AS INOVAÇÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DIANTE DOS DESAFIOS ENFRENTADOS NO ENSINO REMOTO/HÍBRIDO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.13707102


Geysa Karla Mendonça dos Santos1
Ana Rita de Cássia Silva oliveira2
Evanuzia da Silva Gonçalves3
Suzan Kathelen Ferreira Soares4


RESUMO
O presente trabalho busca relatar as inovações realizadas perante os desafios enfrentados no processo de ensino e aprendizagem, nas aulas de Educação Física na Educação Infantil da Escola Municipal Menino de Jesus, nas turmas de 1º e 2º períodos, durante o período pandêmico, onde as aulas foram desenvolvidas na modalidade de ensino remoto/híbrido. Para o estudo utilizou-se a metodologia descritiva, com abordagem qualitativa, sendo apresentada evidências e reflexões acerca das experiências vividas durante esse período, baseando-se para isso na pesquisa bibliográfica e documental. No primeiro é relatado e evidenciado o período em que as aulas aconteceram remotamente por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp e apostilas impressas e entregues aos alunos que não tinham acesso à internet. No segundo momento, mostra-se trajetória do retorno às aulas presenciais, a mudança de estratégia para atender aos alunos e proporcionar uma aprendizagem de qualidade no componente curricular Educação Física, garantindo os direitos de aprendizagem das crianças e na vivência dos campos de experiência conforme previsto pela Proposta Curricular Municipal para a Educação Infantil (PCMEI). Conclui-se que todo esse contexto de dúvidas e desafios promoveu a aproximação da família com a escola no acompanhamento das atividades, bem como na convivência do ambiente escolar tendo conhecimento da rotina dos trabalhos realizados, dentro e fora do espaço escolar.
Palavras-chave: Educação Física. Educação Infantil. Ensino Remoto/Híbrido.

ABSTRACT
This work seeks to report the innovations carried out in the face of the challenges faced in the teaching and learning process, in Physical Education classes in Early Childhood Education at Escola Municipal Menino de Jesus, in the 1st and 2nd period classes, during the pandemic period, where classes were developed in the remote/hybrid teaching modality. The study used a descriptive methodology, with a qualitative approach, presenting evidence and reflections on the experiences lived during this period, based on bibliographic and documentary research. The first reports and highlights the period in which classes took place remotely via the WhatsApp messaging app and printed handouts delivered to students who did not have internet access. In the second moment, the trajectory of the return to face-to-face classes is shown, the change in strategy to serve students and provide quality learning in the Physical Education curricular component, guaranteeing children's learning rights and the experience of the fields of experience as provided for by the Municipal Curricular Proposal for Early Childhood Education (PCMEI). It is concluded that this entire context of doubts and challenges promoted the family's approach to the school in monitoring activities, as well as in living in the school environment, having knowledge of the routine of the work carried out, inside and outside the school space.
Keywords: Physical Education. Early Childhood Education. Remote/Hybrid Education.

Introdução

A Educação Física é considerada um dos principais elementos de ensino e aprendizagem da Educação Infantil. Isso ocorre devido ao fato de seu conteúdo ser aplicado de forma lúdica e recreativa, construindo por meio do brincar, o conhecimento dos pequenos.

Tal conhecimento é adquirido por meio das diferentes experiências vividas no ambiente escolar, possibilitando a criança reconhecer seus limites, ter total domínio sobre o seu corpo, compreender suas possibilidades, percebendo a origem de cada movimento, facilitando assim o uso da linguagem corporal, ajudando na descoberta de suas capacidades intelectuais e socioafetivas.

Neste contexto o presente relato de experiência tem o objetivo de relatar as inovações tecnológicas usadas durante o período pandêmico de Covid-19 para tornar as aulas de Educação Física mais acessíveis, bem como propor o acesso ao conteúdo didático ministrado de forma mais simples, fácil possível e adaptada, aos alunos e seus responsáveis.

Vale ressaltar também que este trabalho menciona os desafios enfrentados perante a rotina diária de atividades remotas e de ensino híbrido que passou a fazer parte da rotina escolar no segundo semestre ainda em andamento. Logo, o presente relato de experiência conta como aconteceu este processo de ensino e aprendizagem das experiências necessárias na disciplina de Educação Física para 8 turmas da Escola Municipal Menino de Jesus, onde 7 delas é composta por 22 alunos e apenas 1 por 18 estudantes respectivamente matriculados nos turnos vespertino e matutino.

Não se pode esquecer que o ano letivo teve seu retorno em meio à crise pandêmica da Covid-19, havendo a necessidade ainda de cumprir com uma carga horária letiva, desenvolvendo-se por meio da modalidade de ensino remoto, sendo preciso readaptar a rotina de sair de casa para ir à escola e se conectar com as crianças por meio de uma tela de telefone, com o uso de aplicativos de mensagens como o WhatsApp.

