ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E SEU PAPEL NO CONTEXTO ESCOLAR
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17068999
Gizele Cardoso Possa1
RESUMO
O ajuste ao ambiente educacional predominante é essencial para o crescimento educacional e o bem-estar adequados das crianças. O objetivo deste artigo é conduzir discussões sobre a identificação de objetivos previstos do processo de orientação educacional, metodologias de realização de tarefas, papel de um conselheiro bem-sucedido e discussão sobre uma gratificante relação professor-aluno. A criança entra na escola diretamente do seu ambiente doméstico. Aqui ele encontra um ambiente formal de educação e obtém experiências bastante novas e estranhas para ele. Ele precisa ser ajustado a essas situações educacionais e condições ambientais. Ele precisa ler, escrever, falar e participar do processo de aprendizado - o trabalho de perfuração e as tarefas domésticas devem ser concluídas. É necessária a participação em atividades co-curriculares. A regularidade e pontualidade no processo educacional devem ser observadas. Às vezes, ele precisa se beneficiar das novas técnicas e dispositivos do ensino. Ele precisa se preparar para os testes e avaliações desejados. Os serviços de orientação educacional devem ajudar a criança a alcançar esse objetivo por meio de escolhas corretas. A metodologia da pesquisa foi bibliográfica por meio de livros e artigos com relação ao tema proposto nesta pesquisa.
Palavras-chave: Educação. Orientação Educacional. Escola.
ABSTRACT
Adjustment to the prevailing educational environment is essential for children's adequate educational growth and well-being. The purpose of this article is to conduct discussions on the identification of expected goals of the educational guidance process, methodologies for carrying out tasks, the role of a successful counselor and discussion on a rewarding teacher-student relationship. The child enters school directly from his home environment. Here he finds a formal education environment and gets quite new and strange experiences for him. It needs to be adjusted to these educational situations and environmental conditions. He needs to read, write, speak and participate in the learning process - drilling work and housework must be completed. Participation in co-curricular activities is required. Regularity and punctuality in the educational process must be observed. Sometimes he needs to benefit from new teaching techniques and devices. He needs to prepare for the desired tests and assessments. Educational guidance services should help children achieve this goal through correct choices. The research methodology was bibliographic through books and articles regarding the theme proposed in this research.
Keywords: Education. Educational orientation. School
INTRODUÇÃO
O aconselhamento e orientação, referidos como apoio psicológico e educacional, fornecidos a alunos de escolas maternais, escolas e outras instituições educacionais envolvem a identificação das as necessidades educacionais e de desenvolvimento individuais dos alunos / alunos, habilidades psicológicas e físicas e fatores ambientais que afetam seu funcionamento em uma escola maternal, escola ou instituição educacional; e atender às necessidades identificadas.
A avaliação das necessidades de desenvolvimento de crianças e jovens é uma das principais responsabilidades dos professores e especialistas que trabalham com eles.
O apoio psicológico e educacional visa ajudar os alunos a atingir seu potencial de desenvolvimento e criar condições para sua participação ativa e plena na vida de sua escola ou instituição (creche) e em seu ambiente social.
As responsabilidades dos professores, tutores de turma / grupo e especialistas em escolas (creches) e instituições educacionais incluem, em particular a avaliação das necessidades educacionais e de desenvolvimento individuais e habilidades psicológicas e físicas dos alunos, identificar os pontos fortes, predisposições, interesses e aptidões ou talentos dos alunos / alunos e as razões por trás de falhas acadêmicas ou dificuldades no funcionamento dos alunos / alunos, incluindo barreiras e restrições que dificultam o funcionamento e a participação na vida de sua escola (creche) ou instituição educacional.
A escola está pronta para mudar a formação dos educadores para que esses adquiriram um maior nível de intelectualidade em seus conhecimentos, pois é exatamente na fase que a criança inicia seus primeiros passos para a educação que ela desenvolve a sua formação, identificando sua personalidade e seu caráter, são extremamente importantes que sejam percebidos e resolvidos todos os conflitos que surgirem nesses alunos para que futuramente não causem uma repercussão de forma negativa em suas vidas.
O educando chega à escola com um grande número de experiências, de aprendizagens que são ignoradas pelo professor, pois mesmo antes de ingressar na escola a criança já possui inúmeras vivências que deveriam servir como ponto de partida das atividades do professor.
