TURISMO EM IGUAPE: HISTÓRIA E RIQUEZAS DO MUNICÍPIO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10626549


José Heleno da Silva Santos1
Kássia Kelly Alves da Silva1
Luís Gustavo Ribeiro1
Manoela da Silva Soares1
Nilson Machado da Silva Neto1
José Cristiano de Góis2


RESUMO
Neste artigo, temos o objetivo de mostrar a história e a grande capacidade de ser uma cidade exemplar na questão de turismo, a cidade de Iguape. Através da pesquisa de campo e um profundo estudo, analisamos a cidade e suas riquezas, história, população e o que podemos fazer para trazer sua riqueza histórica e capacidade para o conhecimento da população, não só da cidade em si, mas de toda a região do vale e do estado.
Palavras-chave: Iguape. Turismo. História. Riqueza. População.

ABSTRACT
In this article, we aim to show the great capacity to be an exemplary city in the matter of tourism, the city of Iguape. Through field research and an in-depth study, we analyze the city and its wealth, history, population and what we can do to bring its historical richness and capacity to the knowledge of the population, not only of the city itself, but of the entire valley region and the state.
Keywords: Iguape. Tourism. History. Wealth. Population.

INTRODUÇÃO

O estudo da história de um município transcende a mera narrativa de eventos passados, tornando-se um instrumento vital para compreender a tessitura de uma sociedade, suas dinâmicas, desafios e conquistas. No caso do município de Iguape, situado no estado de São Paulo, essa trajetória histórica se revela rica e multifacetada, marcada por um legado que ecoa desde suas origens primordiais até os dias contemporâneos.

Situado estrategicamente na região litorânea do estado, Iguape possui uma história profundamente entrelaçada com as dinâmicas costeiras e fluviais que moldaram sua identidade. Os primeiros registros da presença humana na área remontam aos povos indígenas que há séculos habitavam as margens dos rios e as áreas circunvizinhas, estabelecendo uma relação íntima e sustentável com o ambiente natural. A chegada dos colonizadores portugueses no século XVI, seguida pela expansão da economia açucareira e, posteriormente, pela exploração do ciclo do ouro, conferiu novos contornos à região e contribuiu para a diversificação de suas influências culturais.

No entanto, é durante o período colonial que Iguape ganha proeminência ao se tornar um relevante centro comercial e portuário. Sua localização privilegiada, à beira da vasta Baía de Iguape, conferiu-lhe papel central nas rotas marítimas que ligavam a região a outros pontos do país e do mundo. Tal importância comercial impulsionou não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a confluência de culturas diversas, como a portuguesa, africana e indígena, que contribuíram para a formação do mosaico sociocultural peculiar que caracteriza a cidade.

No decorrer dos séculos XIX e XX, Iguape testemunhou transformações significativas em sua estrutura urbana e econômica. A economia local transitou de atividades ligadas à produção agrícola e extrativista para um maior foco na pesca e no turismo, aproveitando as belezas naturais e a rica biodiversidade que cercam o município. O patrimônio arquitetônico preservado, que inclui igrejas coloniais e casarios históricos, atesta a relevância cultural e arquitetônica de Iguape ao longo dos anos.

Problematização

Embora a região de Iguape possua um grande potencial turístico, a atividade turística na região enfrenta alguns desafios e problemáticas.

Sendo o principal, a falta de conscientização e comprometimento da população local com a atividade turística também sendo este um fator limitante. Muitas vezes, a população local não compreende a importância do turismo para a economia local e não se engaja na oferta de serviços e produtos turísticos.

Portanto, para superar esse desafio e potencializar o turismo na região do Vale do Ribeira é crucial a conscientização da população local sobre a importância do turismo para a economia da região.

Justificativa

O turismo histórico em Iguape, é uma experiência enriquecedora que permite aos visitantes conhecer um pouco mais sobre a história do Brasil enquanto desfrutam das belezas naturais e culturais da região. É uma região cheia de pontos turísticos que muitos de nós ainda não conhecemos, está localizado no sul do estado de São Paulo, esta região que possui uma vasta história marcada por diversas culturas e povos que por aqui passaram.

Um dos principais atrativos do Vale do Ribeira é o centro histórico da cidade de Iguape, que foi tombado pelo patrimônio histórico nacional. A cidade, fundada em 1538, tem em sua arquitetura colonial um verdadeiro tesouro a ser descoberto pelos visitantes. Entre as principais atrações estão a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1647, e a Igreja do Rosário, que foi erguida em 1779 pelos escravos.

Objetivo Geral

Analisar o turismo local e com base na coleta de dados demonstrar meios de fortalecer a economia e a cultura iguapense, utilizando a mesma pesquisa para apresentar à população a sua própria riqueza, natural ou histórica demonstrando meios de como tirar proveito das riquezas naturais e culturais através do turismo de forma sustentável.

Objetivo específico

  • Pesquisar sobre o turismo e a história de Iguape;

  • Desenvolver teoricamente como podemos construir o conhecimento para a valorização das riquezas, da cultura e dos saberes do território de Iguape;

  • Realizar a análise qualitativa para entender como fomentar e impulsionar a economia de Iguape através do turismo;

  • Mostrar através da pesquisa de campo o impacto positivo em toda a cadeia produtiva do turismo, especialmente pequenos produtores, restaurantes, artesãos, pescadores e comerciantes em geral da cidade Iguape.

DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

Turismo: conceito, definição e importância

Turismo é o conjunto de atividades que envolvem o deslocamento de pessoas de um lugar para outro, seja ele doméstico ou internacional. Ele está ligado a diversos segmentos, entre eles, o turismo de consumo: onde são organizadas excursões com o objetivo principal de fazer compras; o turismo religioso: realizado para encontros em regiões com tradição religiosa; o turismo cultural, o turismo rural, o turismo ecológico etc.

São consideradas turistas as pessoas que saem de seu país ou região para uma viagem de visita a outro país, estado ou região por um período não superior a doze meses sem que a intenção principal seja desenvolver uma atividade remunerada. O turismo tem grande importância na economia mundial, pois a chegada de turistas aumenta o consumo, a produção de bens e serviços e principalmente a necessidade de criação de novos empregos. O Dia Mundial do Turismo é comemorado no dia 27 de setembro.

Definição

O turismo possui diversas definições que foram sendo elaboradas e se tornando cada vez mais abrangentes na medida em que os estudos a respeito dessa atividade de deslocamento avançaram. Uma das mais utilizadas é a proposta pela Organização Mundial do Turismo (OMT), uma agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU).

A OMT define turismo como sendo um fenômeno de aspecto social, cultural e econômico diretamente relacionado com o deslocamento de pessoas para lugares fora do seu ambiente pessoal, seja uma localidade próxima, seja até mesmo outro país. A essas pessoas dá-se o nome de visitantes, nomenclatura que inclui turistas e excursionistas, residentes ou não residentes. O turismo diz respeito às atividades desses indivíduos assim como às suas despesas com serviços, como transporte, hospedagem e comércio.

A motivação das viagens e das atividades turísticas abrange um espectro muito amplo que vai do lazer e recreação à saúde.

Importância

Como sendo uma atividade econômica cada vez mais significativa, a importância do turismo reside, em parte, na receita gerada por esse setor para as economias nacionais e locais. A indústria do turismo, como é chamada, abarca diversos serviços como transporte, hotelaria e alimentação, responsáveis por um grande contingente de mão de obra. Além disso, o setor movimenta indiretamente outras áreas, como o comércio formal e informal e diversas atividades dos circuitos locais da economia, gerando emprego e renda.

A recepção de visitantes demanda infraestrutura adequada e a sua manutenção periódica, gerando benefícios em médio e longo prazo para a estrutura do local propriamente dita, bem como o melhoramento da rede de transportes, de energia elétrica, de comunicação, além da conservação de sítios históricos, monumentos, praças e locais de grande circulação de pessoas. As melhorias podem ser sentidas também pelas populações que vivem em áreas turísticas e fazem uso de tais serviços diariamente.

O Turismo no Brasil

O Brasil possui um vasto potencial turístico devido à sua diversidade cultural e suas belas paisagens naturais, porém esse potencial ainda não é plenamente aproveitado. Embora represente apenas 1% do turismo mundial, o Brasil tem visto mudanças nesse cenário. Entre 1995 e 2000, houve um aumento significativo no número de turistas, elevando sua posição global de 43º para 29º lugar. Além do turismo interno, que atrai cerca de 26,6 milhões de pessoas anualmente, o aumento de brasileiros viajando para o exterior foi impulsionado pela estabilidade econômica e pelo valor do dólar.

