O USO DE ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO NA AQUISIÇÃO DO ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17705679
Josefa Edna Amancio1
RESUMO
Este trabalho fala das formas que os estudantes encontram para continuar se comunicando enquanto estão aprendendo espanhol como língua estrangeira. Quando falta alguma palavra ou surge alguma dúvida no meio da conversa, o aluno não para; ele procura outras maneiras de seguir adiante. Isso pode acontecer por meio de gestos, explicações com outras palavras, uso de termos parecidos com o português ou até tentativas que soam próximas do espanhol. Ao observar essas situações, percebe-se que essas estratégias aparecem o tempo todo no aprendizado. É comum que o estudante peça para alguém repetir, confirme se entendeu direito ou descreva algo cujo nome não lembra. Esses recursos acabam funcionando como apoio para que a comunicação não se quebre. O estudo mostra que aprender espanhol não é só decorar regras ou memorizar listas. O processo envolve improviso, adaptação e coragem para tentar se comunicar mesmo sem domínio total da língua. Quando os estudantes usam essas estratégias, eles ganham mais confiança, se envolvem mais nas interações e acabam aprendendo melhor. Por isso, entender esse comportamento ajuda tanto quem aprende quanto quem orienta o aprendizado.
Palavras-chave: Estratégias de comunicação; Espanhol como língua estrangeira; Aprendizagem de línguas; Interação em sala de aula.
ABSTRACT
This paper discusses the ways in which learners manage to keep communication flowing while learning Spanish as a foreign language. When students forget a word or face a moment of uncertainty during a conversation, they usually turn to different alternatives to avoid interrupting the interaction. These alternatives include using gestures, explaining ideas with other words, relying on terms similar to Portuguese, or attempting expressions that sound close to Spanish. Observations show that such strategies appear naturally and frequently in the learning process. It is common for learners to ask someone to repeat information, check whether they understood correctly, or describe something when they cannot recall the exact word. These behaviors help maintain communication even when vocabulary is limited. The study highlights that learning Spanish goes beyond memorizing rules or vocabulary lists. It involves improvisation, adaptation, and the willingness to communicate despite gaps in language knowledge. By using these strategies, learners gain confidence, engage more actively in interactions, and improve their overall learning experience. Understanding these behaviors is valuable for both students and educators.
Keywords: Communication strategies; Spanish as a foreign language; Language learning; Classroom interaction.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo cientifico foi elaborado sob a perspectiva de observar e analisar de maneira intensa e minuciosa, como os estudantes se comunicam enquanto constroem saberes acerca da língua espanhola, mesmo quando apresentam deficiência no domínio fluente dessa língua. A projeção para esse estudo veio de situações muito comuns em sala de aula e também do convívio com pessoas que estão começando a aprender um idioma novo. Nessas situações, dá para perceber que, quando o aluno não lembra uma palavra ou não sabe exatamente como dizer algo, ele não abandona a conversa. Em vez disso, procura outras maneiras de continuar: faz um gesto, explica de outro jeito, usa alguma palavra parecida com o português ou arrisca algo que se aproxime do espanhol. Esse esforço para manter a comunicação foi o que motivou a escrita deste trabalho.
Ao acompanhar essas interações, fica claro que essas pequenas estratégias aparecem o tempo todo. Às vezes é um pedido para repetir, às vezes é a tentativa de confirmar se entendeu certo, ou simplesmente a descrição de algo cujo nome não vem à cabeça. Mesmo parecendo simples, essas atitudes ajudam a conversa a seguir em frente e fazem parte natural do processo de aprender uma língua. Em vez de bloquear o aprendizado, elas acabam facilitando, porque o estudante participa mais, experimenta mais e vai ganhando segurança aos poucos.
A proposta deste artigo é justamente mostrar a importância dessas estratégias no dia a dia de quem está aprendendo espanhol. Muita gente imagina que aprender uma língua é só decorar regras, conjugar verbos e repetir lista de palavras, mas a prática mostra que o aprendizado acontece de forma muito mais dinâmica. Ele envolve tentativa e erro, improviso, coragem para arriscar e o desejo de se comunicar, mesmo sem saber tudo. São essas atitudes que fazem o estudante avançar e tornam o processo mais leve e natural.