A orientação educacional é a unidade relacionada à escola, cujo objetivo principal é ajudar na solução dos problemas dos alunos e fortalecer a eficiência estudiosa dos alunos. Por outro lado, é o processo de orientação educacional e aconselhamento escolar, justificando a escolha deste tema.
O objetivo deste artigo é conduzir discussões sobre a identificação de objetivos previstos do processo de orientação educacional, metodologias de realização de tarefas, papel de um conselheiro bem-sucedido e discussão sobre uma gratificante relação professor-aluno.
As principais agências de socialização são a família, escola, grupos de pares e meios de comunicação. A conferência da cultura ocorre na transformação de uma criatura natural como uma criatura social, introduzindo o padrão de comportamento reconhecido dessa sociedade em particular.
A metodologia da pesquisa foi bibliográfica por meio de livros e artigos com relação ao tema proposto nesta pesquisa.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A educação é um processo social dos quais estão envolvidos família, comunidade, estrutura econômica, política entre outros.
Segundo Lewin (1965), um determinado grupo pode mudar a educação, mas a sociedade nem sempre vai agir desta forma.
A competência em um mercado de trabalho cada vez mais acirrada está justamente envolvida nesta educação, no crescimento intelectual e nas teorias e práticas aplicadas pelo professor para desenvolver o aluno.
A realidade e a sociedade sempre estão envolvidas nestes aspectos, não existe uma educação baseada somente em fatos do passado, mas sim na integração da educação com o mundo atual.
Para Oliveira (2001, p.17), “As aprendizagens situadas em tempos e espaços determinados e precisos atravessam a vida dos sujeitos.”
A responsabilidade de cada profissional na área da educação é muito grande em relação ao aprendizado, pois a educação é a base para que se alcance todos os objetivos planejados.
Repensando a formação dos professores a partir da prática pedagógica, Pimenta (2002) identifica o aparecimento da questão dos saberes como um dos aspectos considerados nos estudos sobre a identidade da profissão do professor. Segundo a autora a identidade é construída a partir da:
[...] significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas. Práticas que resistem a inovações porque prenhes de saberes válidos às necessidades da realidade. Do confronto entre as teorias e as práticas, da análise sistemática das práticas à luz das teorias existentes, da construção de novas teorias. (PIMENTA, 2002, p. 19).
Dessa forma, ela resgata a importância de se considerar o professor em sua própria formação, num processo de formação, de reelaboração dos saberes iniciais em confronto com sua prática vivenciada. Assim, seus saberes vão se construindo a partir de uma reflexão na/e sobre a prática. O paradigma do professor reflexivo Perrenoud, (2002), isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa e que elabora em cima dessa prática, é o paradigma dominante na área de formação de professores, na atualidade.
[...] temos necessidade de desenvolver um pensamento apto a perceber as ligações, as interações, as implicações mútuas a par e ao mesmo tempo em perceber a diferenciação, a oposição, a seleção e a exclusão. Ambas as percepções são necessárias. Pois, “O processo é circular, passando da separação à ligação, da ligação à separação, e, além disso, da análise à síntese, da síntese à análise. Ou seja: o conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese.” (MORIN, 2002, p. 24)
A formação não se constrói por acumulação de cursos, de conhecimentos ou de técnicas, mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso, é tão importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência. (NÓVOA 1995, p.21).
A escola é o local onde se constrói e orienta a criança para que ela se torne um adulto capaz de pensar e agir para o bem comum. E a especificidade da relação dos professores com seus alunos é fator determinante para uma relação de confiança e afetividade. Para tanto, Durkheim (2010, p.26) relata de forma sistemática que, “as grandes ideias do país, gestores o professor, por exemplo, é o interprete e passa essa consciência para a criança”. Essa singularidade da função do professor possui caráter fundamental na transformação de ideias e atitudes do aluno, enquanto pessoa individual, em relação ao outro e ao meio ao qual ele está situado. Desse modo, é correto afirmar:
A educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine. (DURKHEIM, 2010 p. 49)
Para que realmente ocorra a transposição de ideias, sendo o professor quem orienta seus alunos, deve estar fundamentada no conhecimento científico e na afetividade. Pois a criança enquanto pessoa em fase de construção e maturação de pensamento, ideia e caráter necessita do professor, mas esse deve estar preparado para o desafio de ensinar e possuir um olhar específico em cada um de seus alunos.
