A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS ERP PARA A ANÁLISE DE NEGÓCIOS EM EMPRESAS
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.17429225
Arlete N. Sampaio1
Ricardo A.Tanaka2
RESUMO
Este artigo científico investiga a importância dos sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) para a análise de negócios em organizações. Em um ambiente empresarial cada vez mais orientado por dados, os sistemas ERP têm se destacado como ferramentas essenciais para integrar processos, otimizar recursos e fornecer informações confiáveis para a tomada de decisão. A pesquisa foi conduzida por meio de levantamento bibliográfico em bases nacionais e internacionais, com foco em publicações entre 2018 e 2025. Foram analisados estudos de caso, revisões teóricas e artigos científicos que abordam a relação entre ERP, Business Intelligence (BI) e análise de negócios. Os resultados apontam que o ERP contribui significativamente para a eficiência operacional, gestão de estoques, controle logístico e integração da cadeia de valor. Quando combinado com ferramentas de BI, o ERP potencializa a capacidade analítica das empresas, permitindo decisões mais rápidas e assertivas. A conclusão do trabalho destaca que os sistemas ERP são pilares da transformação digital nas empresas e devem ser implementados com planejamento estratégico e capacitação adequada. A análise de negócios, apoiada por ERP e BI, torna-se um diferencial competitivo, capaz de gerar valor e sustentabilidade em longo prazo. Este estudo contribui para a compreensão do papel dos sistemas de gestão integrada na era da informação e da inteligência organizacional.
Palavras-chave: ERP. Business Inteligence. Análise de Negócios. Cadeia de Valor. Inteligência Organizacional
ABSTRACT
This scientific article investigates the importance of ERP (Enterprise Resource Planning) systems for business analysis in organizations. In an increasingly data-driven business environment, ERP systems have emerged as essential tools for integrating processes, optimizing resources, and providing reliable information for decision-making. The research was conducted through a bibliographic review of national and international databases, focusing on publications between 2018 and 2025. Case studies, theoretical reviews, and scientific articles addressing the relationship between ERP, Business Intelligence (BI), and business analysis were examined. The results indicate that ERP significantly contributes to operational efficiency, inventory management, logistics control, and value chain integration. When combined with BI tools, ERP enhances the analytical capacity of companies, enabling faster and more assertive decisions. The conclusion of the study highlights that ERP systems are pillars of digital transformation in companies and should be implemented with strategic planning and proper training. Business analysis, supported by ERP and BI, becomes a competitive advantage capable of generating long-term value and sustainability. This study contributes to the understanding of the role of integrated management systems in the age of information and organizational intelligence.
Keywords: ERP. Business Intelligence. Business Analysis. Value Chain. Organizational Intelligence.
1. INTRODUÇÃO
O ambiente corporativo contemporâneo é marcado por mudanças aceleradas, alta competitividade e crescente complexidade operacional. Nesse cenário, a habilidade de tomar decisões ágeis e fundamentadas tornou-se um fator decisivo para o sucesso organizacional. As empresas enfrentam desafios constantes relacionados à otimização de recursos, à integração de processos internos e à adaptação às exigências do mercado. Diante disso, a análise de negócios emerge como uma prática estratégica voltada à interpretação de dados e à geração de insights que orientem ações assertivas. Mais do que acompanhar indicadores financeiros, a análise de negócios exige uma compreensão abrangente dos fluxos operacionais, das expectativas dos clientes e das dinâmicas setoriais. Para que esse processo seja eficaz, é indispensável o uso de sistemas capazes de consolidar e organizar grandes volumes de dados corporativos. É nesse contexto que os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) ganham destaque, atuando como plataformas integradoras que conectam todas as áreas funcionais da empresa.
Os sistemas ERP são soluções tecnológicas que automatizam e gerenciam processos internos como compras, vendas, controle de estoque, produção, contabilidade e gestão de pessoas. Ao reunir essas informações em uma base única, o ERP elimina duplicidades, minimiza erros e facilita o acesso a dados confiáveis. Essa integração é essencial para que os gestores possam realizar análises consistentes e tomar decisões com maior precisão e segurança.
A união entre ERP e ferramentas de Business Intelligence (BI) amplia ainda mais o potencial analítico das organizações. O BI é responsável por transformar dados operacionais em informações estratégicas por meio de relatórios dinâmicos, painéis interativos e análises preditivas. Quando integrado ao ERP, o BI oferece uma visão completa do desempenho empresarial, conectando os resultados operacionais às metas estratégicas.