O processo de ensino e aprendizagem da Educação Física na Educação Infantil durante o ensino remoto/híbrido

A Educação Física é um componente curricular que trata dos conhecimentos da cultura corporal do movimento. Suas unidades temáticas envolvem a área de esportes, lutas, ginástica, brincadeiras e jogos e práticas corporais de aventura. Em se processo de ensino e aprendizagem, elas são trabalhadas de acordo com a etapa na qual se encontra os estudantes, guiando-se pelo proposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Como qualquer outro componente do currículo escolar, a Educação Física tem o intuito de contribuir para a formação integral do aluno. E, como parte das linguagens e suas tecnologias, seu processo de ensino e aprendizagem foca no desenvolvimento de valores e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social.

Assim, visando o desenvolvimento psicomotor, a Educação Física pauta a sua inserção no currículo escolar, em nível nacional, na Constituição Federal de 1988 (Brasil, 2017b), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 9.394/96 (Brasil, 2017c), nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) (Brasil, 1997), nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCNEB) (Brasil, 2013) e na BNCC (Brasil, 2017a).

Independentemente de qual seja o documento legal, o processo de ensino e aprendizagem da Educação Física deve ser desenvolvido para além de seu viés biológico, pois é constituída de múltiplos conhecimentos capazes de desenvolver as potencialidades dos estudantes.

Nesta perspectiva de entendimento, visando desenvolver autonomia e oferecer uma série de possibilidades para enriquecer a experiência dos estudantes, o processo de ensino e aprendizagem da Educação Física deve, entre outros aspectos:

Possibilitar a compreensão de saberes corporais, experiências socioafetivas e lúdicas, pois situada na área de Linguagens, se orienta na compreensão dos significados atribuídos aos códigos linguísticos, corporais e artísticos de diferentes culturas, com a finalidade de permitir ao alunado o aumento do seu potencial de compreensão, sensibilidade e conhecimentos referentes à cultura corporal (RUFFONI et al., 2024, p. 04).

Assim, ao considerar o ensino de Educação Física na Educação Infantil, é importante destacar que essa etapa da Educação Básica, além de ser um espaço preparatório para os anos iniciais do Ensino Fundamental, é uma etapa obrigatória que atende a faixa etária de 0 a 5 anos de idade. É, portanto, o início e o fundamento do processo educacional, onde o educar e o cuidar são entendidos como indissociáveis do processo educativo.

Sendo assim, o processo de ensino e aprendizagem da Educação Física na Educação Infantil está organizado de modo a contemplar conteúdos que melhor atendam o seu currículo, seja em nível nacional, que é constituído da Base Comum e Base Diversificada, devendo considerar “características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos” (BRASIL, 2017c, p. 21), no caso da realidade desse estudo, em nível local, Boa Vista, Roraima, da Proposta Curricular Municipal para a Educação Infantil (PCMEI) que é baseada na BNCC.

Logo, pensando na formação integral do indivíduo, a Educação Física na Educação Infantil tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento. Dessa forma, é um componente curricular que contempla múltiplos conhecimentos que abarcam as diferentes áreas que o compõem, como os jogos, a dança, a luta, o esporte e a ginástica (BOA VISTA, 2018).

E, por isso, a Educação Física na Educação Infantil, atua de forma dinâmica, diversificada e pluridimensional, oferecendo uma série de possibilidades para a sua vivência na escola, para que recebam a preparação necessária para acessarem os anos iniciais do Ensino Fundamental (BRASIL, 2013).

Diante dessa premissa, para que a Educação Física na Educação Infantil alcance tal finalidade, é preciso que se proponham atividades didáticas que ajudem as crianças a entender e produzir manifestações culturais corporais, através da linguagem corporal, e, com isso, garanta, aos alunos o acesso a conhecimentos práticos e conceituais necessários a sua formação integral.

Isso é possível porque, todas as suas possibilidades de vivência no currículo escolar deixam evidente a necessidade que se tem de ampliar a sua visão biológica para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais das crianças. E, tem sido com base nessa prerrogativa que mesmo no período de pandemia, causada pela Covid-19, o processo de ensino e aprendizagem da Educação Física na Educação Infantil continuou buscando garantir todas as possibilidades de desenvolvimento necessárias à formação desses sujeitos.

O que mudou foi a forma de ensinar e aprender os seus conteúdos básicos. Além disso, desafios, aprendizagens e expectativas, foram vivenciadas com mais intensidade devido ao novo formato de ensino adotado, que, num primeiro momento foi remoto, e num segundo momento tornou-se hibrido, como foi o caso da realidade local, Boa Vista, Roraima.

