estudo comparativo realizado em 2023 demonstrou que o PRF apresentou resultados cosméticos superiores ao PRP, com efeitos adversos semelhantes, além de alta satisfação dos pacientes e controle adequado da dor. A principal vantagem do PRF está em sua capacidade de atuar como um preenchedor natural, devido à sua consistência gelatinosa e à matriz fibrinosa, que oferece suporte volumétrico em regiões como olheiras e sulcos faciais. Nesse contexto, no rejuvenescimento facial, o PRF se destaca como uma opção mais abrangente e eficaz, proporcionando regeneração sustentada e resultados mais duradouros. Por outro lado, o PRP continua sendo uma alternativa valiosa para pacientes que buscam respostas rápidas, especialmente quando combinado com técnicas como microagulhamento ou tratamentos capilares complementares15.
2.8. Indicações Estéticas do PRP
No rejuvenescimento facial, popularmente conhecido como Vampire Facial, estudos mostram que o PRP estimula significativamente a produção de colágeno e elastina, resultando em uma melhora visível na textura e firmeza da pele, além da redução de rugas finas e cicatrizes de acne. Esses efeitos são potencializados quando o tratamento é associado ao microagulhamento, técnica que facilita a absorção dos fatores de crescimento presentes no plasma e acelera o processo de regeneração da pele16.
Além disso, o PRP tem demonstrado eficácia comprovada no tratamento da alopecia androgenética. Os fatores de crescimento atuam diretamente nos folículos pilosos, prolongando a fase anágena do ciclo capilar, reduzindo a queda, aumentando a densidade e a espessura dos fios. Outro campo promissor é o uso do PRP na cicatrização de feridas crônicas, estrias recentes e cicatrizes de acne. Nessas situações, observa-se uma regeneração progressiva do tecido, com melhora na elasticidade da pele, diminuição da profundidade das estrias e aparência mais uniforme das cicatrizes ao longo das sessões17,18.
Também tem se mostrado um importante aliado no processo de recuperação da pele após procedimentos dermatológicos e cirúrgicos, como peelings químicos, laser fracionado e microagulhamento profundo. Os benefícios incluem menor tempo de cicatrização, redução de edema, eritema e diminuição do risco de hiperpigmentação pós-inflamatória19,20.
A seguir, apresenta-se um quadro com as principais aplicações clínicas do PRP e o nível de evidência científica disponível, facilitando a compreensão dos benefícios e das limitações relatadas.
Tabela 2. Aplicações clínicas do PRP vs. nível de evidência científica.
Área de Aplicação | Descrição da Aplicação | Nível de Evidência Científica |
Rejuvenescimento facial | Melhora da textura, firmeza da pele, redução de linhas finas e cicatrizes de acne | Moderado – estudos positivos, porém com protocolos variados e amostras pequenas |
Alopecia androgenética | Estímulo ao crescimento capilar, aumento da densidade e espessura dos fios | Moderado a alto – metanálises e ensaios clínicos com resultados positivos consistentes |
Cicatrização de feridas e úlceras | Estudos iniciais indicam melhora na cicatrização, especialmente em feridas crônicas | Baixa — promissor, mas com poucos estudos em humanos |
Uso após cirurgias ou procedimentos estéticos | Pode acelerar a recuperação e reduzir inchaço ou dor | Moderada — evidências crescentes, mas ainda não há consenso. |
3. METODOLOGIA
Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e descritiva, com abordagem qualitativa, voltada à análise do uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na biomedicina estética. O objetivo foi reunir, selecionar e analisar publicações científicas e documentos técnicos que abordassem a eficácia, os mecanismos de ação, as aplicações clínicas e os aspectos legais relacionados ao PRP.
A coleta de dados foi realizada por meio de buscas nas bases SciELO e PubMed, além de revistas acadêmicas especializadas e documentos oficiais emitidos por órgãos reguladores e conselhos profissionais, como ANVISA, CFBM, CFF, CFM e CFO. A busca contemplou publicações em português e inglês, produzidas entre 2011 e 2025, acessadas entre os meses de junho e setembro de 2025. Para a localização dos estudos, foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Plasma Rico em Plaquetas, PRP, Biomedicina Estética, Rejuvenescimento Facial, Tratamento da Alopecia, Fatores de Crescimento, Microagulhamento, Regeneração Tecidual, Cicatrização de Feridas e Aspectos Éticos.