A importância dos sistemas ERP também se estende à gestão da cadeia de valor. Ao conectar fornecedores, distribuidores e clientes em uma rede colaborativa, o ERP contribui para a sincronização dos processos interorganizacionais, promovendo maior eficiência e capacidade de inovação. Essa integração fortalece a competitividade das empresas ao permitir respostas mais rápidas às demandas do mercado.
Com o avanço da transformação digital, a adoção de sistemas ERP tem se intensificado em empresas de diferentes portes e segmentos. Pesquisas recentes indicam que organizações que implementam ERP com planejamento e capacitação adequada obtêm ganhos expressivos em produtividade, controle e desempenho estratégico. No entanto, a implantação desses sistemas exige mudanças estruturais e culturais, o que reforça a necessidade de uma análise de negócios bem estruturada.
Este estudo tem como propósito investigar o papel dos sistemas ERP na análise de negócios, explorando sua contribuição para a tomada de decisão, a eficiência operacional e a geração de valor. A escolha do tema é motivada pela crescente demanda por soluções integradas que apoiem a gestão estratégica em ambientes empresariais cada vez mais orientados por dados.
A pergunta central que guia esta pesquisa é: Como os sistemas ERP influenciam a análise de negócios e a tomada de decisão nas organizações? Para responder a essa questão, será conduzida uma revisão bibliográfica em fontes nacionais e internacionais, priorizando publicações recentes que abordem a relação entre ERP, BI e práticas analíticas.
A estrutura do artigo contempla esta introdução, seguida pela metodologia que descreve o processo de levantamento bibliográfico, uma seção de desenvolvimento com base teórica e estudos aplicados, e uma conclusão que sintetiza os principais achados. Ao final, serão apresentadas as referências utilizadas e um resumo que destaca os resultados obtidos e a relevância do tema para o contexto empresarial atual.
2. ERP COMO FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO ORGANIZACIONAL
A busca por eficiência nas operações empresariais passa, inevitavelmente, pela integração dos processos internos. Nesse cenário, os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) assumem um papel estratégico ao reunir, em uma única plataforma, os dados provenientes de diferentes setores da organização. Essa consolidação elimina barreiras informacionais, proporciona uma visão sistêmica da empresa e favorece decisões mais precisas, baseadas em dados confiáveis e atualizados (Angelo, 2024).
A habilidade do ERP de conectar áreas como finanças, logística, produção, recursos humanos e vendas em tempo real transforma esse sistema em um verdadeiro catalisador de desempenho. De acordo com Must University (2024), essa integração facilita o acompanhamento de indicadores operacionais e a identificação de falhas nos processos, promovendo maior controle e agilidade. Empresas que adotam o ERP relatam avanços significativos na comunicação entre departamentos e na coordenação das atividades, o que se reflete diretamente na produtividade.
Além da articulação horizontal entre setores, o ERP também estabelece conexões verticais entre os níveis operacional, tático e estratégico. Essa característica é essencial para alinhar as ações do cotidiano com os objetivos organizacionais de longo prazo. Fernandes (2019) observa que o ERP funciona como um elo entre a execução e o planejamento, permitindo que os gestores monitorem o desempenho em tempo real e ajustem suas estratégias conforme as demandas do negócio. Essa flexibilidade é especialmente importante em um mercado em constante mudança, onde as empresas precisam responder rapidamente a novas oportunidades e desafios.
Para empresas de pequeno e médio porte, a implementação de sistemas ERP representa uma oportunidade de elevar a maturidade da gestão. Embora o investimento inicial possa ser significativo, os benefícios obtidos ao longo do tempo justificam a adoção. Conforme estudo publicado na SciELO (2023), mesmo organizações com estrutura limitada conseguem padronizar seus processos e aprimorar a tomada de decisão, desde que o ERP seja implantado com planejamento e capacitação adequada. Essa padronização não apenas melhora a eficiência interna, mas também fortalece a posição da empresa em negociações com fornecedores e clientes, criando um ambiente mais colaborativo.
Outro diferencial dos sistemas ERP é sua capacidade de interoperar com tecnologias emergentes. A integração com soluções como Business Intelligence (BI), inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) expande a capacidade analítica das empresas. Klaus et al. (2019) destacam que essa sinergia permite a realização de análises preditivas mais sofisticadas e automatiza tarefas operacionais, liberando os profissionais para atividades de maior valor estratégico. A automação não apenas reduz erros humanos, mas também acelera processos, permitindo que as empresas se concentrem no que realmente importa: a inovação e o atendimento ao cliente.
