INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UM COMPARATIVO ENTRE BRASIL E ARGENTINA

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.18072465


Altamir Gomes de Sousa1


RESUMO
A pesquisa analisa a internacionalização da educação superior como uma estratégia para fortalecer a qualidade acadêmica tanto no Brasil quanto na Argentina. Ela destaca que esse processo vai além da simples mobilidade física, representando uma forma de integração intercultural mais ampla e sistemática. Baseando-se na teoria de "Internacionalização em Casa", o estudo sugere reformas nos currículos para ampliar o acesso à dimensão global e discute a importância da cooperação solidária, além de uma gestão universitária alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por outro lado, o estudo também faz uma crítica ao caráter eurocêntrico das métricas globais, que tendem a privilegiar os sistemas centrais em detrimento dos periféricos. Com uma abordagem qualitativa e revisão bibliográfica, a pesquisa revela avanços em programas como o CAPES-PrInt, mas também aponta obstáculos como barreiras linguísticas, financeiras e regulatórias que dificultam a integração regional no Mercosul. Ao final, conclui que o sucesso da internacionalização na região depende de indicadores que valorizem a cooperação Sul-Sul e o impacto social, promovendo um alinhamento entre o desenvolvimento científico e as necessidades locais e regionais.
Palavras-chave: Cooperação Sul-Sul. Internacionalização do ensino superior. Qualidade educativa.

ABSTRACT
This research analyzes the internationalization of higher education as a strategy to strengthen academic quality in both Brazil and Argentina. It highlights that this process extends beyond simple physical mobility, representing a broader and more systematic form of intercultural integration. Grounded in the theory of 'Internationalization at Home,' the study suggests curricular reforms to expand access to the global dimension and discusses the importance of 'solidarity-based cooperation,' alongside university management aligned with the Sustainable Development Goals (SDGs). Conversely, the study critiques the Eurocentric nature of global metrics, which tend to privilege core systems over peripheral ones. Employing a qualitative approach and a literature review, the research reveals advancements in programs such as CAPES-PrInt, while also pointing to obstacles such as linguistic, financial, and regulatory barriers that hinder regional integration within Mercosur. Ultimately, it concludes that the success of internationalization in the region depends on indicators that value South-South cooperation and social impact, promoting alignment between scientific development and local and regional needs.
Keywords: South-South Cooperation. Internationalization of Higher Education. Educational Quality.

1. INTRODUÇÃO

A internacionalização da educação superior se consolidou como um elemento fundamental para as instituições que buscam excelência no século XXI. Deixou de ser apenas sobre a mobilidade de estudantes para se transformar em um processo mais amplo, que integra aspectos internacionais e interculturais no ensino, na pesquisa e na extensão. Na América Latina, especialmente na relação entre Brasil e Argentina, esse movimento é impulsionado por blocos como o MERCOSUL Educativo e por agências de fomento, como a CAPES, no Brasil, e a CONEAU, na Argentina. Essas iniciativas têm o objetivo de elevar a qualidade acadêmica e ampliar a presença global das universidades da nossa região.

O debate sobre a internacionalização vem avançando para o conceito de "At Home", no qual Beelen e Jones (2015) defendem a implementação de reformas curriculares interculturais que beneficiem especialmente aqueles que não têm a oportunidade de realizar mobilidade física. Ao mesmo tempo, Sebastián (2011) propõe uma "cooperação solidária" por meio de redes temáticas, como uma forma de promover qualidade e fortalecer a coesão na América Latina. Na gestão, Wit (2020) conecta esse processo à responsabilidade social e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), enquanto Didou-Aupetit (2014) critica o uso de métricas europeias, que muitas vezes não levam em conta contextos diferentes. Por isso, é urgente adotar indicadores mais situados, que valorizem a cooperação Sul-Sul e o desenvolvimento regional de forma mais justa e relevante.

