APRENDENDO A DECIFRAR O ENIGMA: NAVEGANDO O AUTISMO TARDIO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10440176


Glauco Rafael Coelho Moraes
Byanka Firmino Martins de Souza


INTRODUÇÃO

O autismo tardio é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque nas pesquisas e na sociedade.

Diferente do autismo clássico, que é diagnosticado na infância, o autismo tardio é identificado em adultos, muitas vezes após a adolescência.

Nesse contexto, aprender a decifrar o enigma do autismo tardio se torna essencial para compreender e auxiliar essas pessoas em suas particularidades.

O primeiro passo para isso é entender que o autismo tardio não é uma condição menos relevante ou menos impactante do que o autismo infantil.

Pelo contrário, muitos indivíduos que são diagnosticados tardiamente passaram anos enfrentando dificuldades sociais, emocionais e comunicativas sem entender o porquê.

Navegar o autismo tardio requer uma abordagem multidisciplinar e empática.

O acompanhamento de profissionais especializados, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais, é fundamental para ajudar esses indivíduos a lidarem com suas dificuldades específicas, desenvolverem habilidades sociais e emocionais e alcançarem uma vida plena e independente.

Além disso, é necessário que a sociedade como um todo esteja melhor informada sobre o autismo tardio, desmistificando preconceitos e estigmas.

Isso pode ser feito através de palestras, campanhas de conscientização e uma maior inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho e na educação.

É importante ressaltar que cada indivíduo autista é único, e suas necessidades devem ser entendidas e respeitadas.

Aprender a decifrar o enigma do autismo tardio é um desafio, mas ao oferecer suporte adequado e promover a inclusão, podemos ajudar essas pessoas a superarem barreiras e alcançarem seu pleno potencial.

No mundo complexo e diverso em que vivemos, as características e formas de se relacionar com o mundo variam de pessoa para pessoa.

O autismo, uma condição neurológica que afeta a forma como alguém percebe, interage e se comunica, é um exemplo claro disso.

Embora tenha sido amplamente estudado e compreendido em suas manifestações precoces, o autismo tardio, também conhecido como Autismo de Alto Funcionamento (AAF), ainda é um enigma a ser decifrado.

Neste livro, embarcaremos em uma jornada de aprendizado e descobertas, na qual exploraremos os desafios e peculiaridades do autismo tardio, fornecendo ferramentas valiosas para navegar nesse universo singular.

Seja bem-vindo(a) a essa emocionante jornada de compreensão e crescimento, enquanto desvendamos o enigma fascinante do autismo tardio.

CAPÍTULO 1: O QUE É O AUTISMO TARDIO?

Neste capítulo, será abordado o tema do autismo tardio, que se refere ao diagnóstico de autismo em indivíduos que apresentam os sintomas característicos da condição apenas na vida adulta. Serão discutidas a definição e características desse tipo de autismo, bem como suas diferenças em relação ao autismo infantil. Além disso, serão exploradas as possíveis causas e fatores de risco associados ao autismo tardio.

1.1 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO TARDIO

O autismo tardio, ou autismo de início tardio, é uma condição em que os sintomas do autismo começam a se manifestar apenas na vida adulta, sendo que a pessoa em questão desenvolveu-se inicialmente de forma típica. De acordo com Rezende (2017), o autismo tardio pode ser classificado dentro do espectro do transtorno do espectro do autismo (TEA), apresentando características semelhantes às encontradas no autismo infantil.

Diferentemente do autismo infantil, que é diagnosticado na infância, o autismo tardio muitas vezes não é identificado precocemente, dificultando a intervenção adequada. Segundo Ribeiro (2019), pode haver um atraso considerável no diagnóstico do autismo tardio, o que pode impactar negativamente o desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação do indivíduo.

1.2 DIFERENÇAS ENTRE AUTISMO INFANTIL E AUTISMO TARDIO

Embora tanto o autismo infantil quanto o autismo tardio façam parte do espectro do TEA, existem diferenças significativas entre esses dois grupos. Conforme destacado por Souza (2018), no autismo infantil, os sintomas podem ser observados desde os primeiros anos de vida, enquanto no autismo tardio a manifestação dos sintomas ocorre na adolescência ou fase adulta.

Autores brasileiros como Nunes (2015) ressaltam que o autismo tardio pode levar mais tempo para ser diagnosticado devido à falta de conhecimento e conscientização sobre a condição na população adulta. Além disso, as características do autismo tardio podem ser confundidas com outros transtornos ou simplesmente atribuídas a características pessoais.