O ERP também desempenha um papel relevante na construção de redes colaborativas dentro da cadeia de valor. Ao conectar fornecedores, parceiros e clientes, o sistema fortalece a capacidade de resposta das empresas em ambientes altamente competitivos. Al-Shboul et al. (2021) apontam que organizações com sistemas ERP bem estruturados conseguem se adaptar com mais rapidez às mudanças externas, mantendo a consistência e a eficiência operacional. Essa adaptabilidade é crucial em um mundo onde a capacidade de inovação pode ser a chave para a sobrevivência.
Entretanto, alcançar esse nível de integração exige esforço e comprometimento organizacional. É necessário revisar processos, capacitar equipes e garantir que o sistema reflita as reais necessidades da empresa. Alzoubi et al. (2022) alertam que a ausência de alinhamento entre o ERP e os objetivos estratégicos pode comprometer os resultados esperados, tornando essencial uma análise criteriosa da estrutura organizacional antes da implementação. Esse alinhamento é fundamental para garantir que todos os colaboradores compreendam o papel do ERP e como ele pode ser utilizado para melhorar suas funções específicas.
O ERP como ferramenta de integração representa uma transformação profunda na forma como as empresas gerenciam suas operações. Ao conectar dados, processos e pessoas em uma plataforma única, o sistema promove eficiência, colaboração e inteligência organizacional. Quando implantado com visão estratégica, o ERP não apenas aprimora o desempenho interno, mas também posiciona a empresa de forma competitiva e preparada para inovar de maneira sustentável. Essa preparação é essencial para o sucesso a longo prazo, pois permite que as empresas naveguem pelas complexidades do mercado moderno com confiança e agilidade.
3. ERP E BUSINESS INTELLIGENCE: SINERGIA ESTRATÉGICA NA GESTÃO DE DADOS
A cadeia de valor compreende o conjunto de atividades que uma empresa realiza para entregar produtos ou serviços com qualidade, eficiência e diferenciação. Dentro dessa lógica, os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) têm se destacado como instrumentos estratégicos capazes de integrar essas atividades, proporcionando maior controle, visibilidade e alinhamento entre os diversos elos que compõem a estrutura organizacional. Ao reunir dados e processos em uma plataforma única, o ERP permite que as operações internas estejam sincronizadas com as exigências externas, otimizando recursos e consolidando a posição competitiva da empresa no mercado.
A atuação do ERP na cadeia de valor vai muito além da simples automação. Ele viabiliza a troca de informações em tempo real entre setores como compras, produção, logística, vendas e atendimento pós-venda, o que reduz falhas de comunicação e acelera a tomada de decisões. Conforme apontado por Vieira e Terazzi (2024), essa integração é determinante para assegurar entregas pontuais, com qualidade e custos controlados — elementos que influenciam diretamente na competitividade empresarial. Além disso, a capacidade do ERP de gerar relatórios analíticos e dashboards permite que os gestores visualizem indicadores-chave de desempenho (KPIs), facilitando a identificação de tendências e a antecipação de problemas antes que se tornem críticos. Essa visibilidade aprimorada nas operações ajuda as empresas a manterem-se proativas, ajustando estratégias conforme necessário para atender às demandas do mercado.
Outro ponto de destaque é o suporte que o ERP oferece à reengenharia de processos. Por meio da coleta e análise de dados precisos sobre o desempenho das atividades, os gestores conseguem identificar gargalos, redesenhar fluxos operacionais e implementar melhorias contínuas. Angelo (2024) considera o ERP um agente facilitador da transformação digital, especialmente por sua capacidade de incorporar tecnologias emergentes como inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) à gestão da cadeia de valor. Através dessa integração tecnológica, as empresas não apenas otimizam seus processos, mas também exploram novas oportunidades de negócios, como a personalização de produtos e serviços, que se tornam possíveis pela análise de dados em larga escala. Essa transformação digital não apenas melhora a eficiência operacional, mas também permite a criação de experiências de cliente mais envolventes e personalizadas.
