DESAFIOS DOS DOCENTES NA INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO CURRÍCULO ESCOLAR: OBSTÁCULOS DO USO DAS TECNOLOGIAS

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.16938392


Eliane de Moura Alves Linhares1


RESUMO
Esta pesquisa bibliográfica teve como tema: Desafios dos docentes na inserção das tecnologias digitais no currículo escolar: obstáculos do uso das tecnologias. Dessa forma, tem por objetivo analisar os principais desafios enfrentados pelos docentes na inserção das tecnologias digitais no currículo escolar, identificando os obstáculos estruturais, pedagógicos e formativos que dificultam sua efetiva integração às práticas de ensino. A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica através da sistematização de artigos pesquisados, dissertações e teses. Os materiais foram pesquisados no google acadêmico, biblioteca de dissertações e teses e na proposta da Webquest. A pesquisa está baseada no referencial teórico estudado na disciplina: Princípios de Design Curricular, que consiste em fundamentos teóricos, metodológicos e pedagógicos que orientam a organização, estruturação e desenvolvimento de um currículo educacional. Assim, a integração das tecnologias ao currículo não deve ser vista como um fim em si mesma, mas como um meio para ampliar as possibilidades de aprendizagem e promover a transformação da escola em um espaço verdadeiramente inclusivo e inovador.
Palavras-chave: Desafios. Currículo. Tecnologias Digitais. Aprendizagem

ABSTRACT
This bibliographic research had as its theme: Challenges faced by teachers in the insertion of digital technologies in the school curriculum: obstacles to the use of technologies. Thus, it aims to analyze the main challenges faced by teachers in the insertion of digital technologies in the school curriculum, identifying the structural, pedagogical and formative obstacles that hinder their effective integration into teaching practices. The methodology adopted was bibliographic research through the systematization of researched articles, dissertations and theses. The materials were researched on Google Scholar, the dissertation and theses library and the Webquest proposal. The research is based on the theoretical framework studied in the discipline: Principles of Curricular Design, which consists of theoretical, methodological and pedagogical foundations that guide the organization, structuring and development of an educational curriculum. Thus, the integration of technologies into the curriculum should not be seen as an end in itself, but as a means to expand learning possibilities and promote the transformation of the school into a truly inclusive and innovative space.
Keywords: Challenges. Curriculum. Digital Technologies. Learning

1 Introdução

A inserção das tecnologias digitais no currículo escolar é essencial na educação contemporânea, mas enfrenta obstáculos significativos. Entre os principais desafios estão a falta de formação adequada dos docentes, a precariedade da infraestrutura escolar, a sobrecarga de trabalho e a insegurança frente às inovações tecnológicas. Tais entraves dificultam o uso pedagógico efetivo das tecnologias e evidenciam a necessidade de políticas públicas que apoiem a formação e as condições de trabalho dos professores.

O objetivo dessa pesquisa é analisar os principais desafios enfrentados pelos docentes na inserção das tecnologias digitais no currículo escolar, com ênfase nos obstáculos que dificultam sua aplicação pedagógica e na identificação de estratégias que possam contribuir para uma integração mais eficaz e significativa dessas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.

A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica através da sistematização de artigos pesquisados, dissertações e teses. Os materiais foram pesquisados no google acadêmico, biblioteca de dissertações e teses. A pesquisa está baseada no referencial teórico estudado na disciplina: Princípios de Design Curricular, que consiste em fundamentos teóricos, metodológicos e pedagógicos que orientam a organização, estruturação e desenvolvimento de um currículo educacional.

O estudo analisa os desafios enfrentados pelos docentes na inserção das tecnologias digitais no currículo escolar, destacando que essa integração é essencial para a educação contemporânea, mas encontra barreiras significativas. Entre os principais obstáculos estão a formação inicial deficiente, as limitações das formações continuadas, a resistência a mudanças metodológicas e a dificuldade em adaptar práticas pedagógicas às novas demandas digitais.

Além disso, questões como insegurança profissional, sobrecarga de trabalho e falta de apoio técnico e institucional agravam o cenário. Tais entraves não são apenas individuais, mas refletem também condições estruturais e contextos escolares desiguais. Em suma, para uma integração significativa das tecnologias, é fundamental investir em políticas de formação contínua, planejamento colaborativo e valorização do professor como agente ativo e reflexivo frente às transformações educacionais do mundo digital.

