COMO A INTELIGENCIA EMOCIONAL CONTRIBUI PARA UMA LIDERANÇA ESTRATÉGICA: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10719718


Sônia da Rocha Lima Vieira1


RESUMO
Desenvolver a inteligência emocional começa por algo aparentemente simples, porém desafiador, o autoconhecimento. Conhecer a si mesmo demanda tempo, esforço, dedicação, disciplina, foco e consistência. Muitas pessoas não conseguem agir ou reagir a determinadas situações simplesmente porque não entendem a si mesmos e não entendem suas emoções, correndo riscos sem precedentes por não as controlar ou por não as usar de forma estratégica em seus próprios objetivos. Se perceber enquanto pessoa dotada de emoções singulares, propor ações com técnicas e habilidades, transformar um ambiente, tomar uma decisão importante ou promover uma negociação com altos resultados são algumas vantagens de desenvolver as habilidades emocionais e de compreender que a razão e a emoção são forças igualmente importantes e fundamentais, podendo ser desastroso se o indivíduo não conhecer a si e seus limites emocionais. Outro aspecto muito relevante e que pode ser considerado o mais importante para o indivíduo com domínio da inteligência emocional é saber ter empatia quando necessário. No contexto mundial que enfrentamos principalmente nos últimos anos a empatia é uma das maiores habilidades transformacionais de atitudes e ações. Desta forma neste estudo bibliográfico a discursão se torna interessante e ainda mais relevante comparado aos ganhos do entendimento das emoções.
Palavras-chave: Autoconhecimento, Empatia, Emoções

ABSTRACT
Developing emotional intelligence starts with something seemingly simple, yet challenging, self-knowledge. Knowing yourself takes time, effort, dedication, discipline, focus and consistency. Many people cannot act or react to certain situations simply because they do not understand themselves and their emotions, taking unprecedented risks by not controlling them or by not using them strategically for their own goals. Realizing yourself as a person endowed with unique emotions, proposing actions with techniques and skills, transforming an environment, making an important decision or promoting a negotiation with high results are some of the advantages of developing emotional skills and understanding that reason and emotion are forces equally important and fundamental, and can be disastrous if the individual does not know himself and his emotional limits. Another very relevant aspect that can be considered the most important for an individual with mastery of emotional intelligence is knowing how to empathize when necessary. In the global context that we have faced mainly in recent years, empathy is one of the greatest transformational skills of attitudes and actions. Thus, in this bibliographical study, the discussion becomes interesting and even more relevant compared to gains in understanding emotions.
Keywords: Self-awareness, Empathy, Emotions

1 Introdução

A relevância e primordialidade da temática de Inteligência Emocional se tornou maior após ela se configurar como o plano de fundo de incidentes, fragilidades e de casos de desestabilidade emocional e desesperança durante a pandemia da Covid-19 nos anos de 2019 a 2021. Com todo este cenário vivenciado, abordar o tema e explorar as variadas esferas da aplicação da psicologia organizacional como forma sustentável de estabelecer um cenário de estabilidade psíquica de maneiras diversas e como pauta obrigatória nas organizações, foi fundamental para garantir a permanência do estado de equilíbrio emocional de toda uma população.

Segundo Maurer,(1981,p.10), “Fatores específicos precisam ser levados em consideração no que se refere à indivíduos, a história não é estática nem imutável, ao contrário, ela está sempre acontecendo, cada época gerando o seu contrário, levando a sociedade a transformações fundamentalmente qualitativas”.

Logo, para abordar inteligência emocional não basta apenas explorar quantitativamente a eficácia da ampliação das capacidades laborativas dos profissionais especializados no exercício prático do uso das emoções como estratégia de negócio e gestão de pessoas. Diante do exposto, emerge no contexto desse projeto as seguintes problemáticas: Como o profissional pode desenvolver sua resiliência e sua inteligência emocional? Quais os desafios que os profissionais encontram no processo de desenvolvimento da resiliência e da inteligência emocional? Como as organizações podem auxiliar seus colaboradores a desenvolver a resiliência e a inteligência emocional?

