DESAFIOS ÉTICOS NA UTILIZAÇÃO DE ALGORITMOS DE RECRUTAMENTO DO LINKEDIN E SEU IMPACTO NA EQUIDADE DE OPORTUNIDADES DE EMPREGO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10790850


Atila Barros1


RESUMO
Este artigo aborda a interação entre redes sociais, com ênfase no LinkedIn, e o bem-estar na busca por emprego. Explorando os desafios e riscos enfrentados pelos usuários, como a exposição a narrativas de sucesso distorcidas, a comparação constante com outros usuários e a disseminação de informações falsas, o estudo destaca a importância de estratégias de preservação do bem-estar, como manter expectativas realistas e buscar fontes confiáveis de informação. Ao fornecer observações sobre os impactos das redes sociais na esfera profissional e orientações práticas para uma busca por emprego saudável, este artigo contribui para uma compreensão mais abrangente e informada desse tema.
Palavras-chave: LinkedIn. Redes Sociais. Bem-estar.

ABSTRACT
This article addresses the interaction between social networks, with an emphasis on LinkedIn, and well-being in job searching. Exploring the challenges and risks faced by users, such as exposure to distorted success narratives, constant comparison with other users, and dissemination of false information, the study highlights the importance of well-being preservation strategies, such as maintaining realistic expectations and seeking reliable sources of information. By providing insights into the impacts of social networks on the professional sphere and practical guidance for a healthy job search, this article contributes to a more comprehensive and informed understanding of this topic.
Keywords: LinkedIn. Social Networks. Well-being.

INTRODUÇÃO

No contexto atual, as redes sociais desempenham um papel central na vida das pessoas, influenciando a maneira como nos conectamos, comunicamos e buscamos oportunidades. Em particular, o ambiente profissional não escapou da influência dessas plataformas, com o LinkedIn emergindo como uma ferramenta indispensável para a busca por emprego, networking e desenvolvimento profissional.

Contudo, enquanto as redes sociais oferecem inúmeras vantagens na busca por emprego, também apresentam desafios e riscos significativos que podem afetar o bem-estar dos usuários. Esta revisão de dados busca explorar a interação complexa entre redes sociais e bem-estar na busca por emprego, examinando de forma abrangente os diversos aspectos dessa relação.

Um dos principais desafios enfrentados pelos usuários é a exposição a narrativas de sucesso distorcidas nas redes sociais, que criam uma ilusão de que alcançar um emprego de qualidade ou uma promoção é uma jornada simples e rápida. Essa percepção irrealista pode levar a sentimento de frustração e desencorajamento quando a realidade se mostra mais complexa e demorada do que o esperado. Além disso, a constante comparação com os percursos profissionais de outros usuários pode gerar sentimentos de inadequação, inveja e baixa autoestima. A exposição a perfis que aparentam ter alcançado mais sucesso profissional pode criar uma pressão social para que os usuários atinjam um padrão idealizado de realização profissional, o que pode ser prejudicial para sua saúde emocional.

Outra questão relevante é a disseminação de informações falsas e enganosas sobre vagas de emprego, requisitos e processos de seleção nas redes sociais. A proliferação de anúncios e publicações fraudulentas pode levar os usuários a tomarem decisões precipitadas e prejudiciais para suas carreiras, comprometendo suas chances reais de sucesso.

Segundo Neto (2017), o emprego das plataformas de redes sociais dentro de organizações e ambientes corporativos é um fenômeno que apresenta uma série de vantagens. Contudo, é importante reconhecer que o acesso a essas redes em contextos corporativos também acarreta desvantagens, algumas das quais podem não ser devidamente compreendidas por todos os envolvidos.

No início de redes sociais como o Facebook, as mesmas tinham como principal finalidade o lazer como forma de partilha de fotografias e informação com amigos e familiares, no entanto, hoje em dia, a realidade das redes sociais é extremamente diferente, uma vez que as mesmas não servem apenas como forma de lazer mas essencialmente como uma ferramenta de marketing e publicidade por parte de organizações, empresas ou freelancers, passando assim a existirem perfis e páginas profissionais (Neto, 2017, p.46).

Além dos desafios relacionados à busca por emprego, as redes sociais também podem ser utilizadas por pessoas mal-intencionadas que se aproveitam da vulnerabilidade dos usuários. Ofertas falsas e golpes estão cada vez mais presentes nas plataformas online, resultando em prejuízos financeiros e emocionais para os usuários desprevenidos.

METODOLOGIA DE PESQUISA NA ANÁLISE DO ALGORITMO DE RECRUTAMENTO

Este artigo pretende não apenas identificar os desafios e riscos associados ao uso das redes sociais na busca por emprego, mas também fornecer insights sobre estratégias eficazes para diminuir os impactos negativos e promover uma busca por emprego mais saudável e equilibrada.

Para compreender o funcionamento do algoritmo de recrutamento, este estudo adota uma abordagem abrangente e interdisciplinar. Inicialmente, são analisadas as práticas comuns em sistemas de recomendação online, buscando identificar padrões e estratégias amplamente utilizados nesse contexto. Em seguida, são integrados princípios de aprendizado de máquina e ciência de dados, visando aprofundar a compreensão do funcionamento do algoritmo e dos métodos empregados para processar e analisar grandes volumes de dados.

Uma fonte importante de informações é a consideração dos dados disponíveis publicamente sobre o funcionamento do algoritmo do LinkedIn na própria plataforma, disponível de modo público. Esses dados fornecem detalhes valiosos sobre as práticas específicas adotadas por uma das principais plataformas de rede profissional. Ainda, são incorporados insights provenientes de pesquisas acadêmicas e práticas recomendadas na área de sistemas de recomendação e aprendizado de máquina. Auxiliando a contextualizar o funcionamento do algoritmo dentro do corpo de conhecimento existente e a identificar tendências emergentes.

A metodologia de pesquisa adotada neste estudo combina uma variedade de abordagens, incluindo análise de práticas comuns em sistemas de recomendação online, integração de princípios de aprendizado de máquina e ciência de dados, consideração de dados específicos do LinkedIn, perspectivas de pesquisas acadêmicas e práticas recomendadas, além do exame de casos de estudo e exemplos relevantes. Essa abordagem multidisciplinar visa proporcionar uma compreensão abrangente e informada do funcionamento do algoritmo de recrutamento e suas implicações no contexto organizacional e qualidade de vida dos usuários da plataforma.

O PAPEL DO LINKEDIN NA QUALIDADE DE VIDA PROFISSIONAL

No mundo contemporâneo, a interação profissional é cada vez mais influenciada pela presença digital, com o LinkedIn se destacando como uma plataforma fundamental para o networking, busca de emprego e desenvolvimento de carreira. Neste contexto, é importante examinar o impacto dessa rede social profissional na qualidade de vida dos seus usuários, considerando tanto os benefícios quanto os desafios que ela apresenta.

De acordo com a última pesquisa do IBGE (2023), referente ao trimestre móvel de outubro a dezembro de 2023, a taxa de desemprego no Brasil era de 7,4%. Isso significa que, em uma população economicamente ativa de 108,2 milhões de pessoas, 8,1 milhões estavam desempregadas (IBGE, 2023). Ainda, segundo o relatório de Emprego Mundial e Perspectivas Sociais de 2024, alerta que o desemprego no mundo deve crescer em 2024. Após um período de estabilidade em 2023, indicadores recentes apontam para um aumento no desemprego em diversas regiões do mundo (OIT, 2024).

A relação entre o aumento do desemprego global e o crescimento do número de usuários no LinkedIn que se aproxima de 1 bilhão é notável e intricada. Com o aumento do desemprego, mais pessoas buscam ativamente oportunidades de trabalho, impulsionando o interesse na plataforma. O LinkedIn oferece uma variedade de recursos para ajudar os desempregados a se conectarem com oportunidades de emprego, melhorarem suas habilidades profissionais e explorarem alternativas como trabalho freelance ou empreendedorismo. Além disso, em momentos de incerteza econômica, muitos indivíduos recorrem ao LinkedIn para expandir suas redes profissionais e encontrar apoio para iniciativas próprias. Assim, o LinkedIn desempenha um papel importante como uma ferramenta de apoio para profissionais em meio ao desemprego global.

Atualmente o LinkedIn possui 830 milhões de membros e com mais de 58 milhões de empresas registradas, sendo o Brasil é um dos grandes mercados do LinkedIn, com 63 milhões de membros, atrás apenas de EUA (199 milhões) e Índia (101 milhões). Mais de 25 milhões de empresas utilizam a plataforma para encontrar e contratar talentos. De acordo com o LinkedIn (2024b), 87% dos recrutadores usam a plataforma para encontrar candidatos. 45% dos recrutadores contratam candidatos que encontraram no LinkedIn (LinkedIn, 2024b).

O LinkedIn oferece uma série de benefícios significativos para os profissionais. Primeiramente, destaca-se a capacidade da plataforma de facilitar o networking profissional, permitindo que os usuários estabeleçam conexões valiosas com colegas de trabalho, mentores, recrutadores e outros profissionais da indústria. Essas conexões podem gerar oportunidades de colaboração, aprendizado e crescimento profissional (Quenzer et al., 2021).

Além disso, o LinkedIn serve como uma fonte abrangente de oportunidades de carreira, oferecendo aos usuários a possibilidade de explorar vagas de emprego, receber recomendações personalizadas e submeter suas candidaturas para posições relevantes. Esse aspecto da plataforma pode resultar em avanços profissionais significativos e uma sensação de realização profissional.