As práticas corporais vivenciadas na escola deram lugar a sua vivência em outros espaços e contextos, devido a pandemia do Coronavírus, e as consequências refletidas na sociedade a partir disso. A nova situação exigiu da escola, e, por conseguinte, dos professores, uma readequação da prática pedagógica e das metodologias de ensino até então utilizadas. Iniciou-se um verdadeiro o processo de adaptação, descoberta, experimentação, por conta da vivência de um contexto desconhecido que exigiu de todos a parceria, colaboração e o trabalho em equipe (LIMA et al., 2024).

A suspensão das aulas presenciais, por conta das medidas de isolamento e distanciamento social, adotadas como estratégias para evitar o contágio da Covid-19, mostrou diferentes fragilidades da educação em seus diferentes aspectos, como aponta Silva et al. (2020) que ninguém estava preparado, nem a escola, nem os professores, sem mencionar os estudantes e suas famílias.

Apesar de todos os desafios vivenciados, o ensino de Educação Física na Educação Infantil teve continuidade. Os professores tentaram continuar cumprindo com o seu trabalho, assim como garantindo que este componente curricular cumprisse com a sua função social e educativa, mesmo no contexto pandêmico, e assim:

O tradicional precisou dar lugar a inovação de estratégias metodológicas capazes de envolver os alunos nesse novo formato de aprendizagem. E, mesmo com todos os desafios enfrentados, esse componente curricular continuou sendo essencial para o desenvolvimento integral do indivíduo, ao mesmo tempo em que exigiu readequação e solicitou dos professores, principalmente, formação docente que lhes permitisse utilizar as novas tecnologias de ensino e adotassem uma abordagem multidisciplinar que desse conta da nova demanda exigida (ARRUDA; SANTOS, 2015), pp. 02-03).

A proposta passou a ser inovação, mas sem desmotivar os alunos a participarem das aulas nessa nova perspectiva de ensino, o remoto, quando todos estavam acostumados ao ensino presencial diário. E, para isso, passou-se a contar fundamentalmente com o apoio da família para que tudo o que fosse proposto pudesse ser desenvolvido com recursos disponíveis em casa, sem perder o foco dos conteúdos previstos no currículo da Educação Física na Educação Infantil.

E, foi diante da necessidade de oportunizar o acesso as diferentes possibilidades de experimentação das práticas corporais, de acordo com as orientações recebidas e as condições materiais para isso, que o ensino de Educação Física veio sendo desenvolvido remotamente, até que, a nova realidade, pós-vacinação, controle da Covid-19, deu lugar ao ensino híbrido, no qual as crianças, de acordo com um cronograma de aulas para cada grupo, e protocolos de cuidados, foram retomando a tão sonhada “normalidade”.

Metodologia

Ministrar aulas de Educação Física para crianças de 4 e 5 anos, por si só já é bastante desafiador na modalidade presencial. No ensino remoto, tornou-se quase uma utopia a ser realizada. No começo acreditou-se que não seria possível atender o público-alvo, principalmente na realidade vivenciada, em que uma parte delas não recebe o acompanhamento da família na execução das atividades; e uma outra parcela que não tinha celular ou internet.

Ao refletir sobre essas questões, percebeu-se que, dependia de cada profissional, não apenas a disseminação de saberes, mas a adaptação às mudanças que aconteciam naquele dado momento, onde a pandemia pegou a todos de surpresa, fazendo com que o processo de ensino e aprendizagem precisasse ser replanejado, adaptado e reorganizado, para atender as necessidades de aprendizagem dos alunos.

Desse modo, para os alunos e familiares não foi diferente. Eles precisaram se adaptar à nova rotina de passar mais tempo em casa e consequentemente vivenciar novas experiências com a família toda em casa. Os pais ou responsáveis pelo acompanhamento escolar desse estudantes precisaram se desdobrar na rotina dos afazeres que já tinham com o acréscimo da responsabilidade de participar integralmente da vida escolar de suas crianças, sendo em certos momentos, um pouco professor, garantindo assim seus direitos de aprendizagem.

Considerando esses pressuposto iniciais de reflexão, este trabalho foi realizado de forma descritiva, com abordagem qualitativa, que de acordo com Godoy (1995), se preocupa em aprofundar o estudo que acontece na realidade em sociedade, a partir do envolvimento de pessoas para que se consiga vários dados para a análise qualitativa das ações desenvolvidas, permitindo um resultado de qualidade.

