EXPLORANDO A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE JUVENIL NO VALE DO RIBEIRA

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.13950095


Ana Júlia Pedroso1
Gabrielly Cristine dos Santos Silva1
Geovanna de Oliveira Amancio1
Maria Luiza dos Reis Flórido da Silva1
Rafael Martins Alves1
José Cristiano de Góis2


RESUMO
Este artigo investiga a influência da música na construção da identidade pessoal e social. Através de uma revisão abrangente da literatura e análise de estudos de caso, exploramos como diferentes gêneros musicais e práticas musicais moldam a percepção de si mesmo e o senso de pertencimento. A pesquisa aborda a música como um meio de expressão individual e coletiva, destacando seu papel na formação de grupos sociais, na afirmação de culturas e na construção de narrativas pessoais. O artigo examina também a relação entre a música e a identidade em diferentes contextos culturais e históricos, e como as mudanças na paisagem musical influenciam a evolução das identidades individuais e coletivas. Os resultados revelam que a música serve como um poderoso recurso para a autoidentificação, fornecendo um meio para indivíduos e grupos expressarem e reforçarem suas identidades. Entender a influência da música na identidade pode oferecer insights valiosos para estudos sobre cultura, psicologia e sociologia, além de aplicações práticas em áreas como educação e terapia.
Palavras-chave: Classes sociais; Estilos musicais; Mercado de trabalho; Mídias sociais.

ABSTRACT
This article investigates the influence of music on the construction of personal and social identity. Through a comprehensive review of the literature and analysis of case studies, we explore how different musical genres and practices shape self-perception and a sense of belonging. The research addresses music as a means of individual and collective expression, highlighting its role in forming social groups, affirming cultures, and constructing personal narratives. The article also examines the relationship between music and identity in different cultural and historical contexts, and how changes in the musical landscape influence the evolution of individual and collective identities. The results reveal that music serves as a powerful resource for self-identification, providing a means for individuals and groups to express and reinforce their identities. Understanding the influence of music on identity can offer valuable insights for studies in culture, psychology, and sociology, as well as practical applications in areas such as education and therapy.
Keywords: Social classes; Musical styles; Job Market; Social media.

INTRODUÇÃO

Este artigo abordará a seguinte temática "Explorando a Influência da Música na Construção da Identidade Juvenil na região do Vale do Ribeira", situada ao sul do Estado de São Paulo, com uma população estimada em 336 mil habitantes, 15,6% se encontram na faixa etária de 15 a 24 anos. Ao longo dos anos, tem-se observado o poder influente da música na vida das pessoas, permeando diversos momentos e cenários, exercendo impacto tanto no lazer quanto na produtividade.

A adolescência é um período de descobertas, transformações e busca pela identidade própria. Nesse contexto, a música emerge como uma poderosa influência na vida dos jovens, desempenhando um papel significativo na construção de suas identidades. Desde os primeiros acordes até as letras profundas, a música se torna uma parte intrínseca da jornada de autoconhecimento e desenvolvimento dos adolescentes.

Este estudo se propõe a explorar a influência da música na construção da identidade juvenil, mergulhando nas múltiplas facetas desse fenômeno complexo. Ao longo desta pesquisa, examinaremos como os jovens se relacionam com a música, como ela reflete suas emoções, experiências e valores, e como ela molda suas percepções de si mesmos e do mundo ao seu redor.

Através de uma análise abrangente e multidisciplinar, buscaremos compreender os diversos caminhos pelos quais a música impacta a identidade juvenil, desde a formação de subculturas musicais até a influência das letras nas percepções de autoimagem e pertencimento social. Além disso, investigaremos como as plataformas de streaming, as redes sociais e a globalização da música têm ampliado as possibilidades de conexão e expressão para os jovens, ao mesmo tempo em que desafiam conceitos tradicionais de identidade e autenticidade.

Por meio desta pesquisa, esperamos contribuir para uma compreensão mais profunda da relação entre música e identidade juvenil, oferecendo insights valiosos para educadores, pais, profissionais de saúde mental e todos aqueles interessados no bem-estar e desenvolvimento dos jovens na sociedade contemporânea.

Problematização

A influência da música na construção da identidade juvenil na região do Vale do Ribeira é um fenômeno multifacetado que vai além dos estereótipos sociais associados aos estilos musicais dos jovens. Embora os preconceitos possam ser uma parte significativa desse panorama, é importante compreender de forma mais abrangente como a música molda as percepções de identidade, pertencimento e autoexpressão entre os jovens da região.

Além disso, é necessário investigar como os diferentes gêneros musicais, subculturas e práticas culturais influenciam as experiências individuais e coletivas dos jovens, bem como os desafios e oportunidades que surgem desse processo de construção identitária. Neste contexto, é fundamental explorar criticamente a relação entre música e identidade juvenil, considerando não apenas os preconceitos sociais, mas também as complexidades culturais, sociais e emocionais envolvidas nesse processo.