O turismo tem relevante potencial econômico, social, cultural e ambiental, estabelecendo uma interligação entre esses aspectos. Segundo o IBGE, o setor pode gerar empregos indiretos e contribuir para a economia. No entanto, o crescimento significativo do turismo no Brasil requer investimentos substanciais, não limitados apenas à construção de hotéis. A infraestrutura aeroportuária, de comunicação, lazer e rodovias precisa ser desenvolvida. O país também deve preservar seus patrimônios históricos.

O Rio de Janeiro se destaca como a cidade mais procurada por turistas a lazer. O turismo tem o potencial de impulsionar regiões voltadas para atividades primárias e subsistência, como o litoral nordestino. Em 2009, os principais países de origem dos turistas que visitaram o Brasil foram Argentina, Estados Unidos, Itália, Alemanha, França, Uruguai, Portugal, Paraguai, Espanha e Inglaterra.

Vale notar que tanto o turismo interno quanto o externo são afetados por flutuações econômicas e cambiais. A desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar e ao euro encarece as viagens internacionais, levando ao aumento do turismo interno e à redução do externo.

O Vale do Ribeira

O Vale do Ribeira possui riqueza em biodiversidade, história e conhecimento das comunidades tradicionais. Com mais de 20% dos remanescentes de Mata Atlântica do Brasil e diversas áreas protegidas, a região abriga comunidades caiçaras, indígenas Guarani e comunidades quilombolas. Em 2019, um programa estadual foi lançado visando melhorar a renda, emprego e qualidade de vida na região, sendo o turismo parte integrante dessa iniciativa, diversificando a oferta turística.

Recentemente, a maior faixa contínua de Mata Atlântica no Brasil tornou-se uma Grande Reserva da Mata Atlântica, abrangendo uma vasta área de floresta tropical do sul de São Paulo a Santa Catarina. Com montanhas, cavernas, cachoeiras, praias, cidades coloniais e biodiversidade, a iniciativa visa promover o desenvolvimento sustentável, usando a conservação ambiental e cultural como base.

Os parceiros dessa reserva estão trabalhando para mostrar que essa riqueza pode impulsionar a economia ao mesmo tempo em que conserva a natureza. O turismo responsável é destacado como um caminho crucial para alcançar esse objetivo, e uma pesquisa qualitativa se concentra no turismo e na história de Iguape.

História do município de Iguape/SP Sambaquis

Os primeiros habitantes da região onde hoje fica Iguape são conhecidos como "Homens do Sambaqui", povos muito primitivos que não conheciam sequer o arco e flecha e que viveram ali antes da chegada de índios com culturas mais avançadas. Sambaqui é o nome dado a grandes montes de conchas de ostras e marisco, depositadas ao longo de centenas ou talvez milhares de anos no mesmo lugar, e que eram consideradas como sendo locais mágicos.

Mais tarde, após a extinção dos Homens de Sambaqui, os índios que viriam a dar origem à tribo Temiminé passaram a enterrar seus mortos nesses sambaquis, dentro de grandes potes de barro chamados igaçabas, juntamente com os pertences dos mortos. Existem vários sambaquis no complexo estuarino-lagunar de Iguape e Cananeia, sendo o de mais fácil acesso o sítio arqueológico "Benedito Fortes", onde está localizada a "Caverna do Ódio", próximo à ponte que dá acesso ao município de Ilha Comprida, a pouco mais de um quilômetro do centro da cidade. Até hoje, encontram-se vestígios de ações destes grupos indígenas, representados através da estratigrafia, que mostra a sobreposição de camadas correspondentes às diversas ocupações humanas, com a presença de manchas de carvão das fogueiras, sambaquis com até 5.000 anos, restos ósseos de peixes e de pequenos animais, e carapaças de moluscos e crustáceos.

Início da colonização europeia

Em 1494, o Tratado de Tordesilhas firmado entre Portugal e Espanha estabelecia a dimensão de suas posses recém-descobertas, inclusive nas terras americanas. O tratado definia, como linha de demarcação, um meridiano 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde, passando sobre o território de Iguape. Possivelmente desde 1498, já vivia, na região, o aventureiro espanhol Ruy Garcia Moschera, a quem é oficialmente atribuída a fundação do município. Moschera vivera anteriormente no Rio da Prata e se instalara ali possivelmente por ser aquela uma região de disputa entre espanhóis e portugueses. Por volta do ano 1502, o degredado português Cosme Fernandes, conhecido como "Bacharel de Cananeia", também se tornou uma figura poderosa na região, vindo a possuir muitos escravos e não prestando obediência à coroa portuguesa.

Em 1532, pouco depois de chegar ao Brasil, Martim Afonso de Sousa ordenara a desocupação por Moschera e pelo Bacharel do território onde hoje está Iguape, que pertenceria à coroa portuguesa. Não sendo atendido, ordenou uma expedição chefiada por Pero de Góis que deveria executar a desocupação à força. Informados sobre a expedição, Moschera e o Bacharel, apoiados por indígenas flecheiros carijós, capturaram um navio corsário francês e desbarataram a força portuguesa. Entre os anos de 1534 e 1536, as forças de Moschera e do Bacharel destruíram a vila de São Vicente, matando a maior parte da população, libertando os prisioneiros e incendiando o cartório onde estavam os registros oficiais do município, levando inclusive o Livro do Tombo, fonte oficial de informação sobre a região de Iguape e sobre seus fundadores. Após os ataques, Moschera retornou ao rio da Prata.

A povoação de Iguape continuou sob o domínio do Bacharel Fernandes e teve sua primeira igreja, em homenagem a Nossa Senhora das Neves, construída em 1537. A data de fundação de Iguape foi estabelecida em 3 de dezembro de 1538, ano em que Iguape e Cananeia se separaram. Em 1577, o povoado foi elevado à categoria de "Freguesia de Nossa senhora das Neves da Vila de Iguape", ano em que foi aberto o primeiro livro do tombo da Igreja de Nossa Senhora das Neves.

Mudança de local

Existente até o primeiro quartel do século XVII onde hoje está a vila de Icapara, a falta de água potável, a falta de espaço para expansão e eventuais ataques piratas levaram à transferência da freguesia para uma área alguns quilômetros ao sul por ordem do fidalgo português Eleodoro Ébano Pereira. Ainda no século XVI, haviam sido descobertos os primeiros sinais de ouro na região do Vale do Ribeira. Devido à sua abundância, a procura logo se intensificou e, rapidamente, a exploração do ouro de aluvião se tornou a principal atividade econômica do município. Para evitar o contrabando e intensificar a cobrança de impostos pela coroa portuguesa, foi fundada, por volta de 1630, a Casa de Oficina Real de Fundição de Ouro, que é considerada a primeira do gênero no Brasil.

Em 1647, no auge da riqueza proporcionada pelo ouro, Iguape transformou-se em um centro de peregrinação. Na descrição do aparecimento da imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape, dois índios que iam a caminho da Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém acharam um vulto desconhecido rolando nas ondas, e levaram-no para a praia, onde cavaram um buraco e o colocaram em pé com o rosto para o nascente. Ao retornar, os índios acharam a imagem no mesmo lugar, mas com o rosto virado para o poente, e acharam estranho não haver vestígio sequer de que alguém o tivesse movido. A notícia se espalhou e a imagem foi levada para um riacho no sopé do Morro do Espia, onde, sobre as pedras, foi banhada para lhe retirar o sal marinho e ser encarnada novamente. Depois de ser decorada, foi entronizada no altar- mor da antiga Igreja de Nossa Senhora das Neves.

Na década de 1780, foi dado início à construção da nova igreja matriz, haja vista a outra estar em precárias condições. Feita de argamassa, óleo de baleia e pedras retiradas da face marítima do morro, todo o trabalho era executado pela população, voluntária e gratuitamente. Em 1798, as obras estavam avançando lentamente, e em 1800, estas pararam, retornando em datas esporádicas. Em 1822, foram contratados, no Rio de Janeiro, um mestre e três canteiros e, em agosto do mesmo ano, recomeçou-se a obra. A igreja foi concluída em julho de 1856, e no dia 8 de agosto do mesmo ano, foram trasladadas as imagens da antiga igreja para a nova Igreja Matriz. Em 3 de abril de 1848, a vila fora elevada à categoria de cidade, com o nome de "Bom Jesus da Ribeira", no ano seguinte modificado para "Bom Jesus de Iguape".