Traz-se para a reflexão, a experiência de aplicação das aulas de Educação Física na Educação Infantil durante a andemia de Covid-19, sendo caracterizada por dois momentos interligados. No primeiro as aulas foram de forma remota para concluir primeiramente a carga horária. No segundo momento, o ensino passou a assumir a versão híbrida, onde as turmas foram divididas em duas partes, e as aulas aconteceram em regime de escalonamento, no qual metade de cada turma tinha aulas presenciais em uma semana e a outra metade ficava em casa realizando atividades por meio de apostilas enviadas pela escola.

Os sujeitos envolvidos foram os alunos das turmas de 1º e 2º Períodos da pré-escola (Educação Infantil), onde eram ministrada as aulas de Educação Física na Escola Municipal Menino de Jesus

A análise traz para a contextualização a descrição das metodologias usadas nas aulas de Educação Física para garantir um ensino e aprendizagem de qualidade às crianças ao longo do período de pandemia durante o ensino remoto, com duração de 2 horas seguidas de aula por turma semanalmente, assim definidos: 1º Semestre: Aulas Remotas – por meio de apostilas e do aplicativo do WhatsApp; e, 2º semestre: Ensino híbrido – articulado pelo ensino remoto, presencial, com envio de atividades por meio de apostilas.

É importante mencionar que a coleta dos dados exportados para a análise desse relato de experiência foram sendo realizados ao longo das aulas, guardados e preservados, em um drive que permitia o acesso dos pais para facilitar o acompanhamento da aprendizagem dos filhos e do trabalho desenvolvido, entre os quais se destacam como instrumentos de coleta de dados: registro fotográfico, áudios, vídeos, portfólio, montagens no programa de editor de texto e imagens Canva e PhotoGrid, formulário do Google Forms para realizar escuta com os pais sobre as aulas de Educação Física e fichas de pesagem, metragem e testes psicodinâmicos para verificar equilíbrio, lateralidade, coordenação.

Cada turma tinha acesso mensalmente ao mural do drive, onde os alunos eram separados em suas pastas, identificadas por seus nomes, atividades realizadas, datas e conteúdos. A frequência era verificada a cada atividade realizada e registrada no diário online disponibilizado pela secretária da escola, assim como no registro dos listões bimestrais.

Para finalizar, as análises que se seguem são feitas com base na pesquisa bibliográfica realizada para tal, mediante a pesquisa documental utilizada para evidenciar as situações desenvolvidas em destaque neste relato de experiência.

Análise e discussão dos resultados

Com o retorno das aulas de forma remota, houve a necessidade de pensar em como as atividades de Educação Física seriam enviadas para as crianças. Diante da realidade vivida surgiu a ideia de buscar novas metodologias de ensino para tornar a Educação Física mais acessível a todos que estavam em casa, tanto para quem tinha acesso à internet quanto para quem não possuia aparelho telefônico ou outros meios de acessar as atividades da aula do dia, pois isso também é de competência do professor, conforme destaca Boa Vista (2018, p. 30) que:

Cabe ao Professor de Educação Física ser interventor, oportunizando ao seu aluno atividades (brincadeiras) que desenvolvam suas capacidades físicas (resistência, força, velocidade, agilidade, equilíbrio, coordenação motora e flexibilidade), habilidades fundamentais (locomotoras, manipulativas e estabilizadoras), autonomia, seus sentimentos, criatividade, relações sociais e manifestação de ideias.

E, com o retorno das aulas na modalidade remota o desafio tornou-se ainda maior, surgindo a dúvida de como ensinar Educação Física para crianças de 4 e 5 anos à distância? Como acompanhar o seu desenvolvimento, de forma integral, mesmo à distância?

A escola, buscando se aproximar ainda mais das famílias confeccionou apostilas para quem não tinham acesso ao WhatsApp. Nelas iam 2 atividades do componente curricular de Educação Física. O seu controle de realização era feito por meio da devolução das apostilas para a escola, o que nos limitou a saber se a criança realizou ou não a atividade enviada, uma vez que elas eram, em sua maioria, atividades práticas.

Neste contexto resolvi fazer pesquisas na web, buscando ideias e sugestões de outros profissionais da área, como forma de auxílio na realização deste novo desafio que cercava a todos os professores deste componente curricular da rede de ensino, e foi exatamente nessas pesquisas que pude encontrar inúmeras formas de realizar as aulas de Educação Física à distância, além de poder fazer novos cursos na área de tecnologia e seu uso nas diferentes metodologias educacionais, aproveitando ainda mais a favor da prática pedagógica, seguindo claro, a Proposta Curricular Municipal para Educação Infantil (PCMEI), que garante o direito a vivência em diferentes experiências visando os objetivos de aprendizagem (BOA VISTA, 2018).

