A RELAÇÃO DAS EMOÇÕES LIGADAS A QUÍMICA DO CÉREBRO

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.16897621


Sirlene Karin Minozzo Finkler1


RESUMO
Perspectivas funcionalistas contemporâneas enfatizam o importante papel que as emoções desempenham nas respostas comportamentais, além disso, em situações importantes e nos ajudando a superar obstáculos. Os objetivos específicos consistem em entender a anatomia e fisiologia das emoções; compreender a evolução química e cerebral da espécie humana; adentrar a importância da afetividade na construção do aprendizado, pontuando a relevância do professor neste processo. Por meio de uma revisão de literatura constatou-se que a neurociência avançou muito nos estudos acerca do funcionamento do cérebro, onde atualmente é possível saber o que acontece quando ele está captando, analisando e transformando estímulos em conhecimento, fortalecendo a relevância das emoções bem gerenciadas. Além disso, a afetividade pode contribuir para a educação, no que diz respeito à formação dos sujeitos. É um desafio educar com amor, pela busca do carinho, respeito, equilíbrio e harmonia emocional do ser humano, rompendo com os preconceitos e paradigmas dos sentimentos. Sabe-se que todo trabalho pedagógico na área da educação diz respeito também à formação de cidadãos, que pressupõe a responsabilidade profissional, pessoal e social de todos os sujeitos, seja este adulto ou criança. Constatou-se a necessidade das relações afetivas entre as professoras e as crianças serem consideradas base para o desenvolvimento integral da criança.
Palavras-chave: Neurociência. Aprendizado. Cérebro. Afetividade. Emoções.

ABSTRACT
Contemporary functionalist perspectives emphasize the important role that emotions play in behavioral responses, especially in significant situations, helping us to overcome obstacles. The specific objectives consist of understanding the anatomy and physiology of emotions; comprehending the chemical and cerebral evolution of the human species; and exploring the importance of affectivity in the construction of learning, highlighting the teacher’s relevance in this process. Through a literature review, it was found that neuroscience has advanced significantly in studies regarding brain functioning, making it currently possible to understand what happens when the brain is capturing, analyzing, and transforming stimuli into knowledge, thus reinforcing the importance of well-managed emotions. Furthermore, affectivity can contribute to education, particularly in the formation of individuals. Educating with love is a challenge, involving the pursuit of affection, respect, balance, and emotional harmony in human beings, breaking away from prejudices and paradigms related to feelings. It is understood that all pedagogical work in education also concerns the formation of citizens, which presupposes the professional, personal, and social responsibility of all individuals, whether adult or child. It was noted that affective relationships between teachers and children need to be considered as the foundation for the integral development of the child.
Keywords: Neuroscience. Learning. Brain. Affectivity. Emotions

1. INTRODUÇÃO

O ser social e afetivo, ou seja, é necessário que ele formando relações e se sinta amado pela sociedade companheiros ou familiares. No ambiente escolar, não poder ser diferente: estudamos quando nos entendemos bem conosco e com os que nos cercam, como: professores, amigos, gestores e funcionários da escola. A palavra emoção tem sua ascendência no verbo mover, que indica qualquer coisa ou aquilo que nos faz mover ou mover, e isso só acontece quando nos percebemos motivados ou impelidos a fazer algo ou realizar alguma ação (OLIVEIRA, 2015).

Somos todos dotados de sentimentos, emoções, conceitos e experimentos que nos tornam animais únicos e especiais. Então encaixamos essa experiência e emoção em todos os saberes e saberes que agregamos sem exceção. Isso acontece porque a amígdala, a parte do cérebro responsável pelo processamento das emoções também atua na cognição memória, atenção e raciocínio. Para que a aprendizagem aconteça de forma eficiente e sustentável, é essencial que ela desperta uma emoção ou significado no aprendiz, pois quanto maior o interesse e intenção por achado tema ou tema, maior a absorção e naturalidade de aprendizagem desse conhecimento. excelente. Por outro lado, quando um evento gera uma forte ansiedade ou uma forte preocupação emocional, podem ocorrer falhas temporárias de atenção e assiduidade, atrapalhando o desenvolvimento de novos aprendizados e engendrando no indivíduo o chamado “branco” nas provas ou na escola (ZARK, 2018).