A prática de exigir a inscrição no LinkedIn para uma vaga de emprego se tornou comum, e há várias razões por trás disso. Além de ser uma forma de aumentar a visibilidade da vaga e acessar um pool mais amplo de talentos, o LinkedIn oferece aos recrutadores uma maneira de verificar as credenciais e o histórico profissional dos candidatos. Por meio dos perfis no LinkedIn, os recrutadores podem avaliar não apenas as habilidades técnicas dos candidatos, mas também sua personalidade e compatibilidade com a cultura da empresa. Além disso, a presença no LinkedIn pode demonstrar competências digitais, uma vantagem em um mundo cada vez mais digital. Por fim, exigir a inscrição no LinkedIn pode ajudar a reduzir o volume de candidaturas, filtrando automaticamente os candidatos menos dispostos a se envolver no processo de recrutamento online (Fino, 2017).

No entanto, é importante reconhecer que essa prática também pode excluir candidatos que optaram por não participar da plataforma, e as empresas devem garantir que isso não contribua para a exclusão injusta de candidatos qualificados.

Outro benefício que se destaca no LinkedIn é a visibilidade profissional que ele proporciona. Através da criação e manutenção de um perfil detalhado, os usuários podem aumentar consideravelmente sua visibilidade no mercado de trabalho, o que pode levar a oportunidades de negócios, colaborações e reconhecimento na sua área de atuação (LinkedIn, 2021a).

Além disso, o LinkedIn oferece recursos educacionais variados, como cursos online e artigos sobre diversos temas profissionais, permitindo que os usuários continuem aprimorando e adquirindo habilidades relevantes para suas carreiras.

No entanto, junto com esses benefícios, o LinkedIn também apresenta desafios para a qualidade de vida profissional. Por exemplo, a plataforma pode induzir sentimentos de pressão e comparação social entre seus usuários, levando alguns a se sentirem inadequados em relação ao progresso de suas carreiras. Além disso, a ênfase do LinkedIn em métricas quantitativas pode levar os usuários a avaliarem seu sucesso exclusivamente com base nessas métricas, o que pode prejudicar sua satisfação pessoal e bem-estar emocional.

Outro desafio está relacionado ao gerenciamento de tempo e energia. O uso excessivo do LinkedIn pode consumir recursos que poderiam ser direcionados para outras áreas da vida, como relacionamentos pessoais, hobbies e autocuidado. Portanto, é essencial estabelecer limites saudáveis ​​para o uso da plataforma, a fim de manter um equilíbrio adequado entre vida pessoal e profissional.

O LinkedIn desempenha um papel significativo na qualidade de vida profissional dos seus usuários, oferecendo uma variedade de benefícios, desde oportunidades de carreira até networking e desenvolvimento de habilidades. No entanto, é importante reconhecer e enfrentar os desafios associados ao seu uso, a fim de maximizar seus benefícios e minimizar seus impactos negativos na qualidade de vida.

QUALIDADE DE VIDA PROFISSIONAL: DEFINIÇÃO, COMPONENTES E IMPORTÂNCIA

No contexto organizacional contemporâneo, a qualidade de vida profissional é um conceito multifacetado que abrange diversos aspectos relacionados ao bem-estar e satisfação dos indivíduos em seus ambientes de trabalho. Ela vai além de simplesmente garantir um salário digno ou condições de trabalho seguras, englobando aspectos como realização pessoal, desenvolvimento profissional, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, saúde mental e física, bem como relacionamentos interpessoais no local de trabalho (Búrigo, 1997).

Essa percepção subjetiva do equilíbrio entre as demandas e recompensas no ambiente de trabalho, juntamente com a satisfação geral do indivíduo em relação à sua carreira e vida profissional, é essencial para compreender a qualidade de vida profissional. Os componentes-chave incluem condições de trabalho adequadas, desenvolvimento profissional, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, relacionamentos interpessoais satisfatórios, recompensas e benefícios justos, bem como significado e propósito no trabalho.

O estudo conduzido pela GlobalWebIndex no segundo trimestre de 2023, revelou que a satisfação geral dos usuários do LinkedIn situa-se em 72%, ultrapassando a média global de 42% das plataformas sociais. Além disso, 84% dos usuários utilizam a plataforma para fins profissionais, enquanto 78% percebem valor em suas funcionalidades e 70% a recomendariam a outros (GlobalWebIndex, 2023). De acordo com o Statista, em 2023, 59% dos usuários estavam "muito satisfeitos" com o LinkedIn, 32% estavam "satisfeitos" e apenas 9% manifestaram insatisfação (Statista, 2023). Adicionalmente, o Edelman Trust Barometer de 2023 evidenciou que o LinkedIn é a plataforma de mídia social mais confiável entre profissionais, com 76% dos entrevistados expressando confiança na plataforma (Edelman, 2023).

Vários fatores influenciam a satisfação dos usuários, incluindo seu perfil e a forma como utilizam a plataforma. Profissionais em busca de oportunidades tendem a ter níveis mais altos de satisfação, assim como recrutadores e gestores de recursos humanos. Aqueles que participam ativamente da plataforma, compartilhando conteúdo e interagindo em grupos, geralmente relatam maior satisfação, em contraste com aqueles que a utilizam exclusivamente para procurar emprego.

A importância da qualidade de vida profissional é evidente tanto para os colaboradores quanto para as organizações. Funcionários satisfeitos tendem a ser mais produtivos, criativos e comprometidos com os objetivos da empresa. Além disso, uma cultura organizacional que valoriza a qualidade de vida profissional é capaz de atrair e reter talentos, promover um ambiente de trabalho positivo e construir uma reputação positiva no mercado.

Portanto, compreender e promover a qualidade de vida profissional dentro das organizações é efetivo para o bem-estar dos colaboradores e para o sucesso geral das empresas. Isso envolve adotar políticas e práticas que priorizem o equilíbrio entre as demandas do trabalho e as necessidades pessoais dos funcionários, contribuindo assim para um ambiente de trabalho saudável, sustentável e produtivo.

DETERMINANTES DA INSATISFAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA PROFISSIONAL E A BUSCA PELO LINKEDIN.

No ambiente de trabalho contemporâneo, a insatisfação com a qualidade de vida profissional é um fenômeno complexo que pode levar os profissionais a buscarem novas oportunidades de carreira, muitas vezes recorrendo a plataformas como o LinkedIn. Vários fatores desempenham um papel na geração dessa insatisfação e na motivação para procurar mudanças.

Condições de trabalho deficientes, como um ambiente físico inadequado, excesso de carga horária e falta de recursos, podem contribuir significativamente para a insatisfação dos profissionais. Além disso, a falta de oportunidades de desenvolvimento profissional, como treinamentos e programas de capacitação, pode levar à estagnação e desmotivação.

O desequilíbrio entre vida pessoal e profissional é outro fator crítico. Profissionais que lutam para equilibrar suas responsabilidades no trabalho com suas vidas pessoais podem experimentar altos níveis de estresse e insatisfação. A falta de reconhecimento e valorização por parte da organização também pode minar a motivação e levar os profissionais a buscarem oportunidades onde seu trabalho seja mais reconhecido.

Nesse contexto, o LinkedIn surge como uma ferramenta valiosa para profissionais que procuram novas oportunidades de carreira. A plataforma oferece uma ampla gama de recursos, desde a busca por vagas de emprego até a conexão com recrutadores e a expansão da rede de contatos profissionais. Com seus perfis detalhados, os profissionais podem destacar suas habilidades e experiências, tornando-se mais visíveis para potenciais empregadores (Begnini, 2019).

Compreender os determinantes da insatisfação com a qualidade de vida profissional e o papel do LinkedIn na busca por novas oportunidades é importante para promover o bem-estar e a realização profissional dos indivíduos. Ao reconhecer e abordar esses fatores, tanto os profissionais quanto as organizações podem trabalhar para criar ambientes de trabalho mais satisfatórios e gratificantes (Búrigo, 1997).

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO LINKEDIN

As perspectivas e representações sociais no LinkedIn oferecem uma visão fascinante sobre como os usuários interagem e são percebidos no ambiente profissional. A plataforma, projetada para fins profissionais, tornou-se uma ferramenta essencial para construir identidades profissionais e promover a autopromoção. Os perfis detalhados permitem que os usuários destaquem suas habilidades, experiências e conquistas, buscando criar uma imagem atraente para potenciais empregadores e contatos profissionais.

Além disso, o LinkedIn é amplamente reconhecido como uma ferramenta de networking profissional. Os usuários buscam ativamente expandir suas redes de contatos, conectando-se com colegas de trabalho, recrutadores e mentores. Essas conexões são vistas como oportunidades potenciais para colaboração, aprendizado e avanço na carreira.

Outro aspecto importante é a visibilidade e o reconhecimento profissional. Perfis bem elaborados e atualizados podem atrair a atenção de recrutadores e potenciais clientes, aumentando as chances de serem reconhecidos por suas realizações e estabelecer-se como uma autoridade em seu campo de atuação (LinkedIn, 2021a).

No entanto, o LinkedIn também pode gerar pressão e expectativas em relação ao sucesso profissional. A exposição a perfis de outros usuários bem-sucedidos pode induzir sentimentos de comparação e inadequação, levando alguns usuários a sentirem-se pressionados a alcançar padrões irrealistas de sucesso.

