DESAFIOS NA VISIBILIDADE DE PARATLETAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO NO CONTEXTO DO MUNICÍPIO DE REGISTRO/SP
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.13950165
Amanda Nóbrega Lopes Alves1
Beatriz Menito de Souza1
Emilly Cristine Ribeiro Teixeira1
Maria Clara Santana Batista1
José Cristiano de Góis2
RESUMO
O presente estudo aborda a temática da visibilidade de paratletas com deficiência no município de Registro, São Paulo. A pesquisa busca identificar os desafios enfrentados por esses atletas, tanto em termos de reconhecimento quanto de suporte institucional e comunitário. A importância de valorizar e promover a inclusão desses indivíduos no cenário esportivo local é destacada, considerando os benefícios sociais, psicológicos e físicos proporcionados pela prática esportiva. A pesquisa foi conduzida através de uma abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas com paratleta. Além disso, foram analisados documentos e políticas públicas relacionadas ao esporte para pessoas com deficiência no município. A escolha dessa metodologia permitiu uma compreensão aprofundada das experiências e percepções dos participantes, bem como a identificação de barreiras e oportunidades no contexto estudado. Os resultados revelam uma série de desafios enfrentados pelos paratletas com deficiência em Registro/SP.
Palavras-chave: Visibilidade ; Desafios ; Inclusão.
ABSTRACT
This study addresses the theme of visibility for athletes with disabilities in the municipality of Registro, São Paulo. The research aims to identify the challenges faced by these athletes, both in terms of recognition and institutional and community support. It emphasizes the importance of valuing and promoting the inclusion of these individuals in the local sports scene, considering the social, psychological, and physical benefits provided by sports practice. The research was conducted through a qualitative approach, utilizing semi-structured interviews with athletes with disabilities. Additionally, documents and public policies related to sports for people with disabilities in the municipality were analyzed. This methodology choice allowed for an in-depth understanding of the participants' experiences and perceptions, as well as the identification of barriers and opportunities in the studied context. The results reveal a series of challenges faced by athletes with disabilities in Registro/SP.
Keywords: Visibility; Challenges; Inclusion.
INTRODUÇÃO
O município de Registro está localizado no estado de São Paulo, na região do Vale do Ribeira. Fundado em 1832, teve seu desenvolvimento impulsionado pela atividade agrícola, especialmente pela produção de arroz e banana. Com o passar dos anos, também se destacou na produção de chá, palmito e hortaliças.
Nos últimos anos, Registro/SP tem buscado diversificar sua economia, investindo em setores como o turismo, o comércio e a prestação de serviços. Com uma localização estratégica, próxima à capital paulista e ao litoral, o município apresenta potencial para o desenvolvimento em diferentes áreas, tornando-se um polo regional importante no Vale do Ribeira.
Este artigo científico estará abordando a seguinte temática: “Desafios na Visibilidade de Atletas com Deficiência: Um Estudo no contexto do Município de Registro/SP”, com base na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, é uma legislação abrangente que visa garantir os direitos e a inclusão das pessoas com deficiência em diversos aspectos da vida social, econômica e cultural do país.
Essa lei representa um marco na promoção da igualdade e no combate à discriminação, estabelecendo princípios e diretrizes fundamentais para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Ela aborda questões relacionadas à acessibilidade, educação inclusiva, saúde, trabalho, habitação, transporte, cultura, esporte e lazer, entre outros aspectos.
No contexto do tema abordado, a Lei Brasileira de Inclusão é de extrema relevância, pois estabelece medidas para promover a inclusão social e garantir a plena participação das pessoas com deficiência na sociedade. Ela reforça a importância de proporcionar condições adequadas para que os atletas com deficiência possam desenvolver suas habilidades esportivas e participar de competições de forma igualitária.
Além disso, a legislação também prevê ações de conscientização e incentivo à prática esportiva entre as pessoas com deficiência, promovendo a integração e o respeito à diversidade. Ao garantir o acesso a espaços esportivos, equipamentos adaptados e programas de treinamento inclusivos, a Lei Brasileira de Inclusão contribui para a promoção da igualdade de oportunidades e o desenvolvimento do esporte para todos.
A falta de visibilidade de atletas com deficiência é um desafio significativo que afeta não apenas suas devidas representatividades, mas também a percepção da sociedade em relação à inclusão e diversidade. A ausência de destaque para suas conquistas e habilidades contribui para a perpetuação de estereótipos limitantes desses atletas. Além disso, a falta de visibilidade pode impactar diretamente o apoio financeiro, patrocínios e oportunidades de carreira para os mesmos. Ao abordarmos essa questão, estaremos contribuindo para ampliar a consciência sobre a importância da visibilidade e reconhecimento justos para os atletas com deficiência.
Problematização
Os desafios enfrentados pelos atletas com deficiência no contexto do município de Registro/SP são multifacetados e refletem uma série de questões que afetam sua participação e visibilidade no cenário esportivo local. A ausência de incentivo e reconhecimento por parte dos municípios em relação a esses atletas contribui significativamente para a perpetuação do preconceito e da discriminação, dificultando assim sua plena inclusão e acesso a oportunidades iguais.
Além disso, a escassez de recursos e a falta de treinamento especializado representam obstáculos adicionais, resultando em uma inclusão inadequada desses esportistas com deficiência. Essa problemática não apenas afeta negativamente o desenvolvimento esportivo desses atletas, mas também compromete sua integração social e o reconhecimento de suas habilidades e conquistas.
Justificativa
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) representa um marco importante na garantia dos direitos e na promoção da inclusão social e cidadania das pessoas com deficiência. No contexto esportivo, essa legislação desempenha um papel fundamental ao estabelecer diretrizes para assegurar que os atletas com deficiência tenham acesso igualitário a oportunidades esportivas e sejam devidamente reconhecidos em suas habilidades e conquistas. No entanto, a efetiva aplicação dessas normas ainda enfrenta desafios significativos, especialmente em municípios como Registro/SP, onde a visibilidade e o apoio aos atletas com deficiência são limitados.
Diante desse cenário, justifica-se a necessidade de um estudo aprofundado sobre os desafios na visibilidade desses atletas nesse contexto específico. É fundamental destacar a importância de promover a conscientização e o cumprimento das normas de inclusão, não apenas para garantir os direitos e oportunidades desses atletas, mas também para proporcionar acesso a patrocínios e recursos que possam impulsionar o desenvolvimento esportivo e a participação desses atletas em nível local. Assim, a análise dessas questões no âmbito do município de Registro/SP visa contribuir para a identificação de estratégias e ações que possam promover uma inclusão mais efetiva e uma maior visibilidade para os atletas com deficiência nessa região.
Objetivo Geral
Investigar os desafios enfrentados pelos atletas com deficiência em relação à falta de visibilidade no cenário esportivo do município de Registro/SP, analisando os impactos dessa invisibilidade em sua participação, oportunidades e reconhecimento. Além disso, busca-se conscientizar os poderes públicos sobre a importância de promover a inclusão e a visibilidade desses atletas, visando à implementação de políticas e ações que contribuam para superar as barreiras e garantir uma maior equidade e reconhecimento no contexto esportivo local.