Partindo desse pressuposto o objetivo geral do artigo consiste em discutir a relação das emoções com a aprendizagem, pontuando a química cerebral. Os objetivos específicos consistem em entender a anatomia e fisiologia das emoções; compreender a evolução química e cerebral da espécie humana; adentrar a importância da afetividade na construção do aprendizado, pontuando a relevância do professor neste processo. A pergunta problema que rege a pesquisa consiste em “Qual a importância da afetividade na construção das emoções dentro do ambiente escolar e fortalecimento do aprendizado?”.

A escolha da temática partiu da afirmação que quando as emoções são geridas de forma compensada e saudável, proporcionam uma aprendizagem útil e agradável, elementos essenciais no desenvolvimento cerebral e cognitivo de cada pupilo. Almeja-se a compreensão de que a neurociência avançou muito nos estudos acerca do funcionamento do cérebro, onde atualmente é possível saber o que acontece quando ele está captando, analisando e transformando estímulos em conhecimento, fortalecendo a relevância das emoções bem gerenciadas.

2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS EMOÇÕES

Assim como a percepção e a função motora, as emoções também são mediadas por circuitos neurais no encéfalo. A organização neural da emoção humana contém muitos classes, desde os reflexos adaptativos elementares originados no caule encefálico inferior, até complexa integração visceral e somática do hipotálamo e do tálamo, até o controle da placa de memória e compreensão das redes límbicas. Uma das primeiras teorias para explicar as emoções foi elaborada no século XIX pelo psicólogo americano William James (1842-1910) e pelo fisiologista dinamarquês Carl Lange (1834-1900). Eles apresentam que as reflexões fisiológicas e comportamentais eram necessários para a existência das emoções. Estes, por sua vez, seriam os líderes ​​por provocar a experiência emocional subjetiva, presentemente chamada sentimento. A descrição neuroanatômica das emoções parte do sistema límbico, que consiste em um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas dedicadas à sociedade entre estados viscerais / emoção e cognição / comportamento (SIRQUEIRA, 2018).

O sistema límbico consiste em um arranjo intrincado de estruturas transicionais localizadas entre áreas subcorticais viscerais e corticais que estão morfológica e funcionalmente interconectadas e associadas as emoções e memórias. As estruturas límbicas subcorticais possuem a amígdala corpo de mamífero, hipotálamo e vários núcleos talâmicos (p. anterior, intraluminal e médio-dorsal) e o núcleo accumbens do estriado ventral. A representação cortical das emoções após ablação experimental dos lobos temporais anteriores em símios resultou em uma síndroma comportamental, caraterizada por respostas como conduta emocional modificado e déficits de memória. Os componentes corticais do sistema límbico são mais complexos e são figurados pelo córtex cingulado anterior, córtex insular anterior e córtex pré-frontal orbito frontal (MACHADO; HAERTEL, 2014).

2.1 Evolução Química e Cerebral da Espécie Humana

Apontar transformações no cérebro ao longo do tempo é difícil. Não temos aquele cérebro velho para pesar na balança. No entanto, o interior de crânios velhos e alguns fósseis raros podem ser medidos moldando o interior de um crânio preservado naturalmente. Ambas as abordagens para estudar os primeiros crânios nos dão pistas sobre os volumes de cérebros velhos e alguns detalhes sobre os tamanhos relativos de grandes regiões do cérebro.