Logo, o LinkedIn desempenha um papel central na forma como os profissionais se apresentam e interagem no ambiente de trabalho. Desde a construção da identidade profissional até o estabelecimento de conexões e a busca pelo reconhecimento, as percepções e representações sociais associadas ao LinkedIn moldam a forma como os usuários buscam sucesso e realização profissional na era digital.

Elaborada nos anos 1960 na França por Serge Moscovici (2012), a TRS examina como o conhecimento prático, ou de senso comum, se produz, se estrutura e se difunde nos diferentes grupos sociais. Segundo Moscovici (2012), as representações sociais são precisamente uma forma de conhecimento particular, o saber do senso comum, cujos conteúdos mostram a operação de processos generativos e funcionais socialmente assinalados (Moscovici, 2012). De uma forma mais geral, a TRS é uma teoria interdisciplinar que abrange fenômenos pessoais e sociais, na interseção das ciências sociais e psicológicas. É uma abordagem sociológica da psicologia social que se iniciou nos campos da sociologia e da antropologia. A teoria enfoca a construção social e a transmissão do conhecimento por meio da comunicação (Guareschi; Jovchelovich, 2009).

Com base na teoria das representações sociais de Moscovici (2012), podemos observar uma série de fenômenos e padrões de comportamento no contexto do LinkedIn. A teoria das representações sociais sugere que as pessoas constroem representações compartilhadas e socialmente construídas sobre objetos, fenômenos ou ideias, influenciadas pelas interações sociais, culturais e históricas. No contexto do LinkedIn, essas representações sociais podem influenciar a forma como os usuários percebem a plataforma, interagem entre si e constroem suas identidades profissionais (Moscovici, 2012).

O LinkedIn é amplamente percebido como um espaço destinado ao ambiente profissional, onde os usuários são incentivados a apresentar-se de forma profissional e destacar suas habilidades e experiências relevantes. Essa representação social influencia as normas de conduta na plataforma, como a linguagem utilizada nos perfis e nas interações. O LinkedIn pode ser visto como um reflexo das normas e valores sociais associados ao sucesso e à realização profissional. Perfis com muitas conexões, recomendações e experiências impressionantes são frequentemente valorizados e vistos como indicadores de sucesso. Essa representação social pode influenciar a forma como os usuários percebem seu próprio sucesso e o de outros na plataforma.

O LinkedIn é amplamente reconhecido como uma ferramenta poderosa para networking e construção de conexões profissionais. Nesse sentido, as representações sociais sobre networking e construção de redes podem influenciar a forma como os usuários abordam suas interações na plataforma, buscando estabelecer conexões valiosas que possam beneficiar suas carreiras.

A plataforma é frequentemente percebida como um espaço para autopromoção e construção de imagem profissional. Os usuários podem ser incentivados a destacar suas realizações e habilidades de forma a criar uma imagem positiva de si mesmos aos olhos de seus contatos profissionais. Essa representação social pode influenciar as estratégias de autopromoção adotadas pelos usuários na plataforma.

O LinkedIn é frequentemente utilizado por recrutadores e empresas como uma ferramenta para encontrar talentos e preencher vagas de emprego. Portanto, as representações sociais sobre recrutamento e oportunidades de carreira podem influenciar a forma como os usuários abordam sua presença na plataforma, buscando destacar suas qualificações e atrair oportunidades profissionais.

As representações sociais desempenham um papel fundamental na forma como os usuários percebem e interagem com o LinkedIn. Ao reconhecer essas representações sociais, podemos entender melhor as dinâmicas e padrões de comportamento na plataforma e como elas moldam as interações e identidades profissionais dos usuários.

Nesse enquadramento, as representações sociais são moldadas não apenas pela funcionalidade da plataforma, mas também pelas experiências individuais dos usuários. Por exemplo, muitos profissionais veem o LinkedIn como uma ferramenta essencial para construir e manter sua presença digital profissional. Eles reconhecem a importância de ter um perfil bem elaborado que destaque suas habilidades, experiências e realizações relevantes. Essa compreensão é apoiada por pesquisas que demonstram que perfis completos e atualizados recebem mais visualizações e interações.

Além disso, a consideração do LinkedIn como uma ferramenta de networking profissional é amplamente difundida entre os usuários. Muitos reconhecem o valor de expandir suas redes de contatos para aumentar as oportunidades de colaboração, aprendizado e crescimento profissional. Essa noção é corroborada por estudos que mostram que conexões de qualidade no LinkedIn podem levar a oportunidades de emprego e negócios (Neto, 2017).

Por outro lado, existem sentimentos negativos associados ao LinkedIn, especialmente em relação à autopromoção e à pressão para manter uma imagem profissional impecável. Alguns usuários se sentem desconfortáveis ​​com a ideia de promover a si mesmos ou de se compararem constantemente com outros profissionais da plataforma. Eles podem perceber o LinkedIn como um ambiente competitivo, onde o sucesso é medido pelo número de conexões ou pelas conquistas profissionais.

Além disso, a consideração do LinkedIn como uma ferramenta de recrutamento e busca de emprego pode gerar ansiedade e incerteza entre os usuários. Eles podem se preocupar com a impressão que estão causando em potenciais empregadores e com a necessidade de manter um perfil atraente e atualizado para se destacarem em um mercado de trabalho competitivo.

As representações sociais do LinkedIn são complexas e multifacetadas, refletindo as diversas experiências e entendimentos dos usuários. Ao explorar essas representações mais a fundo, podemos entender melhor como o LinkedIn influencia a forma como os profissionais se apresentam e interagem no ambiente digital e como isso afeta sua qualidade de vida profissional.

A teoria das representações sociais, oferece uma abordagem preciosa para avaliar o tema da insatisfação com a qualidade de vida profissional e o papel do LinkedIn na busca por novas oportunidades. Essa teoria sugere que as representações sociais são construções sociais compartilhadas que influenciam a maneira como as pessoas entendem e interpretam o mundo ao seu redor, incluindo questões relacionadas ao trabalho e à carreira.

Ao aplicar a teoria das representações sociais a esse tema, pode-se investigar como as percepções coletivas sobre o trabalho, a carreira e as oportunidades profissionais são formadas, compartilhadas e influenciam o comportamento individual e coletivo dos profissionais.

Em relação à insatisfação com a qualidade de vida profissional, a teoria das representações sociais pode ajudar a entender como determinadas ideias, valores e normas são internalizadas e reproduzidas no ambiente de trabalho. Por exemplo, as representações sociais sobre sucesso profissional, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, reconhecimento e realização pessoal podem influenciar as percepções de qualidade de vida no trabalho e as expectativas dos profissionais em relação a ele.

Quanto ao papel do LinkedIn na busca por novas oportunidades, a teoria das representações sociais pode ser útil para examinar como essa plataforma é percebida e interpretada pelos profissionais. Isso inclui entender as representações sociais sobre o LinkedIn como uma ferramenta eficaz para networking, busca de emprego e desenvolvimento de carreira. Além disso, pode-se investigar como as representações sociais sobre o LinkedIn são construídas e compartilhadas dentro de grupos profissionais e como essas representações influenciam o uso e a eficácia da plataforma na busca por novas oportunidades.

Se existe uma representação social negativa do LinkedIn no Brasil, está pode estar relacionada a diversos aspectos, que vão desde percepções sobre desigualdade de acesso e exclusão digital até desconfiança em relação à eficácia da plataforma na busca por oportunidades de emprego.

Em muitos contextos brasileiros, o LinkedIn é visto como uma ferramenta destinada principalmente a profissionais de determinados setores, especialmente aqueles ligados à área de tecnologia, negócios e finanças. Essa percepção pode gerar uma sensação de exclusão para aqueles que não se enquadram nesses perfis, resultando em uma representação social negativa da plataforma como um ambiente elitizado e pouco acessível para a maioria da população.

Além disso, há uma desconfiança generalizada em relação à eficácia do LinkedIn como meio de encontrar emprego no Brasil. Muitas pessoas acreditam que as oportunidades divulgadas na plataforma são limitadas e que a concorrência é muito alta, especialmente para cargos mais desejados. Isso pode levar à ideia de que o LinkedIn é uma ferramenta pouco eficaz na busca por emprego, o que contribui para uma representação social negativa da plataforma.

Outra questão importante é a desconfiança em relação à privacidade e segurança dos dados dos usuários no LinkedIn. Com a crescente preocupação com a proteção de informações pessoais na era digital, muitos brasileiros podem ver o LinkedIn como uma plataforma onde seus dados podem ser compartilhados de forma inadequada ou utilizados para fins indesejados, como o direcionamento de publicidade invasiva ou até mesmo atividades fraudulentas.

Além disso, a percepção de que o LinkedIn é dominado por uma cultura de autopromoção e exibicionismo também contribui para uma representação negativa da plataforma. Muitos usuários brasileiros podem sentir que a pressão para criar um perfil atraente e competitivo no LinkedIn é excessiva e inautêntica, o que pode afetar negativamente sua experiência na plataforma.

A representação social negativa do LinkedIn no Brasil pode ser influenciada por uma série de fatores, incluindo desigualdade de acesso, desconfiança na eficácia da plataforma na busca por emprego, preocupações com privacidade e segurança de dados, e percepção de uma cultura de autopromoção. Essas questões destacam a importância de abordar de forma crítica e reflexiva o papel das redes sociais na sociedade brasileira contemporânea.

