A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E A MORTALIDADE DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO BRASIL
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.15750297
Eduardo de Lima Silva1
Daniela Rodrigues kobachuk2
Enoque Mendes kobachuk3
Marlon Alonso da Silveira4
Monique Aparecida Silveira de Avila5
RESUMO
O número de micros e pequenos empreendimentos vêm aumentando gradativamente ao longo dos anos, e com eles as porcentagens de mortalidades passam também pela mesma mudança. Este artigo teve como objetivo a apresentação teórica através de uma análise aprofundada sobre achados de autores que publicaram suas pesquisas dentre 1990 até 2015. A pesquisa tratou-se de um conjunto de informações bibliográficas explicativas retiradas e processadas dos artigos pesquisados, encontrados nas bases digitais, disponíveis no Google acadêmico, Capes e BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. O Estudo se qualifica como uma pesquisa qualitativa, que tem o propósito reunir informações importantes sobre como as empresas encerram suas atividades e principalmente quais principais motivos. Os procedimentos didáticos da pesquisa se caracterizaram como sendo uma pesquisa bibliográfica, isto porque ela foi desenvolvida a partir de materiais publicados, como livros, artigos, dissertações e teses, podendo ser realizada independentemente ou podendo até mesmo constituir parte de uma pesquisa descritiva ou experimental. Para Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema.”. Como resultados, a pesquisa apresentou fundamentos e problemas extremamente relevantes para uma empresa, referente aos encerramentos de suas atividades, tendo como umas das causas apresentadas, a falta de qualificação profissional dos empresários, estudo do ambiente a ser montado e principalmente a falta de investimento em tecnologia. Como conclusão, a pesquisa apresenta argumentos referentes à necessidade da mudança de pensamentos tradicionais, que levam a não aplicação e entendimentos sobre novos conceitos e maneiras de gestão das empresas do século XXI.
Palavras-chave: Pequenas Empresas. Mortalidade das Empresas. Gestão das Empresas. Tecnologia de Informação.
ABSTRACT
The number of micro and small businesses has been gradually increasing over the years, and with them the mortality rates have also undergone the same change. This article aimed to present a theoretical framework through an in-depth analysis of the findings of authors who published their research between 1990 and 2015. The research consisted of a set of explanatory bibliographic information taken from and processed in the researched articles, found in the digital databases available on Google Scholar, Capes and BDTD – Digital Library of Theses and Dissertations. The study qualifies as qualitative research, which aims to gather important information on how companies close their activities and mainly what the main reasons are. The didactic procedures of the research were characterized as being bibliographic research, this is because it was developed from published material, such as books, articles, dissertations and theses, and can be carried out independently or even constitute part of a descriptive or experimental research. For Cervo, Bervian and da Silva (2007, p.61), bibliographic research “constitutes the basic procedure for monographic studies, through which one seeks to master the state of the art on a given topic.” As a result, the research presented extremely relevant foundations and problems for a company, regarding the closure of its activities, with some of the causes presented being the lack of professional qualification of entrepreneurs, study of the environment to be set up and mainly the lack of investment in technology. As a conclusion, the research presents arguments regarding the need to change traditional thinking, which leads to the non-application and understanding of new concepts and ways of managing companies in the 21st century.
Keywords: Small Businesses. Business Mortality. Business Management. Information Technology.
1. Introdução
Segundo Paulo César Rezende de Carvalho Alvim (1998), o processo da globalização sobre mercados, e com a velocidade dos avanços tecnológicos, a necessidade por informações se tornou um alvo em comum de toda a sociedade. Naturalmente, surge um conceito de uma sociedade baseada em informações, onde que, ter informações ou ao menos ter acesso às mesmas garante um diferencial a quem as possui. Os esforços que estão sendo feitos no sentido de organizar e analisar dados, de forma a que sejam disponibilizados como informação, com valor agregado, para subsidiar processos de tomada de decisão, é o novo pilar da sociedade baseada em conhecimentos e informações.
A evolução tecnológica dos últimos anos provocou uma verdadeira revolução no Cenário econômico mundial. A competição das grandes empresas multinacionais por mercado
No mundo todo causou uma elevada dispensa de mão de obra e investimento em tecnologia de Produção em larga escala. Em consequência, milhares de pequenas e médias empresas foram Abertas com vista a absolver parte da força de trabalho. Daí se extrai a grande importância Desse setor para a economia (CARVALHO et. AL, 1999).
Os avanços ocorridos, nas chamadas tecnologias de informação e na área de comunicação, alavancaram este esforço em uma velocidade de ordem geométrica. Ao acessar a internet, por exemplo, é possível se perder em meio de tantas fontes disponíveis e suas variedades de informações, deixando foco e o objetivo de lado.