Cultura e Economia: Arroz e o Valo Grande

Com o esgotamento das minas e com o descobrimento de ouro no interior do Brasil, o município rapidamente entrou em declínio, voltando depois a crescer com o desenvolvimento da indústria de navegação e com a plantação de arroz. A partir daí, Iguape iniciou um período de riqueza e atingiu seu ápice de desenvolvimento em meados do século XIX, com a construção dos principais casarões que ainda hoje podem ser vistos no centro histórico, com dois portos movimentados, teatros, quatro jornais diários e o vice-consulado português. Iguape havia se tornado um dos principais do município do sul do Brasil, a ponto de, em 1841, o ainda adolescente imperador dom Pedro II ter concedido a Antônio da Silva Prado, político e senhor de terras, o título de Barão de Iguape.

Até meados do século XIX, Iguape sempre havia sido uma espécie de península, com o Rio Ribeira de Iguape serpenteando até quase três quilômetros do mar e depois retornando para o interior, só encontrando sua foz muitos quilômetros adiante. As sacas de arroz que vinham da zona rural eram descarregadas no Porto do Ribeira, fluvial, de onde eram transportadas em lombo de burro ou carroças por aproximadamente três quilômetros até o Porto Grande, marítimo, onde eram embarcadas para exportação. O inconveniente de se ter de transportar o arroz por terra em um trecho tão curto levou à ideia e se construir um canal que ligasse o rio ao mar, permitindo assim o transporte direto do arroz até as embarcações de grande porte. Após décadas de debates sobre o melhor local para a construção do canal, decidiu-se pelo trecho mais curto, que era também o mais arenoso e, portanto, mais fácil de ser construído.

O canal foi construído por escravos por mais de duas décadas e começou a ser utilizado em 1852. Inicialmente um canal estreito, com cerca de quatro metros de largura, o canal rapidamente começou a alargar, não resistindo à imensa corrente de água. Por volta de 1900, com a contenção das margens, controlou-se o controle do fluxo de água no canal, mas O Mar Pequeno ficou assoreado, o que acabou impedindo a entrada de navios grandes no porto. O porto da cidade já não podia ser utilizado por embarcações de maior calado, impedindo assim a saída do arroz e levando à decadência da cultura de arroz da cidade. Além disso, o atalho encontrado pelo rio através do canal acabou influenciando fortemente o ciclo de cheias que inundavam a região periodicamente e que a tornavam tão fértil. O impacto causado pelo Valo Grande, o declínio da cultura de arroz e os problemas políticos levaram à decadência do município no final do século XIX. De um importante centro agroexportador, a cidade foi aos poucos perdendo importância.

Imigrantes

No final do século XIX e início do século XX, imigrantes vindos principalmente da Itália e do Japão chegaram a Iguape através de colônias implantadas pelo governo federal e estatual. A cidade ganhou assim uma marcante influência desses colonos, especialmente dos japoneses, que hoje respondem por mais de 10% da população da cidade e tem bastante influência na produção agrícola e na indústria pesqueira.

Através do Decreto Número 6 455, de 19 de abril de 1907, o governo federal criou o Serviço de Povoamento do Solo Nacional, devido à ineficácia alguns estados da federação em não possuir capital para criar e manter núcleos coloniais, ficou então determinado mediante o Decreto Número 6 479 de 16 de maio de 1907, que a União poderia intervir no estado com relação aos assuntos de imigração e colonização, haja vista, a negativa do governo paulista em ceder terras nesta região, alegando questões econômicas e estratégicas.

Houve a substituição por terras devolutas (50.000 hectares.), situadas no Vale do Ribeira, na época comarca de Iguape, cedidas oficialmente no ano de 1912 ao Tokyo Sindicate (Sindicato de Tóquio) representado por Ikutaro Ayoagui e que, um ano depois, veio se transformar na Brazil Takushoku Kaisha (Companhia Colonizadora do Brasil Ltda.), autorizada pelo decreto n° 10.248 de 2 de junho de 1913, a exercer suas atividades em solo brasileiro. As terras da região passaram a ser exploradas a partir de 1913, pela lei n° 43, de 21 de outubro de 1913, presente no Livro de Registro de Leis da Câmara Municipal de Iguape, a qual autoriza o prefeito, coronel Antônio Jeremias Muniz Junior, a adquirir o sítio Jipovura, para ser doado a Brazil Takushoku Kaisha, a fim de ali ser fundado um núcleo colonial, com objetivo de desenvolver a principal atividade econômica da região, o cultivo do arroz.

Dessa forma, surgiram os núcleos coloniais de Registro, Sete Barras e Katsura (Jipovura) que formavam a Colônia de Iguape. Dentre estes núcleos destacava-se a Colônia de Katsura, criada em 9 de novembro de 1913, no bairro Jipovura, considerada o marco zero da colonização japonesa no Brasil. Inicialmente, a primeira comunidade foi chamada de Katsura Shokuminchi ("Colônia Katsura"), em homenagem ao Primeiro-Ministro do Japão na época, Katsura Taro, um dos grandes incentivadores da imigração japonesa para o Brasil.

Após anos de prosperidade, a colônia acumulou infraestrutura invejável para a época, havia escola, ambulatório médico, agência de correio, fábrica de beneficiamento de arroz, estabelecimentos comerciais, alojamentos para hospedar imigrantes, escola mista japonesa e brasileira, inclusive um porto, com viagens regulares dos barcos a vapor da Companhia de Navegação Fluvial Sul Paulista. A maior parte desta estrutura era financiada pelo capital japonês da Brazil Takushoku Kaisha. Por isso, a Lei Federal Nº 11.642, de 11 janeiro de 2008, decretou que o município de Iguape é considerado o "berço da colonização japonesa no Brasil"

Pontos turísticos potenciais

Basílica Bom Jesus de Iguape

Na década de 1780 foi iniciada a construção da nova Igreja Matriz, pois a antiga capela, estava em condições precárias. A planta foi encomendada no Rio de Janeiro, custando mil réis, cuja obra executada pelo mestre canteiro Euzébio da Cunha Paiva, só foi concluída 80 anos depois. Em estilo colonial, feita de argamassa, óleo de baleia e pedras retiradas da face marítima do morro, as quais eram transportadas em canoas e depositadas próximas à obra, as pedras maiores que não cabiam nas canoas eram carregadas em carroças, todo o trabalho era executado pela população, voluntários e gratuitamente, sendo apenas oferecido a cada trabalhador a quantia de 80 réis para gastos com alimentação e cada bairro fornecia semanalmente vinte trabalhadores.

Nos domingos e dias santos, depois da Missa Conventual, dirigiam-se a orla, a alta sociedade Iguapense e toda a população. O Reverendo Vigário era o primeiro a carregar uma pedra e ir depositá-la no lugar da obra, exemplo que todos seguiam e um trabalho que demorava por volta de duas horas. Os alicerces com vinte palmos de profundidade, por doze palmos de largura, também foram trabalhados pelo povo.

Em 1798, as obras estavam avançando lentamente, e em 1800, estas pararam, retornando em datas esporádicas. Entre os anos de 1816 e 1821 foi mandado construir em Santos, grande quantidade de cantaria, as quais vieram numeradas a fim de serem colocadas em locais específicos. Em 1822 foram contratados no Rio de Janeiro, um mestre e três canteiros, e em agosto do mesmo ano, recomeçou-se a obra, ajudada pelo povo.

O Reverendo Vigário, auxiliado pelos Sargentos-mores Bento Pupo de Gouveia e Bartolomeu da Costa Almeida e Cruz, fizeram uma subscrição onde o dito Bartolomeu da Costa contribuiria com um conto de réis, em dez prestações de cem mil réis anualmente e o Capitão-mor José Antônio Peniche, a telha necessária para cobrir a igreja, porém, devido seu falecimento, sua esposa e filhos contribuíram com um conto e duzentos mil réis em dinheiro. A irmandade do Senhor Bom Jesus, também entrou com o capital que havia em caixa, na importância de noventa e quatro mil e duzentos réis, e pôr fim a obra foi auxiliada pelo governo, através da lei n°13 de 17 de julho de 1852, foi concedida a metade da receita proveniente da contribuição do canal do Valo Grande, que era de vinte réis por alqueire de arroz exportado para fora do município de Iguape. Desta forma, a igreja foi concluída, em estado de receber a bênção no dia 27 de julho de 1856, e no dia 8 de agosto do mesmo ano, foram trasladas as imagens da antiga igreja para a nova Igreja Matriz. Até esta data, a matriz de Iguape estava sob invocação de Nossa Senhora das Neves, mas por respeito a essa nova matriz, através da lei n°11 de 3 de março de 1858, declarado que a Igreja Matriz desta paróquia ficasse sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Iguape.