Em síntese, a teoria das representações sociais oferece uma estrutura conceitual para explorar as percepções, significados e práticas relacionadas à qualidade de vida no trabalho e ao uso do LinkedIn na busca por novas oportunidades profissionais. Ao considerar as representações sociais em relação a esses temas, é possível obter informações mais profundas sobre as dinâmicas sociais e psicológicas que moldam as experiências e comportamentos dos profissionais no mercado de trabalho contemporâneo.

AFINAL O QUE É O LINKEDIN?

Fundado em 2002 por Reid Hoffman, Allen Blue, Konstantin Guericke, Eric Ly e Jean-Luc Vaillant em Sunnyvale, Califórnia, Estados Unidos, inicialmente começou como uma pequena startup no Vale do Silício, na Califórnia. Seu objetivo era fornecer uma plataforma para networking profissional, onde os usuários pudessem criar perfis que destacassem suas habilidades, experiências e conquistas profissionais. A plataforma cresceu rapidamente, à medida que mais profissionais reconheciam o valor de se conectar e interagir com outros membros da sua área e de áreas afins (LinkedIn, 2024c).

Ao longo dos anos, o LinkedIn expandiu suas funcionalidades para incluir recursos como grupos de discussão, páginas de empresas, ferramentas de recrutamento e de busca de emprego. Em 2011, o LinkedIn fez sua oferta pública inicial (IPO), tornando-se uma empresa de capital aberto na Bolsa de Valores de Nova York. Desde então, o LinkedIn continuou a crescer e evoluir, tornando-se uma das principais plataformas de networking e recrutamento profissional do mundo, com milhões de usuários em todo o mundo. Em 2016, a Microsoft adquiriu o LinkedIn em uma transação de bilhões de dólares, dando à empresa acesso a recursos adicionais e oportunidades de integração com outros produtos e serviços. Atualmente, o LinkedIn é uma das maiores redes sociais profissionais do mundo, contando com mais de 830 milhões de membros em mais de 200 países e territórios (Silva; 2021, Camargo; 2015).

As diretrizes do LinkedIn são orientadas para manter um ambiente profissional e respeitoso para todos os usuários. Isso inclui a necessidade de criar perfis profissionais completos e precisos, com informações como experiência profissional, habilidades, formação acadêmica e outras realizações relevantes para a carreira. Além disso, os usuários são incentivados a conectar-se apenas com pessoas que conheçam pessoalmente ou com as quais tenham uma conexão profissional legítima, desencorajando o envio indiscriminado de convites ou a conexão com desconhecidos.

No LinkedIn, é esperado que os usuários compartilhem conteúdo relevante e útil, como artigos, notícias e insights profissionais (LinkedIn, 2024c). É importante agir com respeito, cortesia e profissionalismo ao interagir com outros membros, evitando comportamentos inadequados como assédio, discurso de ódio ou spam. Além disso, o LinkedIn se compromete a proteger a privacidade e a segurança dos dados dos usuários, implementando medidas de segurança robustas e políticas de privacidade claras.

Essas diretrizes são fundamentais para garantir que o LinkedIn permaneça como uma plataforma confiável e eficaz para profissionais em todo o mundo. Ao seguir essas diretrizes, os usuários podem aproveitar ao máximo os benefícios que o LinkedIn oferece em termos de networking, desenvolvimento profissional e oportunidades de carreira.

COMO FUNCIONA O ALGORITMO DE RECRUTAMENTO DO LINKEDIN

O LinkedIn, uma das maiores e mais influentes redes sociais profissionais do mundo, não é apenas uma plataforma para se conectar com colegas de trabalho ou expandir sua rede de contatos. Ele também é um recurso influente para quem está em busca de novas oportunidades de emprego nesta plataforma. Por trás das recomendações de emprego e das sugestões de conexões, está um algoritmo complexo que impulsiona o processo de recrutamento na plataforma (LinkedIn, 2018).

Para compreender o funcionamento do algoritmo de recrutamento, este estudo baseia-se em uma análise delineada das práticas comuns em sistemas de recomendação online, combinada com princípios de aprendizado de máquina e ciência de dados. São considerados dados disponíveis publicamente sobre o funcionamento do algoritmo do LinkedIn (LinkedIn, 2024a), bem como insights de pesquisas acadêmicas e práticas recomendadas na área de sistemas de recomendação e aprendizado de máquina. Além disso, são examinados casos de estudo e exemplos relevantes para ilustrar os conceitos discutidos.

O funcionamento do algoritmo de recrutamento do LinkedIn é uma mistura intrigante de dados, análises e inteligência artificial. Em seu núcleo, o algoritmo se baseia em uma compreensão profunda dos perfis de usuário e das vagas de emprego disponíveis. Ele analisa uma miríade de informações, desde a experiência profissional e as habilidades dos usuários até as especificações detalhadas das oportunidades de trabalho (LinkedIn, 2018).

Embora os detalhes específicos do algoritmo sejam protegidos por confidencialidade, compreender o seu funcionamento geral é viável com base em práticas correntes e princípios dos sistemas de recomendação online. Inicialmente, o algoritmo do LinkedIn realiza a coleta de uma ampla gama de dados provenientes de seus usuários. Esta coleta abrange informações contidas nos perfis dos candidatos, tais como competências, experiência profissional, histórico educacional, localização geográfica e interações pregressas com a plataforma. Além disso, o LinkedIn também extrai dados pertinentes das ofertas de emprego, incluindo requisitos de competências, descrições de cargos, localização da empresa, e outras informações relevantes.

Com base nesses dados, o algoritmo emprega técnicas de aprendizado de máquina para estabelecer correlações entre candidatos e vagas. Por exemplo, o algoritmo pode empregar algoritmos de classificação para determinar a pertinência de uma vaga específica para um determinado candidato, levando em conta suas competências e experiências. Ele pode também analisar padrões nos dados para identificar quais competências são mais valorizadas por certos empregadores ou setores da indústria.

Ainda, o algoritmo considera o envolvimento do usuário com a plataforma. Se um usuário demonstra interesse em vagas de um setor específico ou interage regularmente com conteúdo relacionado a uma determinada área profissional, o algoritmo pode priorizar vagas nessa área em suas recomendações.

O feedback dos usuários também desempenha um papel chave no aprimoramento do algoritmo. Se um usuário se candidata a uma vaga e é contratado, isso pode indicar ao algoritmo a pertinência da vaga para o candidato, influenciando suas recomendações futuras. Da mesma forma, se um usuário oculta ou ignora repetidamente certos tipos de vagas, o algoritmo pode ajustar suas recomendações em conformidade.

Além disso, o LinkedIn pode integrar considerações de diversidade e inclusão em seu algoritmo. Por exemplo, ele pode buscar assegurar que as recomendações de vagas não incorram em tendenciosidade em termos de gênero, etnia ou outras características protegidas, promovendo, portanto, uma seleção mais equitativa de candidatos.

Uma das peças fundamentais desse quebra-cabeça são as palavras-chave e habilidades. O algoritmo identifica termos relevantes nos perfis dos usuários e nas descrições das vagas, buscando correspondências entre as habilidades dos candidatos e os requisitos dos empregadores. Quanto mais alinhados estiverem os perfis com as vagas, maior a probabilidade de serem destacados nas recomendações (Fino, 2017).

Do mesmo modo, o algoritmo leva em conta o engajamento e as interações dos usuários na plataforma. Suas curtidas, comentários, compartilhamentos e postagens são analisados para entender seus interesses profissionais e preferências. Isso significa que interagir com conteúdo relevante e manter uma presença ativa no LinkedIn pode aumentar suas chances de ser notado pelos recrutadores.

Para medir o engajamento e as interações dos usuários, o LinkedIn implementa uma métrica denominada Social Selling Index (SSI) para cada usuário, a qual visa quantificar a eficácia na promoção pessoal na rede, isto é, a habilidade em estabelecer uma presença significativa no contexto profissional online (SSI, 2024). O SSI é derivado de quatro componentes principais:

  1. Estabelecimento da marca profissional: Este fator considera a reputação do usuário, avaliando o preenchimento e a qualidade do perfil, a relevância e engajamento dos artigos publicados, assim como as recomendações recebidas de clientes, parceiros e colegas. Desta forma, o usuário se destaca ao posicionar-se eficientemente em sua área de atuação como uma entidade de marca reconhecida.

  2. Conexões: Refere-se à expansão da rede de contatos, considerando não apenas a quantidade, mas também a qualidade das conexões, incluindo a taxa de aceitação dos convites enviados. Assim, é enfatizado que buscar meramente um grande número de conexões pode ser contraproducente.

  3. Engajamento: Inclui atividades como compartilhar e postar conteúdo, interagir por meio de curtidas e comentários, além da participação em mensagens, avaliando tanto a quantidade quanto a qualidade das interações na plataforma.

  4. Relacionamento: Este aspecto é avaliado pelo impacto das interações na rede, pela regularidade de uso da plataforma (como a frequência diária) e pelo alcance do perfil do usuário, medido em termos de visualizações.

Assim, o SSI representa uma medida abrangente da eficácia do usuário no LinkedIn, considerando diversos aspectos que contribuem para uma presença profissional robusta e influente na plataforma (LinkedIn, 2018).