Filardi et al.(2012) investigou em seu estudo os principais fatores associados à mortalidade precoce das MPEs (micro e pequenas empresas), e concluiu que as características ligadas diretamente à atuação do empreendedor à frente do negócio mostraram-se decisivas na sobrevivência das empresas estudadas.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (2013), através de seu site, divulga pesquisas com base em análises estatísticas muito significativas, como por exemplo, o trabalho denominado “Fatores Condicionantes e Taxas de Sobrevivência e Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas no Brasil – 2010 - 2013”. Este estudo constatou que 24,4% das empresas fracassam antes de completar dois anos de vida e destacou como fatores condicionantes ao sucesso empresarial características agrupadas em três categorias comuns:
1) habilidades gerenciais;
2) capacidade empreendedora;
3) logística operacional.
Desta forma, quando falamos em mortalidade das empresas, uma das maiores dificuldades principalmente no Brasil é qual a forma correta de geri-las, isto porque, muitas dessas empresas entram em falência, principalmente em sua incapacidade de poder geri-la.
Á esse respeito, traz á tona um dado muito importante para que possamos entendê-las, dentro do texto a seguir. Ainda segundo o SEBRAE (2011), em um relatório, a entidade afirma que somente o universo das MPEs (Micro e Pequena Empresas) representa 5,5 milhões de estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de serviço, onde os quais respondem por 25% do Produto Interno Bruto (PIB), 1% das exportações, 40% da renda total e geram 70% dos empregos, ou seja, cerca de 134 milhões de brasileiros têm ocupação remunerada nas empresas de micro e pequeno porte, nota-se também que do total existente empresas, 99% delas pertencem às pequenas e médias empresas, como apresentado na figura1 abaixo.
Figura1 – Importância das Pequenas e Médias empresas ao País
Quanto à classificação das empresas no Brasil, por exemplo, a legislação classifica as como microempresas e empresas de Pequeno porte de acordo com o faturamento anual. Por outro lado, o SEBRAE distingue os tipos de empresa conforme a quantidade de empregados.
É diante desses contextos que esta pesquisa tem como objetivo levantar quais as causas que levam os micros e médias empresas há permanecer pouco tempo no mercado brasileiro atual e principalmente em levantar quais os motivos que as levam a sua falência, tendo com justificativa a necessidade de aprofundar com bases teóricas, quais os motivos de seus fechamentos, através de noticiais disponíveis em ambientes digitais como site do SEBRAE sobre a alta taxa de mortalidade de pequenas e médias empresas no país.
2. Classificação Metodológica
Esse trabalho é um conjunto de informações bibliográficas explicativas retiradas e processadas de artigos pesquisados e encontrados nas bases digitais, disponíveis no Google acadêmico, tendo como referências e fundamentação teórica, literaturas existentes sobre o tema abordado nos últimos anos, tendo como objetivo principal o levantamento de informações já pesquisadas a fim de informar aos leitores acadêmicos, pequenos e médios empresários, sobre como e quando as empresas sofrem com a mortandade e o seus principais objetivos.
A pesquisa se qualifica como qualitativa, pois tem como o propósito reunir informações importantes sobre como as empresas fecham suas atividades e principalmente uma abordagem sobre os principais motivos. Já a classificação quanto aos procedimentos didáticos da pesquisa, ela se caracteriza como pesquisa bibliográfica, isto porque ela é desenvolvida a partir de materiais publicadas em livros, artigos, dissertações e teses, podendo ser realizada independentemente ou podendo até mesmo constituir parte de uma pesquisa descritiva ou experimental. Para Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”.
3. Revisão de Literatura
Para apresentar o conceito das MPEs, tradicionalmente são utilizadas variáveis como mão de obra empregada, capital investido, faturamento e quantidade produzida. A definição do governo brasileiro é apoiada por leis e regulamentos específicos para tais empresas, com o objetivo de assegurar a elas tratamento jurídico simples e diferenciado na área administrativa, tributária, previdenciária, trabalhista, creditícia e de desenvolvimento empresarial, segundo o artigo primeiro da Lei n° 9.841, de 05/10/1999 (artigos 170 a 179 da Constituição Federal) além da recente Lei complementar 123/06 (Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios),
Vale também ressaltar que a própria expressão MPEs diferencia duas entidades: a empresa micro da que é pequena. De acordo com o Small Buniness Administration (SBA-2016), os padrões determinados são definidos pelo tamanho de um negócio, como forma de medida é levada em consideração o número de funcionários, dentre outros fatores estabelecidos em volumes de vendas e como na maioria dos setores industriais, são representados em termos de faturamento anual (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997).
