O PAPEL DA PSICOPEDAGOGIA NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NO CONTEXTO ESCOLAR
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17095737
Cintia de Oliveira Barros1
RESUMO
A pesquisa parte da ideia de que a educação democrática requer um ambiente de aprendizado que seja acessível a todos, tornando a inclusão escolar um aspecto fundamental no panorama educacional atual. Nesse sentido, a Psicopedagogia se destaca como um domínio vital, oferecendo técnicas e recursos que promovem a participação integral de estudantes com necessidades educacionais específicas. A pesquisa teve como foco principal explorar a relação entre o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e as abordagens pedagógicas e psicopedagógicas. Para alcançar esse objetivo, foi realizada um estudo das características fundamentais do transtorno, bem como uma pesquisa dos progressos históricos na compressão do TEA e outra pesquisa sobre a efetividade das estratégias de ensino aplicadas para promover a inclusão desses estudantes. Através de uma revisão de literatura, a pesquisa evidencia que a inclusão de crianças com TEA é uma realidade que demanda apoio institucional e a capacitação contínua dos educadores. Os achados do estudo indicam que o trabalho da Psicopedagogia é fundamental para a efetiva inclusão de alunos no espectro autista nas escolas, pois proporciona tanto os fundamentos teóricos quanto as práticas essenciais para a remoção de obstáculos e o crescimento e desenvolvimento pleno desses estudantes.
Palavras-chave: Psicopedagogia. Transtorno Espectro Autista. Inclusão. Educação
ABSTRACT
The research is based on the idea that democratic education requires a learning environment that is accessible to all, making school inclusion a fundamental aspect of the current educational landscape. In this sense, Psychopedagogy stands out as a vital field, offering techniques and resources that promote the full participation of students with specific educational needs. The research focused primarily on exploring the relationship between the diagnosis of autism spectrum disorder (ASD) and pedagogical and psychopedagogical approaches. To achieve this objective, a study of the fundamental characteristics of the disorder was conducted, as well as research on historical progress in the analysis of ASD and another on the effectiveness of teaching strategies applied to promote the inclusion of these students. Through a literature review, the research highlights that the inclusion of children with ASD is a reality that requires institutional support and ongoing training for educators. The results of the study indicate that the work of Psychopedagogy is fundamental to the effective inclusion of students on the autistic spectrum in schools, as it provides both the theoretical foundations and essential practices for removing obstacles and the growth and development of these students.
Keywords: Psychopedagogy. Autism Spectrum Disorder. Inclusion. Education
1. Introdução
A inserção de estudantes com necessidades educacionais especiais no ambiente escolar representa um dos maiores desafios e, simultaneamente, um dos objetivos mais relevantes da educação atual. A Psicopedagogia, devido à sua natureza interdisciplinar, surge como uma área essencial para a análise e intervenção nos processos de ensino e aprendizado, especialmente no que diz respeito à diversidade encontrada nas salas de aula. Segundo Mello (2009, p. 28), inclusão não se resume à matrícula do aluno com deficiência, mas envolve garantir um processo educacional que considere suas particularidades. Nesse contexto, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se destaca por suas características singulares, exigindo uma abordagem pedagógica e psicopedagógica que transcenda o mero acolhimento.
A importância deste estudo está na necessidade de aprofundar a compreensão sobre como os métodos psicopedagógicos podem ajudar de forma significativa na inclusão de crianças com TEA, visando enfrentar os obstáculos encontrados nas escolas. A realização da pesquisa é válida devido à crescente demanda por práticas inclusivas eficientes e à disparidade
ainda presente entre o que a legislação sugere e a realidade das salas de aula. O principal objetivo deste trabalho é investigar o papel da psicopedagogia no processo de inclusão de crianças com TEA no ambiente escolar, avaliando se as estratégias utilizadas atualmente são adequadas para promover um desenvolvimento integral e significativo desses alunos.
Pensar em educação é acreditar em um local em que todos tenham acesso às possibilidades e a inclusão integral dentro do espaço escolar, mesmo aqueles que necessitam de uma atenção especial. O sistema educacional passa por momentos tensos e grandes questionamentos onde a inclusão é o ponto forte entre as discussões, tornando-se a palavra de ordem dentro das instituições escolares.
Através das vivências de estágio em escolas da rede pública e privada começamos a nos inteirar sobre a realidade da inclusão e o quanto é difícil mesmo com leis que decretam a abertura das escolas para todos, nos deparamos com dificuldades bem próximas mesmo em realidades sociais diferentes que nos motivaram a pesquisar e da partida a um estudo sobre inclusão de crianças com TEA no ambiente escolar.
