O VALOR ECONÔMICO DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA NO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10463566


Gabriela Barbosa Sucupira Leite
Orientadora: Dra. Roberta Cantarela


RESUMO
O presente trabalho tem como proposta descrever a importância da Língua de Sinais Brasileira (Libras) e seu valor econômico no Distrito Federal e Entorno em vários aspectos, principalmente no que diz respeito à comunidade surda e ao mercado de trabalho. Com o advento da Lei n.º 10.346 de 2002, que instaurou a Libras como o meio de comunicação oficial da comunidade surda, foram criados cursos para a formação de profissionais surdos em diversas áreas como Letras Libras bacharelado e licenciatura, porém ainda existe um déficit de ofertas de curso de bacharel, além disso, a falta de intérpretes nas escolas prejudica o aprendizado dos alunos nos cursos de outras faculdades. A metodologia usada neste trabalho foi a utilização de dados obtidos através de pesquisas quantitativas realizadas com estudantes e profissionais surdos da área acadêmica. O objetivo do estudo é analisar a contextualização da Libras para a sociedade, discutindo propostas de alguns políticos para implementar a disciplina de Libras como obrigatória nas escolas, dessa forma priorizando não só a comunicação, mas também o respeito a esses indivíduos que sofrem com barreiras para se comunicar, muitas vezes gerando isolamento.
Palavras-chave: Valor Econômico, Libras, Comunidade Surda, acessibilidade.

ABSTRACT
This paper aims to describe the importance of the Brazilian Sign Language (Libras) and its economic value in the Federal District and surrounding areas in various aspects, especially regarding the deaf community and the labor market. With the enactment of Law No. 10.346 of 2002, which established Libras as the official means of communication for the deaf community, courses were created for training deaf professionals in various areas such as Letters Libras, Bachelor's Degree, and Licentiate. In addition, the lack of interpreters in schools impairs student learning in courses at other colleges. The methodology used in this work was the use of data obtained through quantitative research carried out with deaf students and professionals in the academic field. The study's objective is to analyze the Libras context for society, discussing proposals from some politicians to implement the Libras discipline as mandatory in schools, thus prioritizing not only communication but also respect for these individuals who suffer from communication barriers, often generating isolation.
Keywords: Valor Economic, Libras, Deaf Community, accessibility.

1. Introdução

1.2 Conceito da pessoa surda

Marchesi (1996) afirma que a surdez é designada pela perda, maior ou menor, da percepção normal dos sons, havendo vários tipos de deficiência auditiva, em geral classificadas de acordo com o grau de perda da audição entre elas são: leve, moderada, severa e profunda. A perda é avaliada pela intensidade do som, medida em decibéis (dB), ou seja, em cada um dos ouvidos (DESSEN & BRITO, 2012). Assim, o entendimento da recepção e emissão da mensagem oral acaba gerando dificuldades nas interações sociais e orais. Assim, nem todos os Surdos preferem ou querem ser oralizados, isto é, individual, ou seja, do particular de cada um.

Vygotsky afirma que a linguagem é responsável pela regulação da atividade psíquica humana, pois é ela que permeia a estruturação dos processos cognitivos. Assim, é assumida como constitutiva do sujeito, pois possibilita interações fundamentais para a construção do conhecimento (VYGOTSKY apud LACERDA, 2001, p. 165).

No geral, a comunicação de pessoas com surdez é por intermédio de línguas visuoespaciais. O povo Surdo é caracterizado por um grupo de sujeitos com costumes, histórias e tradições em comuns pertencentes às mesmas peculiaridades, ou seja, tem sua concepção construída de mundo através do mundo visual (STROBEL & PERLIN, 2009). Assim, o entendimento da recepção e emissão da mensagem oral acaba gerando dificuldades nas interações sociais e orais.

Segundo Neville (1988), os Surdos sinalizantes, adquirem habilidades muito mais aguçadas do que os não-Surdos, pois mostram maior velocidade de reações a esses estímulos (SACHS, 1993, p.89). De acordo com Cervellini (2015, p.15), as pessoas Surdas da comunidade Surda não aceitam ser chamadas de “deficientes auditivos'' (DAs). Assim, os Surdos são definidos preferindo o termo “surdo” expressão com se identificaram e que marca uma cultura própria, dessa forma Surgiu o movimento formado por “Deaf Power” que lutou pelos seus direitos, mostram dois aspectos importantes: o direito da língua própria e o direito de ser tratado como diferente” pelo ouvinte, em vez de ser “deficiente” (MENOSSI, 2011, s/p). Entretanto, atualmente alguns Surdos preferem ser definidos como DAs. Segundo Perlin (1998, p.54) os Surdos são pessoas em relação de experiência visual e longe da vivência auditiva, ou seja, de seus espaços visuais e dos pontos de encontro de Surdo-Surdo e das associações de Surdos são celebrados pela cultura Surda, com a língua de sinais e os valores dos Surdos (QUADROS, 2017, p.24).

No Brasil, a língua visual aceita como meio de comunicação é a Língua Brasileira de Sinais (Libras) o sujeito Surdo é caracterizado culturalmente por ter a Libras como primeira língua (L1) e Língua Portuguesa como Segunda Língua (L2). O sujeito com Deficiência Auditiva (DA) é aquele que tem a Língua Portuguesa como L1 e a Libras como L2. Não necessariamente o surdo tem o Português como L2 e o DA, Libras como L2 na sua forma de comunicação. A escolha da L1 precisa ser respeitada como liberdade linguística, pois, é nessa forma de expressar a suas concepções que soam naturalmente.

A Libras é o meio de comunicação da pessoa surda, sua forma de manifestar o pensamento, emoções, além do desenvolvimento psicológico. O acesso a essa língua o mais cedo possível, é de grande importância para que o indivíduo possa desenvolver-se integralmente. O surdo tem direito a um intérprete de Libras, para que seja feita a tradução e interpretação de todo o conteúdo ministrado em sala de aula (BRASIL, 2007). Sherman; Wicox e Perrin Wilcox (2005), afirma que: “surdo com “s” minúsculo, para se referir à sua condição audiológica de não ouvir e Surdo, com “S” maiúsculo, para representá-lo como sujeito cultural e político” (PORTELA, 2017, p.2).

1.2.1 A história do Surdos no mundo

Carvalho (2007) afirma que no Egito, os surdos eram considerados como se fossem deuses e os faraós, sendo temidos e respeitados pela população. Assim, o povo hebreu, na Lei Hebraica, aparece pela primeira vez as referências aos surdos que foram descobertos pelo não surdos (CARVALHO, 2007 citado por FERREIRA, 2014 p.71). Conforme Carvalho (2014), o educador e Bispo John Beverley, em 700.d.C, ensinou um Surdo a falar pela primeira vez e por esta razão ele foi o primeiro de muitos educadores de Surdos (CARVALHO, 2007, apud, FERREIRA, p.71).

Segundo Carvalho (2007), o Ponce de Leon, o monge católico da Ordem Beneditinos, iniciou-se a história dos Surdos mundialmente que fundou uma escola de Surdos em Madrid, dedicou grande parte da sua vida a ensinar os filhos surdos, de pessoas nobres, ou seja, de bom grado, lhe encarregaram os filhos para que pudessem ter privilégios perante a lei a preocupação geral em educar os surdos, na época, era tão somente por questão econômica (CARVALHO, 2007 apud FERREIRA, 2014, p.71).

De acordo com Goldfeld (1997), os Surdos não tinham direitos e também eram sacrificados, não recebiam comunhão nem herança ou, seja, não eram vistos como seres humanos. Somente a partir da Idade Média a igreja condena fornecendo a ideia de atribuir a causas sobrenaturais as anormalidades que apresentavam as pessoas. Até o início da Idade Moderna não havia notícias de experiência educacionais com crianças Surdas, sendo consideráveis não educacionais. (GOLDFELD, apud et al, MENOSSI, 2011, p.4).

Mundialmente, a partir da década de 1990, expandiu-se com força a defesa de uma política educacional de inclusão dos sujeitos com deficiências em pedido de mais respeito e socialização, também a comunidade surda fez parte. Houve um movimento de programas de educação especial e um incentivo firme para práticas de inclusão de pessoas surdas em escolas regulares que é o modelo de ambiente educacional com ouvintes e Surdos. (LACERDA, 2006, p.2). Entretanto, mesmo na sala de aula com as turmas regulares, os Surdos ainda passaram por barreiras de comunicação e falta de aprendizado.