Nos primeiros dois terços de nossa narrativa, o tamanho do cérebro de nossos ancestrais estava na faixa de outros grandes monos que habitam hoje. O famoso fóssil de Lucy, Australopithecus afarensis, tem um crânio com quantidade interno de 400 a 550 mililitros, enquanto o crânio de um chimpanzé comporta cerca de 400 mililitros e o crânio de um gorila de 500 a 700 mililitros. Durante esse período, o cérebro dos australopitecinos iniciou a demonstrar transmutações sutis na estrutura e na forma em comparação com os símios. Por exemplo, a membrana do neocórtex começa a se expandir. distribuindo ofícios de processamento de imagem para outras partes do cérebro. Os últimos 10.000 anos de forma de vida humanitária realmente encurtaram nossos cérebros. A alimentação da população agrícola pode ter sido um dos principais impulsionadores dessa preferência. No entanto, na sociedade industrializada nos últimos 100 anos, o tamanho do encéfalo aumentou novamente. À medida que a nutrição das crianças aumenta e as doenças imaturos diminuem. Embora o passado não considere o desenvolvimento futuro, uma maior integração com a ciência aplicada e a tecnologia genética pode catapultar o cérebro humano para o desconhecido (HAWKS, 2013). Pontua-se que:

[...] a evolução do cérebro humano se processou à semelhança de uma casa à qual novas alas e superestruturas foram adicionadas no decorrer da filogênese. Esta, aparentemente, entregou ao homem uma herança de três cérebros. A natureza de nada se desfaz durante a evolução. O homem foi assim provido de um cérebro mais antigo, semelhante ao dos répteis. O segundo foi herdado dos mamíferos inferiores e o terceiro é uma aquisição dos mamíferos superiores, o qual atinge o seu máximo desenvolvimento no homem, dando-lhe o poder ímpar de linguagem simbólica. ( MARINO JR., 2005, pgs., 26-27).

O cérebro é triádico em sua formação, tem uma divisão de dois hemisférios: esquerdo, (racional) e direito (intuitivo e emotivo):

O homem teria três cérebros, fruto de três estágios evolucionários: 1) O cérebro réptil, o eixo cerebral, hipotálamo, a sede primitiva dos comportamentos de autopreservação: alimentação, agressão e fuga, território e sexualidade; 2) O complexo límbico, ou cérebro mamífero, apresenta os instintos de rebanho, cuidados com a prole e hierarquias sociais; e 3) O neocórtex seria a última camada, onde se processam a linguagem simbólica, as abstrações e o cálculo matemático e o cruzamento heurístico e arquivos (criatividade) (ANDRAUS, 2008, pg. 30).

Cada hemisfério, responsável pela inteligência e raciocínio, divide-se em quatro lobos: frontal, parietal, occipital e o temporal.

Figura 1: Hemisférios cerebrais
Fonte: Andraus (2008)

As emoções não são apenas experiências, mas tem um sentido diferente para cada um. Toda vez que algo é notado o corpo humano começa uma transformação fisiológica, liberação química e reação comportamental. Este procedimento envolve vários processos que trabalham em conjunto. incluindo órgãos importantes neurotransmissores e o sistema límbico. As emoções são frequentemente medidas por respostas fisiológicas, como batimentos cardíacos, sudorese, rosto corado e liberação de adrenalina. A expressão também é uma parte significativa das emoções.

O vocábulo está associado partes do sistema nervoso, como o córtex motor, o sistema límbico e o tronco cerebral. As partes do sistema nervoso que mais influem as emoções são o lobo frontal e a amígdala. O córtex pré-frontal é frequentemente associado a sentimentos de alegria e alegria. As amígdalas são frequentemente associadas a sentimentos de raiva, medo e amargura. Nossas emoções dependem de graus flutuantes de neurotransmissores, que ocasionam a ativação de diferentes partes do cérebro que são responsáveis ​​por diferentes humores, ou ativam partes do cérebro que ativam a estimulação do sistema nervoso autônomo.

2.2 Importância da Afetividade na Infância

Estudos significativos destacam que a educação abrange a afetividade no processo de ensino e aprendizagem, durante toda a escolarização da criança pressupõe-se que haverá várias interações, nas quais a afetividade está presente, e é isso que será focado como aspecto facilitador para o aprendizado. O lado emocional do ser humano difere ele dos demais animais. A afetividade consiste em um estado psicológico que interliga diversos sentimentos do ser humano. É visível na relação entre os indivíduos quando envolvem amor, medo, emoções, desejos, saudade etc. (FERREIRA, 1995). Para Piaget (1976, p. 16), durante a infância, a afetividade é essencial no desenvolvimento do raciocínio e da inteligência:

[...] vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação valorização. Assim é que se poderia raciocinar, inclusive em matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro lado, não existem afeições sem um mínimo de compreensão.