O histórico de recrutamento também desempenha um papel importante. Se um usuário já se candidatou a vagas semelhantes no passado ou teve interações positivas com recrutadores, isso pode influenciar as futuras recomendações de emprego. É como se o algoritmo aprendesse com suas experiências anteriores para refinar suas sugestões.

Por trás de toda essa complexidade está uma série de algoritmos de aprendizado de máquina, que processam e analisam enormes conjuntos de dados para identificar padrões e fazer previsões sobre quais candidatos seriam os mais adequados para determinadas vagas. Esses algoritmos estão em constante evolução, refinando suas recomendações com base no feedback dos usuários e nas mudanças no mercado de trabalho (LinkedIn, 2018). Para se antecipar e aperfeiçoar este processo seletivo, entra em cena a IAG (Inteligência Artificial Generativa).

Uma das maneiras pelas quais o LinkedIn utiliza a IAG é na recomendação de conexões e conteúdo relevante para os usuários. Com base no histórico de navegação, interações anteriores e interesses declarados, os algoritmos de IAG podem prever com precisão quais conexões podem ser mais benéficas para um profissional, bem como quais artigos, postagens ou vagas de emprego são mais susceptíveis de despertar seu interesse.

A Inteligência Artificial Generativa (IAG) é uma subcategoria da inteligência artificial que se concentra na criação de modelos capazes de gerar dados, textos, imagens, músicas e outros tipos de conteúdo de forma autônoma. Esses modelos são treinados em grandes conjuntos de dados e podem aprender padrões, estilos e características para criar conteúdo original que se assemelha ao que é criado por humanos.

Além disso, a IAG também é aplicada na criação de recursos como o "LinkedIn Learning", uma plataforma de educação online que oferece cursos personalizados com base nas habilidades e interesses de cada usuário. Os algoritmos de IAG analisam o perfil e as atividades do usuário para recomendar cursos relevantes que possam ajudá-lo a desenvolver suas habilidades e avançar em sua carreira.

Outra aplicação importante da IAG pelo LinkedIn é na geração de conteúdo. Através do uso de modelos de linguagem natural e redes neurais, o LinkedIn pode gerar automaticamente postagens, artigos e até mesmo mensagens personalizadas para os usuários. Isso não apenas economiza tempo para os profissionais ocupados, mas também garante que o conteúdo seja relevante e envolvente para o público-alvo.

Além disso, a IAG também desempenha um papel crucial na detecção e prevenção de atividades maliciosas, como spam, phishing e perfis falsos. Utilizando algoritmos de detecção de anomalias e análise de padrões, o LinkedIn pode identificar comportamentos suspeitos e tomar medidas proativas para proteger a integridade da sua plataforma e a segurança dos seus usuários (IAG, 2024).

O algoritmo de recrutamento do LinkedIn é uma ferramenta facilitadora tanto para os candidatos quanto para os recrutadores. Para os candidatos, compreender como funciona esse algoritmo pode ajudá-los a otimizar seus perfis e aumentar suas chances de sucesso na busca por emprego. Para os recrutadores, ele oferece uma maneira eficiente de encontrar os candidatos mais qualificados em meio a uma vasta rede de profissionais talentosos. Entender esse sistema pode ser a chave para desbloquear o potencial do LinkedIn como uma ferramenta de recrutamento e networking, porém existem falhas na lógica do algoritmo (LinkedIn, 2022b).

O algoritmo de recrutamento do LinkedIn pode apresentar algumas falhas que tendem a excluir certos candidatos. Uma delas é o viés algorítmico, que pode reproduzir preconceitos existentes na sociedade, como discriminação de gênero, raça ou idade. Além disso, o algoritmo pode não entender completamente contextos específicos de experiências profissionais, o que pode prejudicar candidatos com trajetórias não convencionais.

Outra falha é a possibilidade de o algoritmo privilegiar certas habilidades ou palavras-chave em detrimento de outras igualmente relevantes, excluindo candidatos qualificados. Também pode falhar na detecção de habilidades transferíveis, excluindo candidatos com potencial para se adaptar a novos cargos. A visibilidade do perfil também pode ser afetada, com candidatos menos ativos ou com redes menores sendo prejudicados. Além disso, a falta de transparência sobre o funcionamento do algoritmo pode gerar incertezas para os candidatos. Essas falhas destacam a importância de garantir que os algoritmos de recrutamento sejam justos, transparentes e inclusivos, e que os candidatos diversifiquem suas estratégias de busca de emprego além do uso exclusivo de plataformas online.

A prática quase obrigatória de estar continuamente ativo nas redes sociais, postando conteúdo regularmente, é cada vez mais evidente na era digital. Os algoritmos dessas plataformas são projetados para privilegiar conteúdos recentes e frequentes, conferindo maior visibilidade a perfis que demonstram atividade constante e engajamento (LinkedIn, 2021a). Essa necessidade de manter uma presença constante nas redes sociais pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a competição por atenção em um ambiente saturado de informações e a própria natureza dos algoritmos, que priorizam a frequência e o engajamento do conteúdo. Como resultado, muitos usuários e entidades sentem-se compelidos a gerar e compartilhar conteúdo regularmente, mesmo que isso demande um investimento significativo de tempo e recursos (SSI, 2024).

A pressão de estar continuamente em evidência nas redes sociais, produzindo e compartilhando conteúdo de forma constante, pode acarretar uma série de consequências adversas. Em primeiro lugar, a necessidade de criar conteúdo regularmente pode gerar altos níveis de estresse e ansiedade, especialmente quando combinada com a exigência de manter um engajamento elevado e uma imagem positiva na plataforma (Zócoli; 2023, Martins; 2016).

Além disso, essa pressão pode resultar na perda da autenticidade, com os usuários se sentindo compelidos a produzir conteúdo meramente pelo propósito de manter uma presença online, em detrimento de compartilhar informações genuínas e significativas. Ainda, o impacto na saúde mental não deve ser subestimado, com a constante exposição às redes sociais contribuindo para sentimentos de inadequação e baixa autoestima (Martins, 2016).

A comparação incessante com outros usuários, a busca incessante por validação por meio de curtidas e comentários, e a preocupação constante com a imagem online podem todos desencadear um declínio na saúde mental. Adicionalmente, a necessidade de manter uma presença constante nas redes sociais pode resultar na falha em priorizar outras áreas importantes da vida, como relacionamentos pessoais, hobbies e autocuidado (De Abreu, 2015).

Isso pode levar a um desequilíbrio geral e uma sensação de insatisfação. A exaustão criativa é também uma preocupação válida, uma vez que a pressão de sempre produzir conteúdo novo e interessante pode esgotar a energia criativa dos usuários e resultar em um declínio na qualidade do conteúdo produzido. Por fim, a dependência digital é um resultado possível dessa pressão constante de estar online, com os usuários se sentindo incapazes de se desconectar das redes sociais mesmo quando necessário para seu bem-estar. Assim, embora a presença nas redes sociais possa oferecer vantagens significativas em termos de conexão e promoção, é crucial reconhecer os potenciais efeitos negativos associados à pressão de estar sempre na vitrine. Encontrar um equilíbrio saudável entre a presença online e offline é essencial para preservar a saúde mental e o bem-estar geral dos usuários.

A SEGURANÇA DE DADOS

A temática da privacidade nas plataformas de redes sociais tem suscitado crescente controvérsia devido a uma série de incidentes envolvendo violações de dados. Cotidianamente, um número expressivo de indivíduos emprega essas redes para compartilhar uma gama diversificada de informações pessoais, tais como nomes, localizações, fotografias, mensagens, entre outros dados, os quais podem ser coletados e utilizados tanto por entidades empresariais para fins publicitários e/ou comerciais, quanto por agentes mal-intencionados, visando a prática de roubo de identidade e fraudes.

Nos últimos anos, tem-se enfatizado consideravelmente a necessidade de as empresas se conformarem com legislações voltadas à proteção de dados, como é o caso da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados[2]), com o intuito de evitar sanções pecuniárias e danos à sua imagem institucional (L13709, 2018). No entanto, é indispensável que as pessoas estejam cientes de seus direitos relacionados à privacidade de dados e saibam como resguardar suas informações no ambiente virtual.

Nesse contexto, embora o LinkedIn esteja em conformidade com as disposições da LGPD e outras normativas de proteção de dados, é importante que os usuários adotem medidas para controlar a exposição de suas informações na referida plataforma. Isso pode ser alcançado por meio da utilização das diversas configurações de privacidade e segurança disponibilizadas pelo LinkedIn, as quais possibilitam aos usuários regularem quem pode ter acesso às suas informações, restringir o alcance de suas conexões, dentre outros recursos.

Entretanto, mesmo diante dessas salvaguardas de segurança e privacidade, é imprescindível que os usuários adotem precauções adicionais para proteger suas informações pessoais na plataforma.

O LinkedIn investe em diversas medidas de segurança para proteger os dados dos usuários. Utiliza criptografia avançada para proteger as informações dos usuários em trânsito e em repouso, garantindo que apenas pessoas autorizadas possam acessá-las. Além disso, realiza monitoramento constante de sua infraestrutura e sistemas para detectar e prevenir atividades maliciosas, como ataques cibernéticos e tentativas de phishing[3]. A plataforma também oferece autenticação multifator (MFA), que exige uma etapa adicional de segurança para login, como um código enviado ao celular do usuário, para dificultar o acesso não autorizado. Além disso, mantém políticas de privacidade rigorosas que definem como os dados dos usuários são coletados, usados e compartilhados (LinkedIn, 2024a).