Justificativa

A presença ubíqua da música no cotidiano dos jovens da região do Vale do Ribeira revela sua importância como elemento central na formação da identidade e na expressão individual e coletiva dos jovens. Ao permearem tanto os aspectos profissionais quanto os sociais da vida juvenil, os diferentes estilos musicais e as práticas culturais associadas a eles desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da autoexpressão, na construção de valores e na busca por identidade.

Nesse contexto, explorar a influência da música na vida dos jovens do Vale do Ribeira não apenas amplia nosso entendimento sobre suas experiências e vivências, mas também lança luz sobre questões essenciais relacionadas à identidade, diversidade cultural e inclusão social na região. Além disso, ao compreender melhor o impacto da música na construção da identidade juvenil, podemos desenvolver estratégias mais eficazes para promover o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos jovens na região, contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais inclusiva e resiliente.

Objetivo Geral

Investigar de forma abrangente e aprofundada a influência da música na construção da identidade juvenil na região do Vale do Ribeira, analisando como diferentes estilos musicais, práticas culturais e experiências individuais e coletivas contribuem para a formação da identidade dos jovens nessa localidade. A pesquisa visa compreender os mecanismos pelos quais a música molda as percepções de identidade, pertencimento e autoexpressão dos jovens, assim como os desafios e oportunidades que surgem desse processo.

Por meio de uma abordagem interdisciplinar, o objetivo é fornecer insights que contribuam para uma compreensão mais profunda da relação entre música e identidade juvenil, bem como para o desenvolvimento de estratégias e políticas que promovam o bem-estar e a inclusão dos jovens na região do Vale do Ribeira.

Objetivo específico

  • Apresentar um panorama histórico da evolução da presença da música no cotidiano dos jovens ao longo dos anos na região do Vale do Ribeira, identificando os principais marcos e influências culturais que moldaram essa relação;

  • Investigar a influência dos diferentes gêneros musicais na mudança comportamental dos jovens da região do Vale do Ribeira, analisando como as preferências musicais se refletem em atitudes, valores e estilo de vida;

  • Realizar uma pesquisa de campo com jovens residentes no Vale do Ribeira, com o objetivo de compreender de forma mais detalhada suas percepções, experiências e vivências em relação à música e sua influência na construção de suas identidades juvenis.

DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

A música é uma forma de arte universal que tem sido parte integrante da cultura humana por milhares de anos. Ela evoluiu ao longo do tempo, refletindo e influenciando as mudanças sociais, culturais e tecnológicas. Neste artigo, exploramos a história da música no mundo, examinando suas origens, desenvolvimentos significativos e impacto cultural em diferentes épocas.

As Origens da Música

A música é tão antiga quanto a própria civilização, e suas origens remontam às práticas rituais e espirituais das sociedades primitivas. Evidências arqueológicas sugerem que instrumentos musicais como flautas feitas de osso datam de mais de 40.000 anos (Conard, Malina & Münzel, 2009). Nessas culturas antigas, a música era frequentemente usada em rituais religiosos e cerimônias, desempenhando um papel essencial na comunicação com o divino e na coesão social.

Música na Antiguidade

Na antiguidade, a música começou a ser sistematizada e documentada. As civilizações da Mesopotâmia, Egito, Índia e China desenvolveram sistemas musicais complexos que refletiam suas culturas e filosofias. A música grega, em particular, teve uma influência duradoura, com filósofos como Platão e Aristóteles discutindo seu impacto na alma e na sociedade (West, 1992).

Os gregos antigos criaram teorias sobre harmonia e escala que ainda influenciam a música ocidental. Instrumentos como a lira e a kithara eram populares, e a música era parte fundamental da educação e das artes. A música romana, influenciada pela grega, também desempenhou um papel importante nas cerimônias e nos espetáculos públicos.

A Música na Idade Média

Durante a Idade Média, a música tornou-se uma parte central da vida religiosa e secular na Europa. O canto gregoriano, desenvolvido pela Igreja Católica, é um exemplo de música litúrgica que dominou esse período. Os mosteiros e catedrais eram centros de produção musical, e o desenvolvimento da notação musical permitiu a preservação e disseminação de composições complexas (Hoppin, 1978).

Além da música sacra, a música secular também floresceu, com trovadores e menestréis viajando por toda a Europa, cantando canções de amor, história e sátira. A polifonia, que envolve a sobreposição de múltiplas linhas melódicas, começou a se desenvolver, preparando o terreno para os avanços musicais dos períodos subsequentes.

Renascimento e Barroco

O Renascimento (c. 1400-1600) foi uma era de renovação cultural e artística na Europa, e a música não foi exceção. Compositores como Josquin des Prez e Palestrina exploraram a harmonia e a polifonia de maneiras inovadoras, enquanto a música instrumental ganhou maior importância (Atlas, 1998). Este período viu o surgimento de novas formas musicais, como a missa e o moteto, bem como o desenvolvimento dos instrumentos de teclado.