Segundo Skaliar (1997, p. 37) o Congresso de Milão é referência do oralismo puro. Dessa forma, começou a proibição da língua de sinais mundialmente, além disso em sua deliberação fatores políticos, filosóficos e religiosos aliados a abordagem mecanicista da ciência moderna contribuindo na inversão de concepção reduzindo a surdez e o surdo a um déficit biológico sujeito a cura sendo que não existe ainda, condicionando-os à categoria de deficiente. Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintes, (MENOSSI, 2011, s/p).

1.3 Surdos no Brasil

De acordo com Skliar (1997), no Brasil os Surdos eram vistos como inaptos na sociedade e sem direitos legais até 1957 quando ainda era Brasil-Colônia (SKLIAR, 1997 apud MENOSSI, 2011, s/p.).

Em 1855, no Brasil chegou o francês Surdo Ernest Huet, trazido pelo imperador D. Pedro II, para iniciar o seu trabalho com duas crianças surdas com o direito à bolsa de estudo (GOLDFELD, 2002, p.32). Com isso começaram as mudanças da educação dos Surdos a partir no dia 26 de setembro de 1857 foi inaugurado o Instituto de Surdos-mudos que atualmente é conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) na qual começou a usar a língua de sinais (GOLDFELD, 2002, p.32). Entretanto, em 1911, deu-se o início do oralismo puro mundialmente de comunicação para os Surdos, mesmo com a presença da língua de sinais em sala de aula. Nesta época, a diretora do Instituto Ana Rímoli de Faria Doria, junto com a professora Álpia Couto, proibiram o uso da língua de sinais na sala de aula. Mesmo assim, os Surdos se comunicam visualmente nos corredores do INES (GOLDFELD, 2002, p.32). Ou seja, a Libras, mesmo sendo inibida pelos ouvintes, estava presente nas mentes e nas mãos dos Surdos como uma forma de expressar suas ações.

No fim da década de 70, a comunicação total chegou no Brasil, por Ivete Vasconcelos, educadora da Universidade de Gallaudet (GOLDFELD, 2002, p.33). Na década seguinte, começa a história do bilinguismo para os estudantes Surdos que é a modalidade de ensino visual e português escrito com a base da pesquisadora linguística, Lucinda Ferreira Britto (GOLDFELD, 2002, p.33). De acordo com Felipe (2011), os Surdos vêm conquistando seu espaço na sociedade. Os governos têm se preocupado com a educação dos Surdos, sendo estes incluídos nos conceitos educacionais especiais expresso na Declaração Salamanca que evoca linhas de ações específicas buscando reconhecer as diferenças, entre elas, a educação de Surdos, considerando uma das peculiaridades da educação deles a princípio a língua (Libras) (FELIPE, 2011 apud MENOSSI, 2011, s/p). Antes de serem reconhecidos como seres humanos, os Surdos eram privados da língua de Sinais no mundo. O acontecimento histórico do Congresso de Milão em 1880 trouxe uma revolta à comunidade surda. Os Surdos eram obrigados a falar pois era considerado a melhor forma de aprendizado para eles e alguns, embora alguns não queriam ser oralizados já que a tinham a língua de sinais como seu meio comunicativo e dessa forma, podiam respeitar sua maneira de expressão, a sua identidade e sua cultura. Acredita-se que se o Congresso de Milão não existisse, eles não estariam sofrendo tanto como sofreram. Ainda hoje, mesmo com as lutas atuais, alguns médicos e fonoaudiólogos são contra a Libras.

De acordo com Perlin & Strobel (2008), a língua de sinais foi banida pelo Surdos por mais de 100 anos e, entretanto, agora o desafio do povo Surdo é construir uma nova história cultural, com o reconhecimento e respeito às diferenças, valorização de sua língua, a participação dos sujeitos surdos (Perlin & Strobel, 2008, apud, MENOSSI, 2011).

A luta pela história da comunidade Surda vem por conta do sofrimento que passaram. Dessa forma, é possível perceber que não existe inclusão do surdo se as pessoas não souberem Libras. E para isso, são necessárias condições que favoreçam o desenvolvimento e a integração do surdo na escola e na sociedade, mostrando assim, que ele é capaz de se comunicar e produzir como os demais. Ou seja, o papel da escola não é apenas o de facilitadora, um local onde os conteúdos são diminuídos ou recortados, mas sim de conceder condições para que o aluno se desenvolva naturalmente com autonomia no ambiente escolar e social, pois o mesmo tem tanta capacidade quanto os demais.

1.4 Competência Legislativa

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida na Lei n.º 10.436/2002 (BRASIL, 2002), como língua oficial das pessoas surdas. De acordo com o próprio termo, a Libras é utilizada somente no Brasil, assim como a Língua Portuguesa:

Entende-se como Língua Brasileira de Sinais (Libras) a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 2002). Diante disso, é preciso deixar claro que existem Surdos que não tem a Libras como sua língua e é necessário respeitar aqueles que se expressam com outras formas de comunicação.

Importante saber que cada país possui uma língua de sinais para as pessoas surdas, por exemplo: a “ASL” (Língua de Sinais Norte-americana), “British Sign Language” (Língua de Sinais Britânica); a “Lengua de Signos Española” (Língua Gestual Espanhola); e a “Langue des Signes Française” (Língua Francesa de Sinais). (SCHLÜNZEN, BENEDETTO, SANTOS, 2002, p.01).

Ainda na Lei n.º 10.436, o Art. 2o diz:

Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades Surdas do Brasil. (BRASIL, 2002).

Ainda há muitas barreiras de comunicação, como a presença de intérpretes que nem sempre é possível, somente em órgão como Senado, Câmera, Tribunal de Conta da União (TCU) fazendo a interpretação em janela na TV.

Ainda sobre a Lei n.º 10.436: Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. (Brasil, 2002). Portanto os Surdos da comunidade Surda têm dificuldade de compreensão da língua portuguesa. Há um projeto de Lei de incluir a Libras nas disciplinas curriculares nas escolas para facilitar a comunicação e acabar com empecilhos comunicativos. Mais ainda há o preconceito aos Surdos e a Libras, além disso as provas de concursos públicos são de difícil compreensão para aqueles que a Libras como seu meio expressão.

Art. 20 Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio de comunicação objetiva e de utilização das comunidades surdas do Brasil (BRASIL, 2002).
Art. 40. O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs conforme legislação vigente. (BRASIL, 2002).

No ano de 2005 foi regulamentada a Lei n.º 10.436 pelo Decreto 5626 /05 o qual torna obrigatória a disciplina de Libras em Cursos de licenciaturas e fonoaudiologia. Garante o acesso aos recursos e tecnologias para melhor acesso às informações e comunicações. Bem como todas as instituições devem ter em seus quadros de funcionários 5% destes capacitados para uso e interpretação de Libras. O Decreto nº 5626/05 garante todos os direitos aos sujeitos surdos. (BRASIL, 2005).

Dentre elas são:

III - prover as escolas com:

a. professor de Libras ou instrutor de Libras;

b. tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa;

Perante este decreto o aluno Surdo sentirá seguro com a presença de profissionais capacitados a sua língua nas escolas, vale lembrar que ainda há grande demanda da falta de intérprete de Libras no ramo educacional.

c. professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas;

V - Apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos (BRASIL, Lei 5626/05). A Libras não é somente aprendida nas escolas, os pais desses alunos também devem ter o papel de aprender a Libras para a comunicação do filho (a) Surdo acessível e compreendida por garantir uma comunicação acessível e compreensível com o filho Surdo(a). No ano de 2010 a Lei n.º 12.3191 de foi regulamentada a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras e Guia-intérprete.

O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa, ou, seja, o profissional precisa ter domínio em duas línguas.
Art. 4o A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

I - Cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou;
II - Cursos de extensão universitária;
III - Cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação.

A partir do ano de 2010 veio o aumento dos profissionais na área de Libras de acordo os Surdos fazendo parte da sociedade para garantir acessibilidade linguística seja no espaço educacional e entre outros.

