A LÓGICA EPICURIANA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.13975948


Felipe Barnabe Batista1


RESUMO
Este artigo explora a importância da canônica, ou lógica, na filosofia de Epicuro e sua relevância para a educação contemporânea. A lógica epicurista é apresentada como uma ferramenta essencial para a busca do conhecimento verdadeiro, permitindo que os indivíduos desenvolvam habilidades de discernimento crítico. Ao enfatizar a razão e a análise, Epicuro oferece um modelo educativo que incentiva a reflexão e a investigação, fundamentais na formação de cidadãos críticos e autônomos. A prática pedagógica inspirada na lógica epicurista valoriza o questionamento e a avaliação de informações, promovendo um ambiente de aprendizado que estimula a autonomia intelectual dos alunos. Essa abordagem é crucial na educação atual, pois capacita os estudantes a tomar decisões informadas e a participar ativamente na sociedade. Além disso, a lógica de Epicuro contribui para a formação de valores éticos, permitindo que os indivíduos ponderem sobre suas ações e suas consequências, promovendo comportamentos responsáveis. Assim, a canônica não apenas fundamenta a aquisição do conhecimento, mas também enriquece o processo educativo ao incentivar uma prática pedagógica que prioriza o pensamento crítico, a ética e a autonomia, elementos essenciais para a formação integral do indivíduo no século XXI.
Palavras-chave: Epicurismo, Ensino, Lógica.

ABSTRACT
This article explores the importance of the canonical, or logical, aspect of Epicurus's philosophy and its relevance to contemporary education. Epicurean logic is presented as an essential tool for the pursuit of true knowledge, enabling individuals to develop critical discernment skills. By emphasizing reason and analysis, Epicurus offers an educational model that encourages reflection and investigation, fundamental in the formation of critical and autonomous citizens. Pedagogical practices inspired by Epicurean logic value questioning and the evaluation of information, promoting a learning environment that stimulates students' intellectual autonomy. This approach is crucial in today's education as it empowers students to make informed decisions and actively participate in society. Furthermore, Epicurus's logic contributes to the formation of ethical values, allowing individuals to reflect on their actions and their consequences, thereby promoting responsible behavior. Thus, the canonical not only underpins the acquisition of knowledge but also enriches the educational process by encouraging a pedagogical practice that prioritizes critical thinking, ethics, and autonomy essential elements for the integral formation of individuals in the 21st century.
Keywords: Epicureanism, Teaching, Logic.

1 INTRODUÇÃO

A filosofia epicurista, com sua ênfase na canônica, ou lógica, fundamenta a ciência da verdade ao vincular a percepção sensível à compreensão do mundo. Epicuro estabelece que a verdade deve ser alcançada através da observação e do contato com a realidade, sendo as sensações a base para qualquer juízo que possamos formar. Ao afirmar que a recusa das sensações compromete a capacidade de discernir entre opiniões corretas e erradas, o filósofo aponta para a necessidade de uma abordagem crítica que valoriza a experiência empírica. Essa perspectiva não só define um critério para a verdade, mas também propõe um modelo educativo que promove a reflexão e a investigação, essenciais na formação de indivíduos autônomos e críticos.

No contexto educacional, a lógica epicurista se torna uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico. A educação deve, portanto, incentivar os alunos a questionar, avaliar e analisar informações a partir de suas próprias experiências sensíveis. Dessa forma, os educadores podem cultivar um ambiente que valoriza a autonomia intelectual e o aprendizado ativo, permitindo que os estudantes desenvolvam a habilidade de distinguir entre o que é verdadeiro e o que é ilusório. A conexão entre a filosofia de Epicuro e a educação se manifesta na importância de formar cidadãos críticos, capazes de participar de forma informada e responsável na sociedade.

Além disso, a canônica epicurista abrange três critérios fundamentais para a aquisição do conhecimento: sensações, antecipações e afecções. A sensibilidade humana é imperativa para a compreensão da realidade, e, portanto, a educação deve promover a percepção crítica do que é sensível. A partir das sensações, surgem as antecipações, que ajudam a classificar experiências e estabelecer juízos. Este processo de aprendizado, essencial na formação do indivíduo, deve ser cultivado no ambiente educacional para garantir que os alunos compreendam a diferença entre prazer e dor, entre o que é bom e o que é ruim, reforçando o caráter hedonista da filosofia epicurista.