3.1 O Ambiente da Pequena Empresa
O mundo atual vem assistindo ao desenvolvimento de movimentos e situações em que o ambiente no qual atuam as empresas apresentasse de forma cada vez mais dinâmico e turbulento, em especial no que tange aos aspectos de mercado, de tecnologias, meio ambiente, transformações políticas, econômicas, culturais e sociais. Este é o novo contexto de competição das empresas, que tentam, em primeiro lugar, buscar a sobrevivência. E sobrevivência das empresas significa cada vez mais aprender a aprender, através de atividades de captação, assimilação e utilização do aprendizado, de forma permanente. Virou uma obsessão!
Precisamos ter uma empresa inteligente, ágil e flexível, atuando como um organismo vivo e proativo. É neste panorama que surge a oportunidade para a pequena empresa, pois, apesar de ser mais frágil, a empresa de pequeno porte conta com a vantagem de ter a capacidade de reagir mais rapidamente neste novo contexto de mudanças constantes, onde o fazer é sinônimo de aprender.
Diferentemente do papel desenvolvido pelas empresas de pequeno porte no modelo anterior de substituição de importações, no modelo em que se busca competitividade, as pequenas empresas passam a serem elos importantes das cadeias produtivas que buscam a competitividade empresarial brasileira. Competitividade é o desafio, na década de 90, para as empresas de pequeno porte. Podemos mesmo afirmar que a competitividade das pequenas empresas brasileiras é essencial ao desenvolvimento do país.
E as empresas de pequeno porte passam a ter presença marcante em diferentes cadeias produtivas, na forma de fornecedores terceirizados e quarteirizações de grandes empreendimentos produtores de bens intermediários finais, além de atuar como fornecedores de pequenos lotes em nichos de mercado ou em mercados especializados. A pequena empresa passa a ser vista como um parceiro eficiente e eficaz no processo produtivo, a partir de suas características básicas.
De forma a termos uma visão da especificidade da pequena empresa quanto à capacitação tecnológica. Daí se destacar a relevância da inovação e capacitação tecnológica para a sobrevivência das empresas de pequeno porte. Além disso, pode-se afirmar que a geração de novas oportunidades de trabalho será extremamente sensível à tecnologia, que reformula os padrões de alocação de recursos de capital e trabalho para a produção de bens e serviços.
3.2 As Classificações das Empresas no Brasil
No Brasil, todo empresário que queira abrir uma empresa em qualquer lugar no ambiente nacional, é classificado quando ao seu tamanho, regime tributário e principalmente com o contrato social será redigido para atender melhor o futuro empreendedor/ empregador.
O SEBRAE (2018) disponibiliza em sua cartilha no ambiente digital, uma descrição detalhada sobre as principais diferenças de empresas no Brasil, sendo elas:
Sociedade Empresária Limitada (Ltda.) Nesse tipo de empresa encontram-se dois ou mais sócios, dai se explica o seu nome “sociedade”. O termo limitado refere-se ao fato de que seus sócios são responsáveis pela administração e organização financeira da firma, conforme todo o seu capital social que foi aplicado, e, a condição de exercício da administração do contrato social. Devido a isso, os envolvidos não se responsabilizam por suas devidas dividas empresarial, como por exemplo, todos os bens pessoais que possuem. Os patrimônios de pessoa física e pessoa jurídica são legalmente e totalmente divididos. Em outras palavras, se determinado negócio deixar de pagar um empréstimo bancário de R$ 100.000,00 e um dos sócios tiver participação no capital equivalente a R$ 50.000,00, esse será o limite da sua responsabilidade. Então, caso o mesmo disponha de um patrimônio pessoal no valor de R$ 80.000,00, somente os R$ 50.000,00 será considerado para honrar a divida.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli): Seu conceito funciona de maneira idêntica às empresas limitada, com tudo a lei exige um capital mínimo de 100 (cem) salários mínimos, totalmente integrais na abertura da empresa. Além de que na Eireli é composta por apenas um sócio, e suas características são: Tomar as decisões sozinhas; Ter o patrimônio pessoal separado daquele da empresa; Corresponde financeiramente pela empresa até o limite do seu capital social; Utiliza um nome empresarial, não o seu próprio nome.