O afeto manifesta-se na vida das crianças de acordo com suas vivências cotidianas (CODO; & GAZZOTTI, 1999, p. 48-59). Desde o nascimento, as crianças precisam de alguém que confira a elas cuidados especiais, que fique próximo afetivamente, visto que o afeto é fundamental para a construção da pessoa e seu desenvolvimento social, principalmente nos seus primeiros anos de vida. Nesse sentido, Wallon (2010) defende que uma criança saudável é aquela que tem um bom relacionamento com as pessoas ao seu redor e que tem a necessidade de receberem manifestações afetivas. Dessa forma:

Uma teoria pedagógica que se depreenda das ideias sobre a construção do indivíduo a partir de Wallon diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que uma aparato cerebral. Pressupões perceber a dimensão afetiva do indivíduo e trabalha-la para permitir uma construção cognitiva mais dinâmica e efetiva. Sendo assim, uma teoria pedagógica inspirada em Wallon pressupõe um movimento dialético entre afetividade, emotividade e subjetividade com processos cognitivos, interação social e racionalidade mutuamente imbricado e relacionados em via de Inter determinação (BEZERRA, 2006, p. 23).

Ademais, a afetividade é um sentimento que se baseia na confiança, no carinho, no respeito e na admiração mútua. Um ambiente com essas características torna-se mais leve e prazeroso. Por outro lado, a ausência desse sentimento resulta em problemáticas que faz com que a criança não se sinta bem, se torne negativa e não queira evoluir. Assim, a criança precisa estar inserida em um contexto afetivo e respeitoso para conseguir desenvolver-se. Há de se considerar, nesse contexto, que o conceito de afetividade está intimamente ligado à ação de respeitar a criança.

Respeitar a criança é não limitar suas oportunidades de descoberta, é conhecê-la verdadeiramente para proporcionar-lhe experiências de vida ricas e desafiadoras, é procurar não fazer por ela, auxiliando-a a encontrar meios de fazer o que quer, é deixá-la ser criança. Respeitá-la é oferecer-lhe um ambiente livre de tensões, de pressões, de limites às suas manifestações, deixando-a expressar-se da maneira que lhe convém e buscando entender o significado de todas as suas ações. (HOFFMANN, 2011, p.13).

De acordo com o psicólogo Wallon (2010), a evolução da criança está relacionada com a ação da motricidade, que regula o desenvolvimento de suas atividades mentais e físicas.

Figura 2 – Evolução Da Criança Segundo Wallon
Fonte: Krenkel, Cartier e Pessoa (2012).

Ainda segundo Wallon (2010), é através da emoção que se dá as primeiras e mais intensas conexões entre os indivíduos. Para o profissional citado, é graças à capacidade de se expressar que o bebê consegue o atendimento de suas necessidades e assim, consegue sobreviver quando ainda não tem domínio da fala. Assim sendo, a afetividade é fundamental durante a infância.

2.3 Relevância de Ações Afetivas na Aprendizagem

A afetividade tem um papel importante no processo de aprendizagem do ser humano, uma vez que está presente em todas as esferas da sua vida e influencia o desenvolvimento cognitivo, especialmente durante a educação infantil, quando as crianças são retiradas do tempo integral junto ao seio familiar e inseridas em um contexto com pessoas estranhas, tendo que aprender coisas novas e superar novos desafios. De início, essa experiência pode ser traumática para a criança. Assim, é necessário que a escola acolha a criança com afetividade, crie laços de amizade e carinho entre elas e os professores. Para Wallon (1942), a afetividade:

[...] contribui ao iluminar com outro foco como se dão as passagens de um momento outro do processo de desenvolvimento: a criança passará por diferentes fases, cuja superação se dará por meio da vivência de uma ruptura, ou, nas palavras do autor, de uma crise. Nesse sentido, esse momento de ruptura é de fundamental importância e deve ser valorizado, uma vez que, tendo acumulado experiências e desenvolvido outros recursos, em determinado momento o sujeito necessita haver-se com essas coisas para garantir seu processo de individuação e autonomização (WALLON 1942, p. 40).