A (LDB), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-n. 9.394), foi aprovada em 1996. E de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), “visa melhorar a qualidade do ensino fundamental, assegurando que todas as crianças e jovens tenham acesso ao conhecimento básico para a formação da cidadania”. É dever do Estado investir numa educação de qualidade para formação de jovens e adultos autônomos e críticos.
A escola deve garantir uma educação de qualidade que garanta a motivação, interesses e aprendizado dos alunos. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.33) é “necessária uma proposta educacional que tenha em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes”.
Para se compreender o papel do orientador no ambiente escolar é importante saber primeiro o que é gestão escolar. Gestão Escolar pode ser definida como um processo que envolve e determina várias ações a serem desenvolvidas no ambiente escolar como, por exemplo, tomada de decisões, definições de objetivos, encaminhamentos, acompanhamentos, diagnósticos, avaliações, entre outros.
Conforme Luck (2000, p. 11) a gestão escolar:
Constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.
A gestão escolar é responsável por manter o equilíbrio e sustentação do ambiente escolar. No entanto, uma gestão escolar só é bem definida quando é democrática, ou seja, quando dá abertura a participação coletiva de toda a comunidade escolar. É importante ressaltar que tais ações devem ser discutidas no coletivo e de forma participativa para, então, pode ser modificada ou transformada.
A participação no ambiente escolar não deve ficar limitada apenas aos processos decisórios, deve também contemplar principalmente a participação na execução dos projetos. Ou seja, não basta partilhar o poder quanto às decisões, é preciso também partilhar a responsabilidade pelas realizações e concretizações. (PARO, 2008, p. 90).
Na perspectiva da gestão escolar, o trabalho do coordenador deve permear e articular as ações e a prática pedagógica no cotidiano escolar. Para Palma (2008, p. 122), “ele precisa motivar sua equipe a conhecer, discutir, refletir e optar por determinadas práticas ou encaminhamentos, ou seja, organizar a forma como os membros da equipe escolar irão desenvolver a sua atividade educativa”. Portanto, a função do coordenador pedagógico é dar suporte ao trabalho docente transmitindo informações necessárias que viabilizem as ações pedagógicas a serem desenvolvidas na sala de aula.
O pedagogo é um profissional estratégico, porque seu lócus de trabalho essencial é a escola, seu fazer está diretamente ligado à produção e à transmissão de conhecimento, tendo por essência à docência ou a gestão educacional para que esta aconteça. (PALMA, 2008, p. 42).
No entanto, uma escola de qualidade é feita da união de todos que ali trabalham e, ainda, o trabalho coletivo é que gera um bom andamento da escola.
O cargo de orientador educacional é fundamental e único nesse processo, porem é importante que se estabeleça com clareza seu papel na rotina escolar. Ele surgiu para substituir aquele que era chamado de supervisor, e que na verdade tinha o intuito de fiscalizar e inspecionar a rotina da escola, e não necessariamente contribuía para o processo educativo que ficava apenas na responsabilidade do professor. Com essas mudanças o que se procura não é apenas deixar de usar a expressão supervisor, mas também que suas atribuições se modifiquem e que o coordenador passe a desenvolver as habilidades que cabem a ele dentro do seu papel educacional (GRINSPUN, 2012).
Segundo Almeida (2003, p. 21), cabe ao coordenador “[...] acompanhar o projeto pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também é importante que compreenda as reais relações dessa posição.”
Sua função se resume então em ser um alicerce para os professores, e a partir daí desenvolver um trabalho harmônico dentro da escola, conversando diretamente com os professores em relação ao que faz e como faz seu trabalho, assessorando através de sugestões sem centralizar as decisões que dizem respeito à ação docente, tentando obter soluções para os problemas que surgem entre o grupo e através da troca de experiências discutirem diferentes maneiras de trabalho. Segundo Rosa (2004, p.21):
Entre outros, os atributos essenciais de competência pessoais do coordenador pedagógico são: postura ética em todas as circunstâncias, saber respeitar a autoridade de autonomia do professor, experiência na administração de conflitos entre a escola, família e comunidade.