Objetivo específico
Identificar os principais obstáculos que impedem a visibilidade dos atletas com deficiência no cenário esportivo do município de Registro/SP;
Avaliar o impacto da falta de visibilidade na participação e nas oportunidades desses atletas;
Analisar as consequências da invisibilidade dos atletas com deficiência para seu reconhecimento e desenvolvimento esportivo;
Investigar as políticas e ações existentes ou necessárias para promover a inclusão e a visibilidade dos atletas com deficiência no contexto esportivo local;
Propor estratégias e recomendações para conscientizar os poderes públicos e promover medidas efetivas que garantam uma maior equidade e reconhecimento para os atletas com deficiência em Registro/SP.
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
Histórico das Olimpíadas e Paraolimpíadas
Olimpíadas
As Olimpíadas têm uma longa e rica história que remonta à Grécia Antiga, onde os Jogos Olímpicos foram realizados pela primeira vez em 776 a.C. em Olímpia. Estes jogos eram dedicados a Zeus e atraíam atletas de diversas cidades-estado gregas. Com o passar dos séculos, os Jogos Olímpicos foram se tornando um evento importante, simbolizando não apenas a excelência atlética, mas também a paz e a unidade entre as cidades-estado.
Os Jogos Olímpicos modernos foram revividos em 1896, graças ao trabalho do Barão Pierre de Coubertin, que organizou o primeiro evento em Atenas. Desde então, as Olimpíadas cresceram em escala e prestígio, incorporando novos esportes e ampliando a participação de países de todo o mundo. Hoje, os Jogos Olímpicos de Verão e Inverno são realizados a cada quatro anos, reunindo milhares de atletas e atraindo uma audiência global significativa.
Paraolimpíadas
As Paraolimpíadas, por sua vez, surgiram após a Segunda Guerra Mundial, em um esforço para proporcionar oportunidades esportivas a veteranos com deficiência. O primeiro evento para atletas com deficiência foi organizado em 1948, em Stoke Mandeville, na Inglaterra, por Sir Ludwig Guttmann. O evento cresceu e, em 1960, as primeiras Paraolimpíadas foram realizadas em Roma, simultaneamente aos Jogos Olímpicos, estabelecendo um modelo de inclusão e reconhecimento para atletas com deficiência.
Desde então, as Paraolimpíadas têm se expandido, tanto em termos de eventos quanto de participação. As edições modernas são realizadas em conjunto com os Jogos Olímpicos, e seu impacto vai além do esporte, contribuindo para a conscientização social sobre a deficiência e promovendo a inclusão e a aceitação.
Importância
Tanto as Olimpíadas quanto as Paraolimpíadas desempenham papéis cruciais na promoção de valores como a excelência, a amizade e o respeito. Elas não apenas celebram o esporte, mas também incentivam a união entre nações e culturas. As Paraolimpíadas, em particular, têm uma importância vital na luta contra estigmas associados à deficiência, mostrando que a capacidade deve ser celebrada independentemente de limitações físicas. Elas oferecem uma plataforma para atletas com deficiência se destacarem e inspirarem outros, promovendo uma sociedade mais inclusiva.
A visibilidade de paratletas com deficiência é um tema crucial no campo dos esportes e da inclusão social. Apesar dos avanços significativos nos últimos anos, os desafios persistem. Este desenvolvimento teórico abordará as barreiras enfrentadas pelos paratletas, as estratégias para aumentar sua visibilidade e a importância dessa visibilidade para a sociedade. Diversos autores têm contribuído para essa discussão, oferecendo perspectivas variadas e fundamentadas.
Barreiras à Visibilidade dos Paratletas
Os paratletas enfrentam uma série de barreiras que limitam sua visibilidade nos meios de comunicação e na sociedade em geral. Segundo Silva (2018), a falta de cobertura midiática é uma das principais barreiras. Mesmo durante eventos importantes, como os Jogos Paralímpicos, a cobertura é frequentemente limitada e focada em poucos atletas ou esportes específicos. Além disso, a mídia tende a adotar uma abordagem sensacionalista, retratando os paratletas como "heróis" ou "super-humanos", em vez de reconhecer suas habilidades e esforços de maneira equilibrada (Silva, 2018).
Outro desafio significativo é a falta de patrocínios. Marques e Oliveira (2020) destacam que, devido à menor visibilidade, os paratletas têm mais dificuldade em atrair patrocinadores. Isso cria um ciclo vicioso: sem visibilidade, não há patrocínio; sem patrocínio, os paratletas não conseguem recursos para treinar e competir em alto nível, o que, por sua vez, reduz ainda mais sua visibilidade.
Estratégias para Aumentar a Visibilidade
Diversas estratégias têm sido propostas para aumentar a visibilidade dos paratletas. De acordo com Lima (2019), a educação e a conscientização do público são fundamentais. Programas educativos que abordem o esporte paralímpico nas escolas e campanhas de sensibilização podem ajudar a mudar percepções e aumentar o interesse do público.
Além disso, a mídia desempenha um papel crucial. Lima (2019) sugere que os meios de comunicação precisam adotar uma abordagem mais inclusiva e diversificada na cobertura esportiva. Isso inclui dar mais espaço e destaque aos eventos paralímpicos e aos paratletas, e adotar uma narrativa que valorize suas habilidades atléticas sem recorrer ao sensacionalismo.
Outra estratégia é a promoção de parcerias entre organizações esportivas, empresas e governos. Segundo Souza e Ferreira (2021), essas parcerias podem resultar em maior financiamento e suporte para os paratletas, além de campanhas de marketing mais eficazes que ajudem a aumentar sua visibilidade.
Importância da Visibilidade
A visibilidade dos paratletas tem um impacto significativo não apenas para os próprios atletas, mas também para a sociedade como um todo. De acordo com Rocha (2017), quando os paratletas recebem mais atenção e reconhecimento, isso contribui para a mudança de atitudes e percepções em relação às pessoas com deficiência. Isso pode levar a uma sociedade mais inclusiva e igualitária.
Além disso, a visibilidade pode inspirar outras pessoas com deficiência a se envolverem no esporte, promovendo a saúde e o bem-estar. Andrade (2020) ressalta que a representação positiva nos meios de comunicação pode motivar jovens com deficiência a perseguirem seus sonhos e se envolverem em atividades físicas, melhorando sua qualidade de vida.
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Estatuto da Pessoa com Deficiência.
O artigo 4º do referido estatuto é bem claro e prevê expressamente o direito à igualdade de oportunidades e à proibição de qualquer tipo de discriminação.
O estatuto regula os aspectos de inclusão do deficiente como um todo, descrevendo seus direitos fundamentais, bem como prevê crimes e infrações administrativas cometidas contra os deficientes ou seus direitos.
Vários estudos destacam a falta de visibilidade dos paratletas na mídia esportiva em comparação com atletas sem deficiência. Segundo Misener e Darcy (2014), a cobertura midiática de eventos Paralímpicos é significativamente inferior à de eventos olímpicos, mesmo quando ambos ocorrem na mesma cidade e são organizados pelo mesmo comitê.
