INFLUÊNCIA GENÉTICA DO HPV EM NEOPLASIAS DE COLO UTERINO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10360223


Gabrielly Dias de Almeida¹
Larissa Teodoro Rabi²


RESUMO
Este trabalho de revisão da literatura tem como objetivo proporcionar uma compreensão abrangente do vírus HPV (papilomavírus humano) e suas associações com o desenvolvimento de neoplasias cervicais. O HPV, especialmente os tipos de alto risco, desempenha um papel crucial no câncer cervical, sendo a infecção persistente por esses tipos um fator de risco significativo. As lesões precursoras, como a neoplasia intraepitelial cervical (NIC) de baixo e alto grau, são estágios iniciais do câncer cervical e podem progredir para câncer invasivo se não tratadas. Além disso, o trabalho destaca a importância da detecção precoce por meio do exame de Papanicolau e enfatiza que nem todas as infecções por HPV resultam em câncer cervical.
Palavras-chave: Neoplasia, genética, uterino.
 
1. INTRODUÇÃO
 
O Papilomavírus Humano (HPV) é conhecido por ser uma das principais causas do câncer de colo uterino, também conhecido como neoplasia cervical. O HPV é um vírus transmitido principalmente através do contato sexual que infecta as células epiteliais do útero. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, e alguns deles podem causar infecções genitais e câncer, incluindo o câncer de colo de útero.
 
A relação entre o vírus do HPV e o câncer de colo de útero começou a ser estabelecida nas últimas décadas. O HPV foi identificado pela primeira vez como um fator de risco para o câncer cervical na década de 1970, quando pesquisadores descobriram que o DNA do HPV estava presente em amostras de tecido cervical canceroso.
 
A infecção por HPV é extremamente comum e pode afetar tanto homens quanto mulheres. Na maioria dos casos, o sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus sem causar problemas. No entanto, em alguns casos, a infecção persiste e pode levar ao desenvolvimento de células anormais no colo do útero, que podem se tornar cancerosa ao longo do tempo.
 
O câncer de colo de útero é o terceiro tipo de neoplasia mais comum entre as mulheres em todo o mundo, mas é altamente prevenível. A infecção persistente por certos tipos de HPV, especialmente os tipos de alto risco, como os tipos 16 e 18 que estão associados ao desenvolvimento de lesão pré-cancerosas, é um fator de risco importante para o desenvolvimento desse tipo de neoplasia.
 
A maioria das infecções por HPV não causam sintomas visíveis, tornando-se muitas vezes difícil detectar a presença do vírus. No entanto, exames de Papanicolau e testes de DNA do HPV são utilizados para detectar células anormais ou a presença do vírus no colo do útero. Esses exames são fundamentais na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de colo de útero.
 
As lesões pré-cancerosas do colo do útero são chamadas de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e são classificadas em graus I, II e III, sendo o grau III considerado o estágio mais avançado antes do câncer invasivo. Se não for diagnosticada e tratada adequadamente, a neoplasia cervical pode progredir para um estágio invasivo, em que as células cancerígenas se espalham além do colo do útero para outros tecidos circundantes.
 
A vacinação é uma estratégia importante na prevenção do HPV e do câncer de colo de útero. A vacina contra o HPV está disponível e é recomendada para meninas e meninos adolescente, antes do início da vida sexual. Ela oferece proteção contra os tipos mais comuns de HPV que causam câncer.
 
Além da vacinação, a prevenção da neoplasia cervical também envolve a realização regular de exames de Papanicolau pois o mesmo é utilizado para rastrear e detectar alterações nas células cervicais e o uso de preservativos durante as relações sexuais, embora eles não forneçam uma proteção completa contra a infecção por HPV.
 
METODOLOGIA
 
Considerando as informações sobre o tema, este trabalho faz uma revisão da literatura, tendo como objetivo possibilitar o conhecimento dos aspectos do vírus HPV, e as comprovações que possibilitam desenvolver lesões que originam neoplasia cervical.
 
Os critérios de inclusão, exclusão e seleção do HPV como um fator causal no câncer cervical são discutidos, enfatizando a importância da detecção do DNA ou RNA do HPV nos tecidos cervicais e outros critérios clínicos, como a presença de lesões pré-cancerosas. Os tipos de HPV de alto risco, como os tipos 16 e 18, são destacados como indicadores importantes para a inclusão do HPV como fator causal. É ressaltado que esses critérios podem variar de acordo com as diretrizes clínicas e práticas médicas locais.
Além disso, o trabalho aborda medidas de prevenção, como a vacinação contra o HPV, o rastreamento regular por meio do exame de Papanicolau e o uso de preservativos. Essas medidas são essenciais para reduzir a incidência do câncer de colo de útero relacionado ao HPV. Em resumo, o HPV é um fator crítico no desenvolvimento do câncer cervical, mas sua relação com o câncer depende de critérios específicos de inclusão, exclusão e seleção. A prevenção e detecção precoce desempenham papéis fundamentais na redução do risco e no tratamento eficaz das neoplasias cervicais relacionadas ao HPV. É essencial que as mulheres consultem seus médicos regularmente para obter orientações sobre prevenção e detecção.
 
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
 
Os dados observados em nossa revisão estão dispostos na Tabela 1.