Considerando que para se ter um ambiente agradável de trabalho é necessário harmonia entre as pessoas que o frequentam, e uma sucessão de cobranças e críticas não seria útil nesse estágio de desenvolvimento, por isso, elogiar os pontos positivos e esclarecedor o que se considera negativo é uma forma de incentivar os professores a avançar em seus estudos, pois assim ele se sente estimulado a voltar ao seu local de trabalho e desenvolver suas atividades de forma prazerosa, sabendo que haverá reconhecimento por parte daqueles que o acompanham (GRINSPUN, 2012).
Diante de tantas mudanças no setor educacional, principalmente nas formas de ensinar e de aprender observa-se que o professor já não é mais o mesmo, ou seja, aquele que ensinava apenas o BE A BA ao aluno, pois o aluno também já não é mais o mesmo, tornou-se um sujeito ativo, tecnológico, exigente, perspicaz, ou seja, ele está a frente do tempo, isso quer dizer que, hoje, as crianças querem fazer coisas de adulto, não vivenciam essa etapa fundamental de sua vida que é ser criança (MADEIRA, 2008).
Partindo desse pressuposto o orientador educacional não é mais aquele profissional direcionado apenas par resolver questões entre pais de alunos e escola, mas também aquele que constrói com professores o seu trabalho diário, numa atuação grupal atendendo todos os setores da escola, o que exige constante dedicação no pensar, agir, se informar e descobrir novas maneiras de avançar em suas ações (GRINSPUN, 2012).
O orientador educacional tem por função essencial a formação continuada, que deve levar a reflexão sobre a própria prática, desenvolvendo e reorganizando seu espaço e tempo, para que desperte a vontade por parte dos educadores e desenvolva uma transformação que contemple complexidade e dinâmica de um cotidiano carregado de relações, ou seja, o coordenador poderá promover junto com a comunidade escolar, ações educativas que extrapolem os muros da escola e beneficiem a comunidade do seu entorno, bem como possam dela beneficiar-se (SANTOS, OLIVEIRA, 2005).
O orientador educacional além de participar da organização pedagógica da instituição e do trabalho docente ele é um facilitador do processo educativo, “[...] ele define, ele planeja, ele dirige, ele controla sua ação, seu dizer, tornando-se visível em suas intenções e objetivos.” (FONTANA, 1996, p. 12). Ele deve agir com competência valendo-se da reflexão, compreensão e dinamismo para, então, estimular o professor para a busca de novos conhecimentos e perspectivas de ensino que possam suprir as necessidades do aluno bem como facilitar o processo d ensino e aprendizagem.
De acordo com Libâneo (2004, p. 221):
As funções do orientador educacional podem ser assim resumidas: planejar, coordenador, gerar, acompanhar e avaliar todas as atividades pedagógico-didáticas e curriculares da escola e da sala de aula, visando atingir níveis satisfatórios de qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens dos alunos, onde se requer formação profissional especifica distinta da exercida pelos professores. A principal função do coordenador pedagógico consiste em dar assistência pedagógico-didática aos professores, visando à qualidade de ensino, auxiliando-os a conceber, construir e administrar situações de aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos alunos. Seu papel é monitorar sistematicamente a prática dos docentes, sobretudo, em situações de reflexão e mediação.
O orientador educacional tem um papel desafiador, porém deve redimensionar suas funções para que todos compreendam o seu lugar que é visar à formação de seus professores. Isso exige da instituição ajustes quanto aos papéis destinados a estes profissionais (VASCONCELLOS, 2006).
Atualmente os professores precisam se tornar pesquisadores, críticos, reflexivos, autônomos e capazes de repassar esses conceitos aos seus alunos, pois são qualidades imprescindíveis para a vida em sociedade num mundo contemporâneo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A escola é uma entidade coletiva e para desenvolver este equilíbrio é necessário contar com a participação ativa da coordenação, cumprindo seu papel e servindo de suporte para os profissionais que ali trabalham, principalmente diante das mudanças que a educação vem sofrendo. É perceptível que a escola atual sofreu e vem sofrendo mudanças e transformações que exigem um novo conceito de ensinar e aprender, uma nova atitude por parte dos professores e daqueles que colaboram com o processo pedagógico.
De acordo com Palma (2008, p.56):
A escola passou a ter outras funções sociais. Além da transmissão de conhecimentos, ela assumiu a responsabilidade de moldar personalidades, identificar habilidades, estabelecer normas de conduta e de moral, contribuir com a construção de valores éticos e espirituais, responsabilidade que cabia anteriormente à família.