O período Barroco (c. 1600-1750) trouxe ainda mais inovação, com compositores como Johann Sebastian Bach, George Frideric Handel e Antonio Vivaldi expandindo os limites da expressão musical. O barroco foi caracterizado por uma rica ornamentação e a introdução do basso contínuo, um método de acompanhamento que proporcionava uma base harmônica para melodias complexas (Boyden, 1965).

A Era Clássica e Romântica

A Era Clássica (c. 1750-1820) foi marcada por uma busca por equilíbrio e clareza na música. Compositores como Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn e Ludwig van Beethoven exploraram formas musicais como a sinfonia, o quarteto de cordas e a sonata. A música clássica enfatizava a ordem e a proporção, refletindo os ideais da época iluminista (Rosen, 1997).

Durante o período romântico (c. 1820-1900), a música tornou-se mais expressiva e emocional, com compositores como Franz Schubert, Johannes Brahms e Pyotr Ilyich Tchaikovsky explorando temas de paixão, natureza e nacionalismo. A orquestra cresceu em tamanho e complexidade, permitindo uma gama mais ampla de expressão musical (Taruskin, 2010).

O Século XX e a Música Contemporânea

O século XX foi uma era de experimentação e diversidade na música. A tecnologia trouxe novas formas de produção e distribuição musical, enquanto movimentos artísticos como o modernismo, o jazz e o rock'n'roll desafiaram as convenções estabelecidas. Compositores como Igor Stravinsky, Arnold Schoenberg e John Cage exploraram novas formas de expressão, desde a atonalidade até a música aleatória (Griffiths, 2011).

A música popular tornou-se uma força cultural global, com gêneros como o jazz, o rock, o pop e o hip-hop alcançando audiências massivas. A globalização e a digitalização permitiram a fusão de estilos musicais de todo o mundo, criando uma tapeçaria musical rica e diversificada.

Impacto Cultural da Música no Mundo

A música tem sido uma força poderosa na formação das culturas ao redor do mundo. Ela desempenha um papel crucial na expressão de identidades coletivas, tradições e valores. Através da música, sociedades podem comunicar histórias, transmitir conhecimentos, e unir comunidades. Este desenvolvimento teórico explora o impacto cultural específico da música em diversas regiões e períodos históricos, destacando como ela tem moldado e sido moldada por contextos culturais.

Música e Identidade Cultural

A música é uma forma de expressão que ajuda na construção e manutenção de identidades culturais. Ela permite que indivíduos e grupos expressem sua identidade única, diferenciando-se de outros. De acordo com Stokes (1994), a música atua como um recurso para a criação e a negociação de identidades sociais e culturais. Em muitos casos, a música é usada para reforçar laços comunitários e promover um sentimento de pertencimento.

África

Na África, a música é um elemento essencial da vida social e cultural. Ela está intimamente ligada a rituais, cerimônias e eventos sociais. A música africana tradicional utiliza ritmos complexos e polifonia, e frequentemente envolve danças e performances comunitárias. Agawu (2003) observa que a música na África serve não apenas como entretenimento, mas também como uma ferramenta para educação, política e religião.

Instrumentos como tambores, mbiras e kora são usados para contar histórias, transmitir ensinamentos e unir comunidades. A música africana também teve um impacto significativo na música global, influenciando gêneros como jazz, blues e hip-hop.

América Latina

Na América Latina, a música é uma fusão rica de influências indígenas, africanas e europeias. Gêneros como a salsa, o samba, o tango e a cumbia refletem essa diversidade cultural e desempenham um papel crucial na expressão da identidade regional e nacional. Manuel (1995) destaca que a música na América Latina é frequentemente utilizada como uma forma de resistência cultural, preservando tradições em face de influências externas.

A música latina não apenas celebra a diversidade cultural, mas também aborda questões sociais e políticas. Por exemplo, a música de protesto na América Latina tem sido uma ferramenta poderosa para a resistência política e a promoção da justiça social.

Ásia

A música asiática é caracterizada por sua diversidade e riqueza histórica. Na Índia, a música clássica, tanto a tradição hindustani quanto a carnática, é uma forma de arte profundamente espiritual e filosófica. Rao (1991) argumenta que a música indiana é uma manifestação do cosmos e uma busca pela harmonia entre o homem e o universo.

Na China, a música tradicional é marcada pelo uso de escalas pentatônicas e instrumentos como o guzheng e o erhu. A música chinesa tem desempenhado um papel importante em rituais religiosos, cerimônias de Estado e entretenimento popular.