No ano de 1956, por determinação papal, a igreja do Senhor Bom Jesus de Iguape foi elevada à categoria de Basílica. Nela, se encontram as imagens do Senhor Bom Jesus de Iguape e de Nossa Senhora das Neves, padroeiros de Iguape, que atrai milhares de romeiros todos os anos, entre os dias 28 de julho e 6 de agosto. Em 1975, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Iguape foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico).

História da Imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape

Ela foi embarcada em um navio português em 1647 com destino ao Brasil. Próximo de Pernambuco, o navio foi atacado por inimigos e para evitar que a imagem fosse destruída e profanada, o comandante colocou-a em uma caixa de madeira, juntou algumas garrafas de azeite e jogou-a ao mar. Alguns meses depois, Francisco de Mesquita, morador da Praia da Jureia, mandou dois índios para a Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém.

Estes, ao passarem pela Praia do Una, acharam junto ao rio Passauna, um vulto desconhecido rolando nas ondas, e levaram-no para a praia, onde cavaram um buraco e o colocaram em pé com o rosto para o nascente e assim deixaram com um caixão, cera do reino e umas botijas de azeite doce, os quais se encontravam afastados do local.

Ao retornar, os índios acharam a imagem no mesmo lugar, mas com o rosto virado para o poente e acharam estranho não haver vestígio sequer de que alguém o tivesse movido. Logo que chegaram ao sítio de seu administrador, contaram o fato e a notícia se espalhou, e assim que se soube pelos vizinhos, resolveram que Jorge Serrano e sua mulher Anna de Góes, seu filho Jorge Serrano e sua cunhada Cecília de Góes, iam ver o que foi contado pelos índios, acharam a santa imagem, a colocaram em uma rede e a trouxeram alternadamente entre eles, até o sopé do morro da Juréia, local conhecido como rio Verde, onde foram alcançados por moradores vindos da Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, que souberam da notícia, e os ajudaram no transporte até o alto do morro, onde estes prosseguiram até a barra do rio, no bairro Barra do Ribeira, onde os moradores da então vila de Iguape foram buscar a imagem.

Então ela foi levada para um riacho, no sopé do Morro do Espia, onde sobre as pedras, foi banhada para lhe retirar o sal marinho e ser encarnada novamente. Após ser decorada, a imagem foi entronizada no altar-mor da antiga Igreja de Nossa Senhora das Neves, em um sábado, no dia 2 de novembro de 1647.

No mesmo tempo em que foi achada a imagem na praia, foram vistas pelo Padre Manoel Gomes, Vigário da Ilha de São Sebastião, cruzar o mar de Norte a Sul, seis luzes iluminando uma grande circunferência, segundo disse o Vigário ao Reverendo Padre Antonio da Cruz, religioso da Companhia de Jesus, e que seja transmitida a todos, e estes louvem ao Senhor como convém, segundo a profecia: Orietur vobis Sol justitiae, et sanitas in pennis ejus (Para vós nascerá o Sol da justiça, e estará a salvação sob as suas asas - Ml 4,2). Este riacho ficou conhecido como Fonte do Senhor e segundo a lenda, a pedra sobre a qual a imagem foi banhada cresceu continuamente, dando origem ao Senhor Bom Jesus de Iguape.

História mirante do Cristo Redentor

No dia 10 de dezembro de 2023, a imagem do Cristo Redentor, localizada no Morro da Espia, completará 70 anos de existência. A estátua foi encomendada ao escultor José Rosasco pelo então prefeito Casimiro Teixeira, tio do Sr. José Teixeira Martins, sendo transportada num caminhão Dodge verde, que pertenceu ao falecido industrial Sr. Dário Martins, pai do Sr. José Teixeira Martins, da empresa Epimil – Entreposto de Pesca e Indústria de Manjuba Iguapense Ltda, que era utilizado para transportar manjuba para o Mercadão de São Paulo (depois Ceasa).

Foram feitas duas viagens. Primeiramente, o Sr. José Teixeira Martins, então com apenas 17 anos, juntamente com o motorista Sr. Onésio Osório de Oliveira, que contava 25 anos, foram a um depósito em São Paulo e colocaram sacos de cimento no fundo do caminhão. Depois se dirigiram para a rua Joaquim Floriano, no Itaim Bibi, onde pegaram as peças do Cristo Redentor, que foram colocadas em cima dos sacos para não baterem durante o transporte. Na época, a viagem levava até 10 horas, pois ainda não havia a BR-116. Existiam balsas em Iguape, Registro e Juquiá. O percurso era de terra no trecho de Iguape, Pariquera-Açu, Registro, Juquiá, Tapiraí, Alto de Piedade, Piedade e Ibiúna, e asfalto em Cotia e São Paulo.

Quando a estátua estava sendo descarregada, um braço tombou, mas não chegou a cair no chão, e por pouco não atingiu o sr. José Teixeira Martins. A estátua era composta por várias partes: duas do tronco, dois braços e a cabeça. Foi descarregada perto da antiga Usina Elétrica, no sopé do morro. Dali foi colocada numa padiola e conduzida por caminho íngreme para o alto da Santa Cruz, onde foi montada sobre grande pedestal. A Santa Cruz era uma grande cruz de madeira, que fora levantada pelo sr. José Gonçalves. A obra de montagem foi iniciada no dia 21 de agosto de 1953 pelos pedreiros e construtores Antônio e Humberto Pacca. Para ser bem avistada, foi colocada iluminação direta na estátua e outras coloridas na amurada em frente.

No dia da inauguração, 10 de dezembro de 1953, houve grande festa na cidade e bênção da imagem pelo padre Branislau, com a presença do governador do Estado Lucas Nogueira Garcez. O motorista do caminhão, sr. Onésio Osório de Oliveira, mais conhecido como Osório de Oliveira, nasceu em Iguape em 3 de setembro de 1927 e faleceu em 29 de agosto de 2003, aos 75 anos, tendo sido casado com a sra Rosa A. de Oliveira, falecida. O casal deixou três filhas: Maria Conceição Pereira, Diná Oliveira de Lima e Lígia Oliveira Ramponi, além de netos e bisnetos.

O acompanhante sr. José Teixeira Martins nasceu em Iguape em 11 de setembro de 1935, hoje com 79 anos, casado com a sra. Lurdinha Ramos Martins e com três filhos: José Ignácio Martins, Adilson José de Jesus Martins e Edilene Maria Aparecida Martins e dois netos: Ingrid Dresch Martins e Renan Dresch Martins. Fica aqui uma homenagem às famílias desses dois iguapenses, em especial ao sr. Onésio Osório de Oliveira e ao sr. José Teixeira Martins, que fizeram parte desta histórica empreitada.

Praia da Juréia

A Praia da Juréia, é um lugar de rica história e beleza natural. Seus cenários encantadores e águas cristalinas são acompanhados por uma narrativa que remonta a séculos passados. A região da Juréia foi inicialmente habitada por povos indígenas, que exploravam e viviam em harmonia com a exuberante natureza que a rodeava. Com o início da colonização portuguesa, a área testemunhou mudanças significativas em seu curso histórico.

Durante o período colonial, a praia se tornou um ponto importante para atividades comerciais e de pesca. Os primeiros colonos estabeleceram comunidades próximas à costa, aproveitando os recursos marítimos e terrestres. Esse histórico de ocupação humana trouxe consigo um acervo cultural diversificado, refletindo nas tradições, gastronomia e formas de vida das comunidades locais.

Com o passar dos anos, ela viu seu papel evoluir. Além de suas atividades tradicionais, a área também começou a atrair turistas em busca de suas paisagens intocadas e atmosfera tranquila. A crescente valorização do turismo sustentável tem sido um elemento importante nesse processo, garantindo a conservação da natureza e a preservação das tradições culturais.

A Praia da Juréia também se destaca por sua importância ecológica. A região abriga uma variedade de ecossistemas, incluindo praias, manguezais, dunas e mata atlântica. Essa biodiversidade é fundamental para a saúde do ambiente local e para a manutenção de espécies ameaçadas.

Além disso, sua história está intrinsecamente ligada à formação da Grande Reserva da Mata Atlântica, uma iniciativa que busca promover o desenvolvimento sustentável enquanto preserva a riqueza natural e cultural da região. Essa perspectiva de conservação ativa traz esperança para a continuação do legado histórico e ambiental da Praia da Juréia.