Diante disso, percebe-se que o trabalho do professor não se resume em apenas ensinar o aluno a ler e escrever formalmente, mas prepará-lo integralmente para a vida social. E para que isso aconteça, o professor deve contar e ter como parceiro o coordenador pedagógico, pois ele além de dar suporte ao professor é a peça importante para os ensinamentos pedagógicos.
Acredita-se que a mudança deve ocorrer desde a formação inicial do profissional e durante toda a sua caminhada como professor, unindo, assim, teoria e pratica na busca por um processo de ensino-aprendizagem de qualidade.
Neste sentido Marques (1992, p.111) aduz que:
Necessitam os cursos de formação ter clareza sobre o campo especifico de atuação profissional no seio e no meio da sociedade ampla diversificada, âmbito que os faça inseridos no mundo da vida e á parte para reflexão e a crítica para o desenvolvimento educacional adequado.
Portanto, o desafio é imposto ás Instituições de Ensino Superior que necessitam reorganizar seus currículos dos Cursos de Licenciaturas para serem capazes de formar professores reflexivos e preparados para ensinar de forma crítica, reflexiva e libertadora, considerando os fatores políticos e econômicos envolvidos nesse processo.
Segundo Freire (2000, p.51):
Nenhuma formação docente verdadeira pode fazer-se alheada, de um lado, do exercício da criticidade que implica a promoção da curiosidade ingênua à curiosidade epistemológica, e de outro, sem o reconhecimento do valor das emoções, da sensibilidade, da afetividade, da intuição ou adivinhação.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação os profissionais da educação precisam associar teoria e prática, buscar além da formação mínima em nível médio (magistério), também a formação em nível superior (Licenciatura) e ser valorizado, através de plano de carreira, piso salarial, aperfeiçoamento, entre outros benefícios. (BRASIL, 1996, p. 32).
Precisa lembrar que professores e alunos têm vivências fora da sala de aula que interferem, modificam e desfiam o fazer dentro dela.
Dessa forma, é necessário que o professor conheça e compreenda o contexto do qual faz parte e esteja preparado para ensinar conforme a realidade e a necessidade dos alunos.
Quando se afirmar que a escola é o lugar onde os professores aprendem é, precisamente, este processo de produção de competências profissionais que está a ser referido. É no contexto de trabalho, e não na escola de formação inicial, que se decide o essencial da aprendizagem profissional (que é coincidente com um processo de socialização profissional). Como todos sabemos a sabedoria não garante a competência. Muitas pessoas qualificadas não se revelam competentes e o inverso também se verifica. Por outro lado, a experiência também nos ensina que nenhum professor é definitivamente competente ou incompetente, independentemente dos tempos e dos lugares (CANÁRIO, 2000, p.20).
Sendo capaz de formar alunos com condições de participar ativamente da sociedade, estando preparados para buscar novas oportunidades como, por exemplo, participar de seleções de bolsa de estudo.
Atualmente, é muito comum encontrar estudantes que iniciam o ensino superior em nível universitário e, durante os primeiros cursos, repensam seu futuro acadêmico, abandonando os estudos universitários e realizando cursos profissionais de nível médio ou superior, devido a várias circunstâncias.
É verdade que a Formação Profissional ganhou prestígio desde sua mudança de perspectiva, principalmente devido às boas relações de empregabilidade com esses tipos de diplomas, à flexibilidade dos ciclos de formação e à sua vinculação à esfera universitária em questões de equivalência de disciplinas. É por isso que os alunos consideram se envolver nesses tipos de ciclos como uma alternativa muito boa no âmbito do ensino superior europeu (GRINSPUN, 2012).
Há muitas razões para a mobilidade estudantil que poderíamos resumir em três: razões econômicas, falta de conhecimento ou entendimento dos estudos universitários (criando falsas esperanças) ou a incapacidade de lidar com o conteúdo proposto. Tudo isso tem em comum a desmotivação e um sentimento de insegurança pessoal (CARVALHO, 2014).