Deste modo, sabendo que as tecnologias estão presentes no espaço escolar não é novidade. Mas, para entender melhor como esse conceito e seu funcionamento ocorrem no ambiente escolar, apoiou-se em Reis (2008, p. 05) para afirmar que:

O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação sistematizada desde o início utiliza diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada época histórica. A tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas. Da mesma forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da informação e do conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação.

Sendo assim, ao vivenciar essa “guinada” tecnológica com o uso de diferentes dispositivos eletrônicos e aplicativos digitais para a disseminação do conhecimento para as crianças, foi comum observar como muitos professores ainda tem dificuldades em manusear e usar alguns aplicativos digitais que poderiam ser uteis como ferramentas de trabalho, como, por exemplo, o Google Drive, o Canva (editor de textos e imagens), o Photo Grid (aplicativo de montagem de fotos e edição de textos), o Capcut (para edição de vídeos), Snaptube (para baixar músicas e vídeos), entre outros dispostivos digitais.

Assim, ao invés de só enviar a didática das aulas para as famílias e solicitar o retorno na execução das atividades com fotos ou vídeos, a metodologia adotada foi bem diferente. As aulas sempre aconteciam por meio de áudios explicativos e vídeos complementares com instruções para cada atividade proposta, afim de que as crianças interagissem, participassem e realizassem as tarefas solicitadas.

O objetivo era fazer a criança e a família se sentirem acolhidos, mantendo uma forma de diálogo em forma de áudios com as crianças, buscando sempre reconhecer e parabenizar quem se fazia presente nas aulas e quem realizava as atividades, tentando desta forma, motivar aqueles que estavam ausentes a participarem.

Foi a partir da realidade do distanciamento vivido pela pandemia que surgiu a ideia de gravar vídeos explicativos com as atividades da aula do dia, além do mais foi observada que havia a necessidade de os alunos saberem que a professora estava ali com eles de verdade e não só por áudio, além disso quando a criança vê um rosto familiar explicando algo, ela se sente mais à vontade, segura e focada na realização das tarefas.

O uso da linguagem popular se fez necessário para que não houvesse confusão entre os familiares, na hora de instruir a criança quanto à execução dos exercícios procurando facilitar o máximo possível o entendimento considerando realidade local, uma vez que a população migratória é muito grande e que para eles, compreenderem textos em português é muito difícil.

Deste modo, mesmo usando áudios explicativos, nem sempre o assunto fica claro. E, por isso, passou-se a utilizar vídeos para tornar mais fácil o entendimento para a realização das atividades, fato esse que foi comprovado via escuta realizada com todos os pais e responsáveis pelas crianças matriculados na escola e que foi enviada mediante formulário eletrônico do Google Forms.

A partir dos resultados obtidos com o questionário percebeu-se a necessidade de gravar vídeos explicando como seriam as dinâmicas das atividades de Educação Física na aula do dia, devidamente divididos nos momentos e sequência que aconteceriam. Além disso, a coordenação pedagógica, a gestão e a professora de sala ainda ajudavam no gerenciamento dos grupos das turmas quanto ao esclarecimento de dúvidas e motivando a participação de todos.

Para conlcuir o ano letivo, as atividades foram divididas em 4 blocos a serem trabalhados em pouco mais de 3 meses, o que tornou a rotina bem corrida tanto para os alunos quanto para as famílias. E, como forma de incentivo para as crianças e famílias que se fizeram presentes e assíduas nessa correria, criou-se com o apoio da equipe gestora e da professora de sala o Certificado de Reconhecimento por Participação nas Aulas Remotas de Educação Física – Aluno Destaque, que foram entregues em formato de drive-thru aos 5 alunos de cada turma que mais participaram das atividades nos grupos de WhatsApp. Há que se mencionar que os certificados e as medalhas foram confecionados no programa de editor de textos e imagens Canva e impressos pela escola. O restante foi fitas de cetim e E.V.A. (em anexo).

Já no 1º Bimestre do ano letivo de 2021, foi trabalhado as temáticas Acolhida, Identidade e o Meu Planeta Terra, sendo gravado um pequeno vídeo de apresentação para os responsáveis e as crianças das turmas como forma de acolhe-los nessa nova etapa de ensino para os pequenos, utilizando-se novamente do programa Canva, conforme link: https://drive.google.com/file/d/1tc3aG5xe44RSgVQjQzfLGFK6aruTjl15/view?usp=sharing

Visando melhorar a participação das crianças nas aulas, tendo em vista que esse número vinha caindo consideravelmente, optou-se por adaptar as atividades para as realidades familiares, uma vez que a grande maioria das famílias são de origem humilde, o que leva a pensar que não teriam condições de comprar cones, chapéu chinês, arcos, bolas, cordas, etc.