Apesar das medidas de segurança, o LinkedIn não está imune a desafios e vulnerabilidades. Em 2021, por exemplo, a plataforma sofreu uma violação de dados que expôs informações pessoais de mais de 700 milhões de usuários, incluindo CPF, foto de rosto, endereço, telefone, e-mail, score de crédito, salário, registros de geolocalização e outros dados pessoais. Além disso, ataques de phishing e engenharia social são constantes, e os usuários precisam estar atentos para não fornecer seus dados a indivíduos mal-intencionados (LinkedIn, 2024a).

A relevância dos dados obtidos de forma ilícita reside na sua intrínseca utilidade para diversos golpistas na internet. Independentemente da origem desses dados, seja por meio de vazamento ou escavação de informações (data scraping[4]), o conjunto disponível para venda na darknet[5] compreende uma gama de informações desejáveis por cibercriminosos e outros agentes fraudulentos (LinkedIn, 2021b). Esses dados possuem potencial para facilitar uma série de atividades maliciosas, tais como phishing, roubo de identidade e outros tipos de ataques baseados em engenharia social. O conjunto de dados "vazados" cria, essencialmente, um perfil detalhado de potenciais vítimas, fornecendo uma base sólida para a execução eficaz de diversos tipos de ciberataques.

A violação de dados sofrida pelo LinkedIn em 2021 e a constante ameaça representada por ataques de phishing e engenharia social destacam a fragilidade das medidas de segurança nas plataformas. Os dados obtidos de forma ilícita são altamente valorizados por cibercriminosos, possibilitando uma série de atividades maliciosas que colocam em risco a segurança e a privacidade dos usuários. Deste modo, é indispensável que os usuários estejam constantemente vigilantes e adotem práticas de segurança robustas para proteger suas informações pessoais e evitar tornarem-se vítimas dessas ameaças cada vez mais sofisticadas e generalizadas no cenário digital atual.

ALÉM DO MARKETING DE REDE

Promover perfis empresariais no LinkedIn pode servir a diferentes objetivos, e não se limita apenas ao marketing de rede. Embora o marketing de rede seja uma componente importante, há também um propósito mais amplo em utilizar perfis empresariais na plataforma, principalmente em termos de posicionamento no mercado e desenvolvimento de marca.

Em primeiro lugar, promover perfis empresariais no LinkedIn pode ser uma estratégia eficaz para aumentar a visibilidade e a credibilidade de uma empresa no mercado. Ao manter um perfil empresarial robusto e atualizado, as empresas podem destacar seus produtos, serviços, conquistas e valores para um público profissional. Isso pode ajudar a construir uma reputação sólida e confiável no setor, o que é crucial para atrair clientes, parceiros de negócios e potenciais colaboradores (Begnini, 2019).

Além disso, promover perfis empresariais no LinkedIn pode facilitar o networking e a conexão com outras empresas e profissionais relevantes. A plataforma oferece recursos que permitem às empresas participarem de grupos de discussão, participar de eventos online, colaborar em projetos e estabelecer parcerias estratégicas. Essas conexões podem abrir portas para oportunidades de negócios, colaborações e até mesmo investimentos.

Outro objetivo importante de promover perfis empresariais no LinkedIn é atrair talentos qualificados e fortalecer a marca empregadora de uma empresa. Com um perfil empresarial atraente e informativo, as empresas podem destacar sua cultura organizacional, valores, benefícios e oportunidades de carreira. Isso pode ajudar a atrair candidatos qualificados que compartilham os valores da empresa e estão alinhados com sua missão e visão.

Embora o marketing de rede seja uma parte integrante da promoção de perfis empresariais no LinkedIn, o objetivo maior é estabelecer uma presença sólida e estratégica no mercado, construir relacionamentos profissionais significativos e fortalecer a marca empresarial. Ao aproveitar ao máximo os recursos e funcionalidades do LinkedIn, as empresas podem alcançar seus objetivos de negócios de maneira mais eficaz e sustentável.

O marketing de rede, quando mal utilizado, pode apresentar riscos significativos para os usuários que buscam emprego no LinkedIn. Essa prática pode desviar a atenção dos usuários de seus objetivos principais, como a busca por oportunidades de emprego e o desenvolvimento de suas carreiras. Além disso, o envolvimento em atividades de marketing de rede pode comprometer a imagem profissional dos usuários, especialmente se estiverem promovendo produtos ou serviços de baixa qualidade.

Há também o risco de os usuários serem vítimas de golpes ou esquemas fraudulentos, uma vez que nem todas as oportunidades de marketing de rede são legítimas. O uso excessivo de mensagens de marketing e abordagens agressivas pode prejudicar a credibilidade e a confiança dos usuários no LinkedIn, afastando possíveis empregadores e parceiros de negócios.

Além disso, o envolvimento excessivo em atividades de marketing de rede pode alienar a rede de contatos profissionais dos usuários, reduzindo as oportunidades de networking e colaboração. Assim, é fundamental que os usuários do LinkedIn estejam cientes dos perigos associados ao marketing de rede e que abordem essa prática com cautela, priorizando a construção de relacionamentos genuínos e o foco em seus objetivos de carreira.

A influência do marketing de rede no LinkedIn pode tem impacto significativo na qualidade de vida dos usuários que buscam emprego e enfrentam frustrações ao lidar com as negativas dessa plataforma. Quando os usuários se deparam com a falta de sucesso em suas tentativas de emprego, especialmente quando se sentem sobrecarregados pela abordagem excessiva de marketing de rede, diversos aspectos de sua qualidade de vida podem ser afetados negativamente.

Em primeiro lugar, a frustração resultante da falta de sucesso na busca por emprego no LinkedIn pode levar a um declínio no bem-estar emocional dos usuários. Sentimentos de desânimo, desesperança e autoestima reduzida são comuns quando os esforços para encontrar emprego não produzem resultados desejados. A constante exposição a mensagens de marketing indesejadas e rejeições em potenciais oportunidades de emprego pode aumentar ainda mais esses sentimentos negativos.

Além disso, a persistente pressão para ter sucesso no LinkedIn e a necessidade de lidar com estratégias agressivas de marketing de rede podem contribuir para níveis elevados de estresse e ansiedade. A sensação de estar constantemente competindo com outros candidatos e a pressão para manter uma imagem profissional positiva podem levar a uma sobrecarga emocional, afetando a saúde mental e o equilíbrio emocional dos usuários.

A qualidade de vida dos usuários também pode ser afetada pela perda de tempo e energia investidos em estratégias de marketing de rede que não produzem resultados significativos. A frustração resultante da falta de retorno sobre o investimento de tempo e esforço pode levar à exaustão e ao esgotamento, prejudicando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (Tabeleão, 2011).

A experiência de busca por emprego no LinkedIn pode ser desgastante e desafiadora para os usuários, especialmente quando confrontados com estratégias agressivas de marketing de rede e rejeições frequentes. A falta de sucesso na busca por emprego e as dificuldades enfrentadas na plataforma podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos usuários, afetando seu bem-estar emocional, saúde mental e equilíbrio geral.

OS IMPACTOS DAS REDES SOCIAIS NA BUSCA POR EMPREGO

A dependência em redes sociais para fins relacionados ao emprego pode potencialmente impactar adversamente o bem-estar dos usuários em múltiplos aspectos. É fundamental reconhecer que, embora essas plataformas ofereçam vantagens e oportunidades, elas também apresentam riscos e desafios significativos.

As redes sociais frequentemente apresentam narrativas de sucesso que podem ser distorcidas, criando uma percepção equivocada de que alcançar um emprego satisfatório ou uma promoção é uma tarefa simples e rápida. Essa percepção ilusória pode resultar em sentimento de frustração e desencorajamento quando a realidade se revela mais complexa e desafiadora do que o esperado.

A constante comparação com a trajetória de outros usuários, especialmente aqueles que aparentam ter alcançado maior sucesso profissional, pode gerar sentimentos de inadequação, inveja e baixa autoestima nos indivíduos.

A disseminação de informações enganosas e falsas sobre oportunidades de emprego, requisitos e processos de seleção pode levar os usuários a tomarem decisões precipitadas e prejudiciais para suas carreiras.

Além disso, é importante destacar que plataformas online podem ser exploradas por pessoas mal-intencionadas que se aproveitam da vulnerabilidade dos usuários em busca de oportunidades de trabalho, oferecendo vagas fictícias ou serviços inexistentes, resultando em prejuízos financeiros e emocionais.

O uso excessivo de redes sociais pode levar ao desenvolvimento de vícios e dependência, comprometendo a saúde mental e física dos usuários, além de afetar negativamente sua produtividade e relacionamentos interpessoais.

Para mitigar os efeitos negativos, é crucial utilizar as redes sociais como uma ferramenta complementar na busca por emprego, e não como a única fonte de oportunidades. Manter expectativas realistas, reconhecer que a busca por emprego é um processo que demanda tempo, esforço e persistência é essencial.

Evitar comparações prejudiciais, focando no próprio desenvolvimento e progresso profissional, valorizando as conquistas pessoais e aprendizados, pode ajudar a preservar a autoestima e motivação dos usuários.