Por fim, a integração da lógica epicurista na educação proporciona não apenas uma base para a aquisição do conhecimento, mas também um caminho para o desenvolvimento ético e emocional dos alunos. Ao explorar a relação entre prazer e dor, a educação pode guiar os estudantes na busca pela felicidade e pelo bem-estar, promovendo uma vida equilibrada e significativa. Assim, a filosofia de Epicuro oferece um arcabouço teórico que não apenas fundamenta a busca pela verdade, mas também enriquece o processo educativo, formando indivíduos mais conscientes e críticos, preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Vértice Canônico (Lógica) e a Educação

Canônica, ou lógica, é a parte da filosofia de Epicuro que fundamenta a ciência da verdade. Essa verdade é regida pela realidade. Para o fundador do Jardim, só é possível en#tender o que é verdadeiro a partir da observação do sensível. Diz o filósofo: “Se recusas todas as sensações, não terás mais possibilidade de recorrer a nenhum critério para julgar as que, entre elas, consideras falsas” (ANT II, 1, p. 14).

Durvernoy (1993, p. 19), ao explicar sobre as noções capitais do epicurismo, observa:

A canônica indica as regras do pensamento correto, que conduz a opinião fundamentada. Para Epicuro, a canônica tem por matéria a enunciação dos critérios que permitem separar as opiniões em duas categorias: as opiniões corretas e as opiniões erradas (Criterium: referência em relação a qual se fazem toda escolha e toda classificação). O critério último de toda opinião, segundo a canônica, é a conformidade da opinião emitida com o choque dos simulacros e dos sentidos, isso é, com a sensação recebida. Esse critério não é sempre diretamente verificável, mas é o critério de verdade de toda proposição, mesmo derivada.

A sensibilidade humana é imperativa ao entendimento e a natureza detém o papel de responder ao homem essas questões, uma vez que, por meio dela é possível obter o conhecimento. Há, então, uma certeza sobre o que é sensível e, desta forma, não se pode alterar esse entendimento por questões sobrenaturais, como as religiões e filosofias metafísicas. Assim, para a explicação de fenômenos naturais, professa Epicuro (ANT II, 11, p. 15), “não se deve recorrer nunca a natureza divina; antes, deve-se conservá-la livre de toda a tarefa e em sua completa bem-aventurança”.

Pelas evidências do real, a canônica caracteriza a teoria do conhecimento. O filosofo parte da avaliação do verdadeiro, utilizando de três critérios: as sensações, as antecipações (ou pré-noções) e as afecções (BRAATZ, 2007, p. 35).

As sensações (aistheseis) surgem do contato do homem com a natureza; do choque entre os dois. Os cinco sentidos têm significativo papel nesse processo. “Os odores, os sons, ” o paladar, a visão e o tato produzem o que se conhece e conduzem o homem à sensação. Os órgãos desenvolvem essa função assimiladora das sensações. Para Braatz (2007, p. 36-37), pode-se entender dessa maneira que o aprendizado faz parte do que é posto para o homem, sendo fonte segura para o conhecimento: “é impossível desacreditar no que se vê naquilo que temos como evidência”. Trata-se de uma filosofia caracteristicamente empirista: acredita-se na chuva que cai, nas arvores que nascem e dão frutos, nas dores do homem, na felicidade, na paz, entre tudo que cerca a humanidade e que se pode presenciar.

Desta forma, as sensações aparecem como o critério último do conhecimento e, também, do prazer. Nas palavras Durvernoy (1993, p. 23), trata-se do contato; “o choque de nossos órgãos dos sentidos com átomos tênues que escapam dos objetos e são semelhantes a estes, imagens ou simulacros”. Nesse sentido, a sensação apresenta-se sempre como verdadeira: “se uma torre nos parece redonda, de longe, é porque os simulacros se embaralharam e confundiram na distância que dela nos separa”, reforça o autor.

Em boas condições, a sensação de perto pode ser entendida como a verdade das coisas percebidas: é evidente. No grego, energea pode significar simultaneamente vigor e evidência. Já o lado agradável ou desagradável tem haver com a sensação. Logo, pode-se compreender o afeto como sensação (DURVERNOY, 1993, 23).

Para perceber se as sensações refletem a verdade ou meras ilusões, Epicuro propõe mais cautela. Defende o filósofo: “Não haveria erro se não concebêssemos também outro movimento em nós próprios, unido com ele, mas distinto. Por isso, se não é conformado ou desmentido, nasce o erro; se é confirmado ou não desmentido, a verdade” (ANT II, 6, p. 14).

Na visão epicurista, a verdade mostra-se por dois vieses: (a) quando o julgamento centra-se em algo que fora percebido pelos sentidos, “o critério é pura e simplesmente a concordância entre o juízo e os fenômenos sensíveis correspondentes”; (b) quando a verificação da verdade se refere “aos juízos sobre fenômenos não passíveis de observação através dos sentidos”. Desta forma, diz-se que uma proposição é verdadeira “se não entrar em contradição com outros dados fornecidos pela experiência” (JOYAU, 1988, p. X).