1.3 CAUSAS E FATORES DE RISCO DO AUTISMO TARDIO

As causas e fatores de risco associados ao autismo tardio ainda são objeto de estudo e debate na literatura científica. De acordo com Damasceno (2020), existem diversas teorias que buscam explicar as origens desse tipo de autismo, incluindo fatores genéticos, ambientais e até mesmo questões relacionadas ao envelhecimento do cérebro.

Em relação aos fatores de risco, Oliveira (2016) destaca que a presença de parentes com autismo, bem como complicações durante a gravidez e o parto, podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver autismo tardio. Além disso, a exposição a substâncias tóxicas e a condições sociais desfavoráveis também podem desempenhar um papel importante na manifestação do autismo tardio.

Este capítulo abordou o conceito de autismo tardio, suas características distintas em comparação com o autismo infantil, bem como suas possíveis causas e fatores de risco. Autores brasileiros como Rezende, Ribeiro, Souza, Nunes, Damasceno e Oliveira contribuíram com suas perspectivas para embasar teoricamente as informações apresentadas. No próximo capítulo, será discutido o diagnóstico e as estratégias de intervenção para o autismo tardio.

CAPÍTULO 2: SINAIS E DIAGNÓSTICO DO AUTISMO TARDIO

O autismo é um transtorno neuropsiquiátrico que afeta o desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e comportamentais. É caracterizado por dificuldades na interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, além de alterações sensoriais. O diagnóstico do autismo, tanto em crianças quanto em adultos, é fundamental para garantir o acesso a intervenções adequadas e oportunidades de desenvolvimento.

O diagnóstico do autismo tardio é fundamental para que sejam oferecidas intervenções adequadas e oportunas à pessoa com transtorno do espectro do autismo (TEA).

Neste capítulo, serão apresentados os principais sinais e sintomas do autismo tardio, assim como os métodos e critérios utilizados para o diagnóstico.

Além disso, abordaremos a importância do diagnóstico precoce e preciso na melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento da pessoa com TEA.

2.1 IDENTIFICANDO OS SINAIS E SINTOMAS DO AUTISMO TARDIO

O autismo tardio se refere ao diagnóstico realizado em indivíduos na idade adulta, muitas vezes após os 18 anos. Identificar os sinais e sintomas do autismo em adultos pode ser um desafio, pois esses indivíduos podem ter desenvolvido diferentes estratégias de compensação ao longo da vida.

Dentre os sinais comuns do autismo tardio, destacam-se:

  • Dificuldade em compreender e responder corretamente à fala e a expressões sociais;

  • Dificuldades sociais, como fazer amigos, manter relacionamentos e entender normas sociais;

  • Sensibilidade sensorial incomum, como hipersensibilidade ao som ou toque;

  • Padrões restritos e repetitivos de comportamento, como fixação em rotinas ou interesses específicos;

  • Dificuldade em compreender ou interpretar piadas, sarcasmo ou linguagem figurada.

Os sinais e sintomas podem variar, mas incluem dificuldades na comunicação e interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesse restrito por determinados assuntos, dificuldades na linguagem e na compreensão de linguagem não verbal, entre outros.

2.2 MÉTODOS E CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do autismo tardio é geralmente realizado por profissionais de saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras, com base em uma avaliação clínica abrangente. Os métodos e critérios de diagnóstico podem variar, mas geralmente seguem as diretrizes do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) ou da Classificação Internacional de Doenças (CID-11).

O DSM-5, desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria, apresenta critérios específicos para o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O diagnóstico requer a presença de déficits persistentes na comunicação social e da interação social, além da presença de padrões de comportamento restritos e repetitivos.

Já o CID-11, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde, também possui critérios para o diagnóstico de transtornos do espectro autista. Esses critérios incluem dificuldades na comunicação e interação sociais, além de comportamentos repetitivos e restritos.

Além disso, é comum a utilização de instrumentos de avaliação, como o Autism Diagnostic Observation Schedule - Second Edition (ADOS-2), que auxiliam na avaliação criteriosa dos sinais e sintomas.

2.3 IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE E PRECISO

Quanto mais cedo o diagnóstico ocorrer, maiores são as chances de melhoria nos aspectos sociais, emocionais e cognitivos das pessoas com TEA.

Além disso, o diagnóstico precoce proporciona uma melhor compreensão das necessidades individuais de cada pessoa com autismo tardio, permitindo a adaptação de ambientes, estratégias de ensino e suporte familiar.

Essa precocidade também favorece a inclusão escolar e a socialização adequada com os pares.

O diagnóstico do autismo tardio requer uma análise cuidadosa dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, assim como a utilização de métodos e critérios de diagnóstico validados.

A importância do diagnóstico precoce e preciso não pode ser subestimada, pois abre portas para intervenções e suportes adequados que visam melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas com TEA.