Buscar fontes confiáveis de informação, como sites oficiais de empresas, portais de emprego e agências de recrutamento, é fundamental para obter informações precisas sobre vagas e processos seletivos. É importante também estar atento a ofertas duvidosas, desconfiando de oportunidades que parecem ser boas demais para ser verdade e sempre verificar a reputação da empresa antes de prosseguir com candidaturas.

Priorizar a saúde mental é essencial, estabelecendo limites para o uso das redes sociais e dedicando tempo para atividades que promovam o bem-estar físico e emocional.

É imprescindível compreender que o sucesso profissional é resultado de uma combinação de fatores, incluindo qualificação, experiência, networking e perseverança. Embora as redes sociais possam ser úteis, elas não devem ser a única fonte de expectativas e decisões relacionadas à carreira.

Explorar outras estratégias na busca por emprego, como a criação de um currículo profissional e atualizado, participação em eventos de networking, contato com profissionais da área, aprimoramento de habilidades e qualificações, e manter-se motivado e persistente, são medidas essenciais para alcançar objetivos profissionais e preservar o bem-estar dos indivíduos.

O PAPEL EXCLUDENTE DO DESEMPREGO NA BUSCA POR OPORTUNIDADES EM REDES SOCIAIS

Por décadas a busca por emprego é um desafio que muitos enfrentam, especialmente quando se recorre a plataformas de rede social em busca de oportunidades de trabalho. O aumento do desemprego global e a crescente dependência de plataformas online como ferramentas de recrutamento destacam a necessidade de uma análise crítica sobre quão excludente esse processo pode ser para os usuários desempregados. Neste artigo, exploramos os diversos aspectos que tornam essa experiência excludente e as possíveis consequências para os indivíduos em busca de emprego.

Embora as redes sociais ofereçam uma plataforma aparentemente igualitária para os usuários em busca de emprego, a realidade é que nem todos têm acesso igual às oportunidades disponíveis. Indivíduos desempregados podem enfrentar barreiras adicionais, como falta de conexões profissionais estabelecidas, experiência limitada ou lacunas no currículo, que os colocam em desvantagem em relação aos candidatos empregados.

A exposição de informações pessoais e profissionais em redes sociais pode aumentar a vulnerabilidade dos usuários desempregados à discriminação. Empregadores podem fazer julgamentos precipitados com base no status de emprego de um candidato, levando à exclusão injusta de oportunidades de emprego. Além disso, a falta de regulamentação eficaz pode permitir práticas discriminatórias, como a idade, gênero ou origem étnica.

A necessidade urgente de encontrar trabalho pode levar os usuários desempregados a aceitarem condições de emprego precárias ou inadequadas. A falta de opções pode forçá-los a se contentar com salários baixos, contratos instáveis ​​ou ambientes de trabalho desfavoráveis, comprometendo sua segurança financeira e bem-estar geral, ou muitas vezes podendo levar a saúde mental das pessoas desempregados para uma etapa sem retorno. Estudos realizados em 2023 destacaram uma correlação significativa entre esses dois fenômenos, desemprego e suicídio.

Um estudo conduzido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), divulgado em fevereiro de 2023 sob o título "Novo estudo destaca fatores contextuais associados ao suicídio nas Américas", analisou dados abrangendo o período de 2000 a 2019 em 28 países das Américas. Os resultados indicaram uma forte associação entre desemprego e taxas de mortalidade por suicídio, tanto em homens quanto em mulheres. O estudo observou que um aumento de 1% na taxa de desemprego estava relacionado a um aumento de 2,1% na taxa de mortalidade por suicídio entre homens e de 1,5% entre mulheres (OMS, 2023).

Em termos de números e estatísticas, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 registrou 16.262 casos de suicídio no Brasil em 2022 (FBSP, 2023). Embora não haja dados específicos sobre a relação entre suicídio e desemprego nesse contexto, estudos como o conduzido pela OPAS/OMS sugerem uma forte correlação entre os dois fatores (OPAS; 2023, OMS; 2023).

A Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 770 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano globalmente, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. O desemprego é reconhecido como um dos principais fatores de risco para o suicídio, especialmente em países com altas taxas de desemprego e baixa cobertura de seguridade social (OMS, 2023).

A busca incessante por oportunidades de emprego em redes sociais pode ter um impacto significativo na saúde mental dos usuários desempregados. A constante rejeição, a falta de respostas e a incerteza em relação ao futuro podem levar a sentimentos de ansiedade, depressão e desesperança, exacerbando ainda mais os desafios enfrentados durante a busca por emprego.

Para mitigar os efeitos excludentes da busca por emprego em redes sociais, são necessárias ações em várias frentes. Isso inclui a implementação de políticas de recrutamento mais transparentes e equitativas, a promoção da diversidade e inclusão nas práticas de contratação e a oferta de recursos e suporte adequados aos usuários desempregados.

A busca por emprego em redes sociais, como o LinkedIn, pode ser particularmente desafiadora para os usuários desempregados, devido a uma série de fatores que contribuem para uma experiência excludente. Primeiramente, questões estruturais e sociais, como discriminação sistêmica e acesso desigual a recursos, podem ampliar a lacuna entre os desempregados e as oportunidades de emprego disponíveis. O estigma associado ao desemprego também desempenha um papel significativo, levando os empregadores a questionarem a competência dos candidatos desempregados, independentemente de suas habilidades e experiências.

Além disso, a competição desigual entre os candidatos empregados e desempregados coloca estes últimos em desvantagem, uma vez que enfrentam dificuldades para competir com indivíduos que têm redes profissionais estabelecidas. Isso pode levar à exclusão injusta de oportunidades de emprego, mesmo para aqueles que são altamente qualificados. A busca por emprego também pode ter um impacto significativo na saúde mental dos desempregados, contribuindo para sentimentos de desesperança, ansiedade e depressão devido à constante rejeição e ao sentimento de inadequação.

Outro desafio enfrentado pelos desempregados é a disparidade digital, onde aqueles que não têm acesso adequado à internet e à tecnologia enfrentam dificuldades para aproveitar as oportunidades oferecidas pelas redes sociais. Isso pode ampliar ainda mais a exclusão, limitando a capacidade dos desempregados de competir efetivamente por empregos e estabelecer conexões profissionais.

Para abordar esses desafios, são necessárias ações em várias frentes. Os empregadores devem adotar práticas de recrutamento mais inclusivas e equitativas, reconhecendo o valor e o potencial dos candidatos desempregados. Além disso, políticas públicas e programas de apoio podem ser implementados para fornecer recursos e assistência aos desempregados, ajudando-os a superar as barreiras estruturais e sociais que enfrentam na busca por emprego em redes sociais como o LinkedIn.

O EFEITO PERVERSO DO EXIBICIONISMO NO LINKEDIN

O LinkedIn, amplamente conhecido como a maior rede social profissional do mundo, desempenha um papel central na vida de milhões de usuários, conectando profissionais, promovendo oportunidades de emprego e facilitando o networking global. No entanto, por trás da fachada de uma plataforma de negócios séria e objetiva, existe um fenômeno preocupante: a cultura de exibicionismo que se desenvolveu ao longo do tempo, influenciando o comportamento dos usuários de maneiras complexas e, muitas vezes, nocivas.

Martins (2016), esclarece que o exibicionismo digital é um fenômeno relacionado ao comportamento humano online, no qual uma pessoa busca atenção e validação através da exposição de si mesma, de suas atividades, conquistas ou características pessoais em plataformas digitais, como redes sociais, fóruns online, blogs e outros espaços na internet. Esse comportamento pode se manifestar de diversas formas, como a postagem frequente de fotos pessoais, compartilhamento de informações íntimas, busca por curtidas, comentários e compartilhamentos em suas publicações, entre outras formas de busca por visibilidade e reconhecimento online (Martins, 2016).

Segundo De Abreu (2015), esse comportamento se converteu em algo natural nas ciberculturas e representa um recurso importante para conseguir mais visibilidade e garantir que o perfil na rede social seja atraente e desperte a curiosidade do outro sujeito on-line:

As próprias estruturas das plataformas digitais, em certa medida, promovem esta prática ao exigir que as identidades se apresentem por meio de uma imagem e ao incentivar os intercâmbios visuais, que geram fluxo de dados e audiência ao perfil e à própria rede. Usamos as fotos como conteúdo para nossos perfis e o fazemos com total controle, isto é, podemos deletar as fotos no caso de não gostarmos ou podemos editá-las com grande facilidade (De Abreu, 2015, p.201).

Um dos estímulos nocivos mais proeminentes que o LinkedIn exerce sobre os usuários é a pressão para postar cada vez mais sucessos e realizações. Nessa rede, onde o sucesso profissional é frequentemente medido por conquistas tangíveis, como promoções, prêmios, publicações e palestras, os usuários se sentem compelidos a destacar constantemente seus próprios feitos para se sentirem incluídos em uma comunidade empresarial global e em constante crescimento.

Essa pressão é exacerbada pela natureza pública e altamente visível da plataforma. Os usuários são constantemente expostos aos perfis de outros profissionais, muitos dos quais parecem estar sempre alcançando novos marcos e acumulando realizações impressionantes. Essa exposição constante cria uma sensação de competição e comparação, levando os usuários a se sentirem obrigados a se destacar e manter uma imagem de sucesso e relevância (Dal bello; 2012, Cirillo; 2015).