Além disso, Howe (2011) argumenta que a falta de visibilidade não é apenas uma questão de cobertura quantitativa, mas também qualitativa. A mídia frequentemente apresenta os paratletas de maneira paternalista ou heroica, destacando suas deficiências em vez de suas habilidades esportivas, o que contribui para uma percepção distorcida e limitada dessas pessoas.
Pesquisas de Schantz e Gilbert (2001) indicam que a sociedade em geral tem pouco conhecimento sobre o esporte Paralímpicos e sobre as conquistas dos paratletas, o que perpetua estereótipos e preconceitos. Esses autores sugerem que a visibilidade dos paratletas pode ser aumentada por meio de uma cobertura midiática mais inclusiva e uma maior promoção de eventos Paralímpicos.
A *Teoria da Inclusão Social* também oferece uma perspectiva importante. De acordo com Honneth (1995), a inclusão social envolve o reconhecimento de grupos historicamente marginalizados, como as pessoas com deficiência. No contexto esportivo, a visibilidade e o reconhecimento dos paratletas são essenciais para sua inclusão plena na sociedade.
No Brasil, um país com uma rica história de esportes, a situação não é diferente. De acordo com Lima e Bianco (2020), apesar do sucesso de paratletas brasileiros em competições internacionais, como os Jogos Paralímpicos, a cobertura midiática nacional ainda é limitada e muitas vezes estereotipada. Isso aponta para a necessidade de políticas públicas que promovam a visibilidade desses atletas de forma mais equitativa.
RESULTADOS DA PEQUISA
Foi realizado uma pesquisa de campo, utilizando o google formes, onde ficou disponibilizado nas redes sociais e encaminhado para alguns paratletas sem a necessidade de identificação pessoal, durante o período de abril até julho do corrente ano, onde obtivemos um total de 134 respostas, as quais serão analisadas na sequência.
A maioria (69,4% Sim) dos respondentes acredita que o esporte para pessoas com deficiência é tão competitivo quanto o convencional. Isso sugere uma valorização e reconhecimento da qualidade e intensidade das competições no esporte adaptado. Pode refletir um entendimento de que o nível de habilidade, dedicação e preparação dos paratletas é comparável ao dos atletas sem deficiência.
Uma parcela significativa (30,6% Não) acha que o esporte para pessoas com deficiência não é tão competitivo quanto o convencional. Essa visão pode estar relacionada a uma série de fatores, incluindo estereótipos, falta de informações ou a percepção de que as condições e os recursos disponíveis para os paratletas não são tão avançados quanto os para atletas convencionais.
A discrepância nas respostas pode refletir diferenças na visibilidade e no conhecimento sobre o esporte adaptado. O esporte para pessoas com deficiência, apesar de seu crescente reconhecimento e sucesso, ainda enfrenta desafios significativos relacionados à visibilidade e cobertura midiática. A falta de exposição pode contribuir para a percepção de que ele não é tão competitivo.
SIM (6,7%): Apenas uma pequena fração dos entrevistados acredita que há recursos suficientes.
NÃO (78,4%): A grande maioria dos entrevistados considera que os recursos são insuficientes.
NÃO SEI (14,9%): Uma parcela significativa dos entrevistados não tem certeza sobre a disponibilidade de recursos.
Essa distribuição sugere que o desafio mais destacado entre os paratletas com deficiência no município de Registro/SP é a falta de recursos adequados para o esporte. Essa percepção pode refletir uma realidade onde há limitações significativas em infraestrutura, equipamentos especializados, apoio financeiro ou suporte organizacional para esses atletas.
Prevalência de Respostas Negativas (95,5% NÃO):
A imensa maioria dos respondentes acredita que a mídia não dá a devida atenção aos eventos esportivos para pessoas com deficiência. Este resultado sugere um consenso forte de que a cobertura e a visibilidade na mídia para o esporte adaptado são insuficientes.
A percepção de falta de atenção pode estar relacionada a vários fatores, como a menor cobertura midiática, a falta de destaque e promoção desses eventos em comparação com o esporte convencional, ou a cobertura limitada a eventos específicos e não contínuos.
Baixo Percentual de Concordância (4,5% SIM):
Apenas uma pequena fração dos respondentes acredita que a mídia dá a devida atenção aos eventos esportivos para pessoas com deficiência. Esse pequeno percentual indica que há uma percepção de que a situação é positiva em termos de cobertura midiática, mas essa visão é uma minoria.
Pode haver casos isolados ou melhorias recentes que alguns respondentes percebem como um avanço, mas esses casos não são suficientes para alterar a percepção geral sobre a falta de atenção da mídia.
Prevalência de Respostas Negativas (80,6% NÃO):
A grande maioria dos respondentes acredita que as instalações esportivas não são adequadas para atletas com deficiência. Essa percepção indica um reconhecimento significativo de que as infraestruturas atuais não estão atendendo às necessidades de acessibilidade.
A falta de acessibilidade pode incluir problemas como rampas inadequadas, banheiros não adaptados, falta de equipamentos acessíveis, ou barreiras arquitetônicas que impedem a plena participação dos atletas com deficiência. Esse resultado sugere uma necessidade urgente de revisões e melhorias significativas para garantir que as instalações sejam inclusivas e seguras.
Percentual de Concordância (19,4% SIM):
Um número menor de respondentes acredita que as instalações são adequadas. Este grupo pode ter experiências positivas com instalações específicas que são bem adaptadas, ou pode ter uma percepção mais otimista da situação.
A percepção de que a maioria das instalações não é acessível é um sinal claro de que existem barreiras significativas para a inclusão dos atletas com deficiência. Isso pode afetar não apenas a participação dos atletas em eventos esportivos, mas também o seu treinamento e desenvolvimento.
Com base nas respostas obtidas, parece haver uma percepção ampla de que não há oportunidades equitativas para atletas com deficiência em comparação com atletas convencionais. Apenas 8,2% das respostas indicam que sim, enquanto uma grande maioria de 91,8% acredita que não há igualdade de oportunidades.
Essa percepção de desigualdade pode estar relacionada a vários fatores. Atletas com deficiência frequentemente enfrentam desafios adicionais que vão além das questões físicas, como a falta de visibilidade e suporte. Eles podem ter acesso limitado a recursos e oportunidades de treinamento comparados aos atletas convencionais. A cobertura da mídia e o patrocínio também costumam ser desproporcionais, o que contribui para uma menor visibilidade e reconhecimento para os paratletas.
Além disso, no contexto específico do município de Registro/SP, pode haver barreiras estruturais que afetam negativamente os atletas com deficiência, como a falta de instalações adaptadas e acessíveis. Essas barreiras podem ser um reflexo de uma realidade mais ampla, onde o suporte e a infraestrutura para paratletas são insuficientes em comparação com os atletas convencionais.
Primeiramente, a baixa porcentagem de atletas que enfrentaram desafios específicos (9,7%) pode indicar que, entre aqueles que competem, a maioria já está bem adaptada ou encontrou formas de superar os desafios relacionados à deficiência. Esses atletas podem ter acesso a suporte e recursos adequados, ou desenvolveram estratégias eficazes para lidar com as barreiras que encontram. No entanto, essa porcentagem ainda representa um número considerável de indivíduos que experimentam dificuldades relacionadas à sua deficiência, o que pode sinalizar áreas onde melhorias são necessárias.