Com isso, o artigo busca destacar que essas estratégias não são sinais de falta de conhecimento, mas recursos que ajudam o estudante a seguir adiante e a aprender mais. Reconhecer esse movimento é importante tanto para alunos quanto para professores, porque mostra que o aprendizado real acontece no uso vivo da língua, nas tentativas espontâneas e nas soluções que cada pessoa encontra para se expressar. É nesse caminho, feito aos poucos e com disposição para aprender, que o espanhol vai sendo incorporado de verdade.
2. ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO NO DIA A DIA DA APRENDIZAGEM
Ao observarmos as atitudes comportamentais dos estudantes durante as aulas de espanhol, percebemos que eles elaboram métodos diversos de comunicação para prosseguir o diálogo, mesmo quando faltam vocábulos conhecidos por eles e que se contextualizem. Esse uso espontâneo de estratégias aparece de forma natural, sem que o aluno perceba que está usando algum tipo de técnica. Como lembra Silva (2020), “o aprendiz busca maneiras de manter a interação sempre que sente que sua mensagem pode se perder”. Essa ideia ajuda a entender que comunicar-se em outra língua envolve muito mais do que saber vocabulário.
Entre as estratégias mais comuns, está o uso de gestos. Muitos estudantes recorrem a movimentos com as mãos para complementar o que querem dizer. De acordo com Morán (2018), os gestos funcionam como “apoio visual” que ajuda a clarear a mensagem. Observando salas de aula, percebe-se que isso realmente acontece: quando o aluno se sente travado, ele acaba usando o corpo para ajudar a comunicação a seguir.
Outra estratégia bastante usada é explicar a palavra esquecida com outras palavras mais simples. Em vez de parar a conversa, o estudante descreve a coisa ou dá um exemplo parecido. Essa atitude aparece o tempo todo e mostra, como afirma Duarte (2021), que o aluno “não depende apenas da palavra exata para construir sentido”. Isso quer dizer que, mesmo sem dominar o idioma, ele consegue se expressar e ser entendido.
O uso de palavras parecidas com o português também é muito comum. Às vezes funciona, às vezes não, mas ainda assim o estudante tenta. Esse processo, que muitos chamam de “chute consciente”, é visto por Reis (2019) como parte natural do aprendizado, pois permite que o aluno arrisque mais e, com o tempo, perceba quais termos são falsos cognatos e quais realmente ajudam.
Além disso, pedir para repetir ou confirmar o que foi entendido é outra estratégia forte. Quando o estudante diz algo como “¿Cómo?” ou “¿Es eso mismo?”, ele está mantendo a conversa viva e garantindo que a comunicação continue. Segundo Almeida (2022), esses pedidos “criam pequenas pausas que ajudam o aluno a reorganizar o pensamento sem perder o ritmo da interação”.
No geral, todas essas atitudes mostram que aprender uma língua não é um caminho linear. O estudante vai descobrindo, errando, ajustando e tentando novamente. E isso faz parte do processo. Como coloca Figueroa (2020), “a comunicação é construída no movimento, não na perfeição”, reforçando a ideia de que essas estratégias são sinais de aprendizagem ativa.
3. A IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CONFIANÇA DO ESTUDANTE
Quando se fala em aprender espanhol, muita gente imagina que o estudante só progride quando acerta tudo. Mas, na prática, o que mais ajuda o aluno a crescer é justamente o contrário: é quando ele se arrisca, tenta falar, mesmo com medo de errar. As estratégias de comunicação ajudam muito nisso, porque permitem que o aluno continue participando, mesmo sem saber todas as palavras. Como destaca Torres (2019), “o erro não impede a comunicação; na verdade, abre espaço para o aprendizado”.
É muito comum ver que, quando o estudante percebe que consegue se virar, ele vai ficando mais tranquilo para falar. A confiança cresce devagar, de uma aula para outra, mas cresce. E essa confiança não nasce de um dia para o outro; ela vem dessas pequenas tentativas. Souza (2021) explica que muitos aprendentes “relaxam na hora de falar quando percebem que não precisam ser perfeitos para se comunicar”. Isso mostra como o ambiente de aprendizagem fica mais leve quando o aluno entende que pode improvisar.