Fonte do Senhor

A Fonte do Senhor, é um marco histórico e cultural que tem desempenhado um papel significativo ao longo dos anos. Com sua água cristalina e uma aura de espiritualidade, a fonte atrai moradores locais, peregrinos e turistas em busca de suas águas e de uma conexão com a história e a devoção que a envolve.

A Fonte do Senhor é envolta por lendas e tradições que datam de muitos séculos. Acredita-se que suas águas possuam poderes curativos e benéficos para a saúde, o que a transformou em um local de peregrinação para aqueles que buscam alívio físico e espiritual. Ao longo dos anos, muitos relatos de curas e milagres foram atribuídos à água da fonte, solidificando sua reputação como um lugar sagrado.

Além de seu aspecto espiritual, a Fonte do Senhor também possui relevância histórica. Ela faz parte das raízes coloniais da cidade de Iguape, que remontam aos tempos dos primeiros colonos e exploradores. A fonte serviu como um ponto de encontro, uma fonte de água vital e um símbolo de comunidade ao longo das gerações.

Com o tempo, a Fonte do Senhor passou por restaurações e cuidados para preservar sua estrutura e importância cultural. Ela é frequentemente palco de eventos religiosos, festas locais e celebrações tradicionais que mantêm viva a ligação entre o passado e o presente. A atmosfera tranquila e espiritual da Fonte do Senhor continua a atrair visitantes de todas as partes. Pessoas em busca de renovação espiritual, cura ou simplesmente um momento de reflexão encontram nesse local um espaço único onde a natureza e a história convergem.

A Pedra Que Cresce

A Pedra Que Cresce, é um fenômeno geológico e um tesouro natural que intriga e encanta todos que têm a sorte de testemunhá-la. Com sua forma única e a história que a envolve, a Pedra Que Cresce é um ponto de interesse que combina mistério e beleza em um só lugar.

Essa maravilha da natureza é uma formação rochosa curiosa, erguendo-se majestosamente da terra em um ângulo inclinado, lembrando uma espécie de "pedra em crescimento". Esse fenômeno único é resultado da interação de processos naturais, como erosão, sedimentação e ação do vento e da água, que esculpiram a pedra ao longo de milhares de anos.

A Pedra Que Cresce não é apenas um fenômeno geológico intrigante, mas também está envolta por lendas e histórias locais. Ao longo do tempo, ela tem sido fonte de inspiração para contos e mitos, enriquecendo sua aura de mistério e maravilha. Além de sua singularidade geológica e história cultural, a Pedra Que Cresce também oferece uma vista espetacular dos arredores, com a vastidão do horizonte e as paisagens naturais de Iguape se desdobrando diante dos olhos dos visitantes. A área ao redor da pedra muitas vezes é usada como um local para momentos de contemplação, fotografia e para desfrutar da beleza serena do entorno.

Museu Histórico e Arqueológico

Um português desterrado, Cosme Fernandes, é considerado seu fundador, em 1538, tendo sido auxiliado por índios das redondezas. No século XVII, intensificou-se a mineração do ouro na região, tendo a então a vila conhecido o seu primeiro ciclo econômico. Tanto que em 1635 foi fundada a Casa de Oficina Real da Fundição do Ouro, que é considerada a primeira Casa da Moeda do Brasil. Neste prédio funciona hoje o Museu Municipal de Iguape.

Localizado no Centro Histórico de Iguape, sua exposição Histórica conta com painéis gráficos e fotográficos, objetos e documentos sobre a escravatura e os Ciclos do Ouro e Arroz. Na exposição Arqueológica, encontram-se sinais da ocupação Pré- Colonial, como objetos líticos, ósseos e cerâmicos, confeccionados por grupos humanos da Pré História Brasileira, inclusive os dos “Pescadores Coletores do Litoral” que os “Sambaquis”, cujos vestígios mais antigos datam de cinco mil anos.

RESULTADOS DA PESQUISA

Este questionário destina-se ao levantamento de dados para o trabalho de conclusão de curso “Turismo em Iguape”, dos acadêmicos Jose Heleno da Silva Santos, Kassia Kelly Alves da Silva, Luís Gustavo Ribeiro, Manoela da Silva Soares e Nilson Machado da Silva Neto do 3º Módulo 2023/2 do curso - Técnico em Administração, da ETEC de Registro – Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.

Pergunta 1: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral (interna) - (geral)

Você é residente de Iguape? Você já visitou Iguape?

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Podemos analisar que + de 70% dos entrevistados e residente da cidade de Iguape, ou seja teoricamente tem um bom conhecimento da cidade. E na Pesquisa para os moradores do Vale do Ribeira em geral constatamos que mais de 80% já visitaram a cidade de Iguape.

Pergunta 2: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

Você considera que a cidade tem bons pontos turísticos para serem explorados? (interna) (geral)

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Na segunda pergunta, a pesquisa interna constatou que + de 80% dos residentes considera que a cidade tem bons pontos turísticos, ou seja, os moradores têm noção do potencial turístico, esse dado praticamente se repete na pesquisa geral onde 85% dos entrevistados também responderam sim.

Pergunta 3: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

A cidade conta com muitos hotéis e pousadas para receber os turistas? Pesquisa Interna Pesquisa Geral

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Já na terceira pergunta, na pesquisa com os residente temos respostas bem divididas cerca de 40% por cento dos entrevistados consideram que existem poucas pousadas/hotéis para acomodar os turistas, isso pode ser um bom indicativo de investimento em novas pousadas ou ampliação das que já existem, na pesquisa geral esta pergunta nos traz uma visão muito interessante, enquanto 20% considera que os hotéis da cidade não são o suficiente para atender o público, outra parte relevante, 36% se quer parou para prestar atenção nesse ponto, esta situação pode ser um sinal de um mau posicionamento do marketing desses hotéis.

Pergunta 4: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

Você considera que a cidade possuí uma boa estrutura para a recepção de turistas em períodos festivos?

Pesquisa Interna Pesquisa Geral

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Na pesquisa com os moradores, 48% dos entrevistados consideram que a cidade não tem estrutura adequada para atender os turistas, combinando com as respostas anteriores, isso nos demonstra que os moradores têm a visão negativa sobre a estrutura que os turistas têm ou que ela ainda poderia melhorar. Enquanto a visão geral pouco mais de 50% dos entrevistados consideram que a cidade tem estrutura para receber turista, porém cerca de 30% consideram que não, ou seja, reforça a ideia que existe uma possibilidade de crescimento nessa área.

Pergunta 5: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

Em períodos não festivos, a cidade conta com locais para passeios, visitas entre outras atividades para turistas?

Pesquisa Interna Pesquisa Geral

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Como se sabe, um dos picos do movimento de turistas na cidade é na época da festa do padroeiro. Na pesquisa interna podemos concluir que os moradores entendem que a cidade tem mais do que sua festa religiosa a oferecer, cerca de 60% dos entrevistados acham que a cidade conta com outra atividade/lugares em outras épocas do ano.

Já na pesquisa geral também tivemos um bom sinal, os visitantes consideram que a cidade tem mais a oferecer do que a as festas tradicionais, quase 70% das pessoas consideram que existe outras opções fora de períodos festivos.

Pergunta 6: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

A prefeitura oferece boas atrações para o público que vai visitar a cidade?

Pesquisa Interna Pesquisa Geral

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Mantendo uma consistência nesta pergunta, 60% consideram que sim, a prefeitura faz um bom trabalho oferecendo atrações ao público que visita à cidade. Na pesquisa geral praticamente resultados iguais, uma boa avaliação referente as atrações para o público ofertadas pela cidade, já que 62% das pessoas responderam positivamente, porém cabe ressaltar que existe uma grande margem para melhora.

Pergunta 7: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

Classifique os atendimentos nas lojas da cidade.

Pesquisa Interna


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Pesquisa Geral


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Qualquer cidade turística precisa ter um comércio qualificado e preparado apara atender o público, pensando nisso elaboramos uma pergunta que visa avaliar o atendimento prestado nos comércios, essa pergunta em especial tem resultados muito preocupantes, já que em uma escala de 1 a 5 a média na pesquisa com os moradores foi de apenas 3.24, diferente da pesquisa interna a geral teve uma avaliação bem melhor do comercio, chegando a quase 4, esse dado nos transmite uma visão de que o atendimento pode melhorar.

Pergunta 8: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

A cidade conta com lojas de artesanato/objetos para ficar de lembrança aos turistas de sua visita?