A inclusão social se apresenta como um princípio essencial para a construção de uma sociedade justa, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de suas características ou condições, tenham acesso pleno e possam participar ativamente em diferentes aspectos da vida em comum. Esse conceito vai além da simples presença física, enfatizando a importância de uma estrutura social que acolha e valorize a diversidade humana. Assim, uma inclusão verdadeira requer a eliminação de barreiras físicas, atitudes e sistemas que historicamente tem excluído grupos minoritários, promovendo em seu lugar relações sociais fundamentadas no respeito, dignidade e na segurança de direitos e oportunidades para todos.
Diante das dificuldades de inserção encontradas nas escolas, em relação às crianças com deficiência, na pesquisa crianças com TEA (Transtorno do espectro autista), faz-se necessário entender o que é o TEA, quais as dificuldades mais frequentes que essas crianças enfrentam no ambiente escolar, partindo da realidade do educando, procura-se entender as competências que podem ajudar na inclusão no ambiente escolar.
Esse tema tem bastante relevância, pois traz à baila as dificuldades encontradas na inclusão da criança com espectro autista dentro das escolas. O que torna evidente que o espectro autista existe, mas o que podemos fazer no ambiente escolar para acolher e prestar uma educação na qual o educando possa não só ter acesso, mas também, ser um aprendiz, e se tornar autor da sua própria história.
Questionamentos que nos trazem, quanto pais, educadores, escola entre outros uma série de desafios para que uma criança com espectro autista consiga lograr êxito em sua trajetória, independente do grau de autismo.
A partir desse especto surge o seguinte questionamento: Se os métodos de aprendizagem da pedagogia, bem como da psicopedagogia tem contribuindo na inclusão de crianças com o TEA na escola ou seria apenas uma utopia?
A Psicopedagogia, que fundamenta a ideia de sujeito como agente ativo, aparece como um domínio de conhecimento que vai além da simples análise do processo de aprendizagem. Seus fundamentos teóricos, que se apoiam em autores como Alicia Fernández & Jorge Visca, entendem o indivíduo de maneira integral, levando em conta seu contexto histórico, social e familiar.
Essa visão transcende a mera obtenção de dados, destacando os intricados processos pelos quais o indivíduo desenvolve seu aprendizado e constrói o conhecimento. O aprendiz não é apenas um receptor passivo, mas sim um participante ativo que elabora seu saber por meio da intenção com o ambiente ao seu redor. Dessa forma, a Psicopedagogia analisa os trajetos trilhados pelo sujeito para converter informações em conhecimento, reinterpretando-as, assimilando-as e transformando-as em saber. Assim, a prática psicopedagógica vai além da simples intervenção nas dificuldades de aprendizagem, abrangendo também uma análise profunda das subjetividades e interações que se formam na construção do saber.
2. Um Olhar Abrangente sobre o Espectro Autista e sua Definição, Etiologia e Intervenção Precoce
O transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e interação social, padrões comportamentais repetitivos e estereotipados, podendo apresentar limitações de interesses e atividades segundo (American Psychiatric Association, 2013). Os sinais de alerta do neurodesenvolvimento de uma criança podem ser sentidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico feito por volta dos 2 a 3 anos de idade (Zimmerman & Stringer, 2019). Os homens são mais prevalentes, dada a neuroplasticidade do cérebro, o reconhecimento precoce de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e o encaminhamento para intervenções comportamentais e suporte educacional podem levar a melhores resultados a longo prazo.
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso, manifestando-se por meio de um progresso a condição que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso, manifestando-se por meio de um comportamento atípico, dificuldades em se comunicar e integrar socialmente, bem como por comportamentos repetitivos e estereotipados, como ações ritualizadas e interesses limitados. Esses sinais podem ser identificados logo nos primeiros meses de vida, embora o diagnóstico geralmente ocorra entre os 2 e 3 anos de idade (Zimmerman & Stringer, 2019)
Estudos sugerem que o TEA é até quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas, o que pode estar relacionado a diferenças biológicas e à dificuldade de identificação em meninas. A ciência não atribui uma única causa ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), que surge de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Estudos envolvendo gêmeos demonstram um forte elemento hereditário, que são as mutações raras, denominadas casos mendelianos, representam cerca de 5% (cinco por cento), enquanto variações estruturais do DNA, como eliminações ou duplicações cromossômicas, são associadas a aproximadamente 10 a 20% (dez a vinte por cento) das ocorrências. Além disso, questões ambientais, como a exposição a poluentes, a idade avançada dos pais, partos prematuros, baixo peso ao nascer, infecções durante a gravidez e carências nutricionais, podem aumentar o risco em indivíduos que já possuem uma predisposição genética (Krakowiak et al. 2017)
Não existem alternativas instantâneas, mas a esperança sempre permanece quando decidimos agir. A intervenção inicial, a ser aplicada assim que surgirem sinais, mesmo antes de um diagnóstico conclusivo, pode provocar mudanças significativas. Estratégias terapêuticas intensivas como a Análise Comportamental Aplicada (ABA) e o Modelo de Início Precoce de Denver, têm mostrado resultados relevantes em áreas como comunicação, habilidades cognitivas e capacidades adaptativas.