Europa

Na Europa, a música clássica tem sido uma parte central da cultura desde o Renascimento. Compositores como Bach, Beethoven e Mozart moldaram a música ocidental, influenciando não apenas a música, mas também a arte, a literatura e a filosofia. Kramer (2002) explora como a música clássica europeia tem sido usada para expressar ideais de beleza, ordem e emoção.

Além da música clássica, a Europa também viu o surgimento de movimentos musicais populares, como o punk, o rock e o EDM, cada um deles refletindo mudanças sociais e culturais. A música popular europeia frequentemente desafia normas sociais e políticas, atuando como uma forma de protesto e transformação social.

Música e Mudança Social

A música tem sido uma força motriz em movimentos sociais ao redor do mundo. Ela serve como uma plataforma para expressar descontentamento, promover solidariedade e inspirar ação social. Eyerman e Jamison (1998) argumentam que a música desempenha um papel central na articulação e comunicação de movimentos sociais, ajudando a construir identidades coletivas e narrativas de resistência.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a música desempenhou um papel crucial no movimento dos direitos civis. Canções como "We Shall Overcome" tornaram-se hinos de resistência e esperança, unindo pessoas na luta por igualdade e justiça. O hip-hop, emergindo das comunidades afro-americanas, tornou-se uma voz poderosa contra a injustiça social e racial, abordando questões como a violência policial, a pobreza e a desigualdade.

África do Sul

Na África do Sul, a música foi uma ferramenta vital na luta contra o apartheid. Canções de resistência, conhecidas como "freedom songs", mobilizaram e inspiraram milhões a lutar contra o regime opressor. Allen (2004) destaca que a música era usada para transmitir mensagens políticas e fortalecer o espírito de resistência entre os ativistas anti-apartheid.

Globalização e a Música

A globalização transformou a maneira como a música é produzida, distribuída e consumida. Com o avanço da tecnologia, a música tornou-se mais acessível, permitindo a troca e a fusão de estilos musicais de todo o mundo. Appadurai (1996) discute como a globalização cria "espaços de fluxo" onde a cultura musical pode ser compartilhada e reinterpretada.

A música globalizada não apenas promove a diversidade cultural, mas também levanta questões sobre a comercialização e a autenticidade. A fusão de estilos musicais pode levar à criação de novas formas de expressão, mas também à homogeneização cultural e à perda de tradições musicais locais.

A música é uma forma poderosa de expressão cultural e pessoal, desempenhando um papel fundamental na vida dos jovens. Ela não apenas fornece uma trilha sonora para a vida cotidiana, mas também contribui significativamente para a formação da identidade pessoal e social. Neste desenvolvimento teórico, exploramos como a música influencia a construção da identidade juvenil, considerando aspectos psicológicos, sociais e culturais.

A Música como Meio de Expressão e Identificação

A música serve como um meio de expressão para os jovens, permitindo que eles articulem emoções e experiências que, de outra forma, podem ser difíceis de expressar. De acordo com Frith (1996), a música é uma forma de "dar voz" às emoções e um veículo para a autoexpressão. Os jovens muitas vezes usam a música para explorar e comunicar sua identidade pessoal, escolhendo gêneros e artistas que ressoam com suas experiências pessoais e valores.

Além disso, a música proporciona um senso de pertencimento. Grupos de jovens frequentemente se reúnem em torno de preferências musicais comuns, criando subculturas que oferecem apoio social e um senso de comunidade. Bennett (2000) discute como essas subculturas musicais oferecem aos jovens um espaço para explorar identidades alternativas e desafiar normas sociais estabelecidas.

Música e Desenvolvimento Psicossocial

O processo de desenvolvimento da identidade é uma parte crucial do crescimento juvenil. Erikson (1968) propõe que a formação da identidade é uma tarefa central durante a adolescência, onde os indivíduos exploram diferentes papéis e identidades antes de consolidar um senso coerente de si mesmo. A música desempenha um papel neste processo, oferecendo um meio de explorar diferentes aspectos de identidade e experimentar novas ideias e valores.

Estudos mostram que a música pode influenciar a auto-estima e a autopercepção dos jovens. North e Hargreaves (1999) descobriram que os jovens muitas vezes usam a música para refletir e reforçar aspectos de sua identidade, selecionando músicas que correspondem ao seu estado emocional ou imagem desejada. Isso pode ter um impacto positivo na autoestima, fornecendo uma forma de validação e reconhecimento pessoal.

A Influência Cultural e Social da Música

A música não é apenas um fenômeno pessoal, mas também social e cultural. Ela reflete e molda tendências culturais, servindo como um espelho para questões sociais e políticas. Hebdige (1979) argumenta que a música pode ser uma forma de resistência cultural, permitindo que os jovens desafiem e reinterpretem normas sociais e culturais dominantes.