Diante desse cenário, a pergunta central que guia este estudo é entender de que forma as estratégias de internacionalização adotadas pelas instituições de ensino superior no Brasil e na Argentina ajudam a melhorar a qualidade da educação. Além disso, busca-se identificar quais são os obstáculos regulatórios e socioeconômicos que dificultam uma integração mais completa na região. A motivação para essa pesquisa surge da diferença entre as políticas estabelecidas e a sua aplicação prática, já que as instituições enfrentam desafios como falta de financiamento contínuo, dificuldades com idiomas e diferenças nos processos de acreditação de diplomas.

Este trabalho tem uma importância tanto acadêmica quanto social. Ele busca contribuir para o debate sobre as políticas de avaliação da pós-graduação e ajudar na formação de cidadãos globais, capazes de atuar em ambientes multiculturais, fortalecendo o compromisso social dos egressos. Além disso, institucionalmente, o estudo oferece informações úteis para que gestores possam aprimorar programas como o CAPES-PrInt, tornando-os mais inclusivos.

Este estudo busca analisar como as estratégias de internacionalização influenciam a qualidade interna e externa das instituições de ensino superior no Brasil e na Argentina, além de compreender o papel da cooperação regional no desenvolvimento acadêmico do MERCOSUL Educativo. Para isso, investiga as estratégias adotadas, avalia indicadores de qualidade presentes em rankings e acreditações, mapeia as barreiras regulatórias entre os sistemas da CAPES e da CONEAU e propõe diretrizes para políticas de internacionalização mais inclusivas e alinhadas à realidade latino-americana.

Para atingir esses objetivos, utilizar-se uma abordagem qualitativa, com um perfil exploratório e descritivo. A pesquisa é baseada em uma revisão bibliográfica sistemática, análise de documentos como editais e relatórios das agências reguladoras, além de um estudo de caso, baseando-se em estudos da Scielo e CAPES, comparando as trajetórias de internacionalização de algumas instituições no Brasil e na Argentina.

O percurso teórico apresenta a internacionalização como um aspecto importante para melhorar a qualidade da educação superior. Ele analisa as questões éticas, sociais e institucionais envolvidas, especialmente na América Latina. O texto destaca as dinâmicas das instituições, os programas de incentivo e os desafios regulatórios enfrentados no Brasil e na Argentina. Além disso, explora os principais conceitos teóricos, estratégias adotadas em âmbito global e as diferentes maneiras de entender a qualidade — tanto interna quanto externa — das universidades. Países como Brasil e Argentina buscam expandir sua presença internacional por meio de parcerias estratégicas, enfrentando obstáculos como desigualdade de recursos e dificuldades regulatórias.

A análise compara modelos de regulação, como o centralizado no Brasil e o baseado na autonomia na Argentina, ilustrando com exemplos de universidades como a UnB e a UFSCar. Essas parcerias contribuem para o avanço da excelência acadêmica, inovação pedagógica, responsabilidade social e desenvolvimento regional.

2. INTERNACIONALIZAÇÃO E O FORTALECIMENTO DA QUALIDADE EDUCATIVA

A internacionalização é uma estratégia importante para fortalecer a qualidade do ensino, ao promover a troca de experiências e conhecimentos entre diferentes culturas e sistemas educativos. Segundo Morosini, Corte e Felicetti (2021), ela ajuda a elevar o padrão acadêmico ao trazer uma perspectiva global e intercultural para o processo de ensino-aprendizagem. Essa troca enriquece o ambiente universitário, estimulando a adoção de melhores práticas pedagógicas e administrativas.

Além disso, a internacionalização também melhora a reputação das instituições no cenário internacional. Participar de redes de educação e pesquisa ao redor do mundo, além de conquistar acreditações internacionais, são ações que demonstram excelência acadêmica e ajudam a atrair estudantes e pesquisadores de várias regiões. De acordo com Sena et al. (2014), a internacionalização é uma resposta às demandas da globalização, que busca aumentar a competitividade e a qualidade do ensino superior.

A mobilidade acadêmica é uma das principais ferramentas nesse processo. Ela permite que estudantes e professores vivenciem diferentes contextos culturais e educativos, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades essenciais no mundo de hoje — como o domínio de outros idiomas, a adaptação a novas situações e a compreensão intercultural. Essas competências são fundamentais para quem quer se destacar na sociedade contemporânea.