Dessa forma, a criança precisa sentir-se amada e querida para sentir-se à vontade e conseguir aprender. O desenvolvimento psicológico também reflete na demonstração de afeto, além do meio em que a criança está inserida. Isso porque, a afetividade também corresponde a um elemento cultural que possui características próprias em cada cultura. Para Vygotsky (1998, p. 42): "Elemento importante em todas as etapas da vida da pessoa, a afetividade tem relevância fundamental no processo ensino aprendizagem no que diz respeito à motivação, avaliação e relação-professor e aluno". Outrossim, Almeida (1999, p. 51) destaca que “que a afetividade e a inteligência constituem um par inseparável na evolução psíquica, pois ambas têm funções bem definidas e, quando integradas, permitem à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados”.

2.4 Emoção a Favor da Cognição: o Papel do Professor

Logo, ao pensar em processos educativos, é imperioso pensar em afetividade, visto que ambos devem andar juntos. Diante disso, Freire (1996, p. 96) ressalta que o professor da educação infantil deve envolver-se afetivamente com seus alunos, de modo que:

O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.

Durante as etapas de desenvolvimento da criança e passagem pra fase adulta, ela passa por três etapas, segundo La Taille (1992) que englobam o lúdico e o afetivo:

1) A primeira é a etapa da Anomia – até 6 anos – onde o indivíduo não segue regras coletivas e se interessam por objetos que satisfaçam seus interesses motores;

2) A segunda etapa é Heteronomia – até 10 anos – é mais comum o interesse em participar de atividades coletivas e regradas, tendem a participar de atividades uma ao lado da outra, do que contra a outra;

3) A terceira etapa é a Autonomia – compreendem claramente regras e acordos mútuos, conseguem perceber o ‘si próprio’ na cooperação ou em grupo, já desenvolvem rivalidades.

Para Piaget (1971) os jogos e brincadeiras faciliam e tornam mais prazeroso o processo educativo. Segundo o autor, o ato de brincar é intrinseco à infância e não consiste apenas em uma forma de entreterimento, mas trabalha em favor do desenvolvimento da criança. Assim sendo, Piaget (1971) reforça que a criança é um ser que brinca e assimila o mundo à sua maneira. Por assim ser, os jogos devem ser utilizados como recurso didático-afetivo pela escola, a fim de auxiliar a assimilação do mundo e a construção de conhecimento do infante:

A criança precisa interagir com o meio, e para que a aprendizagem aconteça é preciso que ela passe por dois processos que seria o de assimilação e ode adaptação. Assimilação é o processo interno que absorve as informações e as conecta com experiências vivenciadas, havendo comparações que provoca uma desestabilização no pensamento, por acontecer à entrada de novos conhecimentos. E adaptação, seria a acomodação dessas informações processadas, portanto, seria o processo da efetivação da aprendizagem que causa o equilíbrio das informações assimiladas. (PIAGET: 1971, p. 48 e 49)

Nesse escopo, há que se considerar que na escola, a intervenção pedagógica dá-se pela afetividade, demonstração, assistência e fornecimento de pistas, que instiguem o aprendizado das crianças. Essa função assistencialista que a escola oferece através de seus docentes é de vital relevância, visto que uma criança sozinha não tem condições de aprender sozinha, já que necessita da interação de terceiros em seu processo de desenvolvimento. Para Oliveira (2007), tamanha a importância da intervenção de outras pessoas no processo de aprendizado das crianças, comparada a qualquer outra atividade social. Percebe-se, diante da importância da afetividade durante o ensino infantil, que maneiras de se trabalhar com afeto em sala de aula precisam ser elaboradas, a fim de potencializar o processo de ensino e aprendizagem, bem como acontece ao empregar metodologias lúdicas no processo de ensino e aprendizagem. Ante o exposto, consegue-se entender que as relações afetivas beneficiam na promoção de conhecimento dentro da escola, a partir da importância do professor como mediador entre o conhecimento e a criança.