A orientação deve ser um processo orientado ao longo de toda a vida acadêmica de nossos alunos, e não apenas ser restrita a situações específicas no final de uma etapa. Dessa forma, os alunos que estão concluindo seus estudos obrigatórios devem ser solicitados a desenvolver um projeto profissional pessoal que deve ser avaliado todos os anos, a fim de aproximá-lo da realidade em que estão vivendo. Isso permitirá que o processo de tomada de decisão do aluno se origine de suas reais necessidades e não de um desejo pessoal em um determinado momento (CONCEIÇÃO, 2012).
Talvez uma das principais razões pelas quais os alunos não encontrem seu caminho profissional seja a falta de orientação no final do ensino obrigatório. Consideramos que muitas dessas falhas poderiam ser evitadas se houvesse uma reflexão pessoal adequada, orientada por um profissional da área (CARVALHO, 2014).
Aconselhamento e orientação são dois aspectos principais que fizeram parte de todas as áreas, como negócios, administração, relacionamentos conjugais, situações estressantes, educação e assim por diante. Neste trabalho de pesquisa, o pesquisador tentou compreender esses aspectos no campo da educação
No campo da educação, que tipo de problemas, questões e dificuldades os alunos enfrentam para os quais precisam de ajuda do orientador ou de um guia. Tem que haver um vínculo mútuo entre o conselheiro e o conselheiro; deve haver meios efetivos de comunicação entre eles e compreensão. Com entendimento e meios eficazes de comunicação, o conselheiro tenta examinar o problema e fornece conhecimento, informação e conscientização adequados ao cliente para superar os problemas e viver uma vida boa e saudável e tomar decisões sábias (GRINSPUN, 2012).
Espera-se que a escola forneça mais do que apenas ensino e instrução a seus alunos. Uma escola é reconhecida como um local ou instituição em que os alunos aprendem todas as formas de traços pessoais e profissionais. Um programa de orientação escolar inclui todas as atividades que não sejam métodos instrucionais e curriculares que são realizadas para fornecer assistência aos estudantes em seu desenvolvimento e ajuste educacional, vocacional, pessoal (CONCEIÇÃO, 2012)
O objetivo fundamental do programa de orientação é promover o desenvolvimento máximo da criança; os programas de orientação se concentram em diferentes tipos de aspectos, dependendo dos problemas e dificuldades pelas quais as crianças passam, mas o objetivo geral de todos os programas de orientação deve ser voltado para a consecução do objetivo, que é o desenvolvimento da criança (GRINSPUN, 2012).
Os serviços de orientação podem ajudar os alunos a identificar por si próprios as potencialidades e limitações, fazendo escolhas de carreira apropriadas nos campos educacional, vocacional e outros. Alguns dos serviços de orientação importantes são; os serviços de orientação, serviços de inventário para estudantes, serviços de informações de carreira, serviços de aconselhamento, serviços de orientação de grupos, serviços de colocação e serviços de pesquisa e avaliação (CARVALHO, 2014)
No mundo atual, os serviços de aconselhamento e orientação são necessários no
nível escolar; não apenas os idosos, mas também as crianças em idade escolar precisam de serviços de aconselhamento e orientação (GRINSPUN, 2012).
Os principais motivos por trás disso foram apresentados de acordo com Grinspun (2012, p.24) da seguinte forma:
Aumento da matrícula nas escolas - O significado da educação tem sido amplamente reconhecido no país e cada vez mais estudantes estão frequentando escolas de todas as faixas etárias; mesmo os adultos que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola mais cedo começaram a se matricular nas escolas agora. Quando houve um aumento nas matrículas nas escolas, também foram estabelecidos centros de aconselhamento e orientação dentro das escolas para ajudar os alunos a superar seus problemas e dificuldades.
Mudança de padrões sociais - A sociedade passou por imensas mudanças, como nas normas, regras e regulamentos culturais da instituição, no uso de tecnologias, no surgimento da modernização e no impacto da globalização, bem como no aparecimento de comportamentos violentos; Às vezes, os indivíduos enfrentam dificuldades relacionadas aos padrões sociais; nessas situações, é vital ter serviços de aconselhamento e orientação.
Mudando condições no trabalho e na indústria - Com o impacto da globalização e o surgimento de novas inovações tecnológicas, novos cursos e programas foram surgindo no currículo escolar para fornecer habilidades e habilidades adequadas para atender aos requisitos atuais. Portanto, as condições variáveis das indústrias e os fatores do mercado de trabalho permitiram o estabelecimento de centros de aconselhamento e orientação nas escolas. Os estudantes, especialmente os que vêm de setores economicamente atrasados da sociedade, precisam desses serviços.
