PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DO CARCINOMA OVARIANO

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Edlaine Vasconcellos¹
Larissa Teodoro Rabi²

RESUMO
Este trabalho de revisão da literatura tem como objetivo proporcionar uma compreensão dos principais fatores de risco para a evolução do câncer de ovário. Na fase inicial dessa neoplasia não apresenta sintomas específicos e podem ser facilmente serem confundidos com uma simples dor abdominal, gases ou até mesmo mal-estar, que também são comuns na menopausa, podendo assim, ter o diagnóstico tardio da neoplasia. Os principais fatores ligados ao câncer do ovário podem ser classificados como correlação genética, fatores reprodutivos, fatores relacionados aos hábitos e estilo de vida e exposição ocupacional. Além disso, o trabalho destaca a importância da detecção precoce por meio de avaliação ginecológica periódica independentemente da idade.
Palavras-chave: Ovário. Fator de risco. Neoplasia Ovariana. Patologia.

ABSTRACT
This literature review aims to provide an understanding of the main risk factors for the evolution of ovarian cancer. In the initial phase of this neoplasm it does not present specific symptoms and can be easily confused with a simple abdominal pain, gas or even malaise, which are also common in menopause, thus being able to have a late diagnosis of the neoplasm. The main factors linked to ovarian cancer can be classified as genetic correlation, reproductive factors, factors related to habits and lifestyle, and occupational exposure. In addition, the study highlights the importance of early detection through periodic gynecological evaluation, regardless of age.
Keywords: Ovary. Risk factor. Ovarian Neoplasm. Pathology. 

1. INTRODUÇÃO

Os ovários são glândulas reprodutivas femininas, responsáveis por produzir importantes hormônios como: estrógeno e progesterona, ambos relacionados à reprodução mas que também regulam uma serie de aspectos fundamentais para a boa manutenção da saúde feminina.[1] O câncer de ovário se forma nos ovários, que são as glândulas reprodutivas femininas responsáveis pela produção de óvulos e hormônios sexuais.[2] Classificado por três tipos histológicos que são os epiteliais, estroma e células germinativas, sendo mais comum nas células epiteliais que são as que revestem a parte externa dos ovário.[3]

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) anualmente são registrados cerca de 6,5 mil novos casos de Câncer de Ovário e aproximadamente 140.000 mulheres morrem globalmente por ano com essa neoplasia. [4]

O que pode acontecer com essa paciente é que na fase inicial não apresenta sintomas específicos e podem ser facilmente serem confundidos com uma simples dor abdominal, gases ou até mesmo mal-estar, que também são comuns na menopausa, podendo assim, ter o diagnóstico tardio da neoplasia.[5] Os principais fatores ligados ao câncer do ovário podem ser classificados como correlação genética (alterações nos genes BRCA1 e BRCA2), fatores reprodutivos (nuliparidade, lactação, uso de anticoncepcional oral, ligadura de trombas e ooforectómica), fatores relacionados aos hábitos e estilo de vida (tabagismo, aumento do consumo de carnes e gorduras, inatividade física) e exposição ocupacional.[6,7]

A menstruação é um processo natural do corpo das mulheres, mas alterações nesse processo podem ser um sinal de alerta, dentre muitos motivos pelos quais a menstruação pode estar desregulada, há a possibilidade de uma relação com o câncer de ovário, e as alterações nesse ciclo como menarca precoce, menopausa tardia e nunca ter filhos, porém a maioria dos casos ocorrem após a menopausa e a idade é um grande influenciador nesse caso.[8]

Os principais fatores de risco conhecidos são a idade, obesidade, terapia hormonal após menopausa, histórico familiar de câncer de ovário, câncer de mama ou câncer colo retal, tratamento para fertilidade e síndrome hereditária.[9,10] O risco é ainda maior se um parente de primeiro grau foi diagnosticada com esse câncer, independente se for do lado paterno ou materno. [11-13]

O tratamento conhecido é radioterapia, cirurgia e terapia sistêmica que é o uso de medicações, porém são parcialmente efetivas conforme a evolução e um dos exames para investigação clínica é a ultrassonografia pélvica e marcador tumoral sanguíneo CA 125.[14-16] E para a confirmação do diagnóstico Laparoscopia exploratória com biopsia do tumor, Tomografia Computadorizada e exames Hematológicos. [17-19] Um dos tratamentos consiste em cirurgia que seria a retirada do útero e dos ovários, por se tratar de um câncer de difícil rastreamento, a eficácia da cirurgia com a retirada das trompas de falópio, sendo assim preventiva e pouco invasiva, porém compromete a saúde reprodutiva da mulher. [20]

Os objetivos específicos foram avaliar a influência do ciclo hormonal durante a vida da mulher, relatar os principais fatores de risco e o desenvolvimento da doença e elucidar os principais tratamentos disponíveis.