Com isso passou-se a substituir diferentes tipos de materiais nas atividades, pensando no que as famílias poderiam ter em casa como, por exemplo, cabos de vassoura, pano de chão, baldes, bacias, tampas de garrafas, garrafas pets, embalagens de iogurte vazias, bolas feitas com folhas de papel, entre outros itens que poderiam ser adquiridos com facilidade e sem a necessidade das famílias terem quaquer custo com materiais.

Com a adaptação de recursos, as famílias não teriam dificuldades para não fazer as aulas com as crianças, haja vista que não havia custo financeiro para os pais ou responsáveis, além de que a diversão reinava em casa entre eles com as novas descobertas e infinitas possibilidades de como realizar as atividades propostas (em anexo). Com isso a participação das crianças nas aula de educação Física veio melhorando significativamente.

Com o intuito de contribuir ainda mais para o aprendizado integral e visando ajudar outros profissionais, que também tiveram dificuldades de encontrar adaptações para atividades que poderiam ser desenvolvidas em casa, resolveu-se compartilhar nas redes sociais alguns dos vídeos que foram gravados para as aulas.

Essa foi a forma encontrada para ajudar outros colegas da área, de sala de aula, e também pais que buscavam alternativas para distrair suas crianças em casa. Vale lembrar que os vídeos publicados seguem a sequência didática de aprendizado das crianças e de acordo com a Proposta Curricular Municipal para Educação Infantil (PCMEI), e estão em conformidade com as temáticas de cada bimestre.

Posteriormente, os vídeos em que a explicação das atividades eram feitas pela professora, foram substituídos por vídeos das próprias crianças realizando os exercícios em casa, todos postados com a devida autorização de seus responsáveis, com isso as famílias tornavam-se ainda mais participativas nas aulas.

Já no 2º semestre, durante o ensino remoto criou-se o incentivo digital de estrelas do show como forma de garantir que as crianças e famílias continuassem participando das atividades remotas, bem como as que levavam as apostilas com atividades para casa.

A cada atividade realizada, as crianças recebiam estrelas digitais, totalizando 2 estrelas por aula. Esse incentivo foi acumulativo e continuou durante todo o ano letivo, para que pudesse ser usado como objeto de desempate no reconhecimento anual dos alunos destaques do componente curricular de Educação Física.

Sabe-se que a rotina diária de conciliar ensino remoto e presencial é cansativa tanto para a escola quanto para as famílias. Mas, reconhece-se, também, que essa modalidade de ensino se faz necessária, ao menos no momento delicado que se viva. E, como forma de continuar motivando às famílias a não desistirem de enviar suas evidências para comprovação de frequência das crianças na aula de Educação Física, resolveu-se criar o Mural Virtual de Educação Física, onde, foram guardados no Drive de trabalho todas os registros enviados durante as aulas da disciplina.

O mural era dividido por turma e mês. Ao final de cada mês o link do drive era enviado nos grupos das turmas para que as famílias pudessem prestigiar as atividades desenvolvidas por suas crianças, podendo acessar também a atividades de outras turmas, tornando-se uma verdadeira galeria virtual, como pode ser observado no link de acesso: https://drive.google.com/drive/folders/1n0i7qLgkGiSxwZeHpHVlXjDja_AEDek3?usp=sharing

As aulas presenciais foram sendo realizadas de forma escalonada, com as turmas divididas em grupos A e B, onde a cada semana um dos grupos tem aula na escola e a outra metade realiza as atividades da apostila, devendo os responsáveis postarem nos grupos de Whatsapp as fotos ou vídeos de suas crianças realizando-as, confirmando assim a frequência da criança na semana que estava em casa.

Para a sua realização, medidas foram tomadas, seguindo orientações da escola, e da Gerência de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC), mediante os protocolos de segurança e combate a Covid-19, com o devido distânciamento entre as crianças e professora.

Diante dos desafios enfrentados, quanto a pesquisa, adaptação, gravações, concluiu-se que o professor aprendeu uma nova profissão, a de blogueira, editora de vídeos e registro de acervo, para continuar com o ensino remoto de Educação Física, além de ter que manter os alunos ativos nas atividades remotas, onde descobriu-se que ser professor é realmente inovar, planejar, buscar soluções, fazer dar certo.

Com esforço, acredita-se que conseguiu-se atingir mais que 80% das turmas em participação, pois o trabalho desenvolvido está sendo bem aceito pela comunidade escolar em geral, prova disso foi a breve entrevista cedida ao Roraima em Tempo, solicitado pela Assessoria de Comunicação da SMEC, onde foi possível expor como as atividades remotas estavam sendo desenvolvidas e como facilitou o acesso a materiais para que o máximo de crianças pudessem realizar as atividades em casa.