A ação imediata de intervenção precoce é uma diretriz essencial para crianças que apresentam indícios de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou que demonstram um desenvolvimento fora do padrão, mesmo sem um diagnóstico formal. Pesquisas recentes destacam que a plasticidade do cérebro, especialmente pronunciada nas primeiras etapas do crescimento infantil, torna essa intervenção um elemento vital para o aprimoramento de habilidades e a redução de déficits (Zimmerman & Stringer, 2019). De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), elaborado pela American Psychiatric Association (APA, 2013), os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se manifestam nos primeiros anos de vida. No entanto, a aplicação imediata de intervenções fundamentais em evidências, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e o Modelo de Início Precoce de Denver (ESDM), mostrou trazer melhorias significativas nas habilidades sociais, de comunicação e cognitivas ao longo do tempo (Dawson et al. 2010). Apesar da origem do TEA permanecer complexa e não totalmente elucidada, a estratégia focada na intervenção antecipada é válida devido à necessidade de aproveitar a fase crítica do desenvolvimento, independentemente do fator causador (Hallmayer et al. 2011)
A Instituição de Ensino e o Docente desempenham um papel fundamental e compartilhado no processo de inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que se estende além da simples matrícula. A instituição escolar tem o dever de cultivar uma cultura inclusiva, que adapte tanto o ambiente físico quanto social, disponibilizando recursos materiais e humanos apropriados, além de incentivar a colaboração entre profissionais e familiares. Nesse cenário, o professor age como o principal facilitador do aprendizado, sendo responsável por aplicar práticas pedagógicas embasadas em evidências, conforme indica pesquisa recente. Essa abordagem envolve a criação de um ambiente de aprendizado organizado e previsível, a adoção de apoios visuais e métodos de comunicação alternativos, além de realizar adaptações no currículo que levam em consideração a singularidade do aluno e suas habilidades. Ao adaptar o ensino e valorizar as potencialidades, o professor, respaldado pela instituição, garante que a educação do estudante TEA vá além do aprendizado acadêmico, promovendo sua autonomia, interação social e inclusão total no contexto e na sociedade.
3. Evolução nos Casos de Espectro Autista
O panorama epidemiológico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem mostrado uma significativa transformação nas últimas décadas, com um aumento notável e constante em sua prevalência em todo o mundo. Informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA revelam um crescimento nos diagnósticos, que saltaram de 1 (um) em 150 (cento e cinquenta) crianças no ano 2000 para 1 em 36 crianças em 2020 (CDC, 2023). Essa mudança, no entanto, não pode ser atribuída a uma única razão, ela resulta de uma combinação complexa de fatores, como a modificação dos critérios diagnósticos, um aumento da conscientização da sociedade e a melhoria das abordagens de triagem.
Um dos acontecimentos mais importantes dessa jornada é a divulgação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5) em 2013. A alteração das categorias diagnósticas distintas, como o Transtorno Autista e a Síndrome de Asperger, para um, espectro, unificado e abrangente ajudou a consolidar a diversidade clínica em um único construto. Essa mudança ampliou o alcance diagnóstico, permitindo a inclusão de pessoas com manifestações mais sutis ou atípicas que, anteriormente, poderiam não ter obtido um diagnóstico oficial de TEA (American Psychiatric Association, 2013)
Simultaneamente, o aumento das iniciativas de sensibilização e a formação de profissionais nas áreas de saúde e educação tem desempenhado um papel fundamental na identificação precoce. A capacidade de reconhecer sinais de alerta em idades cada vez mais precocemente, facilitada pelo melhor acesso a informações e programas de triagem, possibilita que mais crianças com TEA sejam detectadas e direcionadas para intervenções terapêuticas antes dos 3 anos (Zimmerman & Stringer, 2019). Assim, a mudança nos índices de casos de TEA é um fenômeno complexo, que se relaciona com o avanço do conhecimento científico e o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas, culminando em um perfil epidemiológico mais fiel e representativo da diversidade do transtorno.