A alta porcentagem de respostas "Não me enquadro nessa situação" (86,6%) sugere que a maioria dos participantes pode não estar envolvida ativamente em competições esportivas, o que pode limitar a experiência direta com os desafios específicos relacionados à deficiência. Isso pode ocorrer por várias razões, como falta de interesse, ausência de oportunidades de competição, ou barreiras estruturais e institucionais que impedem a participação efetiva.
O fato de apenas 3,7% dos respondentes não terem enfrentado desafios específicos pode indicar que para uma pequena fração de atletas com deficiência, a competição esportiva pode ocorrer com um nível de equidade maior, possivelmente devido a condições favoráveis ou suporte especializado.
Esses dados apontam para a necessidade de uma compreensão mais profunda dos motivos pelos quais a grande maioria dos participantes não se enquadra na situação de competição. Pode ser necessário explorar questões como acessibilidade, oportunidades de treinamento e suporte institucional para garantir que mais atletas com deficiência possam participar efetivamente e enfrentar menos barreiras.
Percentual de Respostas Positivas (73,9% SIM)
A maioria dos respondentes acredita que as regras dos esportes para pessoas com deficiência são justas e equitativas. Isso sugere que, para a maior parte dos participantes, as regras são vistas como adequadas e bem elaboradas para garantir uma competição justa entre os atletas.
Percentual de Respostas Negativas (26,1% NÃO):
Uma proporção considerável de respondentes acredita que as regras não são justas e equitativas. Esse percentual pode indicar preocupações sobre como as regras são aplicadas ou sobre a adequação das adaptações feitas para garantir a equidade.
Prevalência de Respostas Positivas (95,5% SIM):
A grande maioria dos respondentes acredita que a inclusão no esporte para pessoas com deficiência tem melhorado ao longo do tempo. Este resultado sugere um reconhecimento generalizado de avanços positivos em relação à inclusão e participação de paratletas.
Percentual de Respostas Negativas (4,5% NÃO):
Uma pequena porcentagem dos respondentes acredita que a inclusão não tem melhorado. Esse grupo pode ter uma perspectiva diferente, talvez devido a experiências pessoais ou observações que indicam que a progressão não tem sido tão significativa quanto sugerido pela maioria.
A questão sobre o conhecimento da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) revela uma distribuição significativa entre os respondentes: 44,8% afirmaram conhecer a lei, enquanto 55,2% não têm esse conhecimento.
Essa divisão indica que mais da metade dos respondentes não está familiarizada com uma legislação crucial para a inclusão e os direitos das pessoas com deficiência no Brasil. A Lei Brasileira de Inclusão, promulgada em 2015, é um marco legal fundamental que visa promover a igualdade de oportunidades e garantir os direitos das pessoas com deficiência em diversas áreas, incluindo acessibilidade, educação, saúde e participação social.
Alta Percentagem de Respostas "NÃO" (90,3%):
A grande maioria dos respondentes acredita que a visibilidade dos paratletas com deficiência não é adequada em sua comunidade. Isso indica uma percepção generalizada de que os atletas com deficiência não estão recebendo a atenção, o reconhecimento ou o apoio necessário.
Percentual de Respostas "SIM" (9,7%):
Um pequeno grupo de respondentes acredita que a visibilidade é adequada. Esse percentual pode refletir uma percepção de que, em algumas áreas específicas ou contextos, os paratletas estão recebendo a atenção e o reconhecimento necessários.
Entrevista com a Paratleta Daniele Vitória da Silva Costa, 20 anos, deficiente física congênita e deficiente auditiva, residente na cidade de Registro/SP. A seguir as respostas na Íntegra.
Você treina aqui no Vale ou em outro lugar?
R: “Eu treino aqui, né? Lá na minha cidade mesmo. Treino aqui na minha casa e tenho o apoio da ACER daqui de registro, onde eles forneceram para mim a academia, a pista e a piscina. Então eu uso sim a pista. Treino lá. E treino na minha casa. Só que varia. Às vezes eu não estou aqui. Então eu treino em São Paulo, no Centro de Treinamento Paraolímpico ou Treino em Santos, que a minha equipe é de lá. Equipe FastWills. Então, eu treino em Santos. Esses três lugares que eu treino.”
Você recebe algum incentivo do município?
“Eu recebo. Em relação a apoio, não em si, Registro. Eu recebo o apoio que tem por aqui, pela região das cidades em volta. Isso da cidade, da cidade é mais em Registro do que as outras regiões. Então eu recebo o apoio daquele registro.
O apoio, por exemplo, nutricionista. Eu recebo o apoio dele, eu recebo o apoio do quiropraxista. Então, assim, em relação a município referente, não sei qual o sentido, mas referente a prefeitura eu não recebo. Eu recebo o apoio de vários lugares da cidade.”
Qual o impacto que ser atleta tem em sua vida?
R: “Qual o impacto? Ela é grande. Bom, me ajudou muito. Ela me ajuda muito em relação a vida financeira. Na verdade, ela me impactou. Ser paratleta me impactou em vida financeira. Me ajudou em relação a coisas que eu precisava dentro do esporte que é suplemento, alimentação. Isso é caro, né? Pra você suprir. Então, isso me ajuda. E qual o impacto que ser paratleta tem em sua vida? Ah, o amor! Eu tenho um amor muito grande em relação ao esporte que eu faço. É muito prazeroso para mim. Não, não só o dinheiro, não só o financeiro e sim o amor que ela tem, o que eu tenho por ela. Isso me impacta muito. E também o apoio da família, o apoio da família, eu tenho bastante. É isso.”
Recebe alguma bolsa para praticar?
R: “Sim, recebo bolsa. Como eu disse, eu recebo o Bolsa Atleta. O Bolsa Atleta é nacional porque tem várias etapas. Como eu disse, lá tem várias etapas do Bolsa. Então eu recebo o Bolsa Atleta nacional e recebo o bolsa do time em São Paulo, que que é o que só pega pessoas, só os melhores atletas do Brasil. E também recebo o Bolsa Atleta da cidade de Santos, que é uma equipe de lá.”
O que te incentivou a começar no esporte?