Na primeira concepção de verdade, há de se entender com clareza que a realidade é vista como a verdade, mas, no julgamento, na segunda concepção, as opiniões podem enganar, uma vez que o ser humano pode perceber o fato de maneira errada, vendo algo fora dos critérios epicuristas. Em certos momentos é possível que os sentidos do homem não consigam vislumbrar o real.

Em De Rerum Natura, Liber IV, Lucretius apresenta bem essa ideia:

Quando vemos ao longe as torres quadradas duma cidade, acontece que muitas vezes as percebemos redondas, visto que todo ângulo percebido de longe parece obtuso ou até mesmo não se vê e perde o seu efeito, 19 sem que aos nossos olhos chegue qualquer impressão; efetivamente, os simulacros, ao serem levados pelo ar, ficam muito fracos, em virtude dos choques frequentes com o mesmo ar. Assim, todo ângulo escapa aos nossos sentidos e todas as estruturas de pedra aparecem como se tivessem sido passadas no torno, não porque efetivamente e verdadeiramente sejam redondas, mas porque as formas surgem como que diluídas numa penumbra2. (NATURA IV)

É pertinente o retorno à questão dos erros do juízo. Compete a uma má transmissão da informação, mas isso não quer dizer que as sensações estão erradas: se uma torre de longe aparenta ser redonda, o fato torna-se verdadeiro para aquele que se encontra distante da torre. E para quem estar de perto, essa imagem também será verdadeira. Cabe ao pensamento processar essas informações. Forma-se, assim, o primeiro critério da concepção do juízo verdadeiro do nosso filósofo: “A falsidade ou o erro está sempre no juntar-se de uma opinião” (ANT II, 5).

As antecipações (prolepsis/πρόληψη), também compreendidas como pré-noções, nascem das sensações, desempenhando importante papel para o entendimento do que é visto pelo homem. Joyau (1988, p. X) defende que a prolepsis teria a função de “classificar as experiências e fixar seus limites de variação”. Assim, “seria em si mesma verdadeira, pois simplesmente registra e preserva as diferenças e semelhanças encontradas na experiência sensível”. E mais: “Quando se ouve a palavra homem, [...], antecipa-se a presença real e efetiva de um homem, sem que o mesmo esteja sendo de fato por qualquer dos sentidos”.

Quando se possui um número consideravelmente grande de antecipações, podemse formar juízos, verdadeiro ou falso. Com o objetivo de poder ter a confirmação ou a refutação desses juízos, é necessário sempre um momento, ou tempo a fim de analisar as hipóteses para a confirmação do que se vê. O critério seguinte refere-se à comprovação do que não se pode ser sensível. Epicuro, vigoroso estudioso do atomismo de Diógenes, reconhece que não existe maneira de comprovação da percepção do vazio e dos átomos, pois nem tudo é sensível para o homem. Para resolver essa questão, o filósofo valeu-se da noção de “não-infirmação”. Esse critério encontra na teoria atomista uma explicação racional para a existência do átomo e sua movimentação no vazio e em tudo. Por exemplo, se, “certa proposição é verdadeira se não entrar em contradição com outros dados fornecidos pela experiência” (JOYAU, 1988, p. X).

E mais:

Os fenômenos adotados como prova são apenas signos de uma realidade invisível. Por exemplo, segundo a doutrina atomista, adotada por Epicuro, “todos os corpos, por mais compactos que sejam, possuem interstícios vazios dentro deles”. Esse juízo não é atestado diretamente pelos sentidos; mas, se não for admitido como verdadeiro, também não seria verdade que “a água destila através das rochas”, ou que “o calor e o frio passam através das paredes”. (JOYAU, 1988, p. X)

Com a comprovação da movimentação, o vazio existe tanto quanto os átomos. Por meio de fenômenos naturais comprovados pelo homem comprova-se até mesmo o átomo e o vazio, coisas que não se podem ser vistas nem sentidas. Mas, tem uma função inigualável para o mundo.

O derradeiro critério da verdade na teoria do conhecimento dos epicuristas volta-se às afecções: a dor e o prazer. Por se tratar de uma filosofia hedonista (vida voltando-se ao prazer), os epicuristas se preocupam com o valor e os critérios que o prazer e as dores podem proporcionar ao homem.

O prazer apresenta-se como o caminho para a felicidade; um bem inato que acompanha o homem desde o nascimento. Com ele, o ser humano encontrará uma vida feliz. Para atingir essa meta, é necessária sua investigação, saber distinguir o que é bom e o que é ruim nos prazeres. O indivíduo naturalmente escolhe o prazer à dor: busca-o com a capacidade de distinção do que pode trazer a felicidade.