Art. 5o Até o dia 22 de dezembro de 2015, a União, diretamente ou por intermédio de credenciadas, promoverá, anualmente, exame nacional de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa. (BRASIL, 2015)
Parágrafo único. O exame de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa função, constituída por docentes surdos, linguistas e tradutores e intérpretes de Libras de instituições de educação superior. Contudo em 2016 foi o último exame de proficiência, dessa forma aparente nunca mais foi realizado.

A LBI1 garante a comunicação como forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações. (BRASIL, 2015, p.2). Conforme a LBI, os Surdos e Surdocegos enfrentam barreiras nos filmes brasileiros de cinemas, que ainda é um desafio em relação às legendas e às janelas com a presença de intérpretes de Libras.

Dessa maneira, os Surdos, DAs e Surdocegos podem escolher a sua forma de comunicação desejada. É importante respeitar a necessidade de expressão das suas ideias.

Também favorece a formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio; (BRASIL, 2015, p.6). Diante disso é necessário assegurar acessibilidade linguística conforme o estudante Surdo na língua visuoespacial.

A oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação Surdo e Surdocegos. (BRASIL, 2015, p.6). Os alunos Surdocegos também precisam ter acesso de acordo com seu critério de comunicabilidade.

Os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras. (BRASIL, 2015, p.7).

A partir disso, os ambientes onde os Surdos e Surdocegos da língua visual (Libras) estão presentes na sociedade, é fundamental que cumpra a Lei da acessibilidade principalmente nas escolas para que eles tenham desenvolvimento cognitivo.

Foi aprovado a Lei n.º 14.191 que faz parte da LBI, foi um marco para a Comunidade Surda que tanto sonhava com a educação bilíngue que assim em diante poderá ter uma educação acessível. O Presidente da República sancionou no dia 03 de agosto de 2021. (BRASIL, 2021). Nela, a modalidade de ensino será em Libras como primeira língua e português como segunda língua na modalidade escrita do ensino básico ao ensino médio, ou seja, facilitará mais o ensino de forma bilíngue e os Surdos terão aquisição linguística visual desde a infância. Também os pais e alunos que não querem que os filhos se matriculem na escola bilíngue poderão optar nas escolas regulares.

Considerando as Leis, isto só aconteceu, por causa das lutas dos Surdos para terem acesso às políticas públicas que seus antepassados não tinham seus direitos garantidos e não eram vistos perante a sociedade. Lembrando que mesmo com Leis no papel é preciso que se cumpra de fato o que está escrito.

1.5 Criação do curso de Língua de Sinais Brasileira – Português como Segunda Língua (LSB – PSL)

Conforme a Legislação n.º 10.346/2002 a Libras é a língua reconhecida, portanto os Surdos têm essa língua como meio comunicativo é necessário respeitar os mesmos em relação à acessibilidade visual.

Segundo o Decreto n.º 5.626, de 22 de dezembro de 2005, a medida, “a formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras-Língua Portuguesa como segunda língua”. (DECRETO Nº 5.626/2005).

Conforme a Legislação nº 10.346/2002 que a Libras que é a língua reconhecida, a libras é reconhecida como meio de comunicação. Diante disso, precisa respeitar.

A proposta de criação do curso de Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira Português como Segunda Língua (LSB-PSL) teve início na Universidade de Brasília a partir da resposta da Reitoria, após consulta ao Colegiado do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (LIP), no dia de 18 de agosto de 2014, foi aprovada a Criação do Curso de Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira – Português como Segunda Língua (LSB - PSL) do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas do Instituto de Letras”. Essa Resolução foi assinada pela pelo presidente do CEPE e vice-reitora, à época. Em 20 de novembro de 2014, a Universidade de Brasília tornou público o Edital para a realização do primeiro vestibular da Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira-Português como Segunda Língua, executado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe)” (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, UNB, PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO DO CURSO, 2018, p .7).

A elaboração deste Projeto Político Pedagógico de Curso (PPPC) está instruída pelas leis educativas e educacionais que regulamentam a implantação de licenciaturas nas instituições de ensino superior do Brasil, em conformidade com os requisitos legais e normativos. A finalidade dos estudos sempre foi a de ampliar conhecimento em primeiras e segundas línguas (L1 e L2). A consolidação do conhecimento tem promovido a produção de tecnologias que contemplam, satisfatoriamente, o ensino, a pesquisa e a extensão de outras línguas, no quadro comparativo de línguas e linguagens diversas. Entre as comunidades linguísticas consideradas minoritárias de grande interesse dos professores e pesquisadores do LIP, incluem-se os indivíduos surdos, cuja a primeira língua de sinais (LS)” (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UNB, PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO DO CURSO, 2018, p. 8).

A Metodologia e prZincípios pedagógicos são variáveis que estão em estreita relação de sucesso. Essa afirmação é justificada pela avaliação pedagógica, que se constitui numa ação processual, dinâmica e formativa no decorrer do curso. As aulas presenciais são ministradas pelos docentes e acompanhadas por intérpretes de Libras, sempre que a disciplina exige, e por monitores, que funcionam como apoio no cotidiano escolar. (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO, 2018, p. 16).

Segundo o Projeto Político Pedagógico do Curso, a quantidade a distribuição de vagas do ano de 2015 até 2018 deu-se da seguinte forma na tabela 1.

Ano

Vagas

Pessoas

2015

30

Ouvintes

2016 a 2018

40

Surdos, não-surdo e Deficiente auditivos

Tabela 1 - Distribuição de vagas no Curso de LSB-PSL no ano de 2015 a 2018

1.6 O interesse do tema do Valor Econômico da Língua de Sinais Brasileira no Distrito Federal e Entorno

Eu, Gabriela Barbosa Sucupira Leite, estudante Surda de Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira-Português como Segunda Língua (LSB - PSL) no período diurno ingressada na Universidade de Brasília (UnB) desde 2017, tive uma experiência transformadora dentro do curso durante a minha jornada acadêmica. Conheci estudantes e encontrei conhecidos. O convívio entre turma foi entre alunos Surdos e não-surdos, professores Surdos e ouvintes e através deles aprendi bastante conteúdos na qual trouxe mais aprendizados para no futuro lecionar como docente. No curso, tive oportunidade de participar de congressos sobre o estudo da Libras como monitora e observei como a Libras é uma língua rica e com várias pesquisas publicadas.

A partir da disciplina obrigatória de “Política Linguística” do curso de Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira – Português Segunda Língua (LSB - PSL) em 2018, ministrada pela Profa. Dr.ª Enilde Faulstich no 4.º semestre com da turma do curso de LSB - PSL com curso Letras-Português do Brasil como Segunda Língua (PBSL), a turma aprendeu sobre as políticas públicas e de idiomas. Dessa maneira, a temática do “Valor Econômico da Língua de Sinais Brasileira (Libras)”, surgiu através da professora e dessa disciplina. A descrição deste trabalho demonstra a importância do valor econômico da Língua de Sinais Brasileira (Libras) no Distrito Federal e Entorno.

2. Objetivos

2.1 Objetivo geral

Ilustrar o valor econômico da Língua de Sinais Brasileira (LSB) no Distrito Federal e Entorno nas esferas que se encontram na pesquisa.

2.2 Objetivo específico

Descrever a quantidade de entrevistados e o mercado demonstrando o valor que curso de Libras tem para os interessados como aprendizagem de uma nova língua.

2.3 Justificativa

A escolha do tema demonstra a importância do valor econômico da Libras desde o reconhecimento como língua na Lei n.º 10.346/2002 e sobre como os Surdos que têm a LSB como sua forma de expressão vêm ocupando espaço na sociedade. A língua tem o seu valor como forma de comunicação, acessibilidade e mercado de trabalho. Também tem grande importância de conhecimento da cultura Surda e como forma de convívio entre as pessoas Surdas e não-surdas e na Libras como uma língua que está cada vez mais divulgada pelas pessoas desconhecidas. Também da minha experiência da língua visual como L2 (segunda língua) é importante não somente na questão econômica, mas sim garantir a eles o acesso ao meio que somente tem a presença dos não surdo.