A colaboração entre os participantes da cadeia — fornecedores, distribuidores e parceiros — também é potencializada pelo ERP. A conectividade entre esses agentes permite uma gestão mais integrada e adaptável, essencial em contextos de alta volatilidade. Essa abordagem colaborativa fortalece a capacidade de resposta das empresas diante de mudanças rápidas no ambiente competitivo, tornando a flexibilidade um diferencial estratégico. Dessa forma, o ERP não apenas facilita a comunicação, mas também fomenta um ecossistema de inovação, onde as ideias e soluções podem ser compartilhadas e aprimoradas em conjunto. Essa sinergia entre os diferentes elos da cadeia de valor resulta em um ciclo de melhorias contínuas, onde cada parceiro contribui para a eficiência e a eficácia do processo como um todo.
Entretanto, a adoção do ERP na cadeia de valor exige mais do que tecnologia. É necessário planejamento estratégico, envolvimento da liderança e uma gestão cuidadosa das mudanças organizacionais. A resistência interna, a complexidade dos processos e os custos envolvidos são obstáculos que precisam ser enfrentados com visão sistêmica. Koch (2021) enfatiza que o êxito na implementação do ERP depende da articulação entre tecnologia, pessoas e processos, todos alinhados a uma cultura voltada para resultados. Portanto, o comprometimento de todos os níveis da organização, desde a alta gestão até os colaboradores, é fundamental para garantir uma transição suave e a plena utilização das capacidades oferecidas pelo sistema. Essa mudança cultural é crucial, pois a adoção do ERP bem-sucedida requer um entendimento coletivo de suas funcionalidades e benefícios.
Empresas que conseguem superar esses desafios e adotam o ERP de forma estruturada colhem benefícios expressivos. Entre os principais ganhos estão a redução de custos operacionais, o aumento da produtividade, a melhoria na qualidade dos produtos e o fortalecimento da capacidade de inovação. A centralização das informações permite uma gestão mais estratégica da cadeia de valor, conectando os objetivos internos às demandas do mercado de maneira eficaz. Além disso, a capacidade de escalar processos e adaptar-se rapidamente às mudanças nas condições de mercado torna as organizações mais resilientes, capazes de enfrentar crises e aproveitar oportunidades emergentes. Essa adaptabilidade é essencial em um ambiente de negócios onde a agilidade se torna um fator crítico para a sobrevivência.
O ERP, portanto, é mais do que uma ferramenta de gestão — é um elemento transformador na forma como as organizações estruturam e conduzem suas operações. Sua capacidade de integrar processos, estimular a colaboração e impulsionar a inovação redefine os padrões de competitividade. Ao investir em sistemas ERP, as empresas não apenas aprimoram sua eficiência, mas também constroem uma base sólida para crescimento sustentável e diferenciação no mercado. Isso posiciona as organizações para não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e desafiador. A longo prazo, a implementação eficaz do ERP pode resultar em uma vantagem competitiva significativa, assegurando que a empresa não apenas atenda, mas também antecipe as necessidades de seus clientes, consolidando sua posição de liderança no setor.
4. ERP E A DINÂMICA NA CADEIA DE VALOR
A cadeia de valor compreende o conjunto de atividades que uma empresa realiza para entregar produtos ou serviços com qualidade, eficiência e diferenciação. Dentro dessa lógica, os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) têm se destacado como instrumentos estratégicos capazes de integrar essas atividades, proporcionando maior controle, visibilidade e alinhamento entre os diversos elos que compõem a estrutura organizacional. Ao reunir dados e processos em uma plataforma única, o ERP permite que as operações internas estejam sincronizadas com as exigências externas, otimizando recursos e consolidando a posição competitiva da empresa no mercado.
A atuação do ERP na cadeia de valor vai muito além da simples automação. Ele viabiliza a troca de informações em tempo real entre setores como compras, produção, logística, vendas e atendimento pós-venda, o que reduz falhas de comunicação e acelera a tomada de decisões. Conforme apontado por Vieira e Terazzi (2024), essa integração é determinante para assegurar entregas pontuais, com qualidade e custos controlados — elementos que influenciam diretamente na competitividade empresarial. Além disso, a capacidade do ERP de gerar relatórios analíticos e dashboards permite que os gestores visualizem indicadores-chave de desempenho (KPIs), facilitando a identificação de tendências e a antecipação de problemas antes que se tornem críticos.
Outro ponto de destaque é o suporte que o ERP oferece à reengenharia de processos. Por meio da coleta e análise de dados precisos sobre o desempenho das atividades, os gestores conseguem identificar gargalos, redesenhar fluxos operacionais e implementar melhorias contínuas. Angelo (2024) considera o ERP um agente facilitador da transformação digital, especialmente por sua capacidade de incorporar tecnologias emergentes como inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) à gestão da cadeia de valor. Através dessa integração tecnológica, as empresas não apenas otimizam seus processos, mas também exploram novas oportunidades de negócios, como a personalização de produtos e serviços, que se tornam possíveis pela análise de dados em larga escala.