Em suma, a visão atual sobre a evolução dos casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) refere-se a um fenômeno complexo que inclui o significativo aumento nos diagnósticos, a expansão do entendimento clínico e as transformações nas abordagens de tratamento. O crescimento nas estatísticas de diagnósticos não indica um aumento real na incidência biológica do transtorno, mas se deve à ampliação dos critérios diagnósticos definidos pelo DSM-5 (2013). Ao unificar categorias que antes eram tratadas separadamente, como o Transtorno Autista e a Síndrome de Asperger, a American Psychiatric Association (APA) possibilitou que pessoas com manifestações mais discretas, que antes não recebiam um diagnóstico formal de TEA, fossem incluídas (APA, 2013). Essa condição é ainda reforçada pela maior conscientização do público e pela formação de profissionais, resultando em um melhor rastreamento e acesso ao diagnóstico para um número maior de indivíduos (CDC, 2023)
Em nível individual, a evolução se reflete na aquisição de novas competências e na melhoria da qualidade de vida, impulsionadas por intervenções precoces e de múltiplas áreas que aproveitam a plasticidade do cérebro. Intervenções fundamentadas em evidências, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e o Modelo de Início Precoce de Denver (ESDM), têm apresentado resultados expressivos na promoção do desenvolvimento social, comunicativo e adaptativo (Dawson et al. 2010). No entanto, é importante entender que o processo de desenvolvimento não segue uma linha reta. Indivíduos podem passar por dificuldades adaptativas em momentos críticos, como a adolescência, o que pode resultar em retrocessos ou crises. Esses episódios ressaltam a importância de um suporte contínuo e adaptável, que atenda às necessidades específicas de cada fase da vida, assegurando o apoio necessário para promover a autonomia e o bem-estar.
4. A Inclusão do Aluno com Transtorno do Espectro Autista e os Desafios e Fundamentos Legais e Pedagógicos
A proteção do direito à educação para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil é firmemente sustentada por uma estrutura legal abrangente. A Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, é o documento central que reconhece o TEA como uma deficiência, garantindo os direitos estipulados nas normas de inclusão. Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) reforçam a necessidade de cuidados abrangentes nas áreas de saúde, educação e inserção no mercado de trabalho, além de tornar ilegal a negativa de matrícula por parte das instituições de ensino. Assim, essa legislação não apenas promove a inclusão, mas a torna uma exigência legal.
Sob a pressão da legislação, surge uma questão fundamental sobre a real efetividade da inclusão. As garantias legais estão sendo realmente convertidas em práticas educativas que promovem mudanças significativas? Como ressalta a educadora Maria Teresa Eglér Mantoan, a simples presença de estudantes com deficiência em turmas regulares não representa uma inclusão genuína, pode ser somente uma integração superficial. Nesse cenário, a eficácia das abordagens pedagógicas e psicopedagógicas voltadas para a inclusão de crianças no espectro autista se torna o foco da discussão, desafiando a idealização legal frente às dificuldades encontradas na prática.
A atuação da Psicopedagogia e da pedagogia é fundamental para conectar a legislação à prática educacional. De acordo com Alicia Fernández (2001), essa abordagem vê o indivíduo de maneira integral, incluindo aspectos cognitivos, emocionais e sociais, e entende que o aprendizado vai além da simples aquisição de informações. Os educadores, quando bem-preparados, devem funcionar como facilitadores, elaborando estratégias adaptadas e ajustando o currículo para atender às particularidades de cada estudante. No entanto, enfrentar os obstáculos educacionais está intimamente ligado à necessidade de desconstruir preconceitos e promover o envolvimento social.
Embora tenha havido progressos nas leis e um crescente reconhecimento sobre o tema, a verdadeira inclusão ainda está em desenvolvimento. Segundo Sassaki (2006) a inclusão representa um processo incessante de mudança social, que demanda da sociedade uma adaptação para receber a diversidade. O esforço das famílias em garantir a matrícula é um fator impulsionador dessa jornada, porém, o êxito da inclusão depende, em última análise, de um engajamento conjunto que transcenda as normas legais, englobando a capacitação dos educadores, o suporte interdisciplinar e a sensibilização de toda a comunidade educativa.