Trazendo a lógica epicuriana, a um caráter educacional fundamentado na observação sensível e na experiência direta do mundo, tais ensinamentos propõem uma visão da educação que valoriza a autonomia do indivíduo em seu processo de aprendizado.

Na educação a partir do conceito da lógica em Epicuro, as sensações são a base do conhecimento. Isso implica que a educação deve ser centrada na experiência prática, onde o aluno é encorajado a explorar, observar e interagir com o ambiente ao seu redor. Esse enfoque ajuda a desenvolver um conhecimento mais profundo e significativo, uma vez que é construído a partir das próprias experiências do aluno.

Além disso, as antecipações desempenham um papel crucial na formação do conhecimento. Os educadores devem ajudar os alunos a identificar e refletir sobre suas pré-noções, permitindo que classifiquem e compreendam as semelhanças e diferenças entre as experiências. Esse processo não apenas fortalece a compreensão, mas também ensina os alunos a desenvolver julgamentos críticos. Através da análise de suas antecipações, os estudantes podem ser guiados a refinar suas percepções e, consequentemente, a formar opiniões mais fundamentadas e verdadeiras.

Outro aspecto relevante na educação segundo a lógica epicuriana é a importância do prazer como motivação para o aprendizado. A educação deve ser projetada para ser prazerosa e significativa, reconhecendo que o prazer é um caminho para a felicidade e a realização pessoal. Quando os alunos experimentam alegria e satisfação em seu aprendizado, são mais propensos a se engajar ativamente no processo educacional. Portanto, os educadores devem criar um ambiente de aprendizado que valorize a curiosidade, a criatividade e a exploração, permitindo que os alunos descubram o que os motiva individualmente.

O diálogo e a interação com o mundo são essenciais na educação para Epicuro. O compartilhamento de experiências e percepções entre os alunos é fundamental para a construção do conhecimento. Em sala de aula, a promoção de debates e discussões que incentivem a troca de ideias permite que os alunos testem suas hipóteses e expandam sua compreensão. A lógica epicuriana valoriza o processo com suas experiências sensoriais, enriquecendo o aprendizado.

Por fim, numa perspectiva pedagógica atual a lógica epicuriana também nos ensina sobre a importância da reflexão crítica sobre as experiências vividas. A educação deve incentivar os alunos a questionar, analisar e validar suas percepções, desenvolvendo um senso crítico apurado. A reflexão crítica permite que os alunos se afastem de opiniões preconcebidas e cheguem a conclusões mais sólidas. Ao fomentar a habilidade de pensar criticamente sobre suas experiências sensoriais, os educadores ajudam os alunos a distinguir entre verdades e ilusões, contribuindo para uma formação mais robusta e consciente.

Dessa forma, tal abordagem não apenas proporciona um aprendizado mais significativo, mas também contribui para o desenvolvimento de indivíduos autônomos e conscientes, capazes de construir suas próprias verdades a partir do contato com o mundo.

CONCLUSÕES

O prazer em estudar e ao conhecimento, como motor do aprendizado, é a maior contribuição valiosa da lógica epicuriana para a educação. Ao reconhecer que a motivação intrínseca e a satisfação são fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem, a educação pode se transformar em uma experiência mais rica e gratificante. Quando os alunos se envolvem em atividades que despertam seu interesse e alegria, eles não apenas aprendem mais, mas também desenvolvem um amor pela aprendizagem que os acompanhará ao longo da vida.

Por fim, a parte que estuda a lógica de Epicuro, ao promover um diálogo aberto e a reflexão crítica, contribui para a formação de indivíduos mais conscientes e autônomos. Esse modelo educativo, que integra sensações, antecipações, prazer e interação, prepara os alunos para se tornarem cidadãos informados e responsáveis, capazes de formar suas próprias opiniões e contribuir positivamente para a sociedade. Assim, a educação, quando alinhada aos princípios epicurianos, não apenas enriquece o conhecimento, mas também molda pessoas que buscam a verdade e a felicidade em um mundo repleto de desafios e incertezas.

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1 Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Tocantins. E-mail: [email protected]

2 Quadratasque procul turris cum cernimus urbis, propterea fit uti videantur saepe rutundae, angulus optusus quia longe cernitur omnis sive etiam potius non cernitur ac perit eius plaga nec ad nostras acies perlabitur ictus, aëra per multum quia dum simulacra feruntur, cogit hebescere eum crebris offensibus aër. hoc ubi suffugit sensum simul angulus omnis. fit quasi ut ad turnum saxorum structa tuantur; non tamen ut coram quae sunt vereque rutunda, sed quasi adumbratim paulum simulata videntur.