Outro ponto relevante a ser considerado é o impacto das desigualdades sociais na utilização das tecnologias digitais. Em muitas realidades escolares, os alunos não dispõem de acesso à internet de qualidade ou a dispositivos adequados, o que limita a efetividade de práticas pedagógicas baseadas em recursos digitais. Assim, mesmo quando os professores estão preparados e motivados, a desigualdade estrutural compromete a equidade no processo de ensino-aprendizagem.

Além das questões estruturais, o aspecto emocional do docente também merece atenção. A pressão para acompanhar inovações tecnológicas constantes, muitas vezes sem suporte adequado, pode gerar ansiedade, frustração e até resistência. A ausência de espaços de escuta e acolhimento dentro das instituições educacionais reforça esse cenário, tornando o professor mais vulnerável à desmotivação e ao desgaste profissional.

Por fim, é necessário destacar a importância da criação de uma cultura escolar colaborativa e inovadora. A troca de experiências entre docentes, o planejamento coletivo e o incentivo à experimentação pedagógica podem favorecer a integração mais orgânica das tecnologias digitais. Quando o professor encontra apoio institucional e espaço para desenvolver práticas criativas, a tecnologia deixa de ser vista como um obstáculo e passa a ser reconhecida como aliada no processo de construção do conhecimento.

2 Desafios dos docentes na inserção das tecnologias digitais no currículo escolar: obstáculos do uso das tecnologias

A inserção das tecnologias digitais no currículo escolar tornou-se um imperativo da educação contemporânea, impulsionado pelos avanços tecnológicos e pelas transformações nas formas de acesso, produção e circulação do conhecimento. Diante da intensificação da cultura digital, o espaço escolar passou a ser convocado a incorporar novas linguagens, recursos e práticas pedagógicas que dialoguem com as demandas de uma sociedade conectada. Nesse processo, o papel do professor é central. É ele quem media as experiências de aprendizagem e realiza escolhas curriculares que articulam conteúdos, metodologias e objetivos formativos. No entanto, a integração significativa das tecnologias ao currículo escolar encontra barreiras concretas no cotidiano docente.

Inicialmente, entre os obstáculos mais recorrentes vivenciados pelos docentes, destaca-se a formação profissional insuficiente para o uso das tecnologias digitais com intencionalidade pedagógica. Em muitos cursos de licenciatura, ainda prevalece uma formação pautada em modelos tradicionais, com ênfase teórica desvinculada das práticas escolares e das inovações educacionais. O contato com recursos tecnológicos, quando existe, costuma restringir-se à dimensão técnica ou instrumental, sem articulação com os fundamentos do currículo ou com propostas metodológicas transformadoras. Isso gera insegurança nos professores, que muitas vezes não se sentem preparados para utilizar ferramentas digitais de maneira criativa e eficaz.

Outrossim, a formação continuada, por sua vez, nem sempre supre essa lacuna. Muitas ações formativas são pontuais, descontextualizadas e desprovidas de escuta ativa das necessidades reais dos professores. Além disso, são frequentes os relatos de formações que focam em aplicativos ou plataformas específicas, sem uma reflexão crítica sobre sua aplicabilidade, os objetivos educacionais ou os impactos no processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, a formação se torna fragmentada, desmotivadora e, em muitos casos, incapaz de promover mudanças significativas na prática docente.

Ademais, outro desafio importante está relacionado à resistência às mudanças metodológicas. Inserir tecnologias digitais no currículo exige, mais do que domínio técnico, uma reconfiguração das práticas pedagógicas e da própria identidade docente. Isso implica deslocar-se do modelo transmissivo para abordagens mais interativas, colaborativas e centradas no estudante. No entanto, muitos professores encontram dificuldade em alterar estratégias já consolidadas, seja por desconhecimento de metodologias ativas, seja por medo de perder o controle da turma, fracassar no uso da tecnologia ou comprometer a aprendizagem. Essas resistências, frequentemente alimentadas por contextos escolares conservadores e por uma cultura institucional avessa à experimentação, acabam perpetuando práticas obsoletas, mesmo em ambientes tecnologicamente equipados.