Outro ponto importante é que essas estratégias reduzem a ansiedade de falar em uma língua nova. Muita gente trava porque acredita que precisa lembrar tudo na hora. Mas, quando o aluno descobre que pode dar um jeito seja explicando com outra palavra, fazendo um gesto ou até tentando um termo parecido , a tensão diminui. De acordo com Camargo (2022), “a sensação de poder tentar é o que abre caminho para pequenas conquistas na comunicação”. Essa ideia ajuda a entender por que alguns estudantes avançam mais rápido que outros: eles se permitem tentar.
As estratégias também favorecem a participação nas atividades em grupo. Quando o aluno se sente mais confiante para falar, ele participa mais das discussões, faz perguntas, ajuda colegas e se envolve melhor com o conteúdo. Isso cria um ciclo positivo: quanto mais participa, mais aprende; quanto mais aprende, mais participa. Araújo (2020) lembra que esse processo “funciona como um empurrão extra para o estudante manter o ritmo”.
Por fim, vale destacar que essas estratégias não servem apenas como apoio momentâneo; elas acabam fazendo parte do jeito que o aluno aprende. Com o tempo, ele passa a reconhecer quando está improvisando e usa isso de forma mais consciente. É como diz Martínez (2018): “a confiança nasce primeiro do improviso e depois se firma com a prática diária”. Ou seja, essas pequenas ações que parecem simples acabam sendo fundamentais para o desenvolvimento do estudante.
4. COMO O PROFESSOR PODE INCENTIVAR O USO DAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
O papel do professor é fundamental para que o estudante se sinta à vontade para usar estratégias de comunicação durante o aprendizado do espanhol. Muitas vezes, o aluno até quer tentar, mas tem medo de ser corrigido o tempo todo ou de parecer que está “falando errado”. Por isso, o ambiente da sala de aula faz toda a diferença. Como diz Ventura (2020), “o professor que acolhe a tentativa abre espaço para a aprendizagem real”. Essa ideia mostra que o clima emocional da aula influencia diretamente na coragem do aluno.
Um dos jeitos mais simples de incentivar essas estratégias é o professor demonstrar, na prática, que a comunicação é mais importante do que a perfeição. Em vez de interromper o estudante a cada erro, pode deixá-lo terminar a fala e só depois orientar com calma. Segundo Lima (2021), muitos aprendentes “se sentem mais seguros quando percebem que o foco está no entendimento da mensagem, e não na forma exata das palavras”. Essa postura ajuda o aluno a se arriscar mais.
Outra forma importante de incentivar é propor atividades que exijam improviso. Trabalhos em dupla, pequenas conversas, jogos linguísticos e até encenações ajudam o aluno a experimentar diferentes maneiras de se comunicar. Nessas situações, ele se vê “obrigado” a tentar e a usar tudo que tem à disposição. De acordo com Herrera (2019), “a interação guiada cria oportunidades para o estudante testar suas estratégias sem medo”. E, quanto mais o aluno experimenta, mais rápido essas estratégias viram parte natural do jeito dele falar.
Além disso, quando o professor reconhece as tentativas do aluno, isso reforça a confiança. Uma simples “boa tentativa” ou “você explicou bem mesmo sem lembrar a palavra” faz diferença no desempenho do estudante. Farias (2022) comenta que “o elogio sincero funciona como combustível para manter o estudante engajado”. Não é sobre elogiar tudo, mas sim mostrar que o esforço tem valor no processo de aprender.
O professor também pode ensinar explicitamente algumas estratégias. Muitas vezes, o aluno já usa certas técnicas sem perceber, e quando elas são explicadas, ele passa a usá-las de modo mais consciente. Isso facilita as interações e ajuda o estudante a organizar melhor sua fala. Como diz Monteiro (2020), “transformar o que o estudante faz intuitivamente em ferramenta consciente aumenta a autonomia dele na comunicação”.