Pesquisa Interna Pesquisa Geral

Um dos pontos crucias para uma cidade turística é fazer com que o próprio turismo na cidade vire algo desejado, um momento que não pode ser passar em branco, algo que te deixa uma lembrança, qualquer cidade turística oferece suvenir, artesanatos, entre outros que remetem a cultura e a identidade do local.

De acordo com nossos resultados, quase 70% das pessoas acreditam que tem pouca ou nenhuma opção nessa área, como dito antes é crucial que para que uma cidade se desenvolva turisticamente, que se crie uma marca dessa cidade, que a viagem a ela se torne um desejo, um status, algo a se compartilhar. Uma das partes crucias para que uma cidade prospere turisticamente é ser lembrada.

Pergunta 8: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

Os pontos turísticos da cidade são conservados (pinturas, limpezas e cuidados com o patrimônio)?

Pesquisa Interna


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Pesquisa Geral


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Nesta pergunta temos um conflito, enquanto na pergunta 6 se tem uma visão positiva da prefeitura, na pergunta 9 já se tem uma visão ruim, quase 60% consideram que há pouca conservação dos pontos turísticos da cidade durante o ano, e que em apenas períodos festivos existe alguma conservação, um indicador de que um baixo números de turistas em outras épocas do ano podem ser causado pela falta de cuidado na cidade.

Já no questionário dos moradores do Vale do Ribeira em geral, houve um empate nas respostas, e analisamos que esta questão divide opiniões. 31% dos moradores do Vale do Ribeira afirmaram que a cidade é bem conservada, e outros 31% afirmaram que a cidade só é conservada em períodos festivos.

Pergunta 9: Pesquisa para os moradores de Iguape e pesquisa para o Vale do Ribeira em Geral

Em período de romaria, é oferecido algum tipo de apoio aos romeiros?

Pesquisa Interna Pesquisa Geral

Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Como já dito antes, as festas religiosas são importantes para o turismo da cidade, dentre dessas festas temos a romaria que, e claro, uma concentração tão grande de pessoas precisa receber uma boa infraestrutura, a visão interna da cidade nos mostra que de fato existe sim um bom apoio aos romeiros, quase 70% dos entrevistados confirmam isso.

Na pesquisa geral, moradores do Vale do Ribeira em geral, 36% afirmaram que existem apoios aos romeiros, enquanto quase 60% afirmaram nunca se quer ter prestado atenção nisso.

Pergunta 10: Pesquisa para os moradores de Iguape Quais tipos de apoio?

Quando perguntados sobre os tipos de apoio oferecidos aos romeiros, ainda que uma parte não saiba, aparecem diversas repostas, como recepção, apoio da igreja, consultoria, hospedagem, alimentação, banheiros, guias, estacionamento, ponto de apoio. Mas dentre as repostas algo que chama atenção é a falta de pontos públicos para acesso à internet, em mundo conectado o uso da internet pode ser um ótimo impulsionador/divulgador de uma cidade turística.

Pergunta 11: Pesquisa para os moradores de Iguape

O que você recomendaria de suporte e apoio aos romeiros?

Dentre as sugestões de melhorias no apoio, o que mais se destaca é falta de comunicação previa com os romeiros sobre o local para ficarem na época da festa.

Pergunta 12: Pesquisa para os moradores de Iguape Quais locais você conhece para visitar em Iguape?

É muito importante que o público interno conheça a cidade muito bem, afinal direta ou indiretamente eles divulgam a cidade para os outros, a fonte da cidade se destaca como sendo um dos pontos mais conhecidos, mas no geral constamos que a população conhece muito bem os pontos turísticos da cidade.

Pergunta 13: Pesquisa para os moradores de Iguape

No carnaval ou festa de agosto é feito algum tipo de campanha, visando ser mais explorado o turismo de Iguape?


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Sobre a divulgação das festas tradicionais da cidade, quase metade da população acredita que ela tem muito a melhorar, e como dito antes esse é um ponto crucial para o turismo.

Pergunta 14: Pesquisa para os moradores de Iguape

Como é o movimento dos comércios fora de temporada ou de festas?


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

É nítido que fora das épocas de festas tradicionais, o comércio tem uma redução drástica no seu movimento. Trabalhar medidas para contornar isso ou até estratégias que façam o comercio se adaptar a essa demanda maior nesse período e usar ela como uma cobertura para os momentos de baixa demanda é crucial para que a demanda seja alta, recebendo turistas em qualquer época do ano.

Pergunta 15: Pesquisa para os moradores de Iguape Há oportunidades empregatícios na cidade?


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Uma cidade com tanto potencial turístico em teoria, tem mais vagas de emprego do que pessoas para cobri-las, mas a visão interna dos moradores é bem diferente, em uma escala de 1 a 5 a média de oportunidades de emprego fica um pouco acima de 2 apenas, a falta de perspectiva e possibilidade de crescimento pode ser um fator desanimador e que esfria o desenvolvimento como um todo.

Pergunta 16: Pesquisa para os moradores de Iguape

Em período de temporada, há oportunidades de freelances ou trabalho temporário?


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Complementando a pergunta anterior, constatamos que apenas em épocas festivas que a emprego, porém apenas por um curto período.

Pergunta 17: Pesquisa para os moradores de Iguape

Quais locais de Iguape você indicaria para as pessoas visitar?

Alguns pontos da cidade se destacam na hora de serem apresentados, dentre eles o Cristo é o que mais se destaca sendo indicado por quase 50% dos entrevistados para ser visitado.

Pergunta 18: Pesquisa para os moradores de Iguape

Quais melhorias você gostaria de ver para valorizar o turismo da cidade?

Dentre as melhorias que poderiam ser feitas na cidade afim de atrair mais turistas, pontos relacionados com conservação se destacam, como limpeza, pintura, melhores informações, opções de restaurantes também se mostram bem relevantes.

Pergunta 19: Pesquisa para os moradores do Vale do Ribeira em Geral

Nos conte um pouco sobre sua experiência ao visitar a cidade e o que pode ser melhorado aos turistas.

Em relação a experiência dos turistas na cidade de Iguape, perguntamos o que poderia ser melhorado para uma experiência melhor no futuro e o que mais foi comentado, com 7% das respostas totais (4 pessoas), é que os pontos turísticos precisam de mais manutenção, a segunda resposta mais comentada foi em relação as ruas da cidade, com 7% de respostas também (4 pessoas).

Pergunta 19: Pesquisa para os moradores do Vale do Ribeira em Geral Em uma escala de 1 a 10, quanto você recomenda uma visita à cidade.


Fonte: equipe de pesquisa, 2023

Em uma escala de 0 a 10, Iguape tem uma média de 8.31 em relação a recomendação de visitação a cidade de Iguape.

Estratégias para impulsionar o Turismo: A Importância da Divulgação Regional

A prosperidade de uma região no setor turístico está intrinsecamente ligada à eficácia de suas estratégias de divulgação. A publicidade desempenha um papel crucial na construção da imagem de um destino, influenciando diretamente a decisão dos potenciais visitantes. Como Rocha (1995) salienta, a publicidade possui um projeto cultural que visa "influenciar", "aumentar o consumo", "transformar hábitos", "educar" e "informar", com o intuito de impactar a sociedade como um todo.

Infelizmente, em muitas regiões, a divulgação turística ainda é uma área subdesenvolvida. Iguape, por exemplo, carece de informações oficiais sobre seus pontos turísticos e atrativos. Sem uma presença efetiva na esfera da publicidade, a cidade perde a oportunidade de atrair um fluxo significativo de turistas, privando-se de um importante motor econômico e de desenvolvimento.

O primeiro passo crucial para reverter essa situação é estabelecer uma plataforma de comunicação robusta e acessível. A prefeitura e outras entidades responsáveis devem investir na criação de um portal informativo abrangente. Esse portal deve conter informações detalhadas sobre os pontos turísticos, acomodações, atividades e eventos locais. Dessa forma, os potenciais visitantes terão à disposição um guia completo e atualizado para explorar Iguape.

Além disso, é fundamental utilizar os meios tradicionais de comunicação, como televisão, rádio e mídia impressa, para promover os atrativos da cidade. Campanhas publicitárias bem planejadas e estrategicamente veiculadas têm o poder de alcançar um amplo público, despertando o interesse e a curiosidade sobre Iguape.

No entanto, não se pode negligenciar o potencial das plataformas digitais e das redes sociais. Em um mundo cada vez mais conectado, a presença online é imperativa. Investir em portais segmentados, sites de busca e uma forte presença nas redes sociais é essencial para alcançar um público diversificado e global. Estratégias de marketing digital bem elaboradas podem catapultar a visibilidade de Iguape, tornando-a um destino desejado para viajantes de todas as partes do mundo.