A internacionalização do currículo é uma estratégia importante que busca integrar perspectivas internacionais e culturais ao plano de estudos. Isso pode acontecer de várias formas, como incluir literatura estrangeira, estudos de caso de outros países e oferecer disciplinas ministradas em línguas estrangeiras.

Além disso, a colaboração internacional em pesquisa desempenha um papel fundamental. Ela permite a troca de conhecimentos e recursos entre instituições de diferentes países, o que pode levar a avanços científicos importantes e ajudar na solução de problemas globais. Segundo Marginson e Rhoades (2002), essa internacionalização da pesquisa contribui para o desenvolvimento de sistemas educacionais mais integrados e para ampliar as fronteiras do conhecimento.

Por outro lado, esse processo também traz desafios. É preciso garantir que os programas oferecidos internacionalmente mantenham qualidade e relevância. Para isso, as instituições devem adotar políticas e práticas que assegurem a equivalência de créditos e o reconhecimento mútuo de diplomas, promovendo uma formação consistente em diferentes contextos.

O estudo de Fliguer (2024) aprofunda essa discussão ao analisar a relação entre a sociologia da universidade e a sociologia das profissões. Ele explora como essas áreas se articulam e quais problemas enfrentam atualmente. O autor destaca que as mudanças no ensino superior têm impactado tanto a formação profissional quanto a prática no mercado de trabalho, levando em conta as transformações na estrutura universitária e nas demandas do mercado.

Fliguer argumenta que a universidade não se limita a transmitir conhecimentos — ela também desempenha um papel importante na construção das identidades profissionais e na legitimação do saber técnico. Um ponto central do estudo é a tensão entre a massificação do ensino superior e a qualidade da formação profissional. O crescimento do acesso às universidades trouxe desafios como a diversidade de trajetórias estudantis e a necessidade de adaptar os currículos às novas demandas do mercado. Porém, há o risco de que esse processo leve à mercantilização do conhecimento, com as universidades priorizando interesses econômicos em detrimento de uma formação crítica e humanística.

Outro aspecto importante é o relacionamento entre as profissões e o controle do conhecimento na sociedade atual. O estudo mostra que a maior especialização e tecnificação das disciplinas reforçam a autonomia de algumas profissões, mas também geram dilemas éticos e conflitos com outros setores sociais. Fliguer reforça a importância de repensar o vínculo entre universidade e sociedade, promovendo uma formação superior que vá além da formação técnica, incluindo uma responsabilidade social mais ampla no exercício profissional.

3. INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: CONCEITOS E DESAFIOS

A mobilidade acadêmica é uma oportunidade importante que permite tanto a estudantes quanto a professores participarem de intercâmbios e programas em instituições estrangeiras. Essa experiência enriquece o aprendizado e amplia as visões culturais de todos os envolvidos. As parcerias internacionais entre universidades também fortalecem a cooperação em pesquisa, estimulam projetos conjuntos e facilitam o compartilhamento de recursos. Além disso, ao incorporar conteúdo que reflete diferentes culturas e pontos de vista nos planos de estudo, as universidades preparam melhor seus estudantes para um mundo cada vez mais globalizado (WIT, 2020).

A internacionalização tem um papel fundamental na formação de estudantes e professores. Para os estudantes, ela representa uma chance de desenvolver habilidades interculturais, ampliar seus conhecimentos acadêmicos e aumentar suas chances no mercado de trabalho mundial. Para os professores, essa integração possibilita atualizar conhecimentos, colaborar com colegas de outros países em pesquisas e aprimorar suas práticas pedagógicas.

No contexto latino-americano, especialmente no Brasil e na Argentina, essa internacionalização ainda enfrenta alguns obstáculos específicos. A desigualdade social e econômica limita o acesso de muitos estudantes às oportunidades de mobilidade. Além disso, as diferenças linguísticas e as variações entre os sistemas educativos dificultam a criação de parcerias internacionais mais efetivas.