5. A Análise Crítica dos Estudos sobre o Transtorno do Espectro Autista e a Inclusão Escolar
A crescente clareza em relação ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem levado a uma reavaliação das abordagens educacionais, impulsionada pela necessidade de integrar o conhecimento científico às questões da inclusão nas escolas. A trajetória histórica do TEA, desde as primeiras definições de Leo Kanner e Hans Asperger, culminou na combinação dos diagnósticos em um único espectro no DSM-5, o que ampliou tanto o reconhecimento quanto a compreensão da complexa diversidade desse transtorno (American Psychiatric Association, 2013). Esse progresso, que serve como base para esta pesquisa, enfatiza que o entendimento sobre o TEA é uma área em contínuo avanço, com desafios ainda a serem enfrentados para garantir uma inclusão efetiva.
Diante da disparidade entre o saber teórico e a prática educativa, esta pesquisa utiliza um método de revisão bibliográfica qualitativa para examinar as produções acadêmicas de 1993 a 2024. O foco principal é entender os obstáculos encontrados na inclusão de crianças com TEA nas escolas e, através de uma análise tanto histórica quanto contemporânea, reconhecer as fundamentações teóricas que sustentam as investigações atuais. A pesquisa visa não apenas descrever as particularidades do autismo, mas também identificar as táticas que podem minimizar os desafios no contexto escolar, comtemplando as dimensões pedagógicas, neuropsicopedagógicas, psicológicas e sociais do desenvolvimento infantil.
Em um cenário onde a inclusão costuma ser entendida apenas como a integração física, esta pesquisa, se apoia em estudiosos renomados que propõem uma verdadeira mudança no sistema educacional. Mantoan (2003) alerta que a inclusão requer uma reconfiguração das instituições de ensino para abranger a diversidade, indo além da simples presença dos alunos. Nesse contexto, a psicopedagogia desempenha um papel fundamental, pois, conforme aponta Fernández (2001), o aprendizado é um processo que envolve a totalidade do indivíduo, englobando mais do que apenas o aspecto mental. Ao explorar as dificuldades de linguagem e aprendizagem, esta pesquisa busca identificar formas de ultrapassar as barreiras à interação
estudo busca identificar formas de ultrapassar as barreiras à interação. Assim, a revisão da literatura acadêmica se torna uma base essencial para desenvolver propostas que favoreçam a autonomia e o desenvolvimento integral do aluno com TEA no espaço escolar, alinhando-se à perspectiva de uma sociedade realmente inclusiva, como defendido por Romeu Sassaki (2006)
6. Psicopedagogia e os Fundamentos e Atuação na Educação
A Psicopedagogia é uma área interdisciplinar que, de acordo com a sua origem etimológica, combina conhecimentos da Psicologia e da Pedagogia para uma análise mais profunda dos processos de aprendizagem humana. Ao contrário de uma abordagem que apenas foca na aplicação de métodos de ensino, a Psicopedagogia se dedica a investigar as dinâmicas que influenciam a formação do conhecimento, abrangendo os aspectos biológicos, cognitivos, emocionais e sociais. Seu propósito central é identificar tanto as dificuldades quantos os potenciais de aprendizagem, buscando desenvolver intervenções que favoreçam o sucesso educacional e o bem-estar do indivíduo (Bossa, 2015)
A função do psicopedagogo vai além da mera condução dos conteúdos escolares, focando na compressão integral do indivíduo em processo de aprendizagem. A principal meta desse profissional é examinar a complexa dinâmica que possibilita ao ser humano absorver, processar e construir saberes a partir de sua interação com o ambiente (Fernández, 2001). Essa perspectiva abrangente permite que o psicopedagogo não só identifique as raízes das dificuldades na aprendizagem, mas também trabalhe na promoção de habilidades metacognitivas e na recuperação da autoconfiança, capacitando o aluno a se tornar ativo em seu próprio desenvolvimento.
Restando induvidoso que o estudo e a atuação em Psicopedagogia evidência a relevância de uma abordagem que veja a aprendizagem como um processo dinâmico, afetado por diversos fatores tanto contextuais quanto individuais.
Ao investigar como o indivíduo se relaciona com o conhecimento, o psicopedagogo pode atuar em vários níveis, englobando a família, a escola e o próprio aprendiz, estabelecendo um ambiente de suporte que propicie a superação de dificuldades e a assimilação do conhecimento (Weiss, 2015). Essa habilidade de agir de maneira sistêmica fortalece a Psicopedagogia como uma ferramenta fundamental para promover a inclusão e o aprimoramento das práticas educacionais atuais.
