O DESIGN INSTRUCIONAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17381641


Railda Brandão Batista1


RESUMO
O Design Instrucional (DI) tornou-se um método pedagógico essencial a educação atual, frente aos desafios impostos pelas transformações tecnológicas e metodológicas. Suas práticas compreendem a organização sistemática do processo de ensino, desde a análise das carências educacionais até a avaliação dos resultados. Dentre as principais vantagens do DI, ressaltam-se a estruturação dos conteúdos, o alinhamento entre objetivos, métodos e avaliação, além do uso programado das tecnologias educacionais. Entretanto, existem desvantagens como a rigidez de modelos técnicos, a exigência de formação especializada e a limitação de recursos. Logo, considerar o papel essencial do Design Instrucional e analisar acerca de suas potencialidades e limites ao desenvolvimento de práticas pedagógicas, inclusivas e ajustáveis às demandas modernas. Essa pesquisa busca destacar a importância do DI em facilitar o alinhamento entre objetivos educacionais, metodologias e tecnologias, promovendo experiências de aprendizagem coerentes e engajadoras. Este artigo assume uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, baseada em revisões bibliográficas.
Palavras-chave: design instrucional; práticas pedagógicas; inovação educacional; vantagens e desvantagens; ensino-aprendizagem

ABSTRACT
Instructional Design (ID) has become a key pedagogical strategy in modern education, particularly in response to the technological and methodological transformations of the 21st century. Its practices involve the systematic planning of the teaching-learning process, from the analysis of educational needs to the evaluation of outcomes, fostering more organized, personalized, and student-centered learning experiences. Among its main advantages are the clear structuring of content, the alignment between objectives, methods, and assessments, as well as the intentional use of educational technologies. However, some disadvantages include the rigidity of overly technical models, the need for specialized training, and limitations in resources in certain educational contexts. Understanding the essential role of Instructional Design and reflecting on its potential and limitations is therefore crucial to the development of more effective, inclusive, and adaptable pedagogical practices in contemporary education.
Keywords: instructional design; pedagogical practices; educational innovation; advantages and disadvantages; teaching and learning.

1. INTRODUÇÃO

As inúmeras transformações tecnológicas e sociais que caracterizam a modernidade têm provocado intensas mudanças no ambiente educacional, demandando abordagens mais estratégicas e eficientes no processo de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, o Design Instrucional (DI) se manifesta como ferramenta primordial ao planejamento e a organização de experiências educacionais que acolham às novas demandas dos alunos, como também das Unidades de ensino. Contrário aos métodos tradicionais, o DI disponibiliza uma estrutura sistemática de desenvolvimento do ensino, focada em etapas como análise do público-alvo, definição de objetivos, escolha de estratégias didáticas e avaliação contínua.

Filatro (2008), afirma que o Design Instrucional pode ser compreendido como um processo sistemático que transforma informações e conteúdo em experiências significativas de aprendizagem, por meio da seleção e organização de métodos, mídias, estratégias e recursos adequados ao contexto e ao perfil do público-alvo. Nesse sentido, o DI busca garantir que o ensino seja efetivo, eficiente e atraente para o aprendiz. Já Reigeluth (1999) fortalece a afirmação de Filatro ao dizer que o DI se fundamenta em teorias da aprendizagem, como o behaviorismo, o cognitivismo e o construtivismo, sendo estas responsáveis por orientar as decisões instrucionais. O behaviorismo, por exemplo, influenciou os primeiros modelos de DI, priorizando objetivos mensuráveis e reforços. Já o cognitivismo e o construtivismo trouxeram ênfase à importância da estrutura cognitiva do aluno e ao papel ativo na construção do conhecimento.

No cenário educacional atual, o Design Instrucional tem sido largamente utilizado, sobretudo no ensino híbrido e na educação a distância, por sua capacidade de integrar recursos tecnológicos de maneira planejada e pedagógica. Suas práticas promovem maior clareza na apresentação dos conteúdos, favorecem a personalização da aprendizagem e aumentam o engajamento dos estudantes por meio de métodos ativos e centrados no aluno.

Deste modo, é considerado essencial para o aprendizado e o sucesso de novas experiências educacionais guiadas pela tecnologia. Sua utilização garante que os processos de ensino e sejam organizados de forma estratégica, favorecendo o engajamento, a compreensão e o desenvolvimento dos estudantes na EAD e no ensino híbrido.

Entretanto, o desenvolvimento do DI também impõe desafios. Modelos excessivamente rígidos podem limitar a criatividade do docente e a espontaneidade das interações em sala de aula. Ademais, a utilização eficaz do design exige profissionais capacitados, tempo para planejamento e infraestrutura adequada. Para aprimorar essa questão, é essencial criar estratégias interativas e dinâmicas que busquem a participação ativa dos alunos, sem que haja o excesso de atividades.