Microempreendedor Individual (MEI): Assim como a Eireli, é uma empresa formada por apenas um sócio. Este mesmo dá o seu nome ao negócio, e tem responsabilidade total, incluindo seus bens de pessoa física, ou seja, caso a empresa tenha de uma dívida que ultrapasse o seu patrimônio, os bens pessoais do associado serão utilizados para pagar o que se deve. MEIs, após sua inauguração, são automaticamente enquadradas no simples nacional, não podendo assim escolher outro sistema tributário. Além disso, não é permitido faturar qualquer valor acima de R$ 60.000,00 anualmente. Caso isso aconteça, a empresa deverá fazer a transição para empresa individual. Outra restrição é referente ao número de funcionários, que não pode passar de um. Em resumo caso o empreendedor queira contratar mais empregados, necessitará alterar o tipo de empresa para a contratação.
Sociedade Simples (SS): Em termos de abertura, formalização nos órgãos públicos e contrato social, apresenta semelhanças com a sociedade limitada. Uma individualidade específica com finalidade de Sociedade simples. Ela é a junção de prestadores de serviços para atividades científicas, técnicas e intelectuais em geral. Como por exemplo, arquitetos ou advogados podem escolher este formato ao iniciarem uma empresa, caso tenham sócios de área idêntica.
Sociedade Anônima (SA): As empresas sociedade anônima são empreendimentos com seu capital social divido em ações, distinto dos outros tipos de empresa, que utilizam o sistema de quotas. Outra característica que a diferencia é sua divisão em dois subtipos: SA de capital aberto: quando a empresa vende suas ações ao público através da bolsa de valores, geralmente entre instituições financeiras, bancos e corretoras; SA de capital fechado: Também tem o capital dividido em ações, particularmente reservado a sócios convidados e outros interessados. Mas seu capital não é aberto ao publico.
4. A Mortalidade das Empresas no Brasil nos Últimos Anos
Em uma pesquisa recente feita pela Confederação nacional da indústria (2017) , a pedido do Ministério da ciência e tecnologia, foi constatado que a grande maioria das MPEs – Micro e Pequenas Empresas brasileiras espalhadas no Brasil, está na contramão da economia mundial em relação a inovação tecnológica. Segundo a pesquisa, somente 6% dos micros e 14% das pequenas empresas investem em inovação aproximadamente 5% do seu faturamento tratando-se uma ferramenta de grande importância na manutenção da competitividade.
No caso brasileiro especificamente, segundo a pesquisa, isso está aumentando a distância tecnológica entre as empresas de pequeno porte e as grandes, gerando assim uma maior dificuldade futura, principalmente do que se refere à incapacidade de atender demandas como fornecedores das grandes empresas.
4.1 As principais Causas de Encerramento das Pequenas Empresas no Brasil
Fraca demanda das empresas em serviços tecnológicos: Essas empresas não correspondem ao cenário tecnológico atual, e esse atraso prejudica áreas importantes no mercado empreendedor, como o marketing, que necessita acompanhar o desenvolvimento de seus consumidores;
Dificuldade de encontrar parceiros no processo de produção: um dos métodos mais eficazes para alavancar o negócio de uma nova empresa é a parceria com outras firmas, de maneira que sejam benéficas para ambas as partes, essas empresas podem fazer acordos de marketing ou até mesmo criar um novo produto juntas, mas por não terem histórico empresarial torna-se quase que impossível uma parceria;
Dificuldade de conseguir fornecedores confiáveis: por serem calouras no mercado, as MPEs por muitas vezes acabam fazendo negócios com terceiros não compromissados, que entregam produtos danificados ou mercadorias trocadas, e esse atraso gera diversos tipo de prejuízos, como a perda de clientes por não ter o que vender;
Dificuldade de financiamento da produção (capital de giro): complicações em conservar a empresa operando com o capital de trabalho, ou seja, necessário para financiar a continuidade das operações. Como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais;
Acesso limitado a financiamento público para iniciar produção: dificuldades em obter capital inicial para a construção e desenvolvimento da empresa, como por exemplo, fundos suficientes para comprar o produto ou matéria-prima e ainda conseguir quitar as despesas e custos;
Inexperiência em termos de comercialização: Muitas firmas encerram suas atividades por não conhecer técnicas de vendas para atingir seu publico alvo, com isso acabam por perder negócios para concorrentes já veteranos no mercado;
Identificação limitada de potenciais usuários e compradores: A companhia por muitas vezes tem sua visão reduzida sobre possíveis consumidores por acreditarem não corresponder às necessidades de certos consumidoras;
Invisibilidade da empresa no mercado: O monopólio gerado pelas grandes empresas impossibilitam novos negócios de se desenvolverem, além de controlarem o preço de determinado produto na região, portam uma marca já conhecida pela população, ou seja, possuem a fidelidade dos clientes;
Mercado de difícil identificação: uma empresa pode não parecer muito clara sobre seu público alvo podendo assim interferir na imagem da mesma;
Falta de experiência gerencial: a má formação de novos gestores, que têm sua base de gerenciamento fundados em puros estudos e pouca prática cria uma visão muitas vezes distorcida do comércio atual.