Sendo assim, o professor enfrenta o desafio de reinterpretar o currículo a partir das possibilidades tecnológicas, o que demanda tempo, planejamento, criatividade e senso crítico. A escolha e a inserção de recursos digitais no currículo não devem ocorrer de forma aleatória ou meramente ilustrativa, mas sim de maneira coerente com os objetivos de aprendizagem, os conteúdos a serem abordados e o perfil dos estudantes. Para isso, é preciso que o docente tenha clareza sobre as possibilidades e limites das tecnologias disponíveis, bem como apoio institucional para realizar adaptações curriculares significativas. No entanto, a sobrecarga de tarefas, a ausência de espaços coletivos de planejamento e a falta de apoio técnico dificultam essa reinvenção cotidiana da prática docente.

Além disso, não se pode ignorar o impacto das desigualdades sociais no processo de digitalização da educação. Muitos alunos não possuem acesso regular a computadores, internet de qualidade ou mesmo a ambientes propícios de estudo em casa, o que limita a efetividade das propostas que dependem exclusivamente de recursos digitais. Assim, o professor, ao planejar o uso das tecnologias, precisa conciliar criatividade e sensibilidade para elaborar estratégias que incluam todos os estudantes, evitando que a inovação pedagógica aprofunde ainda mais as desigualdades já existentes.

Outro aspecto relevante é a dimensão emocional do trabalho docente. A pressão para dominar ferramentas digitais, muitas vezes em prazos curtos e sem suporte adequado, gera sentimentos de ansiedade, frustração e até desvalorização profissional. Essa carga emocional, somada ao já intenso acúmulo de funções da carreira docente, pode levar ao esgotamento e à resistência às inovações. Nesse sentido, é fundamental que a formação e o acompanhamento oferecidos pelas instituições de ensino considerem não apenas a dimensão técnica, mas também o acolhimento humano, a escuta e o fortalecimento da autoestima profissional do professor.

Por fim, é importante destacar que a superação desses desafios passa pela construção de uma cultura escolar mais aberta à experimentação e à colaboração. Espaços de troca entre pares, comunidades de prática e projetos interdisciplinares podem favorecer o aprendizado coletivo e reduzir o isolamento do professor diante das dificuldades tecnológicas. Quando a integração das tecnologias digitais é concebida como um processo compartilhado, com apoio institucional e participação ativa dos docentes, as chances de transformar o currículo em um espaço mais significativo e conectado à realidade dos alunos se ampliam consideravelmente.Parte inferior do formulário

Nesse sentido, vale destacar que esses desafios não afetam todos os docentes da mesma maneira. Fatores como tempo de carreira, acesso prévio às tecnologias, localização geográfica da escola, tipo de rede (pública ou privada) e perfil do corpo discente influenciam diretamente na forma como os professores lidam com a integração digital. Assim, é preciso compreender que o desafio não está apenas na tecnologia em si, mas nas condições materiais, simbólicas e formativas em que o trabalho docente se desenvolve.

Portanto, a inserção das tecnologias digitais no currículo escolar não é um processo meramente técnico, mas profundamente pedagógico, político e formativo. Os desafios enfrentados pelos docentes nesse contexto são múltiplos e interligados: formação inicial deficiente, ações de capacitação continuada pouco eficazes, resistências metodológicas e dificuldades na adaptação curricular. Esses fatores evidenciam que a mediação do professor é um ponto sensível e decisivo na efetivação das práticas pedagógicas com tecnologias. Para avançar nesse campo, é imprescindível investir na valorização do docente como agente de inovação e reflexão, garantindo-lhe condições formativas e institucionais adequadas para repensar sua prática e atuar de forma crítica frente às transformações da era digital.

Nesse sentido, conforme afirmam Zaluski e Oliveira (2018), a adoção dessas práticas promove um ensino mais dinâmico e alinhado às necessidades contemporâneas da educação. Mais do que adaptar-se às tecnologias, o professor precisa ser protagonista na construção de novos sentidos para o ensino em uma sociedade conectada.