Para Moran (2007), sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende de novas maneiras, por novos caminhos, com novos participantes (atores), de forma contínua. A escolha e a integração adequada de tecnologias também representam um ponto crítico. É preciso selecionar recursos tecnológicos que sejam acessíveis, funcionais e coerentes com os objetivos pedagógicos. O uso inadequado dessas ferramentas pode comprometer a experiência de aprendizagem, criando barreiras técnicas e cognitivas. Além disso, muitas instituições enfrentam limitações de tempo, orçamento e infraestrutura para desenvolver materiais de qualidade, o que dificulta a aplicação plena dos princípios do design instrucional.

Desse modo, o referido artigo tem como objetivo analisar as práticas do design instrucional inseridos no contexto educacional atual, enfatizando suas principais vantagens e desvantagens, como também, refletir sobre seu papel essencial na construção de experiências de aprendizagem mais eficazes, inclusivas e alinhadas com as exigências contemporâneas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Design Instrucional e Suas Práticas na Educação Moderna

No cenário educacional, atual, caracterizado pelo uso intensivo de tecnologias, assim como pela diversidade de perfis de aprendizes, torna-se imprescindível o planejamento minucioso das ações de aprendizagem. O Design Instrucional surge como uma resposta a essa demanda, oferecendo uma abordagem sistemática e interligada ao aluno, em busca do desenvolvimento de experiências educacionais.

Mas o que é Design Instrucional? Nada mais do que um processo metódico de planejar, desenvolver e avaliar materiais e ambientes de aprendizagem, fazendo uso de princípios da pedagogia e tecnologia educacional. E assim, centrada na criação de experiências que busca promover aprendizagem significativa, alinhadas aos objetivos educacionais e às necessidades dos alunos.

De acordo com Filatro (2008, pg.3)

(DI) é a ‘’ ação intencional e sistemática de ensino que envolve planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos, técnicas, atividades, materiais e produtos educacionais em situações didáticas especificas, a fim de promover a aprendizagem humana’’

Inseridos no novo contexto educacional, a tecnologia cada vez mais tem exigido dos professores mudanças em seus métodos de ensino e com objetivo de incorporar novas metodologias a este cenário surgi a necessidade do profissional Design Instrucional. Neste caso, Design Instrucional é apresentado como parte das tecnologias emergentes alinhada a outras formas de práticas pedagógicas inserindo o aluno no centro de sua interação e proporcionado o ensino e aprendizagem.

Com o grande avanço das tecnologias digitais, inúmeras transformações nos modelos educacionais tem surgido o que tem proporcionado novas formas de ensinar e aprender. Nesse contexto, a Educação a Distância (EAD) e o ensino híbrido se uniram como alternativas possíveis e eficazes com objetivo de aumentar o acesso à educação. Assim, para que essas modalidades proporcionem experiências de aprendizagem de qualidade, é suma importância a presença do design instrucional. Esse profissional na Educação a Distância, atua diretamente na organização do conteúdo e na escolha das mídias e tecnologias que serão utilizadas (como videoaulas, fóruns, podcasts, e-books, entre outros), considerando a interatividade e o suporte pedagógico necessários para que o estudante se sinta motivado e acompanhado durante todo o processo de aprendizagem.

No ensino híbrido, que busca combinar momentos presenciais com atividades online, o design instrucional tem como objetivo integrar de maneira coerente os dois ambientes. Logo, significa afirmar que as atividades online não devem ser apenas complementares, mas sim descritas de modo a dialogar com os encontros presenciais, assegurando a continuidade do conhecimento e garantindo, deste modo que os objetivos pedagógicos sejam alcançados em ambos os formatos.

Filatro(2008, p.19) salienta que a prática de criar e implementar soluções educacionais ocorre em níveis diferentes: nível macro. Neste, se defini uma direção comum a todas as experiências de aprendizagens. Nesse, ocorre o gerenciamento das atividades e da organização do projeto político pedagógico, os objetivos de aprendizagem e consequentemente a definição de quais ferramentas serão utilizadas. Nível meso, o DI se ocupa da estruturação dos programas, cursos ou disciplinas. Neste nível, acontece a definição do público-alvo, assim como os conteúdos abordados. No último nível, micro, ele trabalha com o design fino das unidades de estudo. Neste instante, acontece a escolha dos materiais a serem estudados, os recursos educacionais que serão implementados para que a aprendizagem individual aconteça, considerando o perfil de cada aluno.