No Brasil, ações como o Programa Institucional de Internacionalização (PrInt), gerido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), têm o objetivo de promover a internacionalização nas universidades brasileiras. No entanto, essa participação ainda é desigual: as instituições maiores e com mais recursos tendem a se beneficiar mais. Segundo Kehm (2015), a forma como a internacionalização vem acontecendo no ensino superior mudou ao longo do tempo, impulsionada por programas e incentivos do governo. Assim, as universidades têm buscado desenvolver ações que envolvam toda a comunidade acadêmica.

Na Argentina, as universidades também têm buscado ampliar sua presença internacional através de acordos de cooperação e programas de mobilidade. Contudo, enfrentam desafios como a instabilidade econômica do país e a necessidade de políticas institucionais mais sólidas para apoiar esse processo.

O estudo de Fliguer (2013) analisa a evolução das carreiras de pós-graduação na Argentina nas últimas décadas. Ele destaca como mudanças na estrutura, na regulamentação e na expansão desses programas ocorreram nesse período. O crescimento da oferta de pós-graduação esteve ligado às transformações no ensino superior e às demandas do mercado de trabalho, impulsionadas por políticas públicas e pela necessidade constante de atualização profissional. O autor aponta que a diversificação dos programas levou a uma maior especialização das titulações, embora ainda haja desafios relacionados à qualidade e ao acesso.

Um ponto central do estudo é o impacto da regulação estatal na consolidação do sistema de pós-graduação. Fliguer explica que a Comissão Nacional de Avaliação e Acreditação Universitária (CONEAU) desempenhou um papel importante ao supervisionar e credenciar os programas, estabelecendo critérios para garantir altos padrões acadêmicos. No entanto, ele também alerta que uma avaliação muito rígida pode dificultar inovações nos currículos e limitar a adaptação às mudanças no conhecimento e no mercado de trabalho.

Por fim, o autor faz uma reflexão sobre os desafios atuais e futuros da pós-graduação na Argentina. Ele aponta a importância de fortalecer a conexão entre universidades, setor produtivo e sociedade, incentivando programas interdisciplinares e colaborativos. Também destaca que é fundamental melhorar as políticas de financiamento e acesso, para diminuir as desigualdades na entrada na pós-graduação. Fliguer conclui que, embora a Argentina já tenha conquistado avanços importantes na consolidação de seu sistema de pós-graduação, ainda há obstáculos relacionados à equidade, inovação e ao alinhamento com as necessidades do desenvolvimento nacional e regional.

Para enfrentar esses desafios, é crucial que as instituições latino-americanas criem estratégias de internacionalização que levem em conta suas realidades específicas. Isso envolve promover políticas de inclusão que ampliem o acesso à mobilidade acadêmica, fortalecer as habilidades linguísticas e adaptar os currículos para refletir uma perspectiva global. Além disso, a criação de redes regionais de colaboração pode ser uma alternativa eficaz para fortalecer a internacionalização na nossa região.

4. INTERNACIONALIZAÇÃO E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO CONTEXTO DO MERCOSUL

A internacionalização da educação superior se firmou como uma estratégia essencial para elevar a qualidade acadêmica e promover uma maior integração do conhecimento em escala global. Segundo Knight (1997, p.6), ela pode ser entendida como "o processo de integrar uma dimensão internacional, intercultural ou global nos objetivos, nas funções ou na oferta da educação pós-secundária". Essa abordagem envolve várias ações, como programas de mobilidade de estudantes e professores, parcerias entre instituições, a inclusão de temas internacionais nos currículos e a cooperação em pesquisa entre países.

Hoje, a busca por qualidade tanto interna quanto externa no ensino superior está diretamente relacionada às políticas de internacionalização. A qualidade interna diz respeito à evolução dos processos acadêmicos e administrativos dentro das universidades, enquanto a externa está ligada ao reconhecimento e à competitividade dessas instituições no cenário mundial. Morosini (2009) destaca que o conceito de qualidade está ligado ao desenvolvimento dessas ações, que também servem como critérios de avaliação.