R: “Minha família, minha família, minha mãe, meu pai me incentivou, não relacionado assim, a praticar esse esporte, mas me incentivou assim mais, porque eles começaram, eles começaram. Foi através deles que eu comecei o esporte que eles competiam. Eles corriam, faziam várias competições aqui no Vale, né? Mas não era a parte do atletismo, era a corrida de rua. Então, dez km, cinco km. E sempre eles levavam os filhos. Eu era pequena ainda. Sempre levava os filhos e eu via ali eles correndo e eu queria correr. Mas pra mim era uma brincadeira. Eu queria correr. Ai fui correr. Só que aí eu. Eu me limitavam, me limitavam. Porque não tinha pessoas com deficiência para correr e que eu não podia correr. Não podia. Ah, você não pode correr porque você é deficiente. Ok. E aí eu só olhava eles, assistia. Passou um tempo, eles deixavam já eu correr junto com as crianças, mas não eram deficientes. Só eu que era a única deficiente lá no grupo. E aí eu fui correndo, fui correndo, peguei um gosto através deles, né? Falei olha, é legal, interessante. Vou continuar. Continuei e continuei. E aí eu em 2011, eu, meu pai foi foi buscar um amigo nosso, que também é deficiente. Inclusive, ele já voltou para cá. Caso vocês queiram, eu posso entrar em contato com ele. Depois ele voltou para cá. Então ele tem várias histórias para contar referente ao esporte. Então aí meu pai foi em Bauru buscar ele, porque ele tinha competido anteriormente. Antigamente ele era da nossa equipe, né, da equipe Fastwills. E aí meu pai foi buscar ele. E eu adoro viajar. Quando eu era criança eu adorava. Inclusive, eu adoro. Hoje adoro viajar. E eu fui e falei pai, quero viajar. Ah, você não pode porque tem escola. Falei Ah, mas eu quero. Não, você tem escola. Falei Ok, eu vou pra escola. Acordei de manhã. Meu pai acordou e falou Danielle, você quer ir? Eu falei Opa, eu vou agora, eu vou agora. Eu me arrumei e fui com ele. Cheguei lá, encontrei meu atual técnico e ele olhou e falou Nossa! E falou para o nosso amigo, falou Nossa, Francis, você tinha uma joia rara lá na sua cidade e você não falou nada? Porque tanto tempo que o Francis estava na equipe e não falou que tinha uma outra pessoa com deficiência com potencial na cidade aqui de Registro. Ele falou nossa, que legal, entrou em contato comigo, conversou mais sobre a equipe e convidou eu para entrar na equipe dele, que é de Santos. E estou lá até hoje. Então, aí em 2015 eu já iniciei nos Jogos Escolares pela Escola de Registro, mas representando a equipe também de lá. E assim foi até hoje. Então faz dez, vai fazer dez anos que eu tô no esporte. Então, o que me incentivou no começo foi meus pais para eu estar aqui, foi minha família.
Você disse que recebe o patrocínio. Seria mais da Bolsa Atleta?
R: “Uhum. Sim. Bolsa Atleta. É referente ao esporte que eu faço também. Não é qualquer um. Tipo, eu não sei. Eu não posso chegar aqui e falar Olha, o mesmo valor que eu recebo, o outro atleta recebe. Eu não sei, mas segundo as informações, é um bolsa atleta federal é no geral, então, acredito eu que seja o mesmo valor para todos.”
Você sabe se o Comitê Paraolímpico Brasileiro oferece cursos de capacitação para as outras pessoas que precisam desse apoio?
R: “Então se no site, no próprio site se vocês analisarem lá vocês tiverem também curiosidade, depois de querer saber mais dentro do site tem uma parte que é curso. Nesse curso eles te, tipo vários cursos, eles jogam vários cursos, curso de capacitação, curso para o tipo de modalidade que você quer. Tipo tem natação, curso para natação, curso para atletismo, curso para parabadminton. Então assim sim, eles fornecem cursos gratuitos para pessoas que querem se aprofundar nessa área.”
Para as pessoas também, Tipo não só para os atletas, mas para as outras pessoas também são oferecidas esses cursos?
R: “Sim, sim, inclusive é separado. Para o atleta tem o cidadão atleta, atleta, cidadão, ao contrário, atleta cidadão. Onde o paratleta consegue ir lá fazer um curso ou tentar, através do atleta cidadão, entrar numa faculdade para ele poder conseguir alguma coisa. Não só o atleta também focar no cidadão, né? Então eles separam, tem o atleta, tem o atleta cidadão só para atletas. E tem também um curso para as pessoas se aprofundarem nessa área.”
Você acha que o esporte para pessoas com deficiência é tão competitivo quanto para as pessoas quanto o esporte convencional?
R: “Ah, tá, sim. É competitivo. É assim referente a medalhas, né? Se você pegar, pesquisar o a Paralimpíadas e a Olimpíada do ano de 2021, que foi na pandemia, você vai ver a quantidade e a porcentagem de medalhas que um Olímpico e um paralímpico conseguiram. Então assim, entra uma competitividade, porque é igual o professor falou, mas como que o Olímpico recebe mais e um paralímpico recebe pouco? Não entendemos até hoje, né? Fala a verdade. Mas, eu acredito eu que é nessa parte do visibilidade. Porque o paratleta, ele tem toda essa dificuldade, mas mesmo assim ele consegue ultrapassar. Ele consegue ir em busca. Ele não faz com que a sua deficiência seja uma necessidade, seja uma dificuldade para ele naquele momento. Então ele vai e faz o seu trabalho. Ele faz o que precisa fazer e a força de vontade entra na parte da competitividade. O Olímpico, eu não posso dizer muito, porque eu não estou lá dentro, mas a gente vê nessa parte de visibilidade, a competitividade é muito. O Olímpico eles recebem muito, muito do que um paralímpico. Entra também a competitividade na relação do financeiro e também dentro da competição. Só que você vê na parte financeira. O Olímpico recebe mais, só que dentro, para jogar ali, recebe pouco, ganha pouco. Já o paralímpico ganha mais na competição e recebe pouco. Então é isso. Há sim, uma competitividade entre o paralímpico e o Olímpico. Só que a competitividade, não quero que seja assim a nossa. São rivais? Não. A competitividade que eu falo é dentro deles, mas fora entre eles. Não, não há. Não tem assim, nossa só o Olímpico. Como que eu possa dizer? É um. Ai, fugiu agora o que eu ia dizer? Mas enfim, não há competitividade entre os dois e sim dentro deles.”
Como você acha que seria possível aumentar a visibilidade para os paratletas e para as Paraolimpíadas? Você, assim como paratleta, como você acha que poderia aumentar a visibilidade?