Em um mundo mediado pelas mídias digitais, as relações entre professor e estudante, passaram por intensas mudanças, obrigando os educadores a repensarem seus conceitos frente ao fato de não serem mais a única fonte do conhecimento no espaço escolar. É impossível ignorar as experiências vivenciadas por escolares com as mídias digitais, pois à medida em que elas vão sendo inseridas nos mundos onde convivem, vão sendo vivenciadas por eles. Além do mais, quase todo o conhecimento está, na atualidade, disponível em rede, em fácil acesso, por isso, os estudantes também se tornam protagonistas de suas aprendizagens. (Peixoto e Oliveira, 2021).

2.1 Obstáculos do uso das tecnologias

O uso das tecnologias digitais no processo educativo representa um avanço importante para a renovação das práticas pedagógicas e para a aproximação entre a escola e as novas linguagens da sociedade contemporânea. No entanto, essa integração não ocorre de maneira uniforme, especialmente quando se observa a realidade vivenciada pelos professores. A presença das tecnologias em sala de aula, embora cada vez mais incentivada, esbarra em diversos obstáculos que afetam diretamente a atuação docente. Dessa forma, é necessário desenvolver condições para que os atores educacionais possam se adequar no processo de evolução de sua qualificação, referente à utilização da informática e de seus recursos educacionais digitais (Lima, 2016).

Um dos principais entraves é a insegurança dos professores quanto ao uso pedagógico das tecnologias. Muitos educadores não se sentem suficientemente preparados para empregar recursos digitais de forma crítica, criativa e alinhada aos objetivos curriculares. Tal insegurança, em grande parte, decorre de lacunas na formação inicial, que em muitos casos não contempla abordagens pedagógicas baseadas na mediação tecnológica. Soma-se a isso o fato de que a formação continuada, quando oferecida, nem sempre considera o contexto real das escolas e das turmas, limitando-se a aspectos técnicos, desconectados da prática pedagógica cotidiana.

Outro obstáculo recorrente diz respeito à resistência à mudança de postura profissional e metodológica. O uso das tecnologias digitais implica repensar o papel do professor em sala de aula, que passa de transmissor de conteúdos a facilitador de aprendizagens mais autônomas e interativas. Para Jordão (2009), diante da realidade em que vivemos, onde a tecnologia digital é uma constante na vida das pessoas, especialmente dos jovens estudantes, cabe ao professor adequar suas estratégias de ensino, segundo as características deste público chamado de “nativos digitais”.

Além disso, os professores enfrentam dificuldades no planejamento e na seleção adequada dos recursos tecnológicos. Inserir tecnologias no processo de ensino-aprendizagem não significa, simplesmente, usar equipamentos ou aplicativos, mas sim fazê-lo com intencionalidade didática. Essa escolha exige tempo, análise crítica, compatibilidade com os objetivos de aprendizagem e com o perfil dos estudantes. No entanto, a rotina sobrecarregada de muitos docentes, aliada à ausência de apoio técnico-pedagógico, dificulta a construção de propostas significativas e integradas. Por fim, é importante destacar que esses obstáculos não se resumem a problemas individuais, mas revelam condições estruturais e institucionais que precisam ser enfrentadas coletivamente. O professor não é resistente por natureza, mas muitas vezes atua em um contexto desfavorável, que não o estimula nem o apoia na busca por inovação.

Nesse cenário, é fundamental compreender que a questão do acesso também é um desafio. Nem todas as escolas contam com infraestrutura tecnológica adequada ou conexão estável à internet, o que limita as possibilidades de inserção digital de forma democrática. Essa desigualdade de condições acentua o abismo entre instituições de diferentes regiões e perfis socioeconômicos, reproduzindo no espaço escolar as mesmas disparidades observadas na sociedade. Assim, não basta capacitar os docentes: é preciso assegurar que eles tenham condições materiais para aplicar o que aprendem.

Outro ponto que merece destaque é a dimensão humana envolvida nesse processo. Muitos professores, ao se depararem com tecnologias que evoluem rapidamente, sentem-se desvalorizados ou pressionados a acompanhar um ritmo que não corresponde à sua realidade. Esse sentimento pode gerar ansiedade e frustração, afetando a motivação profissional. Valorizar o educador significa também acolher suas dificuldades, reconhecer sua experiência acumulada e possibilitar uma transição gradual, em que a tecnologia seja incorporada como aliada e não como imposição.