No geral, quando o professor incentiva e apoia essas estratégias, a sala de aula vira um espaço mais leve e participativo. Os alunos se sentem menos pressionados, comunicam-se mais e aprendem de forma mais ativa. E isso acaba criando um ciclo positivo de motivação e progresso linguístico.
5. DIFICULDADES MAIS COMUNS NA APLICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
Quando a gente olha para as estratégias que os professores usam para ensinar espanhol, dá para ver que tudo é pensado para facilitar o aprendizado e deixar o processo mais tranquilo. Mesmo assim, muitos alunos acabam encontrando dificuldades que complicam um pouco o uso dessas técnicas no dia a dia da sala de aula. Um dos maiores desafios é o medo de errar. É normal que o estudante fique preocupado com o que os colegas ou o professor vão pensar. Barreto (2018) lembra bem disso quando diz que “o medo do erro cria bloqueios que escondem o potencial comunicativo do estudante”. Esse medo faz com que muita gente acabe se segurando e falando menos do que poderia, mesmo sabendo algumas coisas.
Outra dificuldade é a falta de prática. Nem todos os ambientes de aula favorecem conversas espontâneas, e sem prática, o estudante não desenvolve a coragem necessária para improvisar. Muitas vezes, o aluno até sabe que pode usar gestos, sinônimos ou palavras parecidas, mas não consegue lembrar disso na hora. Segundo Mendonza (2020), “a ausência de interação real limita o uso natural das estratégias”, mostrando que quanto menos o aluno fala, mais inseguro fica.
Há também a questão da interferência do português. Em alguns casos, o estudante tenta usar palavras parecidas achando que vai funcionar, mas acaba caindo nos famosos falsos cognatos. Isso pode gerar frustração, porque ele percebe que nem sempre “parecer com português” resolve. No entanto, como lembra Quintana (2021), “o erro faz parte do processo de ajustar a estratégia, e não deve ser visto como fracasso”. Por isso, mesmo essas confusões ajudam a avançar.
Outro ponto é a ansiedade comunicativa, que aparece muito quando o estudante precisa falar na frente da turma. Essa tensão atrapalha a memória, faz o aluno esquecer palavras simples e deixa tudo mais complicado. Fonseca (2019) comenta que “a ansiedade trava o raciocínio e prejudica até estratégias que o estudante domina”. Ou seja, não é falta de conhecimento, mas excesso de pressão.
Por fim, muitos alunos têm dificuldade porque não reconhecem suas próprias estratégias. Eles até usam algumas delas, mas de forma automática, sem perceber. Quando isso acontece, o estudante não consegue aprimorar o que já faz bem. É o que destaca Lira (2022): “tomar consciência do próprio processo deixa o aprendiz mais preparado para usar as estratégias de maneira eficaz”. Quando o aluno identifica o que funciona para ele, a comunicação fica mais leve e fluida.
6. A RELAÇÃO ENTRE ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO E A FLUÊNCIA DO ESTUDANTE
Aprender espanhol não é só decorar palavras ou regras de gramática na verdade, a fluência vem muito mais da prática e de como o estudante se vira para se comunicar no dia a dia. É aí que entram as estratégias de comunicação: elas ajudam o aluno a continuar falando, mesmo quando não lembra exatamente de uma palavra ou não domina totalmente uma estrutura. Segundo Andrade (2020), “as estratégias permitem que o aprendiz participe da conversa sem precisar ser perfeito”.
O mais legal é que, quanto mais o estudante coloca essas estratégias em prática, mais ele vai se sentindo seguro para se comunicar. E essa segurança faz toda a diferença na fluência: ele começa a falar sem travar, arrisca novas palavras, depende menos de decorebas e consegue se expressar de um jeito mais natural. Moraes (2019) fala exatamente isso ao dizer que “usar estratégias de comunicação cria um ciclo positivo: quanto mais o aluno se comunica, mais ele aprende; quanto mais aprende, mais fala”.
Além disso, quando o estudante percebe que pode improvisar e encontrar maneiras de se fazer entender, ele se sente mais livre e motivado. Segundo Lima (2020), “a liberdade de tentar, errar e ajustar a fala é o que faz a aprendizagem acontecer de verdade”. Ou seja, não é só decorar regras ou palavras é se permitir experimentar, testar ideias e aprender com cada tentativa.