7. Autismo e a Intervenção Psicopedagógica
O transtorno do Espectro Autista (TEA) que é um transtorno do neurodesenvolvimento, se manifesta através de dificuldades persistentes na comunicação e na interação social, além de comportamentos, interesses e atividades que são restritos e repetitivos (APA, 2013). Nesse sentido, o psicopedagogo exerce uma função crucial na detecção desses sinais, pois sua formação interdisciplinar permite uma análise do processo de aprendizagem que abrange não apenas aspectos pedagógicos, mas também cognitivos, emocionais e sociais. Essa abordagem mais ampla capacita o profissional a identificar as expressões atípicas do TEA que afetam a aprendizagem, além de orientar famílias e escolas na procura por um diagnóstico e na implementação de estratégias de apoio adequadas (Ribeiro & Santos, 2019)
A intervenção psicopedagógica desempenha um papel fundamental quando ocorre de maneira antecipada, especialmente nos primeiros anos da infância ou durante a fase escolar. Neste contexto, a mediação terapêutica busca essencialmente fortalecer o desenvolvimento em áreas que apresentam vulnerabilidades, aproveitando a notável neuroplasticidade do cérebro infantil para facilitar a aquisição de competências. A atuação do psicopedagogo nos estágios iniciais do desenvolvimento pode reduzir déficits significativos e estabelecer as fundações necessárias para a socialização, a comunicação e a autonomia, refletindo de forma positiva na trajetória educacional e na qualidade de vida do indivíduo ao longo do tempo (Zimmerman & Stringer, 2019)
8. O Diagnóstico e as Manifestações Comportamentais do Transtorno do Espectro Autista
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é fundamentalmente um processo clínico, que se baseia na análise cuidadosa do desenvolvimento da criança e na coleta de informações detalhadas da família. Como não existem biomarcadores específicos para essa condição, a avaliação que utiliza critérios comportamentais delineados em manuais, como o DSM-5 (APA, 2013), é essencial. A adoção de ferramentas de triagem para o desenvolvimento durante consultas pediátricas de atendimento primário é uma ação importante e necessária para identificar sinais precoces. A validação e a consideração do relato familiar a respeito do desenvolvimento atípico ou mudanças comportamentais na criança são, portanto, aspectos fundamentais, pois se relacionam positivamente com a confirmação do diagnóstico posterior (Zimmerman & Stringer, 2019).
As manifestações comportamentais, como a agressividade e a autoagressão, são comumente vistas em pessoas com TEA e podem ser mal interpretadas. Contudo, segundo a análise do comportamento e a neuropsicologia, tais comportamentos não devem ser vistos como sintomas principais do transtorno, mas sim como uma maneira de expressar necessidades que não estão sendo atendidas (Dawson et al. 2010). Esses comportamentos podem surgir como reações a dificuldades de comunicação, dor, desconforto sensorial ou excesso de estímulos no ambiente. Por isso, entender a função de cada comportamento é crucial para desenvolver estratégias de intervenção que sejam eficazes e respeitosas, evitando abordagens reativas e punitivas.
Em resposta a essas expressões, as intervenções precisam ser diversificadas e fundamentadas em dados concretos. Abordagens comportamentais, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), têm como objetivo ensinar habilidades alternativas e adequadas para a comunicação das necessidades, reduzindo, assim, a dependência de comportamentos problemáticos. A implementação de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), utilizando pranchas ou aplicativos, é essencial para facilitar a compreensão e a expressão. Além disso, técnicas sensoriais, que adaptam o ambiente para reduzir sobrecargas, e o uso de suporte visual, são fundamentais para a regulação do indivíduo (Steinbrenner et al. 2020). Intervenções mais invasivas, como medicamentos e contenções, são consideradas somente em situações críticas, quando todas as outras medidas menos restritivas se mostraram inadequadas.
9. A Inclusão Escolar do Aluno Autista e os Desafios e Práticas Fundamentadas
A inserção de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ambiente escolar é um desafio, começando pela falta de conhecimento. Comportamentos que fogem do padrão, como dificuldades em socializar e em se adaptar a novas rotinas, muitas vezes são mal interpretadas como indisciplina ou ausência de limites. Esse erro ocorre, em grande parte, pela falta de uma formação adequada entre os educadores, que, frequentemente, não estão capacitados para identificar as particularidades do TEA, especialmente em casos de altas habilidades ou características menos evidentes do Espectro (Steinbrenner et al. 2020). Essa defasagem no conhecimento sobre o tema no ambiente escolar torna a identificação das verdadeiras necessidades do aluno mais difícil, criando um ambiente escolar que se torna um grande desafio para sua adaptação e progresso.