A globalização da música também desempenha um papel significativo na formação da identidade juvenil. Com o acesso a uma variedade infinita de gêneros e estilos musicais de todo o mundo, os jovens podem explorar e incorporar elementos de diferentes culturas em suas próprias identidades. Este fenômeno é discutido por Connell e Gibson (2003), que destacam como a música globalizada permite que os jovens construam identidades multiculturais complexas.

Música e Tecnologia

A evolução da tecnologia teve um impacto significativo na forma como os jovens interagem com a música e, por extensão, como constroem suas identidades. Plataformas de streaming e redes sociais permitem que os jovens descubram e compartilhem música de forma mais acessível e interativa. Théberge (1997) aponta que a tecnologia transformou a música em uma experiência mais personalizada, permitindo que os jovens curassem trilhas sonoras que refletem suas identidades individuais.

A música é uma forma de arte que influencia profundamente a cultura e, por sua vez, é moldada por ela. Sua capacidade de impactar a cultura decorre de seu papel como meio de comunicação, expressão emocional, e formação de identidades. A seguir, vamos explorar como a música afeta a cultura em várias dimensões, abordando aspectos sociais, políticos e econômicos, além de sua influência sobre a identidade pessoal e coletiva.

Música e Identidade Cultural

A música desempenha um papel vital na construção e expressão de identidades culturais. Ela serve como uma linguagem comum que une indivíduos com experiências e valores compartilhados.

  • Expressão de Tradições e Costumes: A música muitas vezes incorpora elementos tradicionais que refletem as histórias e valores de uma cultura. Por exemplo, a música folclórica preserva e transmite histórias, lendas e práticas culturais de geração em geração, reforçando o senso de identidade cultural dentro das comunidades.

  • Identidade Regional e Nacional: Gêneros musicais específicos estão frequentemente associados a regiões ou países, como o flamenco na Espanha, o reggae na Jamaica, e o samba no Brasil. Esses estilos musicais ajudam a definir e distinguir a identidade cultural de uma região, promovendo o orgulho cultural e a coesão social.

  • Identidade de Grupo e Subcultura: A música pode unir indivíduos em torno de subculturas e movimentos sociais, criando um senso de identidade coletiva. O punk, por exemplo, é mais do que um estilo musical; é uma subcultura que defende valores como a rebeldia e a independência. Da mesma forma, o hip-hop é uma expressão poderosa da identidade afro-americana e tem servido como uma plataforma para discutir questões sociais e raciais.

Música e Mudança Social

A música tem o poder de promover mudanças sociais significativas ao conscientizar e mobilizar as pessoas em torno de causas comuns.

  • Música de Protesto: A música de protesto tem sido uma ferramenta crucial em movimentos sociais, ajudando a articular demandas por justiça e igualdade. Durante o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, canções como "We Shall Overcome" se tornaram hinos de esperança e resistência, unindo manifestantes em sua luta por direitos iguais. De forma semelhante, na África do Sul, as "freedom songs" ajudaram a mobilizar a resistência contra o apartheid.

  • Conscientização e Educação: A música pode servir como um meio eficaz de educação e conscientização, trazendo atenção para questões sociais e ambientais. Artistas como Bob Dylan, John Lennon e, mais recentemente, Beyoncé, utilizam sua música para abordar tópicos como guerra, desigualdade racial e direitos das mulheres, influenciando o pensamento público e inspirando ação.

Música e Economia Cultural

A música também desempenha um papel importante na economia cultural, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a indústria do entretenimento.

  • Indústria Musical: A música é uma força econômica significativa, impulsionando a indústria do entretenimento global. Desde a venda de gravações e merchandising até a organização de shows e festivais, a música gera bilhões de dólares em receita e sustenta milhões de empregos em todo o mundo.

  • Turismo Cultural: A música pode impulsionar o turismo cultural, atraindo visitantes para eventos e locais associados a gêneros musicais específicos. Festivais de música como o Carnaval no Brasil, o Coachella nos Estados Unidos e o Glastonbury no Reino Unido são exemplos de como a música pode gerar receita turística significativa, promovendo a cultura local.

  • Empoderamento Econômico: Em muitas comunidades, especialmente em áreas desfavorecidas, a música oferece oportunidades econômicas e de empreendedorismo. O sucesso de artistas e produtores locais pode servir como inspiração para jovens, proporcionando um meio de escapar da pobreza e contribuir para o desenvolvimento econômico da comunidade.

Música e Tecnologia

A tecnologia transformou a maneira como a música é criada, distribuída e consumida, afetando profundamente a cultura musical.

  • Produção e Distribuição: Com o advento da tecnologia digital, a produção musical tornou-se mais acessível, permitindo que artistas independentes criem e distribuam sua música sem a necessidade de grandes gravadoras. Plataformas de streaming como Spotify, Apple Music e YouTube tornaram a música mais acessível globalmente, permitindo que pessoas de diferentes culturas descubram e apreciem novos estilos musicais.