Foram inicialmente identificadas 87 publicações, das quais 27 atenderam aos critérios de inclusão, que contemplaram estudos que abordassem a fisiologia do PRP, fatores de crescimento, aplicações estéticas, benefícios clínicos, limitações científicas, aspectos éticos e regulamentares. Optou-se por desconsiderar estudos duplicados, incompletos, sem acesso ao texto integral ou que abordassem exclusivamente aplicações médicas fora do contexto estético, como ortopedia ou odontologia, sem relação com a biomedicina estética. A análise foi conduzida por meio de leitura crítica e integração qualitativa dos achados, a fim de sintetizar as principais evidências disponíveis sobre o tema.
Figura 2. Fluxograma das etapas de seleção dos artigos revisados.
A revisão da literatura científica e de documentos técnicos revelou achados relevantes sobre o uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP). Os dados indicam efeitos positivos na regeneração de tecidos, melhora da pele e no processo de recuperação após intervenções, além de destacar sua ampla aplicação em diferentes contextos médicos e estéticos. Metanálises recentes reforçam sua eficácia, especialmente em tratamentos de rejuvenescimento facial e alopecia. No entanto, apesar dos bons resultados, ainda existem limitações nos estudos que dificultam a criação de um consenso definitivo na prática clínica.
Para sistematizar as evidências científicas, foram selecionados os estudos mais relevantes, priorizando ensaios clínicos e randomizados. O material analisado inclui 7 artigos científicos e 6 documentos oficiais, organizados em duas tabelas distintas. Essa apresentação permite visualizar e comparar os dados de forma clara, facilitando a compreensão dos principais resultados e conclusões.
Tabela 3. Artigos Científicos Analisados.
Autor/Revista/Ano | Objetivo | Pacientes | Métodos | Principais Resultados/Conclusões |
Camargo et al. (2024) | Avaliar PRP + ozonioterapia no rejuvenescimento facial | 40 pacientes mulheres, com sinais de envelhecimento facial | Estudo piloto, randomizado que avaliou os efeitos da combinação de PRP autólogo com ozonioterapia | Ambos melhoraram rugas e autoestima; PRP + ozônio teve melhores resultados e foi seguro |
Alam et al. (2018) | Avaliar o efeito do PRP no rejuvenescimento facial | 19 pacientes com fotoenvelhecimento moderado | Ensaio clínico randomizado, modelo split-face | O PRP teve efeito modesto no rejuvenescimento facial |
Hassan et al. (2025) | Avaliar PRP + microagulhamento no rejuvenescimento da região periorbital | 13 pacientes saudáveis com olheiras/linhas finas | Estudo prospectivo, avaliação com fotos padronizadas antes, 1 semana e 3 meses após o tratamento | Melhorias subjetivas, seguro, mas requer mais estudos |
Pincelli et al. (2024) | Avaliar PRP + microagulhamento no rejuvenescimento facial | 18 pacientes com sinais de envelhecimento facial | PRP em um lado do rosto, solução salina no outro; acompanhamento 24 semanas | Não apresentou superioridade sobre solução salina; procedimento seguro e bem tolerado |
Atsu et al. (2023) | Comparar PRP e PRF injetável no rejuvenescimento facial | 53 pacientes adultos buscando rejuvenescimento facial | Ensaio clínico randomizado, 3 aplicações mensais | O PRF injetável é uma alternativa eficaz ao PRP para rejuvenescimento facial, com preparação mais simples e efeito duradouro |
Majewska et al. (2025) | Avaliar eficácia do PRP/PRF no rejuvenescimento facial | 20 pacientes (30-60 anos), sem contraindicações para o uso de PRPou PRF | Três sessões com aplicação de PRP/PRF; avaliação por ultrassom | Houve aumento significativo na densidade e espessura da pele, tratamento eficaz e seguro |
Kang & Lu (2022) | Avaliar microagulhamento + PRP em cicatrizes de acne | 472 pacientes com cicatrizes de acne | Meta-análise de estudos clínicos randomizados | Microagulhamento + PRP é mais eficaz e aumenta a satisfação em cicatrizes de acne. |
Tabela 4. Documentos Oficiais Analisados.