R: “Incentivo, incentivo, apoio, né? O apoio que dão para um Olímpico poderia, da mesma forma, dar esse apoio para um paralímpico. Não há competitividade, não há a nossa, o Olímpico é só porque é uma pessoa normal é bem melhor do que um paralímpico. Não pode ter essa, esse tipo de diferença. Não pode ter essa diferença. Tem que ser igual. Tem que ser o tal da inclusão, que não é inclusão. É isso que é, tá mais pra exclusão do que inclusão. Então seria bom essa inclusão. O mesmo apoio, é o que a gente fala olhadores é a pessoa que é um patrocinador, uma empresa que vê aquele atleta e patrocina ou dá algum suporte para ele, o mesmo suporte, o mesmo patrocínio que dá para um Olímpico, poderia muito bem dar um pouco para o paratleta também, porque eles estão fazendo a mesma coisa. A diferença é a deficiência. Mas isso não impacta. Então assim, o que poderia fazer é isso: Apoio, incentivo em relação às Paralimpíadas que aparecem na TV. Da mesma forma que aparece na TV, na Globo, por exemplo, que é o mais de todas as TV, o que mais de todas as emissoras, o que mais impacta é a Globo. Se a Globo, se vocês perceber, já estão começando a dar comercial para os Olímpicos. Depois que acabar, vocês não vão ver o paralímpico. Parece que não. Não, não existe. Não está acontecendo. É nada. Só o Olímpico. Acabou. Pronto. Fecha a cortina e acabou. Mas por que não dá essa visibilidade para nós, então? Se a gente dá o que mais dá resultado é nós? Não querendo ser o melhor, mas se você for ver, é o que dá mais resultado. Nossa, então quer dizer que o Olímpico não treina? Treina. Só que não sei como que é o treinar deles. Não tô lá, mas a gente supre, a gente é, sei lá. Dá o nosso a mais, entendeu? Para conseguir o resultado. Eu acho que assim, talvez as TV no geral, não só a Globo. Eu dei um exemplo, mas não é só a Globo. A TV no geral, é abrir a portas para os Paralímpicos. Não só mostrar quando é em eleição. Não só mostrar quando acontece algo importante. Por exemplo, a gente ganha lá o resultado. A Globo só pega o que a gente conseguiu e falou. Os paratletas conseguiram uma porcentagem, um número maior que lá fora. Não, não só mostra o que aconteceu durante isso. Pega o mês de agosto, agosto e setembro, que é o mês das Paralimpíadas, o mês da turma da Paralimpíadas e mostra que vai dar mais e mais pessoas que vão, crianças que vão conseguir, que são deficientes, ver futuros. Ele vê um futuro para eles e vê, falou Nossa, que legal! Um outro paratleta. Legal, Se ele pode, eu também posso. As crianças vão ficar felizes com isso e vão querer fazer também lá no futuro. E também as empresas vão ver e vão falar: Nossa, que legal um potencial desse atleta! Olha que legal um grupo do vôlei. Vamos ajudar, vamos dar um apoio. Eu acho que é isso. É mais incentivo e abrir as portas para tanto o paratleta quanto para o olímpico.”
Você acha que há recursos esportivos suficientes disponíveis para os paratletas?
R: “Suficiente? Não. Não, porque a gente, como eu disse, a gente precisa muito. Muitas coisas. Por exemplo, os nossos equipamentos, né? A gente não gasta só em viagem. A gente não gasta só em comida, alimentação. Também tem os nossos equipamentos. Eu acho que essa diferença também entre em relação ao Olímpico e o paralímpico. O Olímpico, ele vai gastar, ele vai gastar, mas ele vai gastar com uma sapatilha. É um equipamento? Sim, é um equipamento. Só que o dele, se você perceber, é pouco do que um paratleta, um paratleta, um cadeirante de corrida. Nossa, ele tem que ir para fora para conseguir ajustar a cadeira dele. E a fortuna que ele paga. Meu, é muito alto, é muito. Então não dá para ter, suprir com o que a gente recebe. Então, os recursos que a gente recebe são poucos, são poucos. Não sei se eu consegui responder claramente.”
A mídia dá a devida atenção?
R: “Olha a mídia, eu não sei o que acontece, falar a verdade, porque como eu disse, engraçado, eles dão apoio, eles dão... A mídia dá foco para um olímpico, mas não foca o paralímpico. Tá na mesma-No mesmo país? Eu não sei se lá fora também é a mesma coisa, mas acredito eu que não. Porque, por exemplo, os Estados Unidos, mesmo tendo toda a sua dificuldade, mesmo tendo o preconceito que a gente diz, né, ter um olímpico com paralímpico. Mas se você perceber, eles também mostram. Lá eles mostram. Não muito também? Não. Mas pelo menos mostra. Pelo menos o pessoal sabe quem é. Então, assim, eu acho que a mídia devia mostrar mais. Devia mostrar mais, porque mostrando mais, tem mais apoio, tem mais ajuda. Então é isso, a mídia devia mostrar mais.”
Você acha que as instalações esportivas são acessíveis suficiente para os paratletas?
R: “Aonde eu mesma treino? Não, não há. Não há acessibilidade que posso falar: Nossa, legal! Consigo me locomover. Porque assim eu penso a acessibilidade em mim e nos outros que é um cadeirante, um visual, um paralisia cerebral, que é o PC, né? Então, assim, eu vejo que não. Não, não há. Não só ali na ACER, porque eu treino na ACER e treino na minha casa. Na minha casa, eu até entendo, né? Porque assim não ter acessibilidade. Porque? Porque primeiro que é do Estado. Aonde eu moro é uma fazenda do Estado, né? Cuida de búfalo. Então, assim, não tem como eu chegar e falar para o chefe do meu pai: E aí quero uma acessibilidade aqui. Não tem como, porque ele vai ter que jogar para o governo. Governo vai falar: Ah, só um. Então tchau. Não tem como. Mas eu consigo. Eu consigo adaptar onde eu moro. Os treinos eu consigo adaptar. Mas referente ao município, a cidade, aqui eu vejo que precisa mais de acessibilidade. Até o local onde eu treino, por exemplo, eu pego o ônibus, né? Então, assim, o ônibus legal tem um assento ali para um deficiente? Tem. Acho que vai até da pessoa, né? As pessoas estão muito ignorantes. Fala a verdade, porque vê. Por exemplo, eu às vezes eu tô de shorts ou de legging, a pessoa vê que eu sou deficiente, dá uma olhada, aquela, aquela olhada e não levanta pra nada. Eu falo: Meu Deus, por quê? Por que olha então? Olhou. Ah! Desculpa. Eu sentei no seu lugar. Quer sentar, né? Não só eu, como os idosos também. Eu percebo que as pessoas não estão nem aí. Ai, eu cheguei primeiro. Então, assim, no ônibus, tá tranquilo agora. Até o local andando. Precisa porque tem buraco? Tem. No asfalto, No asfalto. Assim tem rachadura. Isso, querendo ou não, atrapalha um deficiente. Um cadeirante. Se for um buraco, ficou. Então assim precisa mesmo. Até o local do meu treino. Já o Centro de Treinamento Paralímpico. Assim, as pessoas lá, eles vão de carro, né? Isso que eu já percebi ou de ônibus eu já fui de ônibus no-do local onde eu estava, até o Centro de Treinamento Paralímpico e já percebi também que assim, lá eles tem um ônibus que só não, não só para nós, mas eles tem um ônibus que aquele ônibus ele vai direto, ele vai entrar lá dentro do Centro Treinamento Paralímpico. Então as pessoas que estão dentro, eles vê que tem deficiente. Eles Opa, pode sentar. E também o a, vai um micro, né? Um micro-ônibus e o espaço que ele tem dentro é diferente daqui, é bem maior, então tem como um cadeirante, dois, três, cinco cadeirantes ficar no local e a parte da frente ali, sentar a parte de trás dali dos assentos, sentar mais atletas, mais paratletas. Então assim, eu entendo que em São Paulo eles conseguiram suprir as necessidades em relação a acessibilidade. Chegando no centro de treinamento, você já vê que tem um um, ai esqueci. Nossa, é um tátil, é tátil né? Desculpa gente. Um piso tátil para o visual se locomover. Tem uma rampa para o cadeirante, tem como um deficiente físico uma pessoa física andar. Então tem lá dentro, a gente vê que tem. Tem acessibilidade, sim.”