Em suma, a divulgação eficaz do turismo em uma região é um fator determinante para o sucesso do setor. Em Iguape, como em tantos outros destinos, é essencial investir em estratégias de marketing e comunicação que destaquem os atrativos locais e criem um ambiente convidativo para turistas. Ao adotar uma abordagem integrada que abarque meios tradicionais e digitais Iguape poderá alavancar seu potencial turístico, impulsionando o desenvolvimento econômico e cultural da região.

Pontos de Apoio ao Turista: Pilares da Experiência Turística

Uma viagem bem-sucedida não depende apenas de atrações turísticas e infraestrutura, mas também da presença efetiva de pontos de apoio ao turista. Esses centros desempenham um papel fundamental ao oferecer informações, orientações e assistência, contribuindo para a construção de uma experiência enriquecedora e memorável.

Os Centros de Atendimento ao Turista, conhecidos como CATs, são verdadeiros baluartes para os visitantes em destinos turísticos. Eles fornecem um canal direto para a obtenção de dicas sobre atrativos locais, sugestões de visitação e roteiros personalizados. Mais do que isso, os CATs são uma fonte valiosa de informações práticas, disponibilizando contatos úteis, endereços de hotéis, locais de compras e opções de alimentação.

O Ministério do Turismo tem desempenhado um papel crucial no apoio à criação e manutenção desses centros, compreendendo a relevância vital deles na garantia de uma viagem segura e confortável. Dados do Estudo de Demanda Turística Internacional revelam que a avaliação positiva do quesito "informação turística" no Brasil atinge, em média, impressionantes 88%.

Portanto, é imperativo que destinos turísticos, como Iguape, invistam na implantação e fortalecimento desses pontos de apoio. A presença estratégica desses centros em aeroportos, terminais rodoviários, centros urbanos e próximos a pontos turísticos é crucial para garantir que os visitantes tenham acesso às informações de que necessitam.

Além disso, a interconexão entre diferentes tipos de infraestrutura turística, como transporte, alojamento e serviços, é vital para criar uma experiência turística integrada e fluida. Um sistema de transporte público eficiente, aliado a acomodações bem localizadas, potencializa a satisfação do viajante e aumenta a competitividade do destino.

A sustentabilidade na construção e operação desses centros também é uma consideração crucial. A adoção de práticas sustentáveis, como o uso de materiais e energias renováveis, é fundamental para garantir que esses pontos de apoio não causem impactos adversos ao meio ambiente e às comunidades locais.

Ademais, a regularização e facilitação do acesso para ônibus e veículos turísticos são medidas cruciais para garantir uma experiência agradável aos visitantes. A fácil, acessível e não burocrática regulamentação da entrada e permanência desses veículos em Iguape, é um passo importante. No entanto, é imperativo que esse processo ágil e acessível, a fim de evitar entraves burocráticos que possam desencorajar potenciais visitantes.

Em resumo, os pontos de apoio ao turista são um componente essencial para o sucesso de qualquer destino turístico. Iguape e outras regiões devem investir na criação e fortalecimento desses centros, garantindo que os visitantes tenham acesso às informações e suporte necessário para desfrutar plenamente de sua estadia. Ao fazer isso, não apenas se promove uma experiência turística de alta qualidade, mas também se fortalece a competitividade e atratividade do destino.

Sinalização Turística: O Caminho para uma Experiência Memorável

A eficácia da sinalização turística é muitas vezes subestimada, porém, é um elemento crucial para a experiência dos visitantes em um destino. A implementação de placas informativas e mapas que indiquem os pontos turísticos não apenas facilita a navegação, mas também enriquece a jornada do turista, proporcionando uma experiência mais completa e gratificante.

Placas e mapas bem projetados desempenham um papel fundamental na orientação dos visitantes. Eles fornecem informações essenciais sobre a localização de pontos de interesse, atrações culturais, monumentos históricos e outros pontos turísticos, garantindo que os visitantes possam explorar o destino de forma independente e sem contratempos.

Além disso, uma sinalização turística bem elaborada contribui para a segurança e conforto dos visitantes. Ao saberem exatamente onde estão e como chegar aos principais atrativos, os turistas se sentem mais confiantes e preparados para aproveitar ao máximo a sua visita.

A sinalização adequada também desempenha um papel importante na preservação do patrimônio cultural e natural de uma região. Ao direcionar os visitantes para áreas específicas e fornecer informações relevantes, é possível minimizar os impactos negativos do turismo desordenado e garantir a conservação dos recursos locais.

Em destinos como Iguape, onde a rica herança histórica e as belezas naturais são pontos de destaque, a implementação de uma sinalização turística eficaz é ainda mais crucial. Placas e mapas devem ser estrategicamente posicionados em locais de grande circulação, como centros urbanos, áreas de interesse cultural e pontos de partida para atividades turísticas.

Além disso, a sinalização deve ser clara, de fácil compreensão e multilíngue, garantindo que os visitantes de diferentes origens possam se beneficiar das informações fornecidas. A utilização de tecnologias interativas, como códigos QR e aplicativos móveis, também pode enriquecer a experiência do turista, fornecendo informações adicionais e oportunidades de interação.

Em última análise, a implementação de placas e mapas que informem os pontos turísticos é um investimento valioso no sucesso do destino turístico. Ao proporcionar uma orientação eficaz e enriquecedora para os visitantes, não apenas se facilita a experiência do turista, mas também se contribui para a preservação e valorização do patrimônio local. Iguape e outras regiões devem priorizar o desenvolvimento e manutenção de uma sinalização turística de alta qualidade para assegurar o crescimento sustentável e a satisfação dos visitantes.

Desafios na Captação da Rede Hoteleira

A captação eficaz da rede hoteleira é um componente vital para o sucesso do setor turístico em uma região. Superar os desafios mencionados requer estratégias inovadoras, colaboração entre os diversos atores do setor e um entendimento profundo das necessidades e expectativas dos turistas. Para enfrentar os desafios de captação e sustentabilidade na rede hoteleira, é crucial adotar estratégias abrangentes que abordem diferentes aspectos do setor. Abaixo estão algumas soluções que podem ser implementadas:

Diversidade e Qualidade das Acomodações: Garantir uma oferta diversificada de acomodações, que atenda às diferentes preferências e necessidades dos turistas, é um desafio constante. Além disso, manter um padrão de qualidade elevado em todas as opções disponíveis é essencial para proporcionar uma experiência positiva aos visitantes. Os hotéis podem diversificar seus serviços e experiências para atrair diferentes perfis de hóspedes. Isso pode incluir pacotes turísticos, atividades de lazer, eventos temáticos e parcerias com atrações locais. Outro ponto importante é a personalização da Experiência do Hóspede: Oferecer um serviço personalizado e adaptado às preferências individuais dos hóspedes pode aumentar a satisfação e a fidelidade. Isso inclui desde a seleção de amenteis até o atendimento às necessidades específicas de cada hóspede.

Integração com Serviços de Apoio: Além da hospedagem, os turistas valorizam serviços adicionais, como transporte, alimentação e atividades de lazer. Integrar a oferta de hospedagem com serviços complementares de qualidade pode ser um desafio de coordenação e parceria entre diferentes setores do turismo.

Parcerias Estratégicas com Agências de Viagens e Plataformas Online: Colaborar com agências de viagens e plataformas de reserva online pode expandir a visibilidade do hotel e aumentar a taxa de ocupação. É importante estar presente em plataformas populares e manter uma boa reputação online.

Acesso à Informação e Reservas Online: Garantir que os estabelecimentos hoteleiros estejam adequadamente representados em plataformas de reservas online é fundamental para aumentar a visibilidade e atrair reservas. Isso exige habilidades técnicas e conhecimento das tendências digitais.

Adaptação às Tendências do Mercado: As preferências dos turistas estão em constante evolução, o que requer flexibilidade e capacidade de adaptação por parte dos hotéis. Antecipar e responder eficientemente a essas tendências é um desafio constante. A presença online é essencial para atrair um público mais amplo. Os hotéis devem investir em estratégias de marketing digital, incluindo presença nas redes sociais, anúncios online e otimização de mecanismos de busca.