2.2. As Vantagens e Desvantagens do Design Instrucional na Educação

O Design Instrucional (DI) sendo uma abordagem sistemática utilizada para planejar, desenvolver, implementar, como também avaliar processos de ensino e aprendizagem. Busca manter seu foco em garantir a organização dos conteúdos educacionais de forma objetiva, eficaz e alinhada aos objetivos de aprendizagem. Ele consiste na aplicação de teorias de aprendizagem e instrução para o desenvolvimento de conteúdos educacionais organizados e eficientes (Filatro, 2008).

Esse método, muito utilizado em ambientes presenciais, híbridos e especialmente na educação a distância, e tem como objetivo organizar o processo de ensino-aprendizagem de maneira estratégica, considerando as necessidades dos alunos, os objetivos educacionais e os recursos disponíveis. Entretanto, apesar dos seus benefícios, o uso do Design Instrucional também apresenta suas limitações e desafios que necessitam ser cuidadosamente analisados.

Dentre as principais vantagens do Design Instrucional, ressalta-se a organização e clareza dos conteúdos. Seguindo etapas definidas como a análise do público-alvo, definição de objetivos, seleção de estratégias e avaliação, o processo de ensino se torna mais coerente e direcionado ao aluno. Segundo Moran (2007), o DI permite “alinhar objetivos, conteúdos, metodologias e formas de avaliação”, o que contribui para um processo educativo mais coerente e significativo. Essa organização beneficia tanto professores quanto alunos, pois torna a aprendizagem mais direcionada e mensurável.

Por esse motivo, tende a favorece a aprendizagem de forma significativa e aumentando a participação dos estudantes. De acordo com Reigeluth (1999), o DI moderno deve focar em ambientes centrados no aprendiz, adaptando-se às suas necessidades, estilos e ritmos. Isso é especialmente útil em contextos de Educação a Distância (EaD), onde a mediação tecnológica permite diferentes trajetórias de aprendizagem. Ponto positivo este, que segundo a autora, possibilita a personalização, em que o Design Instrucional busca facilitar, adaptar conteúdos e métodos de acordo os diferentes perfis de alunos, promovendo inclusão e acessibilidade. Além do mais, esse avanço facilita o uso de tecnologias educacionais de forma planejada, potencializando seus resultados.

Além do mais, o DI favorece a inclusão de tecnologias no processo educativo. Como destacam Filatro e Cavalcanti (2011), o design instrucional bem aplicado contribui para a seleção adequada de mídias e recursos digitais, promovendo interatividade e motivação. Em resumo, o Design Instrucional constitui um importante crescimento na forma como se planeja e executa o ensino, sobretudo em tempos de transformação digital e metodológica. Suas vantagens são visíveis, principalmente no que diz respeito à organização do conteúdo e à personalização da aprendizagem.

2.3. Design Instrucional e Seu Papel Essencial

Em uma realidade cada vez mais marcada pela digitalização, assim como pela busca por metodologias de ensino mais eficientes, o Design Instrucional surgi como uma ferramenta planejada e essencial no processo de ensino. Além de organizar conteúdos, essa abordagem busca estruturar experiências de aprendizagem significativas considerando o perfil do público-alvo, os objetivos educacionais e os recursos disponíveis (Gagné et al., 2005).

O desempenho do designer instrucional envolve etapas como análise de necessidades, definição de objetivos de aprendizagem, escolha de estratégias metodológicas, seleção de mídias e tecnologias, elaboração de materiais didáticos e avaliação dos resultados. Todo esse processo é fundamentado em teorias da aprendizagem, como o construtivismo, o behaviorismo e o cognitivismo, permitindo que o ensino seja mais eficaz e adaptado às diferentes realidades dos estudantes. Segundo Filatro (2008), o DI contribui para transformar informações em conhecimento, por meio de experiências que promovem o engajamento, a reflexão e a construção de sentido por parte do aprendiz.

Além domais, o Design Instrucional realiza um papel planejado em ambientes corporativos, contribuindo para a capacitação de profissionais e no desenvolvimento de competências específicas, alinhadas aos objetivos organizacionais. Deste modo, o papel do Design Instrucional torna-se ainda mais essencial diante dos desafios confrontados por instituições de ensino na modernidade.

A alta demanda por educação a distância, o uso de tecnologias digitais e a necessidade de personalizar o ensino exigem um planejamento didático cauteloso e orientado por princípios pedagógicos e científicos (Filatro, 2008). Dessa forma, o design instrucional atua como um elo entre teoria e prática, possibilitando que os educadores possam desenvolver cursos e materiais de forma sistemática, coerente e eficaz (Reigeluth, 1999).

Além domais, o Design Instrucional desenvolve clareza, objetividade e engajamento, colaborando para a eficácia do processo de ensino-aprendizagem. Quando aplicado, corretamente, ele permite ordenar conteúdos, métodos e objetivos, disponibilizando aos alunos uma jornada de aprendizagem estruturada e relevante (Bates, 2015). Para Moran 2015, a avaliação detalhada acerca das necessidades do público-alvo, aliada à escolha apropriada de estratégias pedagógicas e tecnológicas, possibilitam experiências educacionais mais inclusivas e focada no aluno.