3. Desenvolvimento

3.1 Valor Econômico da Língua da Língua de Sinais Brasileira

As línguas têm seu valor monetários e a Libras que é uma língua da comunidade Surda cujo tem seus custos e serviços prestados para erradicar as barreiras comunicativas dos Surdos e com o valor econômico poderá ter mais empregos como as outras línguas.

A economia da língua é designado pelo uso da microeconomia que significa a teoria dos preços e é uma da parte do sistema econômico que trata-se as questões das unidades de produção (empresas) estabelecendo critérios para a determinação do ponto de equilíbrio entre receitas e custos operacionais para avaliar o caráter econômico dos idiomas por meio dela passa a ser estudada como um recurso humano que possui no mercado, ou seja, uma fonte de rendimentos para aqueles que utilizam e se comunicam entre elas (SILVA, 2013, p.10).

A língua de Sinais também tem o seu valor econômico como forma de rendimento onde o ser humano se comunica em seu destino, assim como no lucro, mercado de trabalho, comunicação, cultura e ajudar o desenvolvimento no país.

Os seres humanos podem se comunicar uns com os outros. Sua língua, um conjunto organizado de sons e gestos, social e culturalmente definidos, é uma parte essencial da vida. Diante disso, considera-se a linguagem como advinda desse conjunto, ou seja, a capacidade de comunicação entre as pessoas que não só permite compreender um ao outro, mas ajuda a desenvolver relacionamentos e proporciona a transmissão de manifestações como problemas, crenças, sugestões ou planos, etc. A comunicação por meio de uma língua pode ser referida como comunicação linguística, as outras maneiras tais como o riso, sorriso, gesto etc (CARVALHO, 2015, p.138).

O conhecimento do Valor Econômico da Língua de Sinais Brasileira (Libras) contribui para o mercado de trabalho como: aumento de tradutores e intérpretes de Libras para ajudar na economia, o direito da língua como meio de comunicação, acessibilidade, cidadania, igualdade para Surdos e não-surdos. Da mesma forma favorece para erradicar as barreiras de comunicação daqueles que se comunicam através da comunicação visual.

Economicamente falando do valor da Libras, é preciso entender que os Surdos fazem parte da coletividade e são seres humanos como quaisquer outros, porém, com barreiras de comunicação, socialização e acesso à informação. Devido às barreiras de comunicação e falta de acessibilidade que passaram durante a vida foi preciso, primeiro, se unirem pela luta pela comunicação e acessibilidade linguística e do reconhecimento da sua língua e de políticas públicas.

Foi a partir da Lei instaurada de n.º 10.346 de 24 de abril de 2002 na Libras que foi reconhecida como uma modalidade de língua visual-espacial como comunicação através de sinais e expressão. Ela é parte da comunidade surda e é com ela que os Surdos conseguem a comunicação visual compreendida. Os Surdos começaram a fazer parte da sociedade e lutam até hoje por políticas públicas para melhorar a qualidade de vida.

Além disso, o Decreto n.º 5625/2005 dispõe sobre a formação dos Tradutores e intérpretes de Libras-Língua Portuguesa e garante reconhecimento e acessibilidade para os Surdos. Embora o decreto não cite especificamente o valor econômico, com o Intérprete presente nos ambientes onde os Surdos frequentam, o acesso linguístico é garantido e também gera empregos para aqueles que trabalham em eventos pagos, nos órgãos públicos.

Dessa maneira, com os avanços de políticas públicas como: comunicação e mercado de trabalho vêm crescendo e garantindo acessibilidade para aqueles que vivem no mundo silencioso.

O mercado de trabalho para Libras é focado principalmente na questão educacional, o qual promove acessibilidade comunicacional e inclusão do ensino básico ao ensino superior. Além disso, os cursos pagos para as pessoas que querem aprender uma língua nova e conhecer outra cultura também geram renda para o mercado da Libras e mais acessibilidade para as pessoas surdas. Para os Surdos que têm a Libras como a sua primeira ou segunda língua no caso do DA é preciso garantir a oferta de uma educação bilíngue na modalidade visual ou uma educação inclusiva com presença de Intérprete de Libras, garantindo, assim, o direito linguístico de uma educação acessível desde a infância.

Um exemplo prático do uso de acessibilidade linguística pode ser em Congressos e Seminários, onde os palestrantes possam mostrar seus trabalhos e artigos com a presença de Intérprete e Guia-intérprete promovendo evento com a acessibilidade linguística.

Sobre o PIB (Produto Interno Bruto) é uma atividade econômica, tendo análise do crescimento econômico do País. Dessa forma, a língua também faz parte do crescimento do país como a língua que falamos. Em relação ao PIB da Libras ainda não há registro como a Língua Portuguesa. Entretanto, de acordo com o último censo de 2020, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aproximadamente 25 mil Surdos se comunicam pela Língua de Sinais (Libras) em Brasília (RODRIGUES, 2021). Futuramente com o ensino dela nas escolas como obrigatória, poderá ter dados do valor econômico e dos falantes dessa língua, como ocorre na Língua Portuguesa.

3.2 Contextualização da economia relacionada à Língua de Sinais Brasileira

A contextualização da Libras em relação à economia tem a ver com as políticas públicas na implantação das leis na qual os Surdos reedificam pelos seus direitos como: reconhecimento da Libras como sua língua, acessibilidade e empregos e com isso pode reduzir as dificuldades linguísticas, pois eles vivem no mundo que pertence da maioria ouvintes.

As políticas de línguas minoritárias a partir de leis, portarias e práticas situadas empregaram e desenvolveram em suas pautas. Na pós-Segunda Guerra Mundial, discursos de proteção, direitos linguísticos e identitários, e patrimônio linguístico de discursos de proteção, reparo, direitos, cidadania e defesa das línguas minorias (WILLAM RADNUZ, 2018, p.34).

Diante disso a Língua de Sinais Brasileira por ser uma língua de minoria tem o crescimento do seu uso com a presença de profissionais na área de educação bilingue dos Surdos. Além disso, ela ainda não é uma Língua obrigatória nas escolas, apesar disso há uma de lei proposta no Congresso Nacional para tornar a Libras uma disciplina obrigatória no currículo das escolas públicas assim como a obrigatoriedade das línguas estrangeiras.

O projeto n.º 5.961/2019 da senadora Zenaide Maia sobre a obrigatoriedade da Libras nas escolas, ainda está sendo analisado e poderá ser votado futuramente e tão esperado pela comunidade Surda. De acordo com senadora, que ouviu a estudante do Distrito Federal Anne Diels, lamentou a falta de comunicação entre os Surdos e ouvintes, quando por exemplo um surdo tenta se comunicar em Libras, sua L1 e não consegue estabelecer uma comunicação mínima com um não surdo, que desconhece sua língua. (SANTANA, 2020, s/p)

Se o projeto for aprovado poderá melhorar significativamente a acessibilidade entre os Surdos e não-surdos, logo, contribuirá para a valorização da Libras, pois isso ampliará o mercado de trabalho com ampliação da contratação de Intérpretes de Libras, ampliação de empregos para Surdos, a obrigatoriedade de eventos com acessibilidade linguística, etc.

Um Projeto de Lei n.º 14.191/2021 dispõe sobre a educação bilíngue para os alunos Surdos que facilitará o ensino na modalidade em língua de Sinais Brasileira e português escrito como L2. Segundo a relatora Soraya Santos (PL- RJ). Segundo a relatora Soraya Santos (PL- RJ). Este projeto na qual foi sancionada, a medida vai dar autonomia e promoverá inclusão para essa população. “Sabemos das dificuldades que enfrentam essas pessoas nos ambientes de educação.” afirma a senadora (MACHADO, 2021, s/p).

De acordo com texto da Lei mencionada acima, que faz parte da Lei brasileira de inclusão de 2021, a modalidade bilíngue de ensino será iniciada na educação infantil e se ampliará ao longo da vida. As unidades de ensino deverão oferecer apoio educacional especializado a esse ensino, além disso não impedirá a matrícula de ensino em escolas e classes regulares respeitando a escolha do aluno e dos pais ou responsáveis em estudar em escolas inclusivas.