A globalização e os avanços tecnológicos reforçaram a conexão entre os países, tornando fundamental que as universidades ajustem suas estratégias para oferecer um ensino de excelência. Assim, elas preparam os estudantes para lidar com desafios multiculturais e atuar em um mercado de trabalho cada vez mais internacionalizado. Integrar internacionalização à busca por qualidade educacional amplia as oportunidades para estudantes e pesquisadores, além de contribuir para um desenvolvimento mais sustentável e fortalecer a cooperação acadêmica entre diferentes nações.

Pesquisas mostram que a internacionalização não só enriquece o ambiente universitário, mas também ajuda as instituições a ganharem destaque no cenário educacional mundial (ALTBACH, 2013; KNIGHT; LIESCH, 2016; MARGINSON, 2011). Um exemplo disso são os campi internacionais — universidades com unidades em outros países — que se tornaram uma estratégia eficaz para ampliar sua influência e promover trocas culturais e de conhecimentos. Prieto-Gutiérrez (2020) aponta que abrir campus no exterior traz benefícios tanto para as universidades quanto para os estudantes locais e estrangeiros, facilitando alianças estratégicas e fortalecendo a imagem do país de origem.

Além disso, a avaliação do ensino superior, tanto interna quanto externa, desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade do ensino. A combinação das avaliações internas — que levam em conta a diversidade de cada instituição — com as avaliações externas, padronizadas, tem se mostrado uma estratégia eficaz para fortalecer os sistemas de avaliação na educação superior. Como destaca Oliveira (2012), o estudo foca nas iniciativas de avaliação, seja ela oficial ou individual, que coexistem nas universidades.

No artigo “Mercosul e Educação Superior: Breve Análise do Acesso aos Níveis de Graduação e Pós-Graduação”, Pinheiro (2019) analisa a integração educacional na região do Mercosul e os desafios para garantir um acesso mais justo à educação superior, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Uma das principais conclusões é que, apesar das políticas regionais que incentivam a mobilidade estudantil e criam oportunidades, ainda há obstáculos importantes relacionados às desigualdades entre os países membros. Questões econômicas, como as diferenças na condição financeira dos estudantes e o custo de vida, são fatores que influenciam diretamente na permanência e na conclusão dos cursos pelos alunos.

O artigo também destaca a falta de uniformidade na implementação das políticas de internacionalização nas universidades do Mercosul. O autor aponta que, embora algumas instituições estejam mais avançadas na criação de programas conjuntos de pós-graduação e intercâmbios, outras enfrentam dificuldades por questões internas, como recursos limitados e resistência a mudanças no sistema educacional. Além disso, as barreiras relacionadas ao idioma representam um desafio importante para uma integração mais plena de estudantes e professores na região.

O estudo de Fliguer (2010) analisa as diferenças estruturais e regulatórias entre os sistemas de pós-graduação da Argentina e do Brasil, mostrando como essas diferenças dificultaram a integração dentro do MERCOSUL Educativo. Enquanto o Brasil possui um sistema bastante regulado, com a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) supervisionando e avaliando rigorosamente os programas, a Argentina adotou um modelo mais flexível, baseado na autonomia universitária. Essas diferenças criaram obstáculos para estabelecer critérios de qualidade comuns e para o reconhecimento mútuo dos títulos, o que acaba limitando a mobilidade acadêmica e a cooperação entre os dois países.

O estudo também destaca tanto os avanços quanto os desafios na mobilidade acadêmica dentro do MERCOSUL Educativo. Foram criadas iniciativas como redes universitárias e programas de intercâmbio, que facilitaram uma maior interação entre professores e estudantes de ambos os países. No entanto, ainda há barreiras administrativas e burocráticas que dificultam uma cooperação mais efetiva. Entre elas estão as diferenças na estrutura curricular, nos requisitos de acreditação e nos processos de convalidação de títulos, o que impede uma integração mais fluida dos sistemas de pós-graduação.