Órgão Emissor/Ano | Tipo de Documento | Deliberação |
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) / 2015 | Resolução CFM nº 2.128/2015 | Regula o uso experimental do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) |
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) / 2024 | Nota Técnica nº 29/2024 | Aborda a produção e uso terapêutico do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e suas variantes/frações. O texto também se refere à NT nº 12/2015 |
Conselho Federal de Medicina (CFM) / 2011 | Parecer CFM nº 20/2011 | Considera o PRP um procedimento de caráter experimental, a ser utilizado preferencialmente em protocolos de pesquisa |
Conselho Nacional de Saúde (CNS) / 2012 | Resolução nº 466/2012 | Apresenta as diretrizes e normas regulamentadoras para pesquisas envolvendo seres humanos, aplicáveis ao uso do PRP em pesquisa |
Conselho Federal de Odontologia (CFO) / 2015 | Resolução CFO nº 158/2015 | Regulamenta o uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e Plasma Rico em Fibrina (PRF) na odontologia |
Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) / 2014 | Resolução CFBM nº 241/2014 | Autoriza o uso do PRP em procedimentos biomédicos estéticos por profissionais habilitados. |
4. DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa contribuem para aprofundar a compreensão sobre o papel do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na biomedicina estética. A partir da análise da literatura especializada, dos mecanismos fisiológicos envolvidos e das aplicações clínicas já estabelecidas, torna-se possível avaliar de forma crítica sua eficácia, segurança e viabilidade em procedimentos estéticos5.
Evidências apontam que o PRP pode acelerar a regeneração dos tecidos, atenuar processos inflamatórios e melhorar a qualidade da pele após intervenções como microagulhamento, peelings químicos e laser fracionado. Esses efeitos são atribuídos à liberação de fatores de crescimento pelas plaquetas, que estimulam a proliferação celular e a reparação cutânea6,15. Apesar dos benefícios observados, ainda há limitações importantes. A ausência de padronização nos métodos de preparo, variações na concentração de plaquetas e a falta de protocolos clínicos uniformes dificultam a comparação entre estudos e a consolidação de diretrizes consistentes para sua utilização16,17.
Sob o ponto de vista regulatório, o uso do PRP apresenta abordagens distintas conforme a região. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) o classifica como produto biológico, submetido a normas rigorosas. Já na União Europeia, é tratado como produto médico, exigindo protocolos validados para preparo e aplicação. Em síntese, embora os resultados sejam promissores e respaldados, o uso do PRP requer embasamento científico contínuo, padronização técnica e conformidade com as regulamentações vigentes para garantir sua aplicação segura e eficaz4.
A regulamentação do uso do PRP no Brasil ainda é considerada limitada e aberta a interpretações. Embora sua aplicação clínica venha se expandindo em diversas especialidades, especialmente na medicina estética, ortopedia, odontologia e dermatologia, existem lacunas normativas que requerem atenção cuidadosa por parte dos profissionais da saúde21.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da Nota Técnica nº 12/2015, indica que o PRP pode ser utilizado desde que respeitadas as diretrizes dos Conselhos de Classe e Comitês de Ética em Pesquisa. Portanto, é essencial que os profissionais da saúde estejam cientes das normativas de seus respectivos conselhos e atuem dentro dos limites legais e éticos estabelecidos. Importante destacar que, de acordo com essa nota técnica, o PRP é considerado um produto de uso autólogo (ou seja, produzido a partir do próprio sangue do paciente) e, portanto, não se enquadra como um medicamento ou produto de origem industrial passível de registro sanitário. Contudo, os insumos, equipamentos e kits utilizados para sua obtenção devem seguir as normas da ANVISA e possuir regularização adequada22.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), através do Parecer nº 20/2011, considera o PRP um procedimento de caráter experimental, voltado à pesquisa terapêutica. Nesse sentido, sua utilização na prática médica deve ocorrer preferencialmente no âmbito de protocolos de pesquisa aprovados por Comitês de Ética, com a devida anuência da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), quando aplicável. O parecer destaca ainda que, à época, não havia evidência científica suficientemente robusta que comprovasse a eficácia terapêutica do PRP em diversas indicações clínicas, motivo pelo qual sua aplicação fora do contexto experimental era desaconselhada pela autarquia23.
Apesar dessa posição, observa-se que outros Conselhos de Classe têm adotado uma postura mais permissiva, especialmente em áreas como odontologia, fisioterapia e biomedicina, permitindo o uso do PRP desde que observadas exigências como capacitação técnica específica do profissional, garantia de biossegurança nos processos de coleta, manipulação e aplicação, cumprimento dos limites éticos e legais estabelecidos e utilização de materiais autorizados e regularizados pela ANVISA. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) e o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), por exemplo, já publicaram normativas específicas autorizando a utilização do PRP por profissionais habilitados, desde que atendidas as condições técnicas e legais vigentes24-26.