A escola, sendo o primeiro espaço de convivência social para a criança fora do contexto familiar, desempenha um papel crucial na avaliação e na intervenção. É nesse cenário que as dificuldades em seguir normas sociais se tornam mais claras. No entanto, sob uma ótica inclusiva, a escola deve ser considerada não apenas como um local para diagnósticos, mas também como um espaço de mediação didática. A aprendizagem, conforme postulam os princípios pedagógicos, é uma característica humanamente inerente a um processo de diálogo. A educação deve refletir nossa condição humana, abrangendo todos os alunos, inclusive aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA), requerendo assim um modelo de ensino que se ajuste às particularidades de cada indivíduo (Bosa, 2015).
Para lidar com as dificuldades de aprendizado, a modificação do currículo se destaca como uma estratégia pedagógica crucial. Essa abordagem não tem a intenção de criar um currículo isolado, mas sim de ajustar e alterar os objetivos, conteúdos, métodos e avaliações do currículo tradicional, de modo a atender às necessidades específicas de cada aluno com TEA. A modificação do currículo é vital para que o aprendizado seja acessível e significativo para esses estudantes, assegurando que consigam avançar em sua trajetória educacional (Valle & Maia, 2010). Não obstante, essa adaptação demanda a colaboração de um profissional especializado e uma comunicação contínua entre a família e a instituição de ensino, garantindo que o planejamento das atividades esteja alinhado com as necessidades do aluno.
A estimulação inicial e o uso de reforços consistentes são essenciais para a superação de dificuldades cognitivas. A dificuldade de unir partes de uma informação em um todo, frequentemente observada no TEA, pode ser atenuada por meio da aplicação de reforçadores que estabeleçam, de maneira clara a conexão entre estímulo a resposta e suas consequências. Elogios, por exemplo, podem não ser suficientes para que novas habilidades sejam adquiridas, sendo necessário incorporar itens ou atividades que despertem o interesse do aluno, reforçadores que sejam tangíveis, para incentivar a aprendizagem. Essa estratégia, baseada nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), requer que o educador preste atenção no aluno para descobrir suas motivações, assim, desenvolver um plano de intervenção efetivo.
A ludicidade e um planejamento pedagógico bem elaborado desempenham papéis fundamentais na mediação do ensino. Atividades lúdicas, que estimulam os sentidos e favoreçam a interação, são cruciais para o desenvolvimento social, cognitivo, psicomotor e afetivo de crianças com TEA. Embora no início o estudante possa apresentar apatia ou reações agressivas, cabe ao educador adotar estratégias que direcionem a atenção para conteúdos que se relacionem com seu progresso (Bosa, 2002). O professor deve reconhecer os limites e as possibilidades do aluno, aproveitando seus interesses e motivações para estruturar aulas com metas e objetivos bem definidos, convertendo os desafios cotidianos em chances de aprendizado e evolução.
10. O Papel Central do Docente na Inclusão Educacional do Aluno Autista
A inclusão de uma criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) demanda uma compreensão ampla do papel fundamental do educador. O professor não se limita a ser um transmissor de informações, mas se torna um facilitador estratégico que promove o crescimento e a autonomia do estudante. É crucial entender como cada criança no Espetro assimila informações e adaptar as abordagens de acordo com suas habilidades, interesses e potenciais. Essas competências são fundamentais para melhorar a qualidade da aprendizagem (Steinbrenner et al. 2020). A formação inicial e continuada dos professores precisa se apatar para lidar com a diversidade, capacitando-os a enfrentar as complexidades das necessidades educacionais especiais.