Você acha que há oportunidades iguais para os paratletas em comparação com os atletas convencionais?
R: “Não há oportunidades iguais. Porque é referente também a pessoa, né? Primeiro eu falo a pessoa, depois a deficiência. Então, referente a pessoas, são diferentes as oportunidades. Porque, por exemplo, um atleta, um paratleta de pódio que vive pro mundo aí e representa o Brasil, ele recebe o valor, mas não recebe, tipo trabalho que a gente fala. Empresas, por exemplo. Hum. Um comercial, né? Seria bom, Interessante. Bom, um atleta paralímpico fazendo um comercial. Então, assim as oportunidades são diferentes. Um olímpico. Se você perceber, ele aparece mais na mídia do que um atleta paraolímpico. Nas redes sociais você vai perceber a pessoa que aparece é mais olímpico do que um paralímpico. Principalmente no futebol, né gente? Futebol parece que é o mais, o centro do foco, o centro do universo. Nossa! Meu Deus! Assim, não querendo desprezar o futebol, mas também seria interessante colocar todos, já que aparece um. Porque futebol é esporte. Então por que que não aparece os outros esportes? Então, seria interessante. Tanto no Olímpico quanto o paralímpico, ter oportunidades iguais. Óbvio que não vai ser igual que eu falo, é um comercial ou uma empresa chegar e falar: Olha, a gente vai dar uma cadeira para você. Um olímpico não vai conseguir ter uma cadeira. Então, assim que seja igual em relação de apoio, de desculpa, de oportunidades. Se você recebeu essa oportunidade, eu também gostaria de receber. Ah, mas não tem como. Adapta. Adapta esse. Essa oportunidade, então. Enfim, respondendo a sua pergunta, a oportunidade não são iguais, são diferentes e são poucas.”
Você teve desafios específicos devido a sua deficiência ao competir em esportes?
R: “Dificuldade no esporte? Olha, no começo. É, no começo. Lá quando eu comecei a gostar do esporte em relação a corrida, né? Porque antigamente, antes eu não sabia que existia atletismo. Não sabia. Tipo eu-eu sabia que eu era deficiente, mas eu não sabia, não tinha informação ou conhecimento - Também eu era criança, mas eu não sabia. O conhecimento, assim que tinha outros deficientes, eu não sabia. Eu não sabia nem que tinha Paralimpíadas para o deficiente. Então, assim, no começo, a cidade também com mente pequena, não deixou eu competir. Então, isso eu vejo como uma dificuldade. Já no início é a pessoa me limitar. Falar: Não, tá proibida. Não pode competir. Tá, mas por que que eu não posso? Se eu consigo correr como todo mundo, não é a minha deficiência que vai me limitar. Nossa, ela é deficiente e não pode, não pode cair? Pode. Não, se cair é consequência, todo mundo cai. Então, isso já foi um impacto para mim de início. Depois, passando o tempo, quando definitivamente eu entrei no atletismo. Quando eu entrei no atletismo, eu já tive uma dificuldade em relação de não ter pista aqui na cidade, né? Antigamente tinha uma pista de atletismo ali no Mário Covas. Ali tinha uma pista. Agora não tem mais. E também não sei quando vai voltar a ter. Então, assim já era uma limitação para mim, já era uma dificuldade, porque quando a gente começa a treinar referente ao atletismo, a gente precisa do quê? A gente precisa de uma pista de borracha para a gente poder treinar. E aqui na minha cidade, não tem. Então, pra mim já foi uma dificuldade no início, no próximo decorrer do tempo ali. Então, eu treinava na minha casa, na minha casa é estrada de barro junto com pedra. Então, eu treinava- antes eu não tinha a lâmina profissional, não tinha. Eu corria com uma dessa de madeira ainda, não era toda de ferro assim, era de madeira. Então, eu corria, caía toda hora, me machucava, ralava. Mas isso, também não era um motivo para mim parar. Então, eu sempre tive essa dificuldades que você especificou, essas são minhas dificuldades. Dificuldades no treino, dificuldades também de poder viajar, né? Porque quando a gente viaja, primeiro que a gente não pode ir sozinho devido a nossa deficiência, não pode porque senão as pessoas não vão entender e vai cair mal muvuco. E também em relação a acessibilidade, que não tem quando a gente vai viajar de um local pra outro. E é isso, então os meus desafios eram isso. Em relação a financeira, nossa, no início era difícil porque tinha que comprar – eu tinha um sonho, um sonho enorme de, de ter uma lâmina. Então, quando você tem um sonho, toma cuidado quando você vai pedir um sonho pra Deus, você especifica seu sonho. Por que? Quando eu fui pedir, eu falava: Ai, Deus, eu quero uma lâmina, eu quero uma lâmina, eu quero uma lâmina. Tá, legal. Na minha mente eu sabia como era uma lâmina, mas eu não conseguia expressar isso, eu só falava: Quero uma lâmina. Se Deus quiser, eu vou conseguir realizar esse sonho. Eu quero uma lâmina. Em 2017, não, desculpa. Em 2018, eu realizei o meu sonho de ter uma lâmina. Só que não era a lâmina que eu sonhava ou queria. [...] Graças a Deus com o apoio da vaquinha, com o apoio das pessoas daqui de Registro, não só daqui como dos outros estados e de fora também, me ajudaram a conseguir a comprar a lâmina que eu tanto queria, tanto sonhava. Então, em relação a desafios, dificuldades, eu tive essa dificuldade. [...]”
Você acredita que as regras no esporte para as pessoas com deficiência são justas e iguais em relação aos atletas olímpicos?
R: “Assim, quando a gente vai pra fora competir uma olimpíada, paralimpíada, eles sempre tentam – as regras são iguais. Lá são igual. Por que? Porque não tem como você, ainda mais regra, né? Não tem como você colocar, ah, a sua regra vai ser essa e sua regra vai ser essa. Mas como que minha regra é essa, e a outra dela? Não tem como. Tem que ser igual. Então, sim. As regras referente lá fora, uma olimpíada e uma paraolimpíada, são iguais. A diferença é adaptação. Porque não tem como ser totalmente igual para um paratleta, sabendo que ele é paratleta. Não o olímpico. Então, pequenos detalhes que eles pegam pra entender a dificuldade, né? [...]. Então, as regras são e não são iguais. Tem algumas coisas que referente – em relação ao paratleta, tem que ser diferente, não pode ser totalmente igual.”
Você sente que a inclusão para os paratletas em relação aos atletas convencionais tem melhorado ao longo do tempo?
R: “Então, comparando lá em 2008 com 2024, sim. Teve, sim uma evolução referente à visibilidade, eu não posso ser totalmente e falar: Não, não tem visibilidade. Tem, mas o que tem também é pouco. Precisa mais? Precisa ser mais. Mas, o que tem também é bom, pelo menos. Da pra dizer que eles vê. [...]
Mas isso é só com nós (paratletas), porque se você for ver pela TV ou ver no Brasil, você vai ver que não tem. Você fala: Nossa, é só o olímpico. [...] Mas em relação ao geral, tem que aumentar mais a inclusão. Em relação a cidadão, tem que aumentar mais também. [...] Tem que aumentar mais, tem que aumentar mais. Só isso.”