Adoção de Práticas Sustentáveis: A sustentabilidade é um diferencial importante para muitos viajantes. Os hotéis podem implementar práticas sustentáveis, como gestão de resíduos, eficiência energética e uso responsável da água, e comunicar essas iniciativas aos hóspedes.

investimento em Treinamento e Desenvolvimento da Equipe: Funcionários bem treinados desempenham um papel crucial na satisfação do cliente, desde treinamento de atendimento até curso de línguas. Oferecer programas de treinamento e desenvolvimento contínuo pode melhorar a qualidade do serviço e a experiência do hóspede.

Avaliação e Melhoria da Experiência do Cliente: Coletar feedback dos hóspedes e usar essas informações para implementar melhorias é essencial. Os hotéis podem utilizar pesquisas de satisfação, comentários online e outras formas de feedback para entender as necessidades dos clientes.

Ao aplicar essas soluções, os hotéis podem não apenas atrair um público mais amplo, mas também garantir a satisfação e a fidelidade dos hóspedes, promovendo assim a sustentabilidade a longo prazo da rede hoteleira.

Manutenção dos Pontos Turísticos

Para enfrentar os desafios relacionados à manutenção dos pontos turísticos e garantir a preservação a longo prazo, é essencial adotar uma abordagem integrada que envolva diversas estratégias e a participação de diferentes partes interessadas. Aqui estão algumas soluções que podem ser implementadas:

  1. Estabelecimento de Fundos de Conservação: Criar fundos específicos destinados à conservação e manutenção dos pontos turísticos. Esses fundos podem ser alimentados por taxas de entrada, doações voluntárias e parcerias público- privadas.

  2. Programas de Educação Ambiental: Desenvolver programas de sensibilização e educação ambiental voltados tanto para os visitantes quanto para a comunidade local. Isso ajuda a promover a conscientização sobre a importância da conservação e incentiva práticas sustentáveis.

  3. Adoção de Práticas Sustentáveis de Gestão: Implementar planos de gestão sustentável que incluam estratégias para minimizar os impactos ambientais e culturais. Isso pode envolver a definição de limites de capacidade de carga, zonas de proteção e normas de conduta para os visitantes.

  4. Parcerias Público-Privadas: Estabelecer colaborações entre entidades governamentais, empresas privadas e organizações não governamentais para financiar e executar projetos de conservação e manutenção. Isso pode incluir a adoção de pontos turísticos por empresas locais.

  5. Voluntariado e Trabalho Comunitário: Envolver a comunidade local e voluntários na manutenção dos pontos turísticos. Isso pode incluir a realização de mutirões de limpeza, atividades de reflorestamento e monitoramento da fauna e flora.

  6. Desenvolvimento de Planos de Resiliência: Elaborar planos de contingência para lidar com desastres naturais e eventos climáticos extremos que possam afetar os pontos turísticos. Isso inclui a implementação de medidas de prevenção e ações de resposta eficazes.

  7. Estímulo ao Turismo Responsável: Promover o turismo responsável, incentivando práticas como o turismo de baixo impacto, o ecoturismo e o turismo comunitário. Isso ajuda a direcionar o fluxo de visitantes de forma mais sustentável.

  8. Investimento em Tecnologia e Inovação: Utilizar tecnologias inovadoras, como sistemas de monitoramento ambiental e soluções de gestão inteligente, para otimizar a manutenção dos pontos turísticos.

  9. Implementação de Códigos de Conduta para Visitantes: Estabelecer códigos de conduta claros e comunicá-los aos visitantes, destacando a importância do respeito ao ambiente e à cultura local.

  10. Avaliação e Melhoria Contínua: Realizar avaliações periódicas do estado dos pontos turísticos e do impacto das medidas adotadas. Com base nesses resultados, ajustar as estratégias de manutenção conforme necessário.

Ao adotar essas soluções de forma integrada e colaborativa, é possível promover a preservação e a sustentabilidade dos pontos turísticos, garantindo que as futuras gerações também possam desfrutar desses recursos de maneira responsável e consciente. A implementação de práticas sustentáveis não apenas preserva a beleza natural e cultural dos destinos turísticos, mas também contribui para o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste trabalho, exploramos as nuances e complexidades do Turismo Histórico em Iguape, uma vertente que transcende o mero ato de viajar, transformando-se em uma experiência imersiva que conecta os visitantes ao passado, enriquecendo a compreensão e apreciação do presente.

O estudo sobre Turismo Histórico em Iguape revelou sua significativa contribuição para a preservação cultural e o desenvolvimento local. A integração de estratégias sustentáveis é essencial, considerando a necessidade de equilíbrio entre preservação e inovação. A colaboração entre comunidades, setor privado e instituições é crucial para o sucesso.

O Turismo Histórico em Iguape, além de conectar passado e presente, exige um compromisso contínuo com a proteção do patrimônio cultural, garantindo experiências enriquecedoras para as gerações futuras.

Valorização da Experiência Imersiva: O Turismo Histórico em Iguape se destaca pela capacidade de proporcionar aos visitantes uma experiência imersiva única, transcendendo a simples viagem e oferecendo uma conexão profunda com o passado.

Contribuição para a Preservação Cultural: O estudo evidenciou a significativa contribuição do Turismo Histórico para a preservação da rica herança cultural de Iguape. A valorização desse patrimônio não apenas enriquece a identidade local, mas também desperta o interesse de visitantes, tornando-se uma ferramenta vital na preservação cultural.

Desenvolvimento Local Sustentável: A análise ressalta a importância da implementação de estratégias sustentáveis no Turismo Histórico em Iguape. O equilíbrio entre preservação e inovação é fundamental para garantir que o desenvolvimento local seja benéfico a longo prazo, respeitando tanto a história quanto o meio ambiente.

Colaboração Multissetorial: A eficácia do Turismo Histórico em Iguape está intrinsecamente ligada à colaboração entre comunidades locais, setor privado e instituições. A criação de parcerias sólidas e sinérgicas é crucial para o sucesso contínuo do turismo histórico, proporcionando benefícios tanto para os envolvidos quanto para os visitantes.

Compromisso Contínuo com a Proteção do Patrimônio: O Turismo Histórico não é apenas uma experiência momentânea; é um compromisso contínuo com a proteção do patrimônio cultural de Iguape. A responsabilidade de preservar e transmitir essa herança para as gerações futuras recai não apenas nas autoridades locais, mas em toda a comunidade.

Garantia de Experiências Enriquecedoras: O compromisso com a proteção do patrimônio cultural é central para assegurar que as futuras gerações desfrutem de experiências turísticas igualmente enriquecedoras. A implementação de práticas de gestão eficazes e o investimento em educação patrimonial são fundamentais para alcançar esse objetivo.

Em síntese, o Turismo Histórico em Iguape não é apenas uma atividade turística, mas uma ponte entre passado e presente que requer uma abordagem holística, sustentável e colaborativa para garantir seu sucesso contínuo e a preservação duradoura da rica história e cultura local.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. Disponível em: https://nupaub.fflch.usp.br/sites/nupaub.fflch.usp.br/files/color/cenpec.pdf Acessado em: 12 de março de 2023, às 11:20.

Turismo - Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/turismo.htm Acessado em: 17 de março de 2023, às 13:15.

Turismo no Brasil – EducaBras. Disponível em: https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/geografia/transporte_comunicacao_e_turismo/aulas/turismo_no_brasil Acessado em: 21 de março de 2023, às 14:40.

Região Norte do Brasil - Guia do Turismo Brasil. Disponível em: https://www.guiadoturismobrasil.com/roteiro/50/regiao-norte-do-brasil Acessado em: 25 de março de 2023, às 18:45.

Turismo - O Vale do Ribeira. Disponível em: https://www.ovaledoribeira.com.br/p/turismo.htm Acessado em: 28 de março de 2023, às 20:10.

Vale do Ribeira: 8 passeios imperdíveis no sul de São Paulo. Disponível em: https://viajarverde.com.br/vale-do-ribeira-8-passeios-imperdiveis-no-sul-de-sao-paulo/ Acessado em: 28 de março de 2023, às 21:25.

Conheça sete destinos turísticos do Vale do Ribeira em SP. Disponível em: https://portalhortolandia.com.br/cultura-e-lazer/passeios-e-viagens/conheca-sete-destinos-turisticos-do-vale-do-ribeira-em-sp-76481/ Acessado em: 28 de março de 2023, às 22:40.

480 anos de Iguape. Disponível em: https://www.ilhacomprida.sp.leg.br/institucional/noticias/480-anos-de-iguape Acessado em: 28 de março de 2023, às 15:59


1 Discente do Curso Técnico em Administração - ETEC de Registro 

2 Docente do Curso Técnico em Administração - ETEC de Registro. E-mail: [email protected]