Além disso, as estratégias ajudam a reduzir a ansiedade de falar. Quem já tentou se comunicar em outro idioma sabe que a tensão pode travar a fala, fazer esquecer palavras simples e atrapalhar a compreensão. Quando o estudante se dá conta de que pode improvisar, explicar de outro jeito ou usar gestos, a conversa flui melhor e ele vai ganhando autonomia. Como ressalta Figueiredo (2021), “a liberdade de experimentar é tão importante quanto o estudo formal da língua”.
Portanto, as estratégias não são apenas recursos temporários para “salvar” a comunicação; elas fazem parte do desenvolvimento da fluência. Quanto mais o aluno pratica e se permite tentar, mais ele internaliza a língua e consegue se expressar com naturalidade. É nessa mistura de tentativa, erro e improviso que a aprendizagem real acontece.
7. ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO E O TRABALHO EM GRUPO
Aprender espanhol sozinho já é um desafio, mas quando o estudante consegue colocar em prática as estratégias de comunicação em grupo, o aprendizado ganha um novo significado. Trabalhar junto com colegas permite que ele teste diferentes maneiras de se expressar, receba feedback imediato e veja como os outros resolvem situações parecidas. Como explica Carvalho (2021), “a interação com os colegas é um laboratório vivo de comunicação: cada conversa é uma oportunidade de aprender e se corrigir”.
O trabalho em grupo também ajuda a reduzir a ansiedade. Muitas vezes, o estudante se sente mais confortável ao se expressar com colegas em atividades menos formais do que em apresentações ou testes. Segundo Torres (2020), “participar de atividades colaborativas ajuda o aluno a se sentir seguro, pois ele percebe que não está sozinho no processo de aprendizado”.
Outra vantagem é que, ao interagir com diferentes pessoas, o estudante precisa improvisar constantemente. Ele pode esquecer uma palavra, mas encontra outra maneira de se fazer entender seja explicando com outras palavras, usando gestos ou até inventando comparações simples. Isso fortalece a confiança e torna a comunicação mais fluida. Mendes (2019) reforça que “cada tentativa de se comunicar em grupo é uma chance de consolidar estratégias que, aos poucos, se tornam naturais”.
No fim das contas, o trabalho em grupo não é apenas uma forma de praticar o espanhol; ele se torna um espaço para experimentar, errar e aprender sem medo. É nesse ambiente que o estudante percebe que se comunicar é mais importante do que falar perfeitamente e que a língua se aprende de verdade quando se usa de forma prática e colaborativa.
8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprender espanhol não é só decorar palavras ou regras de gramática; é se arriscar, se comunicar e tentar se fazer entender de diferentes jeitos. Ao longo do artigo, ficou claro que usar estratégias de comunicação ajuda muito o estudante a superar dificuldades, como o medo de errar, a ansiedade ou a falta de prática.
Quando o aluno aprende a aplicar essas estratégias, ele se sente mais confiante, consegue falar com mais liberdade e desenvolve a fluência aos poucos. Além disso, atividades em grupo, conversas com colegas e o incentivo dos professores tornam o aprendizado mais leve e motivador, mostrando que errar faz parte do processo e que cada tentativa é um passo à frente.
No fim, investir no ensino dessas estratégias é mais do que ensinar palavras: é ensinar a se comunicar de verdade, a improvisar, a se expressar e a aprender com cada experiência. É assim, no dia a dia e na prática, que a língua se torna viva e faz sentido para quem está aprendendo.
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1 Graduada em Historia Educação pela Universidade Estadual da Paríba (UEPB), Graduada em Licenciatura em Educação Física pela Faculdade IBRA, Graduada em Licenciatura em Língua Portuguesa pela Faculdade IBRA,Especialista em Fundamentos da Educação pela Universidade Estadual da Paríba (UEPB), Mestre Ciências da Educação pela Universidad de la Integración de las Américas – UNID, Doutoranda em Ciências da Educação pela Universidad de la Integración de las Américas – UNIDA [email protected]. E-mail: [email protected].