Com o retorno das atividades presenciais e continuidade do ensino remoto é claro que a jornada de trabalho continuou meio que dobrada, porém, os planejamentos das aulas presenciais e remotas seguiram a metodologia de um só plano para as duas modalidades de ensino, com atividades simples e de fácil adaptação para as diferentes realidades vividas pelas famílias.

Prova disso, é que a última atividade do plano (7º Momento da aula) era a que seguia a linguagem própria para as famílias, para serem enviadas nas apostilas semanais que as crianças levavam para casa, e seguia como atividade complementar, onde eram enviadas fotos ou vídeos de sua realização para confirmação de frequência nas aulas de Educação Física no grupo das turmas, devidamente identificados e organizados pela equipe gestora, conforme link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1UDdYCI26ph1ee_hCMDnGHyO0eiOyPeYY/view?usp=sharing

Nesse processo de aulas híbridas houve uma evasão significativa de participação nas aulas de Educação Física na semana que as crianças estavam em casa, o que preocupou a escola, pois mesmo que as aulas acontecessem em uma semana na instituição e em outra em casa, a frequência era registrada igualmente como antes, com isso o número de faltas subiu expressivamente.

Como forma de incentivo para que as crianças que estavam em casa não deixassem de realizar as atividades da apostila, no final do dia da aula de Educação Física daquela turma era enviada fotos do que foi realizado na escola com o outro grupo da referida turma, incentivando-os a não desistirem de realizar a atividade que foi enviada.

Houve também a realização de reunião escolar com os responsáveis dos pequenos, no qual houve a oportunidade de explicar a importância da realização das atividades de Educação Física para um desenvolvimento psicomotor completo contemplando os prinicpais campos de experiências.

Vale lembrar que as atividades realizadas na escola no ensino presencial também podiam ser feitas em casa fazendo as adaptações necessárias de material, como por exemplo, substituindo bolas de borracha por de papel ou de sacolas; cones por calçados; bambolês por pano de chão ou tapetes, etc., tudo seguindo o que propõe as diretrizes legais para a Educação Infantil, como é o caso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que orienta que para “potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais” (BRASIL, 2017, p. 37). Fazer isso, implica conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com as famílias e a comunidade para se promover novas e significativas aprendizagens.

Foi considerando isso que se fez-se necessário repensar a prática docente, ou seja, rever conhecimentos sobre dispositivos tecnológicos, buscando dessa forma, aprimorar o uso e as funções. Nesta nova realidade imposta pela pandemia foi visível observar o quanto a tecnologia permanecerá no ambiente escolar por mais tempo do que o que se imaginava, e que caberá aos profissionais da área educacional se capacitarem cada vez mais no uso delas para que possam ter mais facilidades no seu ambiente de trabalho, seja ele remotamente ou presencial.

Esse período de pandemia trouxe reflexões também sobre a aplicação do ensino híbrido na Educação Infantil, uma vez que a criança não tem autonomia para desenvolver seus estudos sem o auxílio do professor ou de um familiar, que é representado por ser:

Qualquer programa educacional formal no qual um estudante aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino on-line, com algum elemento de controle dos estudantes sobre o tempo, o lugar, o caminho e/ou ritmo. (HORN; STAKER, 2015. p. 34).

O ensino híbrido na educação formal conceitua bem a realidade vivenciada, pois diversos caminhos tem sido adotados por instituições escolares. Enquanto umas optam por manter o modelo curricular pautado por disciplinas introduzindo as metodologias ativas como forma de maior envolvimento dos alunos, desenvolvendo o ensino por meio de projetos interdisciplinares, outras instituições tomam atitudes mais radicais, dispensam as disciplinas, reelaboram os projetos, os espaços e as metodologias fazendo com que cada aluno aprenda de acordo com seu próprio ritmo.

No caso da realidade escolar da rede municipal de ensino, mesmo sem a preparação adequada, pelo menos a grande maioria para isso, o ensino híbrido veio se encaixando aos poucos em nossa rotina, exigindo preparo, planejamento e formas de acompanhamento, do processo de ensino e aprendizagem.

Em se tratando especificamente do ensino de Educação Física na escola, uma disciplina muito mais prática do que teórica, essa exigência tornou-se ainda mais desafiadora. No entanto, foi por meio de uma busca pessoal e incessante que tentou-se fazer a diferença na sala de aula.