Freire (1996) pontua que as etapas de ensino e aprendizagem demandam uma interação afetiva entre o professor e o aluno. Esta interação, por sua vez, correlaciona-se tanto com o ambiente sociocultural, quanto com o ambiente escolar, social e familiar. Portanto, entendemos, segundo Freire (1996, p. 27), que:

[...] aprender é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói e desenvolve a curiosidade do educando e essa curiosidade é despertada quando o aluno gosta da escola e sem sente bem em sala de aula.

Ainda acerca dos benefícios das ações afetivas, Wallon (2007, p.73) revela que:

[...] a afetividade constitui um papel fundamental na formação da inteligência, de forma a determinar os interesses e necessidades individuais do indivíduo. Atribui-se às emoções um papel primordial na formação da vida psíquica, um elo entre o social e o orgânico.

Partindo da perspectiva teórica de Vygotsky, que defende a afetividade também na relação entre o docente e o discente, tratando-a de forma indissociável do processo de construção do conhecimento, ele revela que:

A emoção não é uma ferramenta menos importante que o pensamento. A preocupação do professor não deve se limitar ao fato de que seus alunos pensem profundamente e assimilem a geografia, mas também que a sintam. […] as reações emocionais devem constituir o fundamento do processo educativo (VYGOTSKI 2003, p.121).

Ainda segundo a visão de Vygotsky (2003, p.121), cabe ressaltar que o autor menciona também que a qualidade da relação afetuosa confere um grau de motivação para o objeto de conhecimento (no caso do aluno), que, conforme suas experiências vividas, desenvolverá a autonomia e fortalecerá a confiança nas suas habilidades.

As reações emocionais exercem uma influência essencial e absoluta em todas as formas de nosso comportamento e em todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais seu pensamento, devemos fazer com que essas atividades sejam emocionalmente estimuladas.

Nesse sentido, o docente deve conhecer as condições afetivas de seus alunos, seus desejos e suas demandas, a fim de conseguir canalizá-los de modo a agregar na construção de conhecimento (PRANDINI, 2004). Logo, o professor, nesse contexto, “deve basear sua ação fundamentado no pressuposto de que o que o aluno conquista no plano afetivo é um lastro para o desenvolvimento cognitivo, e vice-versa” (ALMEIDA, 2004, p.126). O docente precisa, ademais, saber lidar com seus próprios afetos e saber se expressar em frente aos alunos “[...] informar aos alunos sobre os sentimentos, conflitos, ansiedades e expectativas que vivenciamos em relação às situações de ensino -aprendizagem é uma boa forma de começar [...]” (PRANDINI, 2004, p.46).

[...] O exercício de reflexão e avaliação que o professor faça das situações de dificuldade, buscando compreender seus motivos e identificar suas próprias reações (se ficou irritado, assustado ou indiferente) já é, por si só, um fator que tende a provocar a redução da atmosfera emocional. Afinal, a atividade intelectual voltada para a compreensão das causas de uma emoção reduz seus efeitos. Atuando no plano das condutas voluntárias e racionais, o professor tem mais condições de enxergar as situações com mais objetividade, e então agir de forma mais adequada (p.113-114).

Outrossim, a afetividade influencia na forma com que o aluno aprende e assimila o conteúdo. Assim, o desempenho dos alunos exige que a afetividade seja enfatizada na sala de aula como um dos principais recursos para melhor a aprendizagem. De acordo com Morales (1998, p.51):

Na sala de aula seria em princípio falar de todo o processo ensino aprendizagem. É verdade que toda relação bem sucedida traz resultados, benéficos e em se tratando da relação professor aluno, esses resultados serão positivos para a contribuição do cidadão.