A modificação da LBI beneficiará estudantes surdos, surdocegos, deficiente auditivos que falam em Libras, surdos com altas habilidades, superdotação ou com outras deficiências associadas que optarem pela modalidade bilíngue.

A contextualização do valor econômico tem relação com a Legislação e com as contratações de docentes capacitados a partir da educação básica até ao longo da vida. O ensino da Libras como disciplina obrigatória, como as línguas estrangeiras modernas, inglês, espanhol e etc, promoverá uma maior inclusão e o mercado se expandirá nessa língua como aconteceu com outras línguas.

Diante o contexto econômico da Libras como as outras línguas podem acabar com o obstáculo de comunicação e desemprego para os Surdos quanto aqueles que trabalham ajudando na acessibilidade daqueles que vivem no mundo silencioso.

3.3 Como impulsionar a economia vinculada a LSB.

Para pensamos como impulsionar a economia da Libras, precisa dar o espaço para os Surdos através da sua língua como: ampliação de mercado de trabalho para os Surdos na docência, mais cursos de Libras para as pessoas para aprender essa língua e principalmente de urgência acabar com empecilhos linguísticos que ainda os Surdos enfrentam em alguns ambientes como: hospitais, delegacias, etc.

Ao notar que uma língua tem um valor econômico muitas vezes é incalculável para as pessoas que não tem a noção de que a língua tem a sua moeda, deixa claro que além de trazer benefícios econômicos ela também traz o conhecimento do mundo através de línguas novas. (FLORISSI, 2017, s/p). Apesar da Libras ser uma língua de minoria, o incentivo do valor econômico dessa língua acontecerá a partir da obrigatoriedade de ensino nas escolas públicas é um passo para que acabe a tradicional invisibilização do surdo e da língua de sinais e impulsionar o mercado de trabalho dessa área. Muitos surdos estão ocupando espaços nas escolas e entre outras áreas de atuação. Assim, o reconhecimento econômico e valorização desses profissionais faz-se necessário para quebrar barreiras comunicativas e facilitar a vida deles na interação de pessoas Surdas e não surdos tornando a sociedade mais inclusiva.

Uma problemática que precisa ser solucionada é a falta de cursos de formação de profissionais específicos da área ainda é pouca como cursos bacharelados em Tradução e Interpretação da Libras. Há necessidade de mais cursos de formação de intérpretes de língua de Sinais, graduação que preparem o professor para trabalharem com alunos surdos, incentivo a pesquisas na área.

A oferta de cursos Letras Libras ainda é baixa no país, tanto para o bacharelado quanto para a licenciatura.

Entre elas são:

Localização

Sigla

Modalidade

Universidade Federal do Espírito Santo

UFES

Bacharelado

Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFRJ

Bacharelado Licenciatura

Universidade Federal de Santa Catarina

UFSC

Bacharelado Licenciatura

Universidade Federal de Goiás

UFG

Bacharelado Licenciatura

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRGS

Bacharelado

Universidade de Brasília

UnB

Licenciatura

Universidade Federal de Pernambuco

UFPE

Licenciatura

Universidade Federal do Paraná

UFPR

Licenciatura

Universidade Federal do Acre

UFAC

Licenciatura

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UFRN

Licenciatura

Universidade Federal de Sergipe

UFS

Licenciatura

Universidade Federal do Ceará

UFC

Licenciatura

Tabela 2 - Localização de Cursos de Graduação de Letras Libras Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A partir da tabela 2 acima, observe-se que o curso de bacharel em Libras Tradução/Língua Portuguesa ainda é pouco, dessa forma, é preciso criar mais cursos de bacharel em Letras Libras para que haja acessibilidade comunicativa do sujeito Surdo.

Além disso, há uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º 12ºde 2021 para tornar a Libras como segundo idioma altera o art. 13 da Constituição Federal para incluir a Língua Brasileira de Sinais como um dos idiomas oficiais da República Federativa do Brasil (BRASIL, 2021).

A Libras já é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão das pessoas Surdas e não-surdas, diante disso, o disposto na Lei n.º 10.436, de 24 de abril de 2002. Entretanto incluir a Libras no texto constitucional, reconhecendo como idioma oficial como o português e como um idioma, representará o reconhecimento da identidade e da expressão dos usuários dessa língua no caso dos Surdos e os não surdos. Será importante de acolhimento, de inclusão, de respeito e de valorização das diferenças, não somente das pessoas com deficiência, mas de toda a sociedade, enriquecida por essa diversidade. Portanto, apesar de já haver o reconhecimento da LIBRAS por lei ordinária, vemos a constitucionalização dessa língua como um passo civilizatório (VIEIRA, 2021, p.3).

A relação do impulsionamento do valor econômico da Libras também com os custos de cursos pagos, oferecendo conhecimento de nova língua para aprender quem tem interesse em poder ajudar a acabar com barreiras comunicativas.

Na Associação de Pais e Amigos dos Deficiente Auditivos (APADA) no CONIC perto do Conjunto Nacional no Distrito Federal oferece cursos de Libras pagos. Assim, Na UnB idiomas localizados no espaço da Universidade de Brasília (UnB) também são ofertados cursos pagos para a comunidade universitária e geral

A Língua de Sinais Brasileira abre portas não somente para o mercado, dessa maneira em amparar aqueles que têm dificuldade de comunicação e olhar os Surdos como seres humanos e querem se expressar através da sua língua materna as suas ideias mostrando capaz de comunicar com as pessoas, já que antepassado eles não tiveram essa oportunidade fazer parte da sociedade.

3.4 Metodologia

O método utilizado se baseia em estudos de autores (MARCONI & LAKATOS, 2003; ZANETTA, 2009) em dados quantitativos e descritivos. Seguindo a proposta deles, metodologia principal da pesquisa de Trabalho de Conclusão (TCC) será pelo uso de pesquisa quantitativa, levantando dados sobre idade, sexo, escolaridade, formação acadêmica, salário, etc. e dessa forma gerar material e insumos estatísticos e matemáticos para a elaboração da tese apresentada no corpo deste texto.

No dicionário Aurélio o conceito de estatística significa o ramo da matemática aplicado decorrer da teoria da probabilidade que tem como objetivo do estudo de agrupamento metódico, de séries de fatos ou de dados numéricos, além disso também é a parte que ocupa em obter conclusões a partir dos dados observados. (Graus, 2009-2022, (https://www.dicio.com.br/aurelio-2/). Acesso:09 maio de 2022)

A finalidade da pesquisa será para saber a quantidade de pessoas entrevistadas e opiniões do tema também a possível o custo de investimento de custo do curso de Libras para pessoas interessadas.

A forma de aplicação do questionário será pela plataforma do Google Docs por razão de ter fácil acesso para obter resultados e os entrevistados são maiores de 18 anos, sexo ambos, Surdos, ouvintes, DAs Surdocegos e Intérprete de Libras, seguindo a tabela 3 abaixo:

Grupos

Quantidade

Geral (Surdo, Surdocegos, DAs e ouvintes)

15 pessoas de ambos sexos

Intérprete de Libras e Guía-intérprete

31 pessoas de sexos ambos

Tabela 3: Distribuição de quantidade de pessoas entrevistadas
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A escolha do modelo do gráfico de Pizza se dá por pelo motivo de fácil visualização de observação estudo. Após colocar todos os gráficos dos dois grupos será analisado em comparação ou semelhante alguns gráficos.

4. Pesquisa

4.1 Participantes - TILS

Por se tratar do perfil econômico dos tradutores-intérpretes, o questionário criado (Apêndice 1), com questões abertas, foi disponibilizado para TILS (Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais) de Brasília. O TILS é um profissional fundamental para mediar o acesso aos conhecimentos para estudantes surdos que frequentam o ensino regular, faculdade, instituições públicas e privadas etc. Assim, é crescente a demanda por este profissional, já que muitos surdos têm ingressado ou retornado à escola a cada ano sentindo-se acolhidos pela presença da Libras (LACERDA; GURGEL, 2011) o questionário enviado através de redes sociais, grupos de WhatsApp, para abranger o maior número de profissionais. Neste grupo responderam pessoas maiores de 18 anos. As perguntas do questionário: sexo, gênero, escolaridade, formação profissional, características, faixa-etária, salários. Estas são perguntas básicas. Além disso, no final há uma pergunta aberta sobre o tema para ser respondida.