Como objetivo frente a problemática apresentada, este projeto de pesquisa pretende ampliar o papel do profissional que exerce a liderança conhecendo seu potencial emocional, utilizar no seu exercício do trabalho técnicas e gerar grandes transformações. Tem por objetivo ainda, entender o profissional que precisa desenvolver sua inteligência emocional e resiliência, entender desafios que os profissionais encontram no processo de desenvolvimento da resiliência e inteligência emocional e compreender como as organizações podem auxiliar seus colaboradores a desenvolver a resiliência e a inteligência emocional.

Nesta pesquisa, serão descritos e identificados os meios para compreender como as pessoas de uma maneira geral percebem sua inteligência emocional dentro das organizações. Mediante análise de evidentes fatos, o método de estudo bibliográfico aplicado, por ser um projeto focado para a discussão do tema em específico, voltado para as organizações.

2 Inteligência emocional nas organizações

Por muitos anos não houve uma priorização do estudo da inteligência emocional, quando falamos na geração que hoje tem maior representatividade no mundo moderno e produtivo, o conceito de inteligência como QI (quociente de inteligência) era um medidor que identificava as potencialidades de uma determinada pessoa. No entanto, a medida que os estudos das potencialidades das habilidades humanas foram sendo aprofundadas, o contexto da QE (Quociente de Inteligência Emocional) emergiu modificando totalmente a forma de mensuração das habilidades necessárias, da utilização das emoções de forma estratégica no contexto dos negócios e de como as organizações se beneficiam de tal compreensão como por exemplo na tomada de decisão no momento de contratar ou promover alguém.

Segundo Gilberto Vitor, a inteligência emocional está relacionada a habilidades, tais como, motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento aos objetivos de interesses comuns.

A contrapartida do entendimento da inteligência emocional demonstra um novo paradigma onde todos que desejam ser bem-sucedidos em suas carreiras, principalmente nesta sociedade pós pandemia, devem demostrar além de conhecimento técnico um conjunto de habilidades emocionais para liderar em variadas formas de desafios e de contextos. Nunca foi tão imperioso conhecer a si e ao outro, utilizar técnicas de empatia e resiliência no desenvolvimento das ações organizacionais e potencializar a seus talentos em detrimento do domínio emocional.

Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades sendo estas o Auto-Conhecimento Emocional, Controle Emocional, Auto-Motivação, Reconhecimento de Emoções, Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.

Ter o domínio das técnicas emocionais sem dúvida coloca o líder em outro patamar em relação a pessoas que não conseguem controlar suas emoções e geri-las no dia a dia. Desta forma as organizações devem promover e continuar a desenvolver programas que vão deste a capacitação para treinar as habilidades emocionais necessárias aos negócios, implementação de novas etapas de identificação de como seus novos funcionários lidam com as emoções no ambiente do trabalho e até programas estruturados para identificação de demandas emocionais que podem afetar o processo produtivo de maneira geral.

3 Considerações Finais

Analisar as estratégias adotadas pelas organizações na aplicação das técnicas de inteligência emocional no perfil dos seus gestores e condições emocionais dos seus funcionários se tornou tão necessário como qualquer outra forma de atingir resultados. Percebemos que a compreensão das emoções pode ser muito significativa para o meio corporativo.

Entendemos que os estudo sobre inteligência emocional demostrou de forma estratégica que as pressões do dia a dia somados à resiliência e à autogestão emocional permitem que todos lidem melhor com suas frustrações e formas de ver outro prisma as situações sejam elas boas ou ruins. Além disso, ter empatia permite se colocar no lugar do outro antes de promover julgamentos e conclusões desnecessárias que poderiam minar o clima, resultados e até mesmo a saúde emocional no trabalho. Crescer e se desenvolver como pessoa não tem nada a ver com sucesso financeiro ou sequer te coloca em um lugar de privilegio em relação a outros, mas ter o autoconhecimento e domínio das suas emoções e saber transpor ao outro exaltando suas forças e promovendo suas habilidades de forma estratégica, sem dúvidas te possibilita ser bem sucedido em sua vida pessoal e profissional.

4 Referências Bibliográficas

ANTUNES, Celso. A inteligência emocional na construção do novo eu. 12. Ed. Petrópolis: Vozes, 2005. 84p.

LANE, Silva T. Maurer; O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2006

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Edição revista. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 370 p.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 5.ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996. 375 p


1 Graduação. Especialização. Mestrando em Administração pela Must University.