A busca por validação e reconhecimento também desempenha um papel significativo nesse cenário. À medida que os usuários postam suas realizações, eles aguardam ansiosamente a reação de sua rede curtidas, comentários e compartilhamentos em busca de validação e aprovação. Essa busca por validação pode se tornar uma obsessão, levando os usuários a procurarem constantemente a validação externa para sua autoestima e valor profissional (De Abreu, 2015).

Além disso, a própria estrutura do algoritmo do LinkedIn pode incentivar esse comportamento. Postagens que geram alto engajamento, como aquelas que destacam sucessos profissionais, tendem a receber mais visibilidade na plataforma, incentivando os usuários a se concentrarem em conteúdo que promova sua própria imagem de sucesso.

Segundo pesquisa realizada pelo aplicativo Passport-Photo Online em 2022, 70% das empresas rejeitam candidatos por causa da foto de perfil no LinkedIn. A pesquisa entrevistou mais de 200 profissionais de Recursos Humanos, empresários e gestores.

A pesquisa concluiu que a foto do LinkedIn afeta a capacidade de um profissional ser contratado ou não por uma empresa. O levantamento foi realizado com mais de 200 profissionais de Recursos Humanos (RH), empresários e gestores pelo aplicativo Passport-Photo Online, de fotos para documentos oficiais, revelando que 70% dos entrevistados admitem ter rejeitado um candidato por causa de sua foto de perfil no LinkedIn. Perfis sem foto também costumam ser ignorados pelos empregadores. O estudo aponta que 88% dos líderes admitem que provavelmente descartarão esses candidatos, ao olhar a conta deles no LinkedIn (Passport-Photo, 2022).

Mais de 88% dos recrutadores ouvidos pela Passport-Photo Online indicaram que o profissionalismo é a qualidade essencial ao classificar as imagens de perfil no LinkedIn. Por isso pessoas que usem fotos que fogem muito à proposta da rede acabam perdendo espaço para quem se adequa a essas "expectativas" do mercado.

Segundo o próprio site do LinkedIn (2022), uma boa imagem no LinkedIn pode te ajudar na contratação:

Estamos sempre lembrando a importância de se ter um perfil no Linkedin, que é hoje a maior rede social direcionada para área profissional que temos hoje. E independentemente de você estar ou não num momento de busca de estágio ou emprego, é imprescindível alimentar sua rede e estar em sintonia com o que há de mais novo na sua carreira. Escolha uma boa foto onde seu rosto fique visível e facilmente identificável, além de manter SEMPRE suas informações atualizadas; como cidade de residência, experiências, resumo profissional etc. (LinkedIn, 2022a, p.1).

No entanto, essa cultura de exibicionismo tem consequências profundas e muitas vezes negativas para os usuários. Pode levar a uma pressão insustentável para alcançar e manter um padrão irrealista de sucesso, levando ao esgotamento, estresse e ansiedade. Além disso, pode contribuir para uma cultura de comparação prejudicial, onde os usuários se medem constantemente em relação aos outros, minando a autoconfiança e o bem-estar emocional.

Segundo Silva (2019), vemos que as pessoas não são despretensiosas quando adotam modos de ser nas redes sociais. “Nomeadamente a ostentação e o exibicionismo possuem características que levam a crer que, além de outros fatos, são comunicação estratégica. Percebemos também que essas apropriações podem ser provenientes de nuances subjetivas advindas de crises identitárias” (Silva, 2019, p. 9).

Logo, é necessário que os usuários reconheçam os perigos do exibicionismo no LinkedIn e encontrem um equilíbrio saudável entre promover suas realizações profissionais e cuidar de sua saúde mental e bem-estar. Isso envolve cultivar uma relação mais autêntica com a plataforma, focando não apenas em autopromoção, mas também em compartilhar experiências genuínas, insights e aprendizados que contribuam para uma comunidade empresarial mais inclusiva e solidária.

Outra prática incentivada pela plataforma é o compartilhamento de certificados e conquistas no perfil público do usuário, já que postar certificados e conquistas no LinkedIn pode ser uma estratégia eficaz para aumentar sua visibilidade e atrair a atenção de recrutadores e potenciais empregadores. Essas realizações fornecem evidências tangíveis de suas habilidades e conquistas profissionais, o que pode ajudar a validar sua experiência e competência em uma determinada área (LinkedIn, 2023).

Ao compartilhar seus certificados e conquistas, o usuário está essencialmente construindo sua marca pessoal no LinkedIn. Isso pode ser especialmente útil em um ambiente competitivo, onde se destacar da multidão é fundamental para garantir oportunidades de emprego. No entanto, há uma linha tênue entre promover suas realizações de maneira legítima e parecer excessivamente exibicionista. É importante equilibrar a autopromoção com outros tipos de conteúdo em seu perfil, como compartilhar detalhes importantes sobre sua área de atuação, participar de discussões relevantes e demonstrar interesse genuíno pela comunidade profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos últimos anos, o LinkedIn se estabeleceu como uma plataforma indispensável para profissionais em busca de emprego, oferecendo uma ampla gama de recursos para networking, acesso a oportunidades de carreira e promoção pessoal. No entanto, esse aumento no uso do LinkedIn também trouxe consigo uma série de desafios e implicações sociais que merecem uma análise mais aprofundada.

Um dos aspectos mais preocupantes do LinkedIn é a cultura de exibicionismo e autopromoção que se desenvolveu ao longo do tempo. Os usuários muitas vezes sentem uma pressão implacável para destacar constantemente seus sucessos e realizações, alimentando uma competição incessante por validação e reconhecimento. Essa busca incessante por validação externa pode levar a uma preocupação excessiva com a imagem profissional, contribuindo para uma sensação de inadequação e estresse crônico.

Além disso, a exigência cada vez mais comum de inscrição no LinkedIn para vagas de emprego levanta questões importantes sobre inclusão e equidade. Embora a plataforma ofereça acesso a um vasto pool de talentos e facilite a verificação de credenciais, ela também pode criar barreiras para candidatos qualificados que optaram por não participar da plataforma por diversos motivos, como preocupações com privacidade, falta de conhecimento sobre a plataforma ou simplesmente preferência por métodos de recrutamento mais tradicionais. Isso levanta questões sobre a justiça do processo de recrutamento e a diversidade dos candidatos selecionados, com o potencial de perpetuar desigualdades existentes no mercado de trabalho (Furnival et al., 2008).

Para mitigar esses desafios, os profissionais em busca de emprego e as empresas precisam adotar estratégias equilibradas ao usar o LinkedIn. Isso inclui não apenas promover uma presença autêntica na plataforma, mas também cultivar uma cultura de transparência e honestidade em relação às realizações profissionais. Além disso, as empresas devem revisar suas práticas de recrutamento para garantir que sejam inclusivas e equitativas, considerando o impacto potencial sobre a diversidade e a representação de candidatos selecionados em termos de gênero, raça, idade e outras características.

Em última crítica, o LinkedIn continua a desempenhar um papel significativo na busca por emprego e no desenvolvimento profissional. No entanto, é essencial reconhecer e abordar os desafios e implicações sociais associados ao seu uso, trabalhando juntos para criar um ambiente mais justo, inclusivo e saudável para todos os usuários. Isso requer um compromisso contínuo com a reflexão crítica, a conscientização e a adoção de práticas que promovam a igualdade de oportunidades e o respeito pela diversidade em todas as esferas da vida profissional.

Arte: Atila Barros – 2023. Arquivo Pessoal

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 Coordenador e docente do Curso de Especialização (Lato Sensu), MBA e Pós-Graduação em Inteligência Artificial e Gestão do Conhecimento (FESAV-ES). Docente do Curso técnico em Informática (UNESA-RJ). Mestrado em Educação (UNESA-RJ). MBA em Data Warehouse e Business Intelligence (FI - PR). Pós-Graduado em Antropologia, Filosofia e Ciência da Religião (FAVENI-MG). Historiador pela Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP). e-mail: [email protected]

2 A Lei Geral de Proteção de Dados, lei brasileira 13 709/2018 (LGBT), é uma legislação brasileira que tem como objetivo regulamentar o tratamento de dados pessoais por parte de empresas e organizações, visando garantir a proteção da privacidade dos indivíduos. Aprovada em 2018, a LGPD entrou em vigor em setembro de 2020, estabelecendo princípios, direitos e obrigações relacionados ao uso, coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento de dados pessoais (L13709, 2018).

3 Phishing é uma forma de ataque cibernético que envolve a tentativa de obter informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito e outras informações pessoais, por meio de mensagens eletrônicas fraudulentas. Geralmente, os golpistas se passam por entidades legítimas, como bancos, empresas ou serviços online populares, e enviam e-mails, mensagens de texto ou mensagens instantâneas enganosas, induzindo as vítimas a clicarem em links maliciosos ou a fornecerem informações pessoais diretamente (Microsoft, 2024).

4 Data scraping é uma técnica computacional na qual um programa extrai dados de saída legível somente para humanos, proveniente de um serviço ou aplicativo. Os dados extraídos geralmente são minerados e estruturados em um formato padrão como CSV, XML ou JSON (LinkedIn, 2021b).

5 A darknet é uma parte obscura da internet que não é facilmente acessível através de navegadores convencionais. A darknet opera usando redes overlay, sistemas de anonimato e criptografia para garantir o anonimato dos usuários e a ocultação das atividades realizadas dentro dela (Ramalho, 2014).