Nesse contexto, vale ressaltar que a ludicidade, uma das formas de se trabalhar a afetividade nos anos iniciais, é uma ferramenta, segundo Rau (2007), que está diretamente relacionada com a aprendizagem e ao desenvolvimento da criança. Assim sendo, os jogos e brincadeiras são ótimas atividades para estimular as relações afetivas, a linguagem e as funções cognitivas do aluno. Além disso, Kishimoto (2006, p. 56) revela que a brincadeira “é uma forma de a criança entrar em contato com o mundo”, uma vez que, por meio dela, a criança interage com o mundo a sua volta e põe em prática suas habilidades.

As crianças dos anos iniciais necessitam de uma aproximação maior, diante dessa perspectiva, o professor se torna fundamental para a aprendizagem, sendo a afetividade um dos elementos que influenciam esse processo. A afetividade nesse processo, de acordo com Antunes (2006, p.5) é:

Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e essa necessidade se traduz em amor.

Antunes (2006) ressalta que a aprendizagem é uma mudança comportamental que resulta da experiência, é, portanto, uma forma de adaptação ao ambiente. Assim, destaca a necessidade do amor, como reforça Maldonado (1994) que o medo e a desconfiança são fatores que dificultam o relacionamento interpessoal, assinalando que o amor pode estar escondido sob camadas de mágoa, medo, tristeza, ressentimento, decepção, vergonha e raiva. Em que:

Atitudes ríspidas, grosseiras e agressivas expressam, com freqüência, a necessidade de formar uma carapuça protetora contra o medo de ser rejeitado, contra sentimentos de inadequação (“já que sou mesmo incompetente para tantas coisas, por aí eu me destaco”) e contra a dor do desamor (“ninguém gosta de mim mesmo, quero mais é explodir o mundo”) (MALDONADO, 1994, p.39)

Assim, a afetividade importante porque contribui para o processo de ensino e aprendizagem, criação de um clima de compreensão, confiança, respeito mútuo e motivação. Os resultados positivos de uma relação educativa movida pela afetividade opõem–se àqueles apresentados em situações em que existe carência desse componente. O professor que possui a competência afetiva é humano, percebe seu aluno em suas múltiplas dimensões, complexidade e totalidade (RIBEIRO e JUTRAS, 2006). Desenvolve estratégias pedagógicas, educativas, dinâmicas e criativas, demonstra prazer em ensinar, estimulando os alunos e envolvendo-os nas decisões e nos trabalhos do grupo. A afetividade é importante para que “[...] se estabeleça uma melhor relação educativa entre professores e alunos, favorável, consequentemente, a aprendizagem dos conteúdos escolares” (RIBEIRO e JUTRAS, 2006, p. 14). Pelas discussões que se sustentam acerca deste tema, a afetividade é realmente um aspecto importante no processo de aprendizagem, porque fundamenta a relação entre o professor e o aluno.

3. METODOLOGIA DE PESQUISA

O trabalho trata-se de uma revisão de literatura com natureza bibliográfica, fará uso de uma pesquisa qualitativa que tem objetivo de desmistificar um fato real, identificar o problema e cunhar alternativas que ajudem na melhora da situação abordada. A busca pelo material teórico foi desenvolvida por meio de informações em bibliotecas virtuais, tais como, Google Acadêmico e Scielo. Foram incluídos artigos científicos que abordassem o tema proposto, publicados no século XXI, excerto documentos oficiais, nos idiomas português e inglês. Produções não disponíveis gratuitamente na íntegra e de forma virtual foram excluídas. Ademais, o caráter científico do presente exposto terá como base argumentos de autoridade, uma vez que, para melhor abordar essa temática.

A análise das informações foi realizada por meio de leitura exploratória e analítica do material encontrado. Para aplicação dos artigos, inicialmente, foi realizada uma triagem dos títulos relacionados ao tema em questão. Esta seleção se baseia nos títulos da abordagem como ideia principal. Ao final da busca, foram excluídos os títulos repetidos e artigos que não eram relacionados ao assunto e os que não se aplicam ao tema escolhido. Em seguida foi feita a leitura detalhada dos resumos dos artigos a fim de selecionar aqueles que abordassem exclusivamente o presente tema.