4.2 A Importância da Empregabilidade para o País
Segundo informações apresentadas pela secretaria de formação e desenvolvidas profissional do ministério do trabalho (Brasil, 2000), a empregabilidade é estabelecida como um “conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e relações que tornam o profissional necessário não apenas para uma, mas para toda e qualquer organização”. Para Oliveira (1999), da expansão econômica surgiu à empregabilidade. “O conceito de empregabilidade estrutura-se, então, a partir de uma organização econômica que tem como característica a eliminação de postos de trabalho e aumento da competição entre trabalhadores”.
Uma abordagem muito semelhante foi feita por Mariotti (1999), contudo diferencia-se em relação aos parâmetros utilizados para o desenvolvimento da empregabilidade. A mesmas estaria centrada em dez parâmetros, sendo eles: auto percepção, desenvolvimento sistêmico, automotivação, capacidade física e mental, capital intelectual, integração razão-intuição, criatividade, capacidade de análise social, visão pessoal de competências interpessoais e futuro (capital relacional). Em outras palavras, pode-se dizer que a empregabilidade diz respeito à possibilidade de determinado indivíduo garantir sua inserção no mercado de trabalho em longo prazo, baseados em habilidades específicas, e também em consequência de um procedimento que proporciona aos indivíduos competências essências.
Para aumentar a empregabilidade, é necessário que profissionais em geral, estejam aptos do ponto de vista técnico, ou seja, capazes intelectualmente, humanamente e socialmente para solucionar problemas com rapidez, cada vez mais sofisticados e específicos. Portanto, torna-se vital a obtenção de novas habilidades e conhecimento para que o profissional seja capaz de trabalhar sempre se aprimorando.
Os conceitos de empregabilidade na visão de diversos autores remetem também a entender que o indivíduo é responsável pelo autodesenvolvimento, ou seja, cabe ao mesmo desenvolver suas habilidades e adquirir conhecimentos a fim de agregar uma vantagem competitiva, obtendo um diferencial que atraia oportunidades de trabalho.
5 Discussão e Conclusão
Conforme observados nos achados referenciados na pesquisa, autores como Carvalho (1999) descreve que a evolução tecnológica ocasionou nos últimos anos, uma revolução no mercado mundial, isto significa que a maneira das empresas que oferecerem seus produtos e que estão nos moldes tradicionais de trabalho, forçou essas organizações a adaptarem sua produção através de investimentos em grande escala, para elas pudessem corresponder às expectativas dos consumidores.
Desta forma, com esse novo modelo de produção totalmente tecnológico, contribui nos últimos quinze anos, à um aumento significativos em aberturas das MPEs – (Micro e Pequenas Empresas) pelo Brasil, conforme é demonstrado em relatório publicados pelo SEBRAE (2011), onde segundo a instituição, a participação dessas empresa nos PIBs – (Produto Interno Bruto) dos últimos anos, ficou na casa dos 25% .
Por outro lado e na contra mão, há também os fechamentos das empresas nos últimos anos, as principais causam segundo o SEBRAE (2011) o fechamento das micro e pequenas empresas no Brasil, foram basicamente, falta de planejamento, a falta de estudo de mercado consumidor, a inexperiência dos empreendedores, falta de estudo de seu publico alvo, dificuldades de parcerias nas compras de matéria prima, a dificuldade em adquirir financiamentos voltados para investimentos para máquinas e equipamentos a juros subsidiados pelo governo e o principal dentre outros, é a falta de treinamento de seus funcionários na área de venda. Ao compararmos com empresas de grande porte, isso é muito difícil de encontrar, isto porque devido a estrutura necessária e obrigatória de subsistência, as tornam muito mais enxuta e prestativa ao saber o que realmente acontece na sua empresa.
Como conclusão a pesquisa mostrou-se muito especifica e singular ao apontar conforme estudos de autores referenciados de que há muito nas pequenas empresas melhorarem principalmente na maneira de sua gestão e também na capacidade de investimentos em tecnologia, capazes de contribuir na diminuição de suas perdas e melhoras da sua produção.
O fato é único e não tem como voltar, os pequenos e médios empresários, necessitam urgente melhorar a sua aceitação na capacidade de implantação tanto de profissionais melhores capacitados como e principalmente em equipamento de gestão. Por fim, o estudo deixa a oportunidade de aprofundar-se em estudos futuros, em situações de estudos de casos reais, a fim de que as observações levantadas e apresentadas possam ser por menores confrontados e analisados.
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