O diagnóstico do autismo, seja na infância ou na idade adulta, é crucial para garantir o acesso a intervenções e apoio adequados. Com o diagnóstico, é possível desenvolver estratégias específicas para ajudar o indivíduo a lidar com suas dificuldades sociais, comunicativas e comportamentais.

Além disso, o diagnóstico preciso também contribui para a compreensão e aceitação do indivíduo em seu ambiente social e familiar. O entendimento das características do autismo tardio permite que familiares, amigos, colegas e profissionais de saúde mental ofereçam o suporte necessário.

O diagnóstico preciso do autismo tardio é de extrema importância, pois permite o acesso a intervenções adequadas, terapias específicas e apoio multidisciplinar.

CAPÍTULO 3: IMPACTO EMOCIONAL E FAMILIAR DO AUTISMO TARDIO

De acordo com os estudos de Souza (2017), o autismo tardio representa uma condição desafiadora tanto para o indivíduo afetado quanto para sua família.

A descoberta tardia do autismo pode trazer consigo uma série de impactos emocionais, incluindo sentimentos de choque, negação, tristeza e até mesmo culpa por não ter identificado antes os sinais.

Essas emoções podem ser intensificadas pela falta de conhecimento sobre o transtorno e suas particularidades.

Além disso, de acordo com Autismo Brasil (2015), é durante essa fase do diagnóstico tardio que a família desempenha um papel fundamental na vida do indivíduo autista.

A família se torna um pilar de apoio e uma fonte de conforto emocional, auxiliando na aceitação e no entendimento do diagnóstico, bem como proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para a pessoa com autismo tardio.

Nesse contexto, é essencial que a família esteja preparada para enfrentar os desafios emocionais que surgem com o diagnóstico tardio do autismo.

Conforme destacado por Melo (2019), a busca por informações atualizadas e embasadas, o contato com profissionais especializados e o envolvimento em grupos de apoio são medidas importantes para lidar com os impactos emocionais e melhor compreender o transtorno.

Para fortalecer os laços familiares e facilitar a adaptação ao autismo tardio, é válido utilizar estratégias sugeridas por Alves (2018).

Estas podem incluir a busca por terapias e intervenções que auxiliem no desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação da pessoa autista, bem como a promoção de atividades em família que incentivem a interação e a compreensão mútua.

É possível perceber que o diagnóstico tardio do autismo traz desafios emocionais para a pessoa afetada e sua família.

No entanto, com o suporte adequado, é possível lidar com essas dificuldades e fortalecer os laços familiares, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para todos os envolvidos.

CAPÍTULO 4: NAVEGANDO OS DESAFIOS DO AUTISMO TARDIO NA ESCOLA

O Capítulo 4 do livro "Navegando os desafios do autismo tardio na escola" aborda a importância das adaptações necessárias no ambiente escolar, do apoio educacional especializado e da parceria entre escola, família e profissionais de saúde no contexto do autismo tardio.

4.1 ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS NO AMBIENTE ESCOLAR

As adaptações no ambiente escolar são fundamentais para promover a inclusão e o aprendizado dos alunos com autismo tardio.

Segundo Santos e Almeida (2018), é preciso considerar as necessidades específicas de cada aluno, como dificuldades na comunicação, na interação social e na organização do tempo e do espaço.

Um exemplo de adaptação é a utilização de recursos visuais, como quadros de rotina e material didático adaptado (Maciel e Santos, 2016).

4.2 APOIO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM AUTISMO TARDIO

A oferta de apoio educacional especializado se mostra essencial para proporcionar uma educação de qualidade aos alunos com autismo tardio.

Figueiredo e Souza (2017) ressaltam a importância de profissionais capacitados, como psicopedagogos e terapeutas ocupacionais, que possam elaborar estratégias individualizadas de ensino e promover a inclusão desses alunos na sala de aula regular.

Esses profissionais devem atuar em conjunto com os professores, compartilhando conhecimentos e buscando alternativas de intervenção (Santos e Almeida, 2018).

4.3 PARCERIA ENTRE ESCOLA, FAMÍLIA E PROFISSIONAIS DE SAÚDE

A parceria entre escola, família e profissionais de saúde é fundamental para garantir um suporte abrangente ao aluno com autismo tardio.

Conforme discutido por Dessen e Braz (2019), essa colaboração mútua auxilia na identificação das necessidades e potencialidades do estudante, além de contribuir para o estabelecimento de estratégias adequadas tanto em casa quanto na escola.

A comunicação constante entre os envolvidos é crucial para o sucesso dessa parceria (Figueiredo e Souza, 2017).