Por fim, é importante lembrar que os estudantes, embora considerados “nativos digitais”, nem sempre possuem competências críticas e reflexivas sobre o uso das tecnologias. Muitos sabem operar dispositivos, mas não conseguem avaliar a veracidade das informações ou utilizá-las de forma produtiva para a aprendizagem. Cabe ao professor, nesse contexto, atuar como mediador da cultura digital, ajudando os alunos a transformarem informação em conhecimento. Para tanto, é indispensável que ele também se sinta amparado por políticas educacionais consistentes, que articulem investimento em infraestrutura, formação docente e práticas pedagógicas inovadoras.

Portanto, superar os obstáculos que dificultam o uso das tecnologias pelos professores exige mais do que equipamentos: requer formação adequada, valorização da autonomia docente, tempo para planejamento e apoio institucional contínuo. Somente assim será possível transformar as tecnologias em aliadas reais do processo educativo e fortalecer o protagonismo dos professores diante dos desafios da educação contemporânea.

3 Considerações Finais

A pesquisa evidenciou que, a inserção das tecnologias digitais no currículo escolar configura-se como um processo inevitável e urgente, mas repleto de desafios que atingem diretamente a atuação dos docentes. Sendo assim, a centralidade do professor na mediação pedagógica torna imprescindível sua valorização e preparo para lidar com as múltiplas dimensões do uso das tecnologias no ambiente educacional. A insegurança quanto ao uso desses recursos, a formação inicial tradicional e pouco prática, as ações formativas continuadas desarticuladas da realidade escolar e a resistência às mudanças metodológicas evidenciam a complexidade do cenário. Assim, mais do que barreiras técnicas, tais desafios revelam entraves estruturais, culturais e institucionais que dificultam a transformação do ensino em direção a uma abordagem mais inovadora, crítica e coerente com as demandas da sociedade digital. Nesse sentido, constata-se que a tecnologia, por si só, não é capaz de modificar a realidade educacional se não houver investimento humano, valorização profissional e políticas de formação que dialoguem com o cotidiano escolar. É necessário, portanto, compreender que a integração tecnológica deve ser concebida como um processo pedagógico amplo, que envolve currículo, metodologias, gestão e cultura institucional.

Os achados indicaram que, superar esses obstáculos exige repensar o papel do professor, oferecendo-lhe condições adequadas de trabalho, tempo para planejamento, apoio técnico e espaços colaborativos de formação. Nesse sentido, o uso pedagógico das tecnologias deve ser intencional, articulado aos objetivos curriculares e ao perfil dos estudantes, promovendo aprendizagens significativas e inclusivas. Nessa perspectiva, o professor, portanto, precisa ser visto como protagonista na construção de novos sentidos para a prática educativa, com autonomia e respaldo para inovar. Nesse contexto, políticas públicas, instituições de ensino e comunidades escolares devem assumir uma postura ativa na criação de ambientes formativos e estruturais que favoreçam a integração efetiva das tecnologias ao currículo, fortalecendo, assim, a qualidade e a equidade na educação. Logo, não se trata apenas de inserir equipamentos em sala de aula, mas de construir um ecossistema educativo que garanta condições de uso, acompanhamento crítico e permanência das inovações. Ao assegurar a participação do professor nesse processo, fomenta-se uma educação mais democrática, colaborativa e alinhada às necessidades formativas do século XXI.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Jordão, T. C. (2009). A formação do professor para a educação para um mundo digital. Formação de Educadores: TV EscolaO canal para a educação, 19(19), novembro-dezembro.

Lima, H. de O. (2016). O uso das redes sociais na prática docente: Uma experiência no Colégio Estadual Euclydes da Cunha. Brasil Escola.

Peixoto, R., & Oliveira, E. E. M. S. (2021). As mídias digitais no contexto da sociedade contemporânea: Influências na educação escolar. Revista Docência e Cibercultura, 5(1), 80–96. https://www.e-publicacoes.uerj.br/redoc/article/view/53905. Acesso em 8 de fevereiro de 2025.

Zaluski, F. C., & Oliveira, T. D. (2018). Metodologias ativas: Uma reflexão teórica sobre o processo de ensino e aprendizagem. In Anais do Congresso Internacional de Educação e Tecnologias.


1 Graduação em Letras - Português / Inglês pela Universidade Estadual de Goiás- UEG. Especialização em Língua Portuguesa pela Faculdade do Noroeste de Minas- FINOM. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: [email protected]