Por fim, Fliguer reforça a importância de criar um marco regulatório comum que assegure padrões de qualidade compartilhados, sem comprometer a autonomia das universidades. Ele sugere a elaboração de acordos bilaterais e multilaterais para facilitar a equivalência de títulos e a compatibilidade dos programas de pós-graduação. O autor destaca que, embora já tenham ocorrido avanços, alcançar uma integração plena dos sistemas na Argentina e no Brasil demanda um compromisso contínuo das instituições e dos governos para superar as barreiras existentes e fortalecer a internacionalização da educação superior na região.

Assim, a internacionalização e a busca por qualidade andam juntas, contribuindo para fortalecer a educação superior no cenário atual. Este artigo tem como objetivo explorar essas tendências e seu impacto na melhoria da qualidade da educação superior.

5. QUALIDADE INTERNA E EXTERNA DA EDUCAÇÃO

A qualidade interna no ensino superior está relacionada aos aspectos que garantem uma experiência de ensino-aprendizagem de excelência dentro das instituições. Isso inclui, por exemplo, a elaboração de currículos atualizados e relevantes, o uso de metodologias de ensino eficazes, a infraestrutura adequada e a formação continuada dos professores (TEICHLER, 2017).

Um currículo bem estruturado deve ser flexível e interdisciplinar, permitindo a integração de diferentes áreas do conhecimento e preparando os estudantes para enfrentar os desafios do mundo atual. Além disso, metodologias ativas e participativas, que estimulam o pensamento crítico e a resolução de problemas, são essenciais para uma educação de qualidade.

A infraestrutura também é fundamental: deve oferecer recursos tecnológicos e espaços físicos que facilitem o aprendizado. Já a formação continuada dos docentes garante que eles estejam sempre atualizados com as melhores práticas pedagógicas e com as novidades em suas áreas de atuação.

A internacionalização dos currículos traz ainda a oportunidade de incorporar conteúdo e abordagens pedagógicas de diferentes partes do mundo, refletindo boas práticas globais. Isso enriquece o conteúdo dos programas acadêmicos e incentiva metodologias que promovem a colaboração e a resolução de problemas em contextos multiculturais. Além disso, os professores também se beneficiam ao participar de programas de desenvolvimento profissional em instituições estrangeiras, adquirindo novas perspectivas e técnicas que podem ser adaptadas às suas próprias instituições.

Quanto à qualidade externa no ensino superior, ela se refere ao reconhecimento e às avaliações feitas por órgãos independentes, que consideram critérios como o prestígio internacional, avaliações externas, rankings acadêmicos e acreditações internacionais (SCOTT, 2017). Esses elementos ajudam a medir a reputação e o padrão de excelência das instituições em um cenário global.

As avaliações externas são realizadas por órgãos independentes que analisam diferentes aspectos da instituição para garantir que ela mantenha seus padrões de qualidade. Os rankings acadêmicos comparam as universidades com base em indicadores como produção científica, empregabilidade dos graduados e internacionalização. A acreditação internacional certifica que uma instituição ou programa atende a critérios de qualidade reconhecidos mundialmente, facilitando a mobilidade acadêmica e profissional dos estudantes.

Parcerias estratégicas com universidades renomadas oferecem oportunidades para trocar boas práticas, acessar recursos adicionais e aumentar a visibilidade internacional da instituição. Essas colaborações também contribuem para coautoria de publicações importantes, participação em projetos de grande escala e melhorias nas metodologias de ensino, elevando o prestígio da instituição no cenário global (CORRÊA; CAMARGO, 2024).

Participar de redes educativas internacionais é outra estratégia importante: permite às instituições compartilhar conhecimentos e recursos, promover inovação contínua e enriquecer o ambiente acadêmico com diferentes perspectivas culturais. Essas parcerias possibilitam ainda programas de dupla titulação, tornando os cursos mais atrativos e ampliando as oportunidades profissionais dos estudantes. Além disso, colaborar com universidades de destaque eleva os padrões acadêmicos e de pesquisa, melhora os rankings internacionais e aumenta o reconhecimento por parte das agências de acreditação.