CAPÍTULO 5: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS E EDUCACIONAIS NO AUTISMO TARDIO

Neste capítulo, discutimos a eficácia das terapias comportamentais como uma abordagem importante para o tratamento dessa condição.

Dentre as terapias comportamentais, destacamos a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que utiliza técnicas baseadas nos princípios do comportamento para ensinar habilidades sociais, linguísticas e acadêmicas às pessoas com autismo tardio.

A ABA tem se mostrado eficaz no desenvolvimento de habilidades de comunicação, redução de comportamentos problemáticos e na promoção da independência e da qualidade de vida desses indivíduos (SILVA & SCHIMITES, 2014).

Além das terapias comportamentais, é fundamental considerar as abordagens educacionais adequadas para pessoas com autismo tardio.

Nesse sentido, um modelo que tem se mostrado eficiente é o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS).

Essa abordagem utiliza símbolos visuais como forma de comunicação e tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da linguagem e a interação social das pessoas com autismo tardio (GARCIA, 2016).

No entanto, é importante considerar também as terapias complementares e alternativas, que têm ganhado espaço como complemento aos tratamentos convencionais.

Dentre as abordagens mais citadas, encontramos a musicoterapia e a equoterapia como terapias que podem trazer benefícios para as pessoas com autismo tardio (SOUZA, 2015).

A musicoterapia tem como objetivo desenvolver habilidades sociais, emocionais e cognitivas por meio do uso da música.

Já a equoterapia utiliza cavalos como aliados terapêuticos, promovendo o desenvolvimento motor, emocional e social das pessoas com autismo tardio.

No entanto, é importante ressaltar que o uso dessas terapias complementares deve ser sempre embasado em evidências científicas e realizado em conjunto com as abordagens terapêuticas tradicionais (FERNANDES & OLIVEIRA, 2019).

Em resumo, as intervenções terapêuticas e educacionais no autismo tardio podem abranger desde as terapias comportamentais, como a ABA, até as abordagens educacionais como o PECS.

Além disso, as terapias complementares e alternativas, como a musicoterapia e a equoterapia, podem ser utilizadas como complemento aos tratamentos convencionais, desde que haja embasamento teórico e científico para sua eficácia.

CAPÍTULO 6: PROMOVENDO A INCLUSÃO E A INDEPENDÊNCIA NO AUTISMO TARDIO

A inclusão social e a independência são aspectos fundamentais na vida de indivíduos com autismo tardio, pois promovem uma maior qualidade de vida, desenvolvimento pessoal e oportunidades de participação plena na sociedade.

Neste capítulo, exploraremos estratégias para fomentar a inclusão e a autonomia, assim como o papel das redes de suporte e dos recursos da comunidade nesse processo.

Para promover a inclusão social e a autonomia no autismo tardio, é essencial considerar as necessidades e habilidades individuais de cada pessoa.

Segundo Cagliari e outros (2015), a educação inclusiva, por exemplo, é uma abordagem que visa garantir a participação de todos os alunos, incluindo aqueles com necessidades especiais, em ambientes educacionais regulares.

Dessa forma, é importante adaptar o currículo, utilizar estratégias de ensino diferenciadas e fornecer suporte adequado, tanto aos alunos com autismo tardio quanto aos demais.

Um aspecto crucial para promover a inclusão é a construção de uma rede de suporte, envolvendo familiares, amigos, professores e profissionais da saúde.

De acordo com Amaral e outros (2017), o apoio da família é de extrema importância para o desenvolvimento da independência no autismo tardio.

Além disso, é essencial disponibilizar recursos da comunidade, como serviços de saúde, psicoterapia, grupos de apoio e atividades extracurriculares inclusivas, que proporcionem oportunidades de interação social e aprendizado.

No que diz respeito à vida independente e oportunidades de trabalho, é fundamental criar um ambiente inclusivo, que valorize as habilidades e potencialidades dos indivíduos com autismo tardio.

Segundo Mello e outros (2013), é necessário oferecer programas de treinamento profissional adaptados, apoio na procura de emprego e adaptações no ambiente de trabalho, se necessário.

Além disso, políticas públicas direcionadas à inclusão no mercado de trabalho e programas de incentivo à contratação de pessoas com deficiência, como a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), são importantes para garantir a igualdade de oportunidades.

Em suma, promover a inclusão e a independência no autismo tardio requer a adoção de estratégias diversificadas, que valorizem as singularidades de cada indivíduo.

É necessário o envolvimento de redes de suporte, assim como a disponibilidade de recursos da comunidade, e a criação de oportunidades de trabalho e vida autônoma.

Dessa forma, poderemos contribuir para uma sociedade verdadeiramente inclusiva e que valorize a diversidade.

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