O tipo de estudo consagra-se uma revisão narrativa, onde o sujeito tem como base trabalhos e fontes atuais e importantes sobre a temática. Apresenta seus resultados com base nos estudos realizados, sem muito critério ou método rígido a ser seguido. Tem o objetivo trazer uma revisão atualizada do conhecimento estudado, visto que é adequada para a fundamentação teórica de artigos, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso (CORREIA, MESQUITA, 2014). Mattos (2015) ressalta que as revisões narrativas buscam descrever ou discutir o estado atual do tema pesquisado.

O estudo não apresenta detalhes as fontes consultadas ou metodologia utilizada para buscar as fontes de referência. Os pesquisadores selecionam os trabalhos consultados de acordo com o ponto de vista teórico e o contexto do tema abordado. Sendo uma pesquisa tem caráter bibliográfico, sua coleta de dados ocorreu através de livros, artigos de jornais e revistas sobre o tema, “[...] a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral” (VERGARA, 2005, p. 48).

A análise de dados foi realizada em três etapas: a pré análise, a exploração do material e o tratamento dos dados, inferência e interpretação. Assim, ocorreu de modo qualitativo, onde desenvolveu-se com base em materiais prontos, constituídos principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2008). Seus aspectos éticos consistem em científicos, respeitando pesquisadores e materiais de estudo, referenciando e apresentando autorias. Pontua-se que os aspectos éticos caracterizam o fato de que não haverá discriminação na seleção dos indivíduos nem a exposição a riscos desnecessários aos mesmos.

4. CONCLUSÃO

A afetividade pode contribuir para a educação, no que diz respeito à formação dos sujeitos. É um desafio educar com amor, pela busca do carinho, respeito, equilíbrio e harmonia emocional do ser humano, rompendo com os preconceitos e paradigmas dos sentimentos. Sabe-se que todo trabalho pedagógico na área da educação diz respeito também à formação de cidadãos, que pressupõe a responsabilidade profissional, pessoal e social de todos os sujeitos, seja este adulto ou criança. Constatou-se a necessidade das relações afetivas entre as professoras e as crianças serem consideradas base para o desenvolvimento integral da criança. Além disso, notou-se que estudar a afetividade implica construir outro olhar sobre a prática pedagógica, não limitando o processo de ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva. O trabalho fundamentou-se em apresentar as contribuições da relação afetiva na educação infantil.

A escola deve proporcionar um espaço de reflexões sobre a vida no todo, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e transformadora, não dissociando-se da afetividade. A afetividade é imprescindível para o desempenho educacional, uma vez que a afetividade representa um aspecto importante no processo de aprendizagem, que tem como base o respeito mútuo, diálogo, e carinho recíproco.

Nota-se que o professor deve estar atento às reflexões das emoções de seus estudantes para saber o que elas indicam. Uma criança inquieta nem sempre é indisciplinada e descuidada, pode estar alegre. Pelo contrário, uma criança eterna pode ser medrosa e oscilante. reconhecendo isso, os professores podem progredir tácticas que apoiam o desenvolvimento salubre da criança na vida escolar, oferecer à criança alternativas para compensar os estados emocionais e melhorar a cognição e a aprendizagem da criança. Quando essa percepção por parte do professor não acontece, a relação aluno-professor fica fragilizada, o liame pode ser quebrado, o que prejudica o ciclo ensino-aprendizagem. Os alunos estão menos motivados e os próprios professores estão motivados. O papel do professor é importante como mediador entre o desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos. A forma como ele lida com o estado emocional de todos que constituem a esfera escolar pode ou não ser propícia ao aprendizado. O que determinará o sucesso na sua trabalho docente será a sua preparação para os reptos e a sua capacitância de combinar e conciliar a emoção inevitavelmente presente na rotina escolar, e a cognição dos seus acadêmicos, favorecendo a aprendizagem do conhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 Graduação em Pedagogia e licenciatura. Especialista em Educação Digital Para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental pela UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: [email protected]