Você acha que os patrocinadores estão interessados no esporte para os paratletas quanto no esporte convencional?
R: “É como eu disse lá no início, depende. Depende, porque um patrocinador ele vai querer aquela pessoa que leve a marca dele, que leve alto, não leve baixo. Não quer que uma pessoa que não tem muita visibilidade. Pessoas que não tem muita visibilidade não vai ser mostrada como uma pessoa que tem alto. Por exemplo, se o Usain Bolt fosse um brasileiro, meu Deus. Estaria no mundo. [...] Vários patrocinadores iam com ele, iam várias vezes. Por que? Porque ele é Usain Bolt. Eles tem um legado. Agora, um paratleta, vocês conhecem o Petrúcio Ferreira? Entendeu? Não tem como – mas o Usain Bolt vocês conhecem? Você entendeu? Um convencional com um paralímpico eu acho que os patrocinadores em relação a mídia também, mostrar mais. E pegar mais eles também, porque nós também damos resultados, nós também fazemos o mesmo trabalho, nós também treinamo direto, com sol e chuva, chuva e sol, com frio, calor. Tamo todo mundo ali treinando. Fazendo as coisas por amor, né? Óbvio que tem pessoas também que fazem só pelo dinheiro, não só pelo dinheiro, pelo dinheiro porque é a única coisa que ele tem pra se sustentar. Então, os patrocinadores deviam sim, se interessar mais pelos nossos paratletas. Não só nós, e sim todo um conjunto. Então, eu acho que os patrocinadores não são muito interessados com nós. Só estão interessados se você estiver no auge, e olhe lá. Se você não estiver no auge, você não for conhecido, dá na mesma.”
Qual modalidade você pratica?
R: “Minha modalidade é o atletismo, atletismo no geral, né. [...] Minha modalidade é atletismo, eu faço as provas de 100 metros e 200 metros da classe T64 (é para atletas com ausência de uma das pernas abaixo do joelho).”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As paratletas enfrentam uma visibilidade significativamente menor em comparação com os concorrentes. Apesar de conquistarem um número maior de medalhas, o reconhecimento e a atenção da mídia que recebem são reduzidos. O cenário dos patrocínios é desigual, com as atletas competitivas recebendo apoios financeiros mais substanciais. Embora haja um discurso frequente sobre a importância da acessibilidade e a necessidade de locais mais inclusivos, na prática, muito pouco é implementado para garantir essas melhorias. A diferença no reconhecimento é clara: os atletas convencionais gozam de maior visibilidade do que os paratletas.
Essa disparidade é evidenciada na cobertura midiática dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Enquanto as Olimpíadas são transmitidas amplamente em vários canais de TV e no YouTube, as Paralimpíadas são limitadas a uma transmissão restrita, como foi o caso em que apenas o SporTv 2 exibiu os eventos, e a Globo se limitou a divulgar os resultados das medalhas. Além disso, o número de paratletas brasileiros é consideravelmente maior do que o de atletas casuais, o que agrava a percepção de que eles ainda lutam por mais reconhecimento
Em Registro/SP, os desafios enfrentados pelas paratletas refletem uma realidade nacional. A falta de visibilidade e reconhecimento impacta diretamente a motivação e o desenvolvimento desses atletas. É crucial que sejam tomadas medidas inovadoras para garantir a equidade na cobertura midiática, patrocínios e oportunidades de treinamento. O investimento em infraestrutura acessível e campanhas de conscientização pode transformar essa realidade, promovendo uma inclusão verdadeira e fidelidade. Só assim poderemos garantir que os paratletas recebam o respeito e a visibilidade que merecem, não apenas como esportistas, mas como símbolos de superação.
Propostas para Atender à Demanda de Visibilidade de Paratletas com Deficiência no Município de Registro/SP
Criação de Eventos Esportivos Inclusivos:
Descrição: Organizar competições e torneios específicos para paratletas, além de incluir categorias para pessoas com deficiência em eventos esportivos existentes.
Justificativa: Esses eventos promovem a inclusão e destacam o talento dos paratletas, atraindo a atenção da mídia e do público.
Campanhas de Sensibilização e Conscientização:
Descrição: Desenvolver campanhas educativas nas escolas, empresas e na comunidade em geral sobre a importância do esporte para pessoas com deficiência.
Justificativa: Aumenta a compreensão e o apoio da população em relação aos desafios e conquistas dos paratletas, gerando maior visibilidade.
Parcerias com Mídia Local:
Descrição: Estabelecer colaborações com jornais, rádios e TVs locais para cobrir eventos e histórias de paratletas.
Justificativa: A mídia tem um papel fundamental na divulgação de histórias inspiradoras e no aumento da visibilidade de causas sociais.
Apoio e Incentivo Financeiro:
Descrição: Criar programas de incentivo financeiro, bolsas e patrocínios para paratletas e clubes esportivos que os apoiam.
Justificativa: Proporciona os recursos necessários para a preparação e participação em competições, além de valorizar e reconhecer o esforço dos atletas.
Infraestrutura Adequada:
Descrição: Investir em instalações esportivas acessíveis e adaptadas para a prática de diversas modalidades por paratletas.
Justificativa: A infraestrutura adequada é essencial para o desenvolvimento dos paratletas e para a realização de eventos esportivos de qualidade.
Programas de Capacitação para Treinadores e Profissionais:
Descrição: Oferecer cursos e workshops para capacitar treinadores e profissionais do esporte para trabalhar com paratletas.
Justificativa: Profissionais capacitados são fundamentais para o desenvolvimento técnico e psicológico dos paratletas, melhorando seu desempenho e visibilidade.
Criação de Grupos e Associações de Paratletas:
Descrição: Fomentar a criação de associações ou grupos de paratletas para promover a união, troca de experiências e defesa de interesses comuns.
Justificativa: A organização coletiva fortalece a voz dos paratletas e facilita a busca por apoio e visibilidade.
Projetos de Inclusão Social e Esportiva:
Descrição: Desenvolver projetos que integrem o esporte como ferramenta de inclusão social para pessoas com deficiência.
Justificativa: Além de promover a saúde e bem-estar, esses projetos ajudam a mudar a percepção da sociedade sobre a capacidade e o potencial das pessoas com deficiência.
Participação em Redes e Eventos Nacionais e Internacionais:
Descrição: Incentivar a participação de paratletas de Registro em competições e redes de paradesporto nacionais e internacionais.
Justificativa: A participação em eventos maiores amplia a visibilidade e as oportunidades de intercâmbio e aprendizado.
Reconhecimento e Premiações Locais:
Descrição: Instituir prêmios e reconhecimentos para paratletas em cerimônias locais.
Justificativa: O reconhecimento público valoriza os esforços dos paratletas e inspira outros a se envolverem no esporte.
Implementar essas propostas pode aumentar significativamente a visibilidade dos paratletas com deficiência em Registro/SP, promovendo inclusão, reconhecimento e respeito.
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1 Discente do Curso Mtec PI Administração - ETEC de Registro
2 Docente do Curso Mtec PI Administração - ETEC de Registro