Resumindo, a internacionalização é uma estratégia essencial para as instituições que buscam elevar sua qualidade externa. Ao criar conexões globais sólidas, as universidades não só aumentam seus padrões acadêmicos como também fortalecem sua reputação no cenário mundial. Tudo isso beneficia toda a comunidade acadêmica e atende às demandas de um mundo cada vez mais interligado.

6. TENDÊNCIAS ESPECÍFICAS NA AMÉRICA LATINA

A internacionalização da educação superior ganhou protagonismo na América Latina, especialmente em países como Brasil e Argentina, que buscam ampliar sua inserção no cenário acadêmico global. No Brasil, iniciativas como o Programa Ciência sem Fronteiras, lançado em 2011, promoveram a mobilidade de estudantes e pesquisadores para instituições de renome internacional, com o objetivo de formação em áreas estratégicas. Embora o programa não exista mais, ele impulsionou a cultura de internacionalização nas universidades brasileiras. Na Argentina, a proximidade cultural e linguística com o Brasil facilita a adaptação dos estudantes brasileiros, tornando o país um destino atrativo para intercâmbios acadêmicos, especialmente em cursos como Medicina (RODRÍGUEZ, 2019).

As universidades latino-americanas estabeleceram parcerias estratégicas com instituições europeias, norte-americanas e asiáticas, visando ao fortalecimento acadêmico e científico. Por exemplo, a Universidade Europeia mantém colaborações com instituições norte-americanas, como a UC Berkeley Extension e a Pace University, oferecendo programas que enriquecem a educação dos estudantes. Além disso, o Fundo de Inovação 100,000 Strong in the Americas tem proporcionado recursos para novas parcerias entre instituições de educação superior nos Estados Unidos e na América Latina, promovendo a cooperação acadêmica e a mobilidade estudantil (FRESÁN, 2019).

No contexto latino-americano, a internacionalização enfrenta desafios específicos, como a desigualdade de recursos entre instituições, as barreiras linguísticas e a necessidade de políticas públicas que incentivem a cooperação internacional. No entanto, existem oportunidades importantes, como a crescente demanda de experiências internacionais por parte dos estudantes e o interesse de universidades estrangeiras em estabelecer colaborações na região. A participação em redes internacionais e a implementação de programas de mobilidade virtual são estratégias que podem mitigar algumas dessas barreiras e ampliar o alcance da internacionalização na região.

Em síntese, Brasil e Argentina avançaram na internacionalização de suas instituições de ensino superior, buscando parcerias que promovam a excelência acadêmica e a inserção global. Embora existam desafios a superar, as oportunidades que surgem dessas colaborações são promissoras e contribuem para o desenvolvimento educacional e científico da região.

7. ESTUDO DE CASO: INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E NA ARGENTINA

A internacionalização nas universidades brasileiras e argentinas desenvolveu-se de formas diferentes, refletindo as particularidades de cada país. No Brasil, implementaram-se programas como o Ciência sem Fronteiras para promover a mobilidade estudantil e a cooperação internacional. Embora o programa tenha sido descontinuado, deixou um legado importante na cultura de internacionalização das instituições brasileiras (CHINKES; JULIEN, 2019). Além disso, universidades como a Universidade de São Paulo (USP) mantêm parcerias estratégicas com instituições estrangeiras, como a Universidade de Buenos Aires (UBA), com o objetivo de fortalecer a cooperação acadêmica e científica em áreas de interesse comum.

Na Argentina, a internacionalização também tem sido uma prioridade. A Universidade Nacional de San Luis (UNSL), por exemplo, desenvolveu programas de cooperação internacional que incluem intercâmbios de estudantes e projetos de pesquisa conjuntos. Essas iniciativas buscam ampliar a presença da universidade no cenário acadêmico global e proporcionar experiências internacionais a seus estudantes e professores.