A colaboração entre os participantes da cadeia — fornecedores, distribuidores e parceiros — também é potencializada pelo ERP. A conectividade entre esses agentes permite uma gestão mais integrada e adaptável, essencial em contextos de alta volatilidade. Essa abordagem colaborativa fortalece a capacidade de resposta das empresas diante de mudanças rápidas no ambiente competitivo, tornando a flexibilidade um diferencial estratégico. Dessa forma, o ERP não apenas facilita a comunicação, mas também fomenta um ecossistema de inovação, onde as ideias e soluções podem ser compartilhadas e aprimoradas em conjunto.
Entretanto, a adoção do ERP na cadeia de valor exige mais do que tecnologia. É necessário planejamento estratégico, envolvimento da liderança e uma gestão cuidadosa das mudanças organizacionais. A resistência interna, a complexidade dos processos e os custos envolvidos são obstáculos que precisam ser enfrentados com visão sistêmica. Koch (2021) enfatiza que o êxito na implementação do ERP depende da articulação entre tecnologia, pessoas e processos, todos alinhados a uma cultura voltada para resultados. Portanto, o comprometimento de todos os níveis da organização, desde a alta gestão até os colaboradores, é fundamental para garantir uma transição suave e a plena utilização das capacidades oferecidas pelo sistema.
Empresas que conseguem superar esses desafios e adotam o ERP de forma estruturada colhem benefícios expressivos. Entre os principais ganhos estão a redução de custos operacionais, o aumento da produtividade, a melhoria na qualidade dos produtos e o fortalecimento da capacidade de inovação. A centralização das informações permite uma gestão mais estratégica da cadeia de valor, conectando os objetivos internos às demandas do mercado de maneira eficaz. Além disso, a capacidade de escalar processos e adaptar-se rapidamente às mudanças nas condições de mercado torna as organizações mais resilientes, capazes de enfrentar crises e aproveitar oportunidades emergentes.
O ERP, portanto, é mais do que uma ferramenta de gestão — é um elemento transformador na forma como as organizações estruturam e conduzem suas operações. Sua capacidade de integrar processos, estimular a colaboração e impulsionar a inovação redefine os padrões de competitividade. Ao investir em sistemas ERP, as empresas não apenas aprimoram sua eficiência, mas também constroem uma base sólida para crescimento sustentável e diferenciação no mercado. Isso posiciona as organizações para não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e desafiador.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise desenvolvida ao longo deste trabalho evidenciou que os sistemas ERP desempenham um papel central na transformação da gestão empresarial, especialmente quando integrados a ferramentas de Business Intelligence. A capacidade de consolidar dados, automatizar processos e oferecer suporte à tomada de decisão estratégica posiciona o ERP como um elemento-chave na construção de vantagem competitiva. Além de promover eficiência operacional, esses sistemas fortalecem a governança da informação e ampliam a capacidade analítica das organizações. A integração com a cadeia de valor, por sua vez, revela o potencial do ERP em conectar diferentes atores do ecossistema empresarial, promovendo colaboração, rastreabilidade e inovação. Com isso, as empresas não apenas otimizam seus recursos internos, mas também se tornam mais preparadas para responder às exigências do mercado de forma ágil e inteligente.
Diante dos resultados obtidos, torna-se evidente que o ERP não deve ser visto apenas como uma solução tecnológica, mas como uma plataforma estratégica que exige planejamento, capacitação e alinhamento com os objetivos organizacionais. Para aprofundar o entendimento sobre o tema, recomenda-se a realização de estudos empíricos que avaliem o impacto da integração entre ERP e BI em diferentes setores econômicos, bem como pesquisas que explorem a maturidade analítica das empresas e os fatores críticos de sucesso na implementação desses sistemas. Investigações futuras também podem abordar a relação entre ERP e tecnologias emergentes, como inteligência artificial e machine learning, ampliando o debate sobre o papel da automação inteligente na evolução da análise de negócios.
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1 Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário IESB de Brasília DF. Especialista em Neuropsicologia Cognitivo Comportamental pelo Centro Universitário Amparense. Psicopedagoga Clinica Institucional Faculdade Santo Agostinho MG. Especialista em Analista do Comportamento FTP-Palmas. Mestranda em Gestão da Saúde pela Must University. E-mail: [email protected]