Problemas de lazer - Com o uso da tecnologia, agora as tarefas de trabalho podem ser concluídas em menor tempo; por esse motivo, os estudantes se envolvem em atos delinquentes, menores de idade, bebida ou crime e violência; para conduzi-los ao caminho certo, é necessário estabelecer centros de aconselhamento e orientação e eles devem passar o seu tempo livre em atividades como jogar, participar de eventos do clube, socialização, atividades religiosas ou ajudar os membros vulneráveis da comunidade como ensinar crianças de famílias carentes.
Diferença de geração - A diferença de idade entre os pais e os filhos é grande e essa diferença resulta em diferenças entre interesses, valores, gostos, crenças, objetivos, estilos de vida e metodologias. Por exemplo, quando os pais estudavam, não havia tecnologia, agora o uso da tecnologia é comum; essas diferenças podem levar a conflitos e disputas; portanto, são necessários serviços de aconselhamento e orientação para orientar os alunos e os pais de que eles precisam. ajustar-se ao cenário atual e ajudar a criança de todas as maneiras a alcançar suas metas e objetivos.
A orientação profissional representa aquele componente do aconselhamento psicopedagógico relacionado ao apoio por um conselheiro (professor, diretor, psicopedagogo etc.), com o objetivo de escolher uma profissão, um domínio profissional e até uma carreira profissional (GRINSPUN, 2012).
A vocação representa uma inclinação, segundo alguns autores, mesmo nativos, que uma pessoa tem em relação a um certo atividade sócio-profissional que deseja exercer e pela qual demonstra interesse particular.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Os serviços de aconselhamento e orientação tornaram-se parte integrante do sistema educacional; o campo da educação foi considerado como tal, no qual estudantes e outras pessoas exigem aconselhamento e orientação de terapeutas, profissionais, especialistas, professores, guias e mentores.
As várias áreas nas quais os alunos precisam de sessões de aconselhamento e orientação incluem aconselhamento de carreira, aconselhamento relacionado a problemas como estresse, trauma ou depressão, aconselhamento relacionado a problemas de aprendizagem, como quando os alunos não conseguem entender o conceito ou se sentem frustrados uma área específica, como matemática ou ciências, ou se não se sentem à vontade para trabalhar com a tecnologia, ficam apreensivas e precisam de ajuda; outra área importante em que estudantes de escolas ou faculdades podem exigir sessões de aconselhamento está relacionada a problemas, como quando são viciados em drogas ou consumo de álcool, estudantes que aprendem devagar ou enfrentam problemas como dislexia também podem precisar de aconselhamento e também podem exigir aconselhamento de carreira na escolha do campo certo.
O principal objetivo e objetivo das sessões de aconselhamento e orientação são analisar os problemas, identificar os pontos fortes e fracos e tomar as medidas apropriadas para fornecer solução para esses problemas.
Conselheiros e guias são profissionais qualificados e treinados profissionalmente, destinados a fazer com que o cliente se entenda e doutrine os sentimentos de admiração por si mesmo; Finalmente, pode-se afirmar que os conselheiros fornecem conhecimento eficaz para fazer o cliente entender a si mesmo, perceber os pontos fortes e fracos e ajudá-lo a viver uma vida satisfatória.
A orientação escolar representa um sistema de medidas e ações educacionais realizadas pelos responsáveis fatores internos da escola, como instituição formal de treinamento, a fim de facilitar a escolha de uma determinada instituição ou de um determinado domínio de estudo. Essa escolha deve ser feita em conformidade com um equilíbrio dinâmico entre o perfil de personalidade do aluno e as demandas específicas da instituição educacional que ele / ela tem em vista.
A orientação profissional constitui um processo que ultrapassa os limites da vida escolar, abrangendo uma toda a existência ativa do indivíduo, profissionalmente. Assim como a orientação escolar, a orientação profissional implica uma harmonização da forma da personalidade do indivíduo com as demandas da sociedade da qual ele faz parte.
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1 Graduação: pedagogia pela udesc (universidade educacional de santa catarina). especialização: pós-graduação em gestão escolar integrada com ênfase em administração, supervisão, orientação e inspeção escolar. mestrando em tecnologias emergentes em educação pela Must University. [email protected]