Entretanto, para que o Design Instrucional desenvolva sua funcionalidade, é fundamental que os profissionais se encontrem capacitados e que haja um ajuste entre a proposta pedagógica da Unidade de ensino e os princípios do design. Bem como, é de suma importância garantir a flexibilidade, de modo que o planejamento não se torne um obstáculo à criatividade, à interação ou à adaptação às necessidades emergentes do processo educativo (Silva & Nunes, 2020).

2.4. Desenvolvimento de Práticas Pedagógicas

Pensando desenvolvimento de práticas pedagógicas, o DI colabora de forma intensa no processo educativo, auxiliando o professor em suas escolhas sobre o que ensinar, como ensinar e como avaliar. Esse conjunto de informações é importante em contextos de educação a distância ou ensino híbrido, nos quais o planejamento instrucional necessita ser minucioso para suprir a ausência da mediação presencial constante. De acordo com Moore e Kearsley (2014), um dos principais desafios da EaD é garantir que o aluno compreenda e se envolva no processo de aprendizagem mesmo em ambientes digitais — e o DI é essencial para esse objetivo.

Paralelamente, o Design Instrucional contribui para a inovação pedagógica, ao incentivar o uso de metodologias ativas, como aprendizagem baseada em projetos, estudos de caso e gamificação, sempre com foco no desenvolvimento de competências. Essa abordagem favorece o protagonismo do estudante, a personalização do ensino e a construção de um percurso de aprendizagem alinhado aos contextos sociais, culturais e tecnológicos nos quais ele está inserido.

Entretanto, é importante ressaltar que o uso do DI exige formação adequada dos profissionais envolvidos, além de sensibilidade para adaptar modelos e estratégias às demandas específicas de cada contexto educacional. A aplicação mecânica ou excessivamente técnica do DI pode limitar a criatividade e a flexibilidade necessárias para lidar com as dinâmicas reais da sala de aula.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Design Instrucional se configura como uma abordagem fundamental para o desenvolvimento de práticas educativas mais planejadas, inclusivas e eficazes. Suas práticas, quando bem aplicadas, contribuem para o alinhamento entre objetivos, métodos, tecnologias e avaliação, favorecendo uma aprendizagem mais significativa e centrada no aluno. Todavia, é necessário reconhecer e enfrentar os desafios relacionados à sua aplicação, como a rigidez dos modelos, a carência de formação docente e as limitações estruturais.

Sendo assim, a adoção do Design Instrucional deve estar alinhada a uma visão pedagógica crítica e flexível, que valorize a experiência do professor e promova a autonomia dos estudantes. Investir em formação continuada, infraestrutura tecnológica e pesquisa educacional é essencial para que o DI cumpra plenamente seu papel no cenário da educação contemporânea.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barros, G. C. (2024). Educação a distância: A aprendizagem autogerida e a perspectiva do professor tutor. In CONEDU - Tecnologias e educação (Vol. 3). Realize Editora. Disponível em https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/119426

Bates, A. T. (2015). Teaching in a digital age: Guidelines for designing teaching and learning (1st ed.). Tony Bates Associates Lt. https://opentextbc.ca/teachinginadigitalage/. Acesso em 01 outubro2025

Filatro, A. (2008). Design instrucional na prática (2ª ed.). Pearson Education do Brasil.

Filatro, A. (2008). Design instrucional contextualizado: Educação e tecnologia. (4ª. Ed). Senac São Paulo.

Filatro, A., & Cavalcanti, M. (2011). Design educacional para cursos online. SENAC.

Gagné, R. M., Wager, W. W., Golas, K. C., & Keller, J. M. (2005). Principles of instructional design (5th ed.). Wadsworth Publishing.

Moran, J. M. (2007). A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá (5ª ed.). Papirus.

Moore, M. G., & Kearsley, G. (2014). Distance education: A systems view of online learning (3rd ed.). Wadsworth.

Reigeluth, C. M. (1999). Instructional design theories and models: A new paradigm of instructional theory (Vol. II). Lawrence Erlbaum Associates.

Silva, E. R., & Nunes, M. M. (2020). O design instrucional como estratégia para o ensino remoto. Revista Educação e Cultura Contemporânea, 17(45), 112–129. Acesso em 01 outubro 2025.


1 E-mail: [email protected]. Graduada em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador (2009). Especialização em Estudos Linguísticos e Literários pela Universidade Federal da Bahia (2013). Mestrado em Tecnologias Emergentes em Educação Pela Must University.