A contínua capacitação dos professores é essencial no contexto educacional atual. De acordo comas opiniões de estudiosos da educação, é fundamental que os educadores estejam em constante evolução, acompanhando as inovações científicas e as transformações sociais. Ao se comprometer com a formação permanente, o professor assegura que sua prática esteja em sintonia com as melhores evidencias disponíveis, fazendo com que o ensino permaneça pertinente e inspirador para os alunos. Essa metodologia possibilita que o docente exerce a função de um facilitador entre o saber e a realidade dos estudantes, convertendo a escola em um espaço dinâmico e significativo, que atende às necessidades de todos. No decorrer deste processo, é fundamental que o educador esteja preparado para avaliar e aprimorar constantemente sua prática de ensino. É preciso que ele tenha a capacidade de revisar tanto os seus erros quanto os acertos em suas abordagens, ajustando-as conforme as necessidades individuais dos alunos. O planejamento do conteúdo para alunos autistas deve ser feito com atenção, considerando aspectos como nível de desenvolvimento, potencial, faixa etária e interesses. O foco deve ser na continuidade do aprendizado, que é crucial para promover a autonomia e a independência do aluno. Essa metodologia personalizada, fundamentada em objetivos específicos, é vital para garantir o êxito na jornada educacional do estudante (Bossa, 2015)
Atuar com estudantes que apresentam TEA requerer a criação de abordagens e estratégias pedagógicas que, essencialmente, respeitem e integrem a diversidade. As dificuldades em formar vínculos sociais e a ausência de reciprocidade, que são marcantes nesse transtorno, muitas vezes são mal interpretadas por parte da comunidade educacional como falta de interesse ou de empatia. Essa interpretação equivocada pode resultar em um sentimento de aprendizado. Assim, é crucial sensibilizar toda a equipe escolar e implementar métodos que esclareçam as bases neurológicas desses comportamentos (Ribeiro & Santos, 2019)
As manifestações comportamentais associadas ao autismo podem, de fato, criar uma sensação de inadequação e exclusão, tanto para o estudante quanto para a escola. Os desafios ao trabalhar com alunos que estão no espectro autista são significativos e requerem um elevado nível de conhecimento e preparação profissional. Contudo, além da formação acadêmica, a sensibilidade e empatia do educador são essenciais para a construção de uma relação de confiança. É a habilidade de ver o aluno além do diagnóstico, de entender suas motivações e valorizar suas conquistas que permite ao professor desenvolver uma prática realmente inclusiva e eficaz, transformando desafios em oportunidades de crescimento mútuo. Estudos recentes indicam que a qualidade do relacionamento entre professor e aluno é um fator determinante para o sucesso educacional e o desenvolvimento socioemocional de crianças com TEA, enfatizando que a empatia do docente e a comunicação atenta são habilidades fundamentais para criar um ambiente de aprendizado acolhedor e seguro (Rinaldi & Sideridis, 2021)
11. Considerações Finais
A consecução dos objetivos propostos nesta pesquisa foi viabilizada pela análise crítica e detalhada do processo de inclusão do Espectro Autista. Inicialmente, a pesquisa examinou o Transtorno do Espectro Autista, tratando de sua definição clínica, causas complexas e a importância da intervenção precoce, evidenciando que os processo na área científica e a melhoria nos critérios de diagnóstico são elementos fundamentais para o aumento na taxa de casos. Além disso, o estudo investigou os desafios que estudantes com TEA enfrentam no contexto escolar, sublinhando a necessidade de uma reformulação nas práticas educacionais, que vá além da mera matrícula, focando em estratégias pedagógicas e psicopedagógicas que favoreçam o desenvolvimento completo do aluno.
Posteriormente, o estudo se aprofundou na função da Psicopedagogia, reconhecendo-a como um domínio de conhecimento fundamental para a inclusão. A investigação dos seus princípios teóricos e práticos demonstrou como o profissional psicopedagogo, ao enxergar o aluno como um agente ativo na aquisição do conhecimento, pode atuar na mediação da aprendizagem e na remoção de obstáculos escolares. O trabalho também explorou as diretrizes legais que garantem o direito à inclusão no Brasil e a relevância da formação contínua dos educadores, evidenciando que a disparidade entre a legislação e a sua aplicação prática constitui o principal desafio a ser enfrentado para alcançar uma educação realmente democrática e acessível.
Restando induvidoso que a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista transcende a idealização, estabelecendo-se como um processo em desenvolvimento que demanda um esforço sistêmico e a cooperação de múltiplos agentes. A pesquisa considerando o TEA e a Psicopedagogia, destacou que a inclusão vai além da mera presença física do aluno na instituição. É necessário combater o pré-conceito, capacitar os profissionais, adaptar as metodologias e criar um ambiente que reconheça a individualidade de cada estudante. A inclusão é um caminho contínuo que altera não só a vida do aluno, mas também de toda a comunidade escolar, mostrando que, com conhecimento e preparação adequados, a escola pode ser um lugar onde todos, independentemente de suas particularidades, têm a oportunidade de aprender, se desenvolver e construir suas próprias narrativas.
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1 Pedagogia. Pós-Graduada em Psicopedagogia e Neuroaprendizagem. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail [email protected].