  • Interatividade e Personalização: A tecnologia também permitiu uma maior interatividade e personalização na experiência musical. Os ouvintes agora podem criar playlists personalizadas, interagir com artistas nas redes sociais e participar de comunidades online em torno de interesses musicais compartilhados.

  • Fusão Cultural: A globalização e a tecnologia têm facilitado a fusão de estilos musicais de diferentes culturas, criando novas formas de expressão musical. A música eletrônica, por exemplo, muitas vezes incorpora elementos de música tradicional de várias partes do mundo, resultando em uma tapeçaria musical rica e diversificada.

Música e Emoção

A música tem uma capacidade única de evocar emoções e influenciar estados de espírito, afetando tanto indivíduos quanto grupos.

  • Bem-Estar Emocional: A música pode ter um impacto significativo no bem-estar emocional, ajudando a aliviar o estresse, a ansiedade e a depressão. Estudos mostram que ouvir música pode liberar dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa (Zatorre, 2013).

  • Coesão Social: A música pode promover a coesão social ao evocar emoções compartilhadas durante eventos como concertos, festivais e cerimônias religiosas. Esses eventos criam um senso de união e pertencimento, reforçando laços sociais e culturais.

Tipos de músicas na Região do Vale do Ribeira

A Região do Vale do Ribeira, localizada entre os estados de São Paulo e Paraná, possui uma rica diversidade cultural que se reflete em suas expressões musicais. Aqui estão alguns tipos de músicas e gêneros que são populares na região:

Fandango Caiçara: O fandango é uma manifestação cultural tradicional da região, com raízes portuguesas, que combina música, dança e poesia. É geralmente executado com viola, rabeca, e percussão feita com tamancos e tambores.

Samba de Bumbo: Este gênero é uma variação do samba tradicional, caracterizado pelo uso de bumbo, tamborim, e outros instrumentos de percussão. É frequentemente associado a festas e celebrações locais.

Folclore Caipira: A música caipira, ou sertaneja de raiz, é bastante popular na região, com letras que falam da vida no campo, natureza e cotidiano rural. Instrumentos típicos incluem a viola caipira e o acordeão.

Maracatu e Congada: Essas são manifestações afro-brasileiras que, embora mais comuns em outras regiões do Brasil, também têm presença no Vale do Ribeira, principalmente em celebrações religiosas e festas populares.

Moda de Viola: É um estilo musical que valoriza a viola caipira e suas afinações tradicionais, com canções que narram histórias do interior e refletem a cultura local.

Música Sertaneja: A música sertaneja moderna também tem forte presença na região, com artistas locais frequentemente se apresentando em bares e festas.

Cantos Indígenas: A presença de comunidades indígenas na região, como os Guarani, enriquece a diversidade musical com seus cantos e tradições musicais que são parte importante de suas práticas culturais e rituais.

Esses gêneros refletem a diversidade cultural do Vale do Ribeira, com influências indígenas, africanas e europeias que se mesclam para formar uma identidade musical única e rica.

RESULTADOS DA PEQUISA

Foi conduzida uma pesquisa de campo que resultou em 173 respostas. A pesquisa esteve disponível nas redes sociais durante o período de maio a agosto de 2024. A seguir, apresentamos a análise dos dados coletados.

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos observar que o público atingido foram as cidades de Registro (31%), Sete Barras (22%), Pariquera-Açú (14%) e Jacupiranga (13%) as demais cidades correspondem a 18% das respostas.

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos observar que o público atingido possui em média 16 anos a 20 anos (57%), 13 anos a 15 anos (36%) e 21 anos a 24 anos (7%).

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos o observar que o público atingido é predominantemente feminino com 70%, e o restante masculino, com 30%.

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos observar que a etnia do público atingido é predominantemente branco, com 54%.

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos observar que o status profissional do público atingido é: apenas estudante 77%, estudando e trabalhando 17%, somente trabalhando 3% e nenhuma das opções 3%.

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos observar que 168 pessoas (97%) costumam ouvir música, enquanto apenas 5 pessoas (3%) não costuamam escutar.

Fonte: Equipe de pesquisa, 2024.

De acordo com o gráfico acima, observa-se que dentre todos os gêneros musicais, pop é o mais ouvido pelos jovens,15%.

Fonte: Equipe de Pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, podemos verificar que 128 pessoas (73%) afirmam que a música tem influência em seu comportamento e na sua personalidade, enquanto 40 pessoas (27%) declaram que a música não exerce nenhuma influência em seu comportamento e em sua personalidade.

Fonte: Equipe de Pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, observa-se que predominantemente 39,8% acreditam que o seu circulo social possui o mesmo interesse musical.

Fonte: Equipe de Pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, observa-se que predominantemente 44,5% dos jovens utiliza a música como forma de escape emocional.

Fonte: Equipe de Pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, observa-se que predominantemente 50,2% dos jovens ouvem músicas como forma de escape emocional.