METODOLOGIA

Este trabalho faz uma revisão da literatura, os artigos científicos foram selecionados e coletados nas bases de dados da “Scientific Electronic Library Online” (Scielo), “Medical literature Analysis and Retrieval System Online” (MEDLINE) e “National Library of Medicine” (NLM/PubMed). Foram utilizados os descritores cadastrados no “DeCS/MeSH” foram: “fallopian tubes, reproduction, woman, genetics, treatment, ovary, epidemiology, physiopathology, diagnosis e treatment”. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados de 2018 à 2023 e em português ou inglês. Os critérios de exclusão foram: artigos repetidos e aqueles que não atendiam ao tema específico. Além disso a seleção dos artigos foi realizada com base na avaliação dos títulos tendo correlação com o tema e resumo e de maneira independente e segundo os critérios de elegibilidade da revisão. 

2. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Tabela. Aspectos gerais dos artigos selecionados
Em estudos realizados por Babic A. et al [41] independente da paridade e de ter amamentado alguma vez está associado a redução do risco de câncer de ovário e quanto maior o episódio do aleitamento materno menor o risco e pode persistir por décadas. De acordo com González AM. et al [32] ressalta a importância do recém diagnóstico possibilitando o aumento da sobrevida destas pacientes e diminuindo a progressão dessa doença e nesse mesmo estudo foi avaliado 23 mulheres com câncer de ovário avançado e recém diagnóstico.

Por outro lado, estudos realizados por Zhu C. et al [39] investigou características clínicas, suas particularidades e desfechos da sobrevida de cada pacientes de 86 anos com o câncer. Na mesma linha de raciocínio o Fabbro M. et al [38] analisou a eficácia do tratamento em mulheres maiores de 70 anos com essa neoplasia. Dessa maneira, ambos ressaltando como a idade avançada se torna um risco perigoso e importante. Pesquisas realizadas por Ruiz-Echeverría FR. et al [34] 26 pacientes foram incluídas com a faixa etária média de 22 anos com o tratamento cirúrgico utilizado em todos os casos e teve uma recorrência de 20% dos casos analisados e mesmo submetendo 2 dessas pacientes à quimioterapia.

De acordo com Hardesty MM. et al [35] compareceram a resposta da quimioterapia separando em resposta completa, parcial ou nenhuma evidência do câncer após o tratamento e obteve índices significante melhor em relação a 105 pacientes a resposta após todo o tratamento. Na mesma linha de raciocínio, Zheng R. et al [3] e Harter P. et al [33] ressaltam a importância da conscientização e diagnóstico precoce. Além de diminuir os riscos de progressão, promove aumento na sobrevida da paciente.

Estudos realizados por Yang L. et al [17] e Buechel M. et al [36] ambos compararam a resistência do tratamento recorrente e compreende que se encontram ligados à fatores individuais da paciente e do tumor.

3. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Câncer de Ovário é uma doença silenciosa, dessa forma, a doença evolui sem causar sintomas ou sinais precoces na paciente, dessa forma é o motivo pelo qual a avaliação ginecológica periódica se torna extremamente importante independentemente da idade. Ocasiona grande impacto na qualidade de vida destas pacientes e movimenta grandes esforços da pesquisa clínica e farmacêutica no desenvolvimento de tratamentos e identificação precoce com eficácia. Além disso, se tivesse estudos sobre métodos capazes de identificar precocemente o carcinoma seriam esclarecedoras, assim as mulheres começariam o tratamento o quanto antes e consequentemente as taxas de diagnósticos tardiamente e mortalidade diminuiriam drasticamente.

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¹ Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campinas, SP, Brasil.
² Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista (UNIP), Campinas, SP, Brasil. Mestre em Ciências. E-mail: [email protected]