4.2 Perfil dos participantes

Foi possível constatar que a maioria dos participantes (32%) da pesquisa tem em torno de 41 a 50 anos e 25% têm entre 26 e 30 anos, como pode ser verificado no gráfico 1 abaixo:

Gráfico 1: Faixa etária dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Quanto ao gênero, os entrevistados são de maioria do sexo feminino, elas representam 64%. Aos serem questionados sobre a Região Administrativa (RA) do DF em que residem, foi possível constatar que a maioria reside no Guará (12%), Sobradinho e Planaltina (9,7%), os demais residem em outras RAs, como Asa Norte, Águas Claras, Taguatinga, Vicente Pires, etc.

Gráfico 2: Gênero dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Gráfico 2: Região de Brasília
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A identificação (Surdo e não-Surdo, Deficiente Auditivos DAs) dos profissionais é não-surdo com 100%. Sobretudo chamou atenção sobre falta de Tradutores e Intérprete de Libras Surdos. A título de curiosidade, perguntamos aos participantes se eles eram surdos, não surdos ou DAs, e todos os participantes são não surdos, ou seja, nenhum TILS surdo participou da pesquisa.

Gráfico 3: Identificação da pessoa
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Constatou-se que 75% dos entrevistados atuam como Tradutores-Intérpretes, 15% exclusivamente como Intérpretes e 10% como Guia-intérpretes, conforme o gráfico 4.

Com o baixo número de profissionais guia-intérpretes, nos chama bastante atenção, pois, aparentemente, há demanda para esse público no DF, o que falta são profissionais capacitados para atender esse público. Falta oferta de cursos específicos e de qualidade.

Dados da Associação Distrital dos Profissionais dos Profissionais Tradutores, Intérpretes e Guia-intérprete de Língua de Sinais Brasileira (ADITILS) demonstram que há 161 profissionais cadastrados, embora não haja registro exato de quantidade na base de dados. (ADITILS, 2021).

Gráfico 4: Profissão
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Sobre a formação específica na área de Libras, obtivemos os seguintes dados: 48% são de Especialização, 36% Pós-Graduação e os demais têm cursos técnicos. Os profissionais com graduação, especificamente em Libras, seja bacharel ou licenciado, somam pouco mais de 10%. Para melhor identificar a prática destes profissionais, questionamos se a atuação dos mesmos era como: Tradutor- Intérprete, Intérprete ou Guia-Intérprete. Que se diferenciam por: Tradutor trabalha a partir do texto escrito e resultado como outro escrito, já o Intérprete está lidando com a fala e o resultado é de outra fala. A partir da questão da Língua de Sinais, o discurso falado pela Libras é o intérprete de Libras e a manifestação de escrita se dá pelo Tradutor de Libras. (RODRIGUES; VALENTE, p.14, 2011)

Gráfico 5: Formação em Libras
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Acerca do tempo de atuação dos profissionais participantes, 35% atuam há mais de 20 anos, 29% tem, aproximadamente, 15 anos de experiência e 19% com 10 anos de atuação. veja no gráfico 6:

Mesmo a Libras tendo sido reconhecida relativamente há pouco tempo, apenas 3% dos profissionais já atuavam na área há mais de 10 anos.

Gráfico 6: Tempo de trabalho
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Quanto à área de trabalho, constatou-se que a maioria dos intérpretes atuam em escolas públicas do DF, na Educação Básica. Outros 21% atuam no Ensino Superior, na Universidade de Brasília, e apenas 10% em empresas privadas (Gráfico 8). Isso demonstra que uma quantidade considerável atua na esfera pública, ou seja, são concursados ou trabalham em órgãos públicos em regime contratual conforme a Legislação n.º 12.319 de dezembro de 2005 que regulamentou a profissão do Intérprete de Libras.

Foi questionado na secretaria de acessibilidade do Instituto de Letras da UnB pela do TILSP (Tradutor Intérprete de Libras-Língua Portuguesa) da Universidade de Brasília (UnB) que a instituição tem um total de 22 intérpretes de Libras. De acordo na tabela 4:

Localização

Efetivos

Temporários

Faculdade de Educação

1

0

Instituto de Letras

15

3 (1 Surdo e 2 ouvintes)

Diretoria de Acessibilidade

0

3 (1 Surdo e 2 ouvintes)

Tabela 4: Quantidade de Intérprete de Libras na Universidade de Brasília
Fonte: Elaborada pela autora, 2022

Gráfico 7: Local de Trabalho
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A presente pesquisa identificou um importante dado, que 50% dos TILS possuem estabilidade, ou seja, são concursados, sendo os principais órgãos a Universidade de Brasília, o Instituto Federal de Brasília (IFB) e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, ou seja, relativos ao campo educacional, básico e superior. O restante atua em eventos e outros lugares. (Veja no Gráfico 8)

Gráfico 8: Concurso Público
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A respeito da remuneração dos TILS que atuam no DF, constatou-se que 77% dos entrevistados possuem renda mensal de R$ 4.000,00 6% em torno de R$3.000,00 e o restante em torno de R$ 2.000,00. Gráfico 9

O salário no DF de acordo com IBGE o salário representa 2.475,00 o custo de vida de quem reside em Brasília. (IBGE, 2020).

Em relação aos salários dos Intérprete de Libras na Federação Brasileira da Associação dos profissionais Tradutores e Intérprete e Guia-intérprete (FEBRAPILS) a retribuição no ramo educacional na educação básica e técnica, Superior, Tecnológico e Especialização, Mestrado e Doutorado apresenta seguinte subsídio:

Serviço

Subsídio

Educação Básica e Técnica

2.016,00

Superior, Tecnológico e Especialização

2.630,00

Mestrado e Doutorado

3.360,00

Tabela 5: Subsídio dos profissionais da FEBRAPSI
Fonte: FEBRAPSI

Gráfico 9: Salários dos Intérprete de Libras no Distrito Federal e Entorno
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

4.3 Discussão sobre o tema a partir do questionário respondido

Sobre a opinião do tema encontrada no ultimo questionário responderam de forma respeitando a Lei e amparando a comunidade Surda prestando o serviço e com o trabalho gera mercado de trabalho e renda. Mesmo o tema sendo pouco discutido, é possível perceber a importância desses profissionais no mercado de trabalho e é preciso que os órgãos obedeçam a lei da acessibilidade e que os Surdos ocupem o espaço mais inclusivo e se sintam seguros perante a comunicação visual.

Na pesquisa, a questão na tabela 6 questiona a opinião das pessoas em relação ao valor econômico da Libras. Essas foram algumas das respostas obtidas através do formulário: (Veja abaixo a tabela 6).

A interpretação é um serviço que ao ser remunerado corretamente pode contribuir com a economia, gerar impostos e melhorar o poder aquisitivo do profissional.
Ao dar acesso à população Surda, a Libras permite que os Surdos consumam bens e serviços, o que gera demanda econômica.
Com geração de empregos, tanto para surdos como ouvintes.

Acredito que os órgãos do poder público e da iniciativa privada deveriam obedecer às legislações e em todos os seus espaços, sejam eles físicos ou virtuais, ter Libras como ferramenta de acessibilidade.

Sendo oferecida como disciplina desde as séries iniciais
Em todos os órgãos públicos e privados, o que falta é a lei 10.436/2002 e o decreto 5.626/2005 serem postos na prática e a acessibilidade ser para todos
Abrindo vagas para surdos, com o objetivo de promover a acessibilidade. Criando negócios acessíveis onde o público alvo são os surdos.
Melhora a vida da comunidade surda com uma renda e acessibilidade no DF.
Para economia nós somos apenas números. Nossa economia não entende o investimento na acessibilidade.

Quando essa língua estiver bastante disseminada nacional e internacionalmente por meio da produção de conhecimentos que são importantes socialmente e que geram riquezas para quem adquiri-la ou aprendê-la, a Libras precisa ser verdadeira L2 de toda nação brasileira e não apenas da comunidade surda.

Em minha opinião deveria ser matéria obrigatória nas redes de ensino. Já não temos o inglês? Porque não há Libras se a comunidade surda é grande entre nós.