Fonte: Equipe de Pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, observa-se que predominantemente 28,9% acreditam que talvez a música tenha influência direta na sua autoestima.

Fonte: Equipe de Pesquisa, 2024.

Analisando o gráfico acima, observa-se que predominantemente 41,6% acreditam que as letras de músicas causam impacto nas suas ações, e o restante com 32,3% não acreditam.

Entrevista 22/05/2024 - 10:08 AM

Entrevistado: Lucas Haniel Fausto Pereira, 23 anos, nasceu em 7 de julho de 2001, cantor e professor de música.

- Qual a sua história com a música? (Grupo)

- Eu comecei com a música aos 9 anos de idade quando ganhei meu primeiro instrumento. A viola caipira. Eu tentei fazer aulas de piano quando eu era mais novo; aos 6/7 anos, mas infelizmente não deu certo. Minha coisa é a viola; o sertanejo mesmo. E aí, desde então, aprendi muito rápido a tocar minha primeira música. Daí em diante meu professor, que era um vizinho meu, começou a me colocar para tocar em shows. Então é uma experiência que tenho desde de criança; uma história de mais de 10/12 anos com a música. Hoje estou com a minha segunda dupla sertaneja. (Haniel)

- Como surgiu a vontade de impactar as pessoas através da música? (Grupo)

- A música mexe muito com o sentimento e a partir do momento que consigo expressar o que sinto e emocionar as outras pessoas com oque eu faço; que é a arte; a música, foi o principal motivo de eu querer seguir nessa trajetória. (Haniel)

E a música é muito usada tanto pra emocionar quanto também como terapia, tanto que existe um projeto de músico terapia para pessoas idosas, com câncer, com autismo, tdah. Eu por exemplo atendo um aluno com quase 80 anos que teve um AVC, e para ele é uma terapia sim, pois ele perdeu movimentos, perdeu um pouco da fala, um pouco da memória e antes de tudo isso, ele era violeiro quando mais novo, e eu tento resgatar o tempo inteiro essa memória dele, a memória muscular, trazer os movimentos de novo e o instrumento o ajuda muito. (Haniel)

- Quais impactos você acredita que a música traz pro desenvolvimento dos jovens? (Grupo)

- Bom, a música tem um papel cultural e no caso dos jovens, ela forma suas personalidades; formam quem eles são e serão no futuro. Eu por exemplo, cresci no meio da viola, e isso formou quem sou. Muito do sertanejo raiz; os valores/ princípios, levei para minha vida. Então, o estilo musical da pessoa diz muito sobre quem ela é. Por exemplo, aquela pessoa que ouve muita música clássica, com certeza é uma pessoa mais elegante, comportado; culto. Totalmente o oposto de quem ouve por exemplo, muito rock. Na verdade, começa desde de criança esse vínculo. Pois, a criança que vive no meio da música, desenvolve certas partes do cérebro que pessoas que não tiveram esse tipo de relação acaba não desenvolvendo. Fora a linguagem; oralidade; escrita e leitura, que a música influencia. E parte desse desenvolvimento, beneficia muito no futuro, pois ajuda na concentração, no foco, na responsabilidade, nas ações. (Haniel)

- Você acredita que a música pode ser usada para reparar as desigualdades sociais? (Grupo)

- Sim. Tem várias formas de se fazer isso na verdade. Por exemplo, uma criança que não tem acesso a instrumentos, aulas...eu mesmo fui uma dessas crianças, aprendi com meu vizinho e ganhei de presente de aniversário a minha primeira viola e assim foi; me tornei a pessoa que sou hoje: professor de música, artista. Sendo assim, acredito que a música pode sim nivelar essa questão da desigualdade. (Haniel)

- Você acha que a música tem influência no seu comportamento e na sua personalidade? (Grupo)

- Sim, é aquilo que falei anteriormente. Dependendo do estilo musical, do meio em que você vive, a música pode sim moldar o ser humano e formar sua personalidade; suas opiniões. Por exemplo, uma pessoa que houve muito Bossa Nova, que gosta muito de Caetano Veloso; que é um estilo que faz críticas no geral, será uma pessoa mais criteriosa. Portanto a música tem a capacidade sim de moldar a mente das pessoas. (Haniel)

- Você acha que a música tem influência direta na autoestima? (Grupo)

- Sim. A música ela pode ser usada como tratamento psicológico. Ela mexe muito com os nossos pensamentos, nossas emoções. Eu sou uma pessoa que dependendo da música, me arrepia, meu olho lacrimeja e não pela música em si, mas sim pelo que ela proporciona. E ela pode sim melhorar a autoestima, como por exemplo, você está num dia ruim, meio pra baixo, meu depressivo, aí vai lá e escuta uma música calma, uma música que você que gosta, sua autoestima, seu humor irá melhorar muito. Então sim, com certeza ela tem influência sobre nossa autoestima dependendo do estilo. (Haniel)