Nesse cenário de diversidade regulatória, é imprescindível que os profissionais que atuam com PRP mantenham-se atualizados quanto às deliberações de seus respectivos Conselhos de Classe, registrando de forma detalhada os procedimentos realizados e garantindo que o paciente assine o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes da intervenção. Nos casos em que a utilização tenha caráter de pesquisa, o protocolo deve ser submetido previamente ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) institucional, em conformidade com as diretrizes da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 466/201227.
5. CONCLUSÃO
O plasma rico em plaquetas (PRP) configura-se como uma abordagem inovadora no âmbito da biomedicina estética, ao integrar avanços científicos à capacidade regenerativa dos tecidos. Embora os resultados preliminares evidenciem seu potencial terapêutico, a aplicação clínica deve estar alicerçada em rigor científico e princípios éticos, assegurando a segurança e a eficácia para os pacientes.
A consolidação do PRP como recurso terapêutico demanda a realização de estudos clínicos multicêntricos, randomizados e duplo-cegos, além da padronização dos protocolos clínicos. Nesse cenário, o biomédico esteta assume papel imprescindível ao articular a prática clínica com a pesquisa científica, fomentando o desenvolvimento de intervenções estéticas mais seguras, eficazes e inovadoras.
Dessa forma, o PRP apresenta-se como uma ferramenta promissora, oferecendo perspectivas de aprimoramento contínuo e benefícios duradouros para a saúde e o bem-estar dos indivíduos submetidos ao tratamento.
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Brasil. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução nº 200, de 1º de julho de 2011. Dispõe sobre as especialidades do biomédico e dá outras providências. Serviço Público Federal: Conselho Federal de Biomedicina – CFBM; 2011.
Brasil. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012. Dispõe sobre as atribuições do biomédico na área de análises clínicas. Serviço Público Federal: Conselho Federal de Biomedicina – CFBM; 2012.
Brasil. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 573, de 22 de maio de 2013. Conselho Federal de Farmácia – CFF; 2013.
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Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.128, de 17 de setembro de 2015. Define o uso do plasma rico em plaquetas (PRP) como procedimento experimental. Rio de Janeiro: CREMERJ; 2015.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Nota Técnica nº 29/2024: produção e uso terapêutico do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e suas variantes/frações. 2024.
Conselho Federal de Medicina – CFM. Processo-Consulta CFM nº 1.477/10 – Parecer CFM nº 20/11: PRP – Plasma Rico em Plaquetas (PRP). 2011.
Conselho Federal de Odontologia – CFO. Resolução CFO nº 158, de 08 de junho de 2015: regulamenta o uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e Plasma Rico em Fibrina (PRF) na odontologia.
Conselho Federal de Biomedicina – CFBM. Resolução CFBM nº 241, de 29 de janeiro de 2014: autoriza o uso do PRP em procedimentos biomédicos estéticos por profissionais habilitados.
Brasil. Conselho Nacional de Saúde – CNS. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Ministério da Saúde; 2012.
LISTA DAS SIGLAS
(ANVISA) Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(CEP) Comitê de Ética em Pesquisa
(CFBM) Conselho Federal de Biomedicina
(CFF) Conselho Federal de Farmácia
(CFM) Conselho Federal de Medicina
(CFO) Conselho Federal de Odontologia
(CNS) Conselho Nacional de Saúde
(CONEP) Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CTGF) Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo
(CTMS) Células-tronco mesenquimais
(EGF) Fator de Crescimento Epidérmico
(FDA) Food and Drug Administration
(FGF) Fator de Crescimento de Fibroblastos
(FVW) Fator de von Willebrand
(GPIB) Glicoproteína Ib
(HGF) Fator de Crescimento Hepatócito
(IGF) Fator de Crescimento Semelhante à Insulina
(ILGF) Fatores de Crescimento Insulina-Like Growth Factor
(ISAPS) International Society of Aesthetic Plastic Surgery
(PDGF) Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas
(PRF) Fibrina Rica em Plaquetas
(PRP) Plasma Rico em Plaquetas
(TCLE) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TGF-β) Fator de Crescimento Transformador Beta
(VEGF) Fator de Crescimento Endotelial Vascular
Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Biomedicina do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio como requisito para obtenção do grau de bacharel em Biomedicina, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Ana Cristina Serra Polimeno.