É preciso haver uma geração de valor simbólico em torno da língua, algo que as pessoas possam se interessar. A partir disso, outros caminhos podem surgir, incluindo o econômico. Ter a Libras enquanto uma língua que gera outros conhecimentos para além da metalinguagem; explorar o potencial artístico; ter maior capilaridade entre ouvintes; trabalho em parceria surdos e não-surdos, e tantas outras coisas...

Ao Promover a Língua, se promove quem a utiliza.
Fazendo com que os Surdos tenham acesso ao mercado.

Acredito que capacitando as empresas na formação de cursos de Libras, para que mais surdos possam trabalhar e servir a cidade. Tem muitos surdos capazes de ir além, porém as barreiras ainda são muitas...

Colaborando com mais espaço de acesso a comunidade Surda e seus familiares, ofertando também mais vagas de empregos para os intérpretes.
A partir do momento que mais gente fale a libras teremos mais interação e emprego de tradutores e mais recursos para serviços e poder de aquisição

São muitos pontos; 1 todos temos direitos, e quando não se cumprir com a lei automaticamente gera multas. É no mercado de trabalho, o preço da mão de obra dos SURDOS, é mais barato. Para o empresário, até mesmo o Empregador.

Precisamos do profissional de libras na educação básica.
Na promoção de mais trabalhos aos surdos e ouvintes. Na acessibilidade de comunicação dos Surdos.

Vejo que a Libras se faz necessária para que surdos, intérpretes, familiares e sociedade tenham conhecimento da mesma para a melhor comunicação e acessibilidade, e consequentemente a economia na vida dos surdos, em seu trabalho etc., possa ser gerada com a prática da Libras no cotidiano. Para os surdos, principalmente, faz-se necessário o domínio da Libras em parte também da escrita do português para que a comunicação possa gerar economia. Sem aquela, esta não é possível de ocorrer eficazmente. Falo isto também por ter conhecido um surdo, mudo e analfabeto, em setembro de 2018, na Rodoviária do Plano Piloto em Brasília-DF. Após muito esforço por ele está sendo alfabetizado, aos poucos, pelos professores do GDF. Há um longo caminho a percorrer para que a economia e a acessibilidade possam ocorrer na vida dele.

É uma profissão, e como tal, você recebe a remuneração devida.
Acessibilidade ao surdo e aos deficientes auditivos.

Diminuição da contratação de mediadores e intérpretes; problemas judiciais por falta de respeito a condição linguística, como falta de atendimento em instituições básicas (Hospital, Delegacia, Banco, etc..); a não necessidade de se precisar de fazer análise psicológica por sofrimento psíquico durante toda a vida; estudantes concluindo a educação básica com maiores condições de progresso; profissionais melhores qualificados, e outros

Com acessibilidade comunicacional não há necessidade de mediadores, ações judiciais, risco de morte por não entendimento, menos terapias psicológicas para sanar os traumas causados pela falta de comunicação e informação. Teremos profissionais surdos melhor capacitados E muito mais.

Oportunizando melhor comunicação e acesso aos surdos aos empregos disponíveis
Investindo na comunidade surda como excelente mercado consumidor.
Os surdos necessitam dessa acessibilidade perante a sociedade!

Tabela 6: Opiniões dos Tradutores-Intérprete e Guia-interprete
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

4.4 Participante do grupo geral (Surdos, Surdocegos, Deficiente Auditivos e não surdo)

O perfil dos participantes do apêndice 2 que também participaram do grupo em geral (Surdos, Surdocegos, Deficiente Auditivos e não surdo) para participar da pesquisa. O questionário foi elaborado no formulário Google Docs e enviado da mesma forma que o Apêndice 1 em redes sociais e grupos por via WhatsApp ao tema e com o público alvo similar. As pessoas entrevistadas são maiores de 18 anos e residem no Distrito Federal e Entorno.

As perguntas básicas no questionário foram:

  1. faixa etária;

  2. escolaridade;

  3. gênero;

  4. características das pessoas em relação à utilização da LIBRAS;

  5. nome da instituição de Ensino Superior que estudam;

  6. salário;

  7. docência em Libras;

  8. acessibilidade;

  9. Qual é a sua opinião do Valor Econômico da Libras no Distrito Federal e Entorno?

4.5 Perfil dos participantes

No segundo questionário no apêndice 2 (Surdos, não surdo, Deficiente Auditivos e Surdos Cegos) as respostas quanto à faixa etária dos entrevistados constatou que as idades entre 18 a 24 anos são de 33% e 25 a 30 correspondem à 30% de 31 a 45 anos 33% e 6 a 60 anos 7%. (Veja no gráfico)

Gráfico 10: Faixa etária dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Quanto ao gênero com maior entrevistado, as mulheres tiveram 66% da resposta. Os homens com 33,3%. (Veja no gráfico 11)

Gráfico 11: Gênero dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Em relação à característica da pessoa, contatou-se que Surdo fluente em Libras representam por 20% e não-surdo 40% e 7% Surdocego. Entretanto, no ano de 2020, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registou o total, 14,4%, ou seja 97.702, são pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 25 mil delas se comunicam por meio da língua de sinais brasileira (RODRIGUES, 2021). Veja no gráfico 12.

Gráfico 12: Caraterística dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Foi constatada sobre a escolaridade no questionário que 53% dos entrevistados tem Ensino Superior incompleto, 35% Ensino Superior completo e 8% Mestrado. Ou seja, os entrevistados são acadêmicos, a maioria deles são estudantes da Universidade de Brasília (UnB). (Veja no gráfico 13).

Gráfico 13: Distribuição de escolaridade
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Os estudantes de Ensino Superior 82% são da Universidade de Brasília (UnB) e 9% Universidade do Distrito Federal (UDF) e Instituto Superior de Brasília (IESB). (Veja no gráfico 14)

Gráfico 14: Instituição de Ensino Superior
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Em relação ao curso dos entrevistados, 64% são do curso de Licenciatura em Língua de Sinais Brasileira - Português como Segunda Língua (LSB - PSL), 14% de Pedagogia e outros 7% de outros cursos. (Veja no gráfico 15).

Gráfico 15: Distribuição de Curso da Graduação
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A respeito da acessibilidade dentro das Universidades ou Faculdades identificado no estudo que 73% têm acessibilidade na instituição e 27%, não tem. Nesses 73% obtidos maior número de entrevistados são estudantes da Universidade de Brasília (Veja no gráfico 16)

Gráfico 16: Acessibilidade na Faculdade ou Universidade
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Em relação ao tipo de acessibilidade nas instituições, em primeiro lugar temos 50% de Tradutor e Intérprete de Libras, em segundo lugar, Guia-Intérprete de Libras com 29%, e outros tipos de acessibilidade tiveram 17% obtidos na pesquisa. (Veja no gráfico 17)

Gráfico 17: Tipos de acessibilidades nas Faculdade ou Universidade
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A ocupação no mercado de trabalho detecta que 53% dos entrevistados não trabalham e 47% trabalham. Isto me chamou atenção por representar falta de pessoas no ramo empregatício. (Veja no gráfico 18).

Gráfico 18: Autora, 2021
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Em relação à Docência em Libras, 60% não lecionam e 40% trabalham como professores(as) de Libras. (Veja no gráfico 19)

Gráfico 19: Professor de Libras
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

O tipo da empresa das pessoas entrevistadas consta com 33% de escola pública e 17% no órgão público e na Universidade Pública. Ou seja, os profissionais estão ocupando mais os ambientes educacionais (Veja no gráfico 20)

Gráfico 20: Tipo de empresa dos entrevistados trabalham
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Em relação à acessibilidade nas empresas dos entrevistados, 33% não têm acessibilidade no estabelecimento onde trabalha e apenas 27% têm acessibilidade. Logo, a falta de acessibilidade ainda é uma grande barreira, pois dificulta a participação dos surdos e deficientes auditivos nos locais de trabalho. (Veja no gráfico 21).

Gráfico 21: Acessibilidades nas empresas
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Nas empresas que possuem acessibilidade 49% têm intérprete de Libras e 37% possuem outras acessibilidades. Mesmo com a legislação que assegura acessibilidade para os Surdos, ainda é insuficiente. (Veja no gráfico 22)

Gráfico 22: Tipos de acessibilidade nas empresas
Fonte: Autora própria, 2022.