- A música pode ser utilizada como escape emocional também? (Grupo)

- Existem vários tipos de musicoterapia, então tem tratamentos com a música que também podem aliviar a depressão. Então com certeza a música pode ser usada como uma válvula de escape para esse tipo de sentimento. (Haniel)

- Você acredita que certas letras musicais alteram suas atitudes? (Grupo)

- Sim. Vou falar do sertanejo raiz que mais tenho propriedade para falar. Tem muitas músicas sertanejas raiz que fala sobre natureza, que fala sobre família, suas importâncias, então são letras muito ricas. Apesar da simplicidade harmônica e melódica do sertanejo raiz, a letra tem uma riqueza surreal. Portanto a música pode sim, alterar diretamente em nossas ações e pensamentos. (Haniel)

- A música tem influencia em nosso ciclo social? (Grupo)

- Tem. Isso conta muito pra uma amizade forte. Inclusive hoje, grande parte dos meus amigos tem o mesmo gosto que o meu, que acompanham meu trabalho. Então meu circulo de amizade é sim de pessoas que gostam do sertanejo, pessoas que gostam de uma balada, curtir um showzinho ali do Jorge e Mateus. (Haniel)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise da influência da música na construção da identidade juvenil revela uma interseção complexa e rica entre expressão pessoal e fatores socioculturais. A música não atua apenas como uma forma de entretenimento, mas como um veículo significativo para o desenvolvimento da identidade individual e coletiva dos jovens. Ao proporcionar um espaço para a expressão de emoções, valores e crenças, a música ajuda os adolescentes a definir quem são e a encontrar seu lugar no mundo.

Observamos que, através da música, os jovens podem explorar e afirmar suas identidades, bem como se conectar com grupos que compartilham interesses e experiências semelhantes. Essa conexão pode ser um ponto de apoio crucial durante o período de formação da identidade, promovendo um senso de pertencimento e autenticidade. Além disso, a influência da música nas dinâmicas sociais e culturais reflete a diversidade das experiências juvenis e destaca a importância da inclusão de múltiplas perspectivas na compreensão desse fenômeno.

Para aprofundar o entendimento e maximizar os benefícios dessa relação entre música e identidade juvenil, sugerimos as seguintes dicas e propostas:

Promoção de Atividades Musicais Diversificadas: Incentivar a participação em uma variedade de atividades musicais, como bandas escolares, grupos de canto, oficinas de composição e festivais locais, pode ajudar os jovens a explorar diferentes estilos e gêneros musicais, enriquecendo sua experiência e contribuindo para a formação de uma identidade mais completa.

Integração da Música no Currículo Educacional: Integrar a música de maneira mais abrangente no currículo escolar pode oferecer aos alunos a oportunidade de estudar não apenas a teoria musical, mas também a história e a evolução dos gêneros musicais. Essa abordagem pode promover uma compreensão mais profunda do impacto cultural da música e fortalecer a identidade cultural dos jovens.

Criação de Espaços de Expressão Musical: Estabelecer espaços seguros e acolhedores onde os jovens possam compartilhar suas criações musicais e discutir suas influências pode fomentar um ambiente de apoio e encorajamento. Estes espaços podem ser físicos, como salas de música e estúdios, ou virtuais, através de plataformas online.

Promoção da Inclusão e Diversidade: Encorajar a diversidade musical e cultural nas atividades e programas musicais pode ajudar os jovens a reconhecer e valorizar diferentes formas de expressão. A inclusão de diversas influências musicais e culturais pode enriquecer a experiência dos jovens e ampliar sua perspectiva sobre a identidade e o mundo ao seu redor.

Apoio à Exploração Individual: Oferecer oportunidades para que os jovens explorem suas próprias paixões musicais e desenvolvam seu estilo único é essencial para a formação da identidade. Programas de mentoria e orientação musical podem ajudar os jovens a descobrir e aprimorar suas habilidades, promovendo a autoconfiança e a autoexpressão.

Estímulo ao Pensamento Crítico: Incentivar os jovens a refletir criticamente sobre a música que consomem e criam pode ajudar a desenvolver uma compreensão mais profunda da influência da música em suas vidas. Discussões guiadas e análises sobre como a música reflete e molda a identidade pessoal e social podem enriquecer essa experiência.

Ao implementar essas sugestões, podemos criar um ambiente mais enriquecedor e suporte para que os jovens explorem e desenvolvam suas identidades de maneira saudável e criativa. A música continuará a desempenhar um papel fundamental na formação da identidade juvenil, e ao reconhecer e aproveitar essa influência, podemos promover um desenvolvimento mais holístico e positivo para os jovens de hoje.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 Discente do Curso Mtec PI Administração - ETEC de Registro

2 Docente do Curso Mtec PI Administração - ETEC de Registro