Além disso, a “Educação Física tem em seu cerne pedagógico subsídios que possibilitam uma aproximação e interação de maior relevância com o educando” (SANTOS; OLIVEIRA; ARAÚJO, 2007, p. 111), mostrando que suas práticas, ancoradas em bases históricas, podem contribuir na mediação cognitiva, afetiva, psicomotora e política.

Desse modo, a Educação Física é um componente que ocupa um espaço educativo privilegiado na promoção do desenvolvimento humano, na medida em que contribui para a formação de indivíduos críticos e reflexivos, ao mesmo tempo em que ajuda a aprimorar habilidades corporais necessárias à sua formação.

A Educação Física Escolar é assim entendida, de acordo com Arrua e Santos (2015), porque ela possui considerável capacidade de desenvolver e aprimorar habilidades motoras e psicomotoras, além de possuir significativa relevância nas diferentes etapas de escolarização da Educação Básica.

Partindo desse pressuposto, as proposições teóricas tem se dedicado a ressaltar a importância da Educação Física Escolar enquanto componente curricular voltado “[…] para o desenvolvimento psicomotor do indivíduo, no qual auxilia na formação do cidadão, possibilitando ao mesmo uma participação ativa, justa e consciente perante a sociedade” (BOA VISTA, 2008, p. 104).

Esta compreensão da Educação Física Escolar responsável pela formação integral dos estudantes baseia-se na necessidade que se tem incluir todas as dimensões dos conteúdos (atitudinais, conceituais e procedimentais) com os temas transversais no que tange a cultura corporal de movimentos, por meio da participação e reflexão concretas e efetivas desses sujeitos no meio em que estão inseridos.

Conclusão

O período pandêmico trouxe muitas dificuldades para o processo de ensino e aprendizagem, mas também promoveu a busca e ações que as sanassem, mesmo que de forma parcial em alguns momentos. A inserção de recursos tecnológicos diretamente na prática docente afetou consideravelmente os resultados nesse ano letivo, uma vez que, diante de tantas mudanças e demandas eu, como professora me encontrei em meio a mais um grande desafio educacional, e precisei fazer adaptações imediatas, procurando me capacitar para atender a demanda de uso das tecnologias, buscando aprender a usá-las e até auxiliando outros colegas.

A forma de planejar mudou consideravelmente, sendo necessário alterar a linguagem usada para garantir um melhor entendimento para o público da Educação Infantil. Até o acompanhamento da frequência das crianças que antes era feito diretamente no registro do diário passou a ser realizado por meio de fotos e vídeos postados pelos responsáveis das crianças nos grupos das turmas.

Com essa nova dinâmica no ensino foi possível observar que as famílias se tornaram mais presentes e participativas na vida escolar das crianças devido ao fato de toda semana estarem na escola buscando apostilas com atividades para serem feitas em casa.

Outro ponto positivo foi o fato de se observar os responsáveis mais próximos dos acontecimentos na escola, da equipe gestora, bem como da equipe de apoio, transformando definitivamente a instituição educativa num ambiente de todos e para todos.

Como forma de valorizar a participação das crianças ocorreu ainda uma premiação simbólica para aqueles que se destacaram durante todo o ano letivo, onde foram reconhecidos 3 alunos de cada turma que se mantiveram presentes e ativos nas aulas de Educação Física na modalidade presencial e remota (ensino híbrido).

A ideia da premiação foi incentivar às famílias a continuarem presentes e ativas na vida escolar de suas crianças, incentivando-as a realizarem as atividades psicomotoras propostas nas aulas enviadas, deixando claro a importância do exercício físico na primeira infância e o quanto o mesmo contribui para o desenvolvimento motor, ativando os principais campos de experiência, garantindo também os direitos de aprendizagem delas.

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1 Graduada em Educação Física (Centro Universitário do Norte – UNINORTE, 2018), e Especialista em Educação Física e Psicomotricidade (Faculdade Famart, 2022). E-mail: [email protected]

2 Mestre em Ensino de Ciências (UERR, 2022), Especialista em Gestão do Trabalho Pedagógico: Administração, Orientação e Supervisão (Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão – IBPEX, 2009) e em Educação Especial e Inclusiva (Universidade Barão de Mauá, 2017) e licenciada em Pedagogia (UERR, 2007) e em Educação Física (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima – IFRR, 2012). E-mail: [email protected]

3 Pedagoga (Universidade Estadual de Roraima – UERR, 2007), Especialista em Metodologia do Ensino de Arte (Centro Universitário Internacional – UNINTER, 2019). E-mail: [email protected]

4 Pedagoga (Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil – FACETEN, 2008), Especialista em Liderança e Gestão Educacional (Centro Universitário União das Américas Descomplica, 2022). E-mail: [email protected]