Em respeito ao tempo de trabalho do público-alvo, 57% trabalham até 10 anos na área, 29% com de 11 a 20 e 14% de 21 a 30 anos na área. (Veja no gráfico 23)

Gráfico 23: Tempo de trabalho dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

A respeito da remuneração das pessoas que atuam que trabalham no DF e Entorno, constatou-se que 47% dos entrevistados possuem renda mensal de R$1.082,00, 40% recebem mais de 3.000,00 e o restante em torno de R$2.000,00 (veja no gráfico 24).

Em 2019, o salário médio mensal era de 5.3 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 46.2%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 1 de 1 e 1 de 1, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 3 de 5570 e 85 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 30.9% da população nessas condições, o que o colocava na posição 1 de 1 dentre as cidades do estado e na posição 4510 de 5570 dentre as cidades do Brasil (IBGE, 2019).

De acordo com a Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) a remuneração média do trabalho principal das Pessoa com Deficiência (PCD) era de R$ 3.036,62, enquanto das pessoas sem deficiência era de R$ 3.424,40. Ao observar a renda média das PcD (Pessoa com Deficiência) por tipo de deficiência, conclui-se que o maior rendimento médio pertence aos que possuem deficiência visual (R$ 2.727,08) e a menor concentração salarial é dos que têm deficiência auditiva (R$ 2.626,24). OLIVEIRA (2020).

Gráfico 24: Distribuição de salários dos entrevistados
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

4.6 Discussão a respeito do tema a partir do segundo questionário do grupo em geral (Surdo, Surdocegos, Deficiente Auditivos e ouvintes)

No segundo questionário foi constatado que o Valor Econômico da Libras no Distrito Federal e Entorno pode ajudar nas tecnologias oferecendo acessibilidade e aumento do número de Surdos no mercado de trabalho e no ramo empregabilíssimo. Na Cidade do Entorno do DF onde foi registrado por um entrevistado que a acessibilidade é menor do que a indicada. Nas respostas também foi encontrado que a língua tem o seu valor. Diante disso, a Libras pode ter o seu valor econômico como as outras línguas como mercado de trabalho, por exemplo, para os intérpretes de Libras nos congressos, eventos e nos próprios cursos da graduação das Universidades e em órgãos públicos.

Na pesquisa, na Tabela 7 questiona-se a opinião das pessoas em relação ao valor econômico da Libras. Essas foram algumas das respostas obtidas através do formulário:

Por meio das Tecnologias Sociais de Inclusão a Língua de Sinais poderia oferecer serviços de carácter linguístico aos setores públicos e privados que precisam de ofertar acessibilidade, com a participação de Surdos e não-surdos
Celular ou tabletes.
A Libras pode ajudar na economia e na acessibilidade na área de comunicação, facilitando a forma de interagir com o próximo.
Como uma ponte de duas línguas para surdo e ouvinte se comunicar melhor na área, com a Libras facilita acessibilidade para surdos.
Eu suponho que more em Cocalzinho sem acessibilidade de Libras.
A porcentagem do número de surdos no mercado de trabalho.
O ensino de Libras colabora para o crescimento de surdos e não surdos fluentes em Libras no mercado de trabalho.
Sim minha opinião é sim, porque e importante acessível pra todos.
De vários modos.
Por meio do ensino e curso pago.

Sim. Toda língua tem seu valor e seu prestígio social. A Libras tem nos últimos anos conseguido estar listada entre as línguas prestigiadas. O número de intérpretes em eventos públicos e a acessibilidade nos meios acadêmicos públicos e particulares está em alta. E a própria criação do curso LSB-PSL é um marco na UnB para a ascensão da acessibilidade e reconhecimento da Libras como uma língua de prestígio.

A Libras auxilia os Surdos e DA na melhor comunicação assim como para pessoas ouvintes. Afinal todos ganham com isso. Na economia pode auxiliar os Surdos e/ou DA na melhoria na destinação de recursos ou ainda na melhoria de políticas públicas mais eficientes no sentido de ofertar trabalho para os Surdos e/ou DA.

Tabela 7: Opiniões do público alvo: Surdos, Surdocegos, Deficiente Auditivo e Ouvintes
Fonte: Autora própria, 2022.

Considerações Finais

A partir dos avanços conquistados através do esforço imensurável da Comunidade Surda a língua de sinais se desenvolveu muito na Capital Federal. Ainda assim é necessário ampliar a oferta de Libras como uma possibilidade de acessibilidade em meios públicos e privados. Ainda há diversos segmentos que não oferecem tal acessibilidade. Para este seja um caminho possível a se percorrer é necessário mais investimento na formação de Guia-Intérpretes para Surdocegos, quanto aos Tradutores-Intérpretes de Libras nos chamou a atenção o considerável aumento desses profissionais na região do DF.

Foi possível constatar no estudo que atuação dos profissionais de libras interferem sim no potencial econômico da região, assim como outras línguas. Com o projeto que prevê a obrigatoriedade de Libras na educação básica, certamente afetará ainda mais o valor econômico, pois acarretará em geração de novos empregos, instituições formadas e isso também contribuirá para minimizar a discriminação quanto aos surdos e a língua de sinais, pois aproximará a Comunidade surda da sociedade em geral.

A influência econômica da Língua de Sinais do DF e contribuir no mercado de trabalho como: aumento de profissionais Tradutores-Intérprete, Intérpretes de Libras, Guia-intérprete, professores Surdos e Surdocegos na docência a língua nas escolas. Importante é abranger na comunicabilidade das pessoas que tem a suas mãos como forma de comunicabilidade e valorização desses profissionais que fazem seus trabalhos com seus esforços e com isso tem o seu rendimento econômico.

Para ser um profissional de sucesso no DF independente de qualquer profissão precisa estudar, buscar cursos de qualificação e ter muita determinação e força de vontade e sucesso. Para ser profissional na área de Libras precisa ter duas línguas: língua portuguesa e a Libras, buscar cursos de qualificação como curso de Bacharel entre outros e fazer parte da Comunidade Surda. O investimento do sucesso depende da dedicação e também com a situação econômica do DF. O salário dos TILS no DF varia de R$ 4.000,00 e R $3.000,00 no caso de concurso da UnB e IFB, na pesquisa que foi realizada aproximadamente esses profissionais recebem o salário acima e abaixo de R$ 4.000,00.

Ao perceber que os Surdos do DF fazendo parte da sociedade, precisam de profissionais capacitados em atendê-los e no caso do TILS vale a pena sim ser Intérprete de Libras e Guia-Intérprete não somente na relação de rendimento é claro que com o seu trabalho tem o seu rendimento, mas oferecer a eles acessibilidade visual para que se sintam acolhidos como cidadão onde eles frequentam e tornar uma capital do Brasil mais inclusivo, na perspectiva ainda há uma esperança de acontecer de no futuro isso mudar com o aumento em vários estabelecimentos.

Além dos TILS, os professores Surdos também precisam do seu reconhecimento profissional na educação e entre outras profissões. Dessa forma precisa de mais qualificações profissionais para que eles consigam uma recolocação no mercado de trabalho. Também é necessário mais curso de Tradução e Interpretação para termos mais espaços acessíveis para os Surdos.

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1 A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) está prevista na Lei n.º 13.146 de 6 de julho de 2015 e possui um conjunto de normas que garantem a igualdade no exercício de direitos e da liberdade fundamental das pessoas com deficiência, promovendo inclusão e cidadania (BRASIL, 2015, p. 1).


ABREVIATURA E SIGLA

ASL – American Sign Language
DAs – Deficientes Auditivos
CODEPLAN – Companhia de Planejamento do Distrito Federal
FEBRAPILS – Federação Brasileira da Associação de Tratores e Intérprete e Guia- intérprete de Libras
LBI – Lei Brasileira de Inclusão
LIBRAS – Língua de Sinais Brasileira
LSB-PSL – Língua de Sinais Brasileira-Português como Segunda Língua
LIP – Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas
LSF – Language Sign Frances
ONU – Organização das Nações Unidas
PIB – Produto Interno Bruto
PCCC – Projeto Político Pedagógico do Curso
TILS – Tradutor-intérprete de Libras