As parcerias entre universidades latino-americanas com instituições de outras regiões têm sido fundamentais para a internacionalização (NEVES; BARBOSA, 2020). A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Brasil, em colaboração com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva (MinCyt) da Argentina, lançou programas de projetos conjuntos que incluem mobilidade acadêmica e financiamento para pesquisa colaborativa. Essas iniciativas têm como objetivo fortalecer os laços acadêmicos entre ambos os países e promover o desenvolvimento científico conjunto.

A internacionalização tem um impacto significativo na qualidade interna e externa do ensino nas universidades brasileiras e argentinas. No nível interno, a exposição a diferentes culturas e métodos de ensino enriquece o ambiente acadêmico, promovendo a inovação pedagógica e a diversidade de perspectivas (BETANZOS; CASTIELLO-GUTIÉRREZ, 2025).

Externamente, a participação em redes internacionais e a colaboração com instituições de renome elevam o prestígio das universidades, melhorando sua posição nos rankings globais e aumentando sua visibilidade na cena acadêmica internacional (BETANZOS; CASTIELLO-GUTIÉRREZ, 2025).

Contudo, a internacionalização também apresenta desafios. A desigualdade de recursos entre instituições, as barreiras linguísticas e a necessidade de políticas públicas que incentivem a cooperação internacional são obstáculos a superar. No entanto, as oportunidades que surgem dessas colaborações são promissoras e contribuem para o desenvolvimento educacional e científico da região.

8. IMPACTO DA INTERNACIONALIZAÇÃO NA GARANTIA DA QUALIDADE DO ENSINO

No Brasil, a UnB (Universidade de Brasília) estabeleceu acordos de cooperação com várias universidades internacionais, entre elas a Universidade de Buenos Aires (UBA). Essas parcerias promoveram o intercâmbio de pesquisadores e docentes, enriquecendo a produção acadêmica e ampliando as perspectivas de pesquisa. Por exemplo, a renovação de um convênio com a UBA teve como objetivo receber pesquisadores argentinos para colaborar com o Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais da UnB, integrando o Capes PrInt.

A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) participa do Programa Institucional de Internacionalização (CAPES-PrInt), que promove o intercâmbio de estudantes e professores entre o Brasil e o exterior. Embora o Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCFau) não faça parte diretamente do PrInt, professores e alunos beneficiaram-se indiretamente por meio de pesquisadores visitantes financiados pelo programa, que ministram cursos e palestras, enriquecendo o ambiente acadêmico da UFSCar.

Estes exemplos ilustram como a internacionalização pode ser uma ferramenta eficaz para melhorar a qualidade do ensino superior, tanto internamente, ao enriquecer o ambiente acadêmico, quanto externamente, ao reforçar a posição das instituições no contexto mundial.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa avalia como a internacionalização influencia a qualidade do ensino superior. Os resultados mostram que essa internacionalização funciona como um incentivo à inovação pedagógica e ao fortalecimento da reputação das instituições. No entanto, sua efetividade ainda é limitada por uma visão bastante focada na mobilidade física, que acaba beneficiando apenas uma parcela da comunidade acadêmica mais privilegiada. A análise da metodologia utilizada foi adequada, pois a revisão bibliográfica e documental ajudou a identificar a desconexão entre as políticas públicas e a realidade das instituições de ensino.

Como limitações do estudo, destacam-se a dificuldade de acesso a dados quantitativos atualizados sobre o impacto da mobilidade virtual na percepção de qualidade pelos estudantes. Além disso, as diferenças econômicas entre Brasil e Argentina dificultam a implementação de políticas de forma sincronizada. Para o futuro, sugere-se que novas pesquisas se concentrem na criação de normas comuns para facilitar a revalidação automática de títulos entre os países do Mercosul e na elaboração de políticas específicas para promover a internacionalização do currículo. Assim, pode-se garantir que a experiência internacional seja acessível a todos os estudantes, e não apenas a uma elite privilegiada.

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1 Doutorando em Ciências da Educação da Facultad Interamericana de Ciencias Sociales (FICS), Assunção, Paraguai, 2025. E-mail: [email protected]