A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10433664
Glauco Rafael Coelho Moraes
INTRODUÇÃO
A educação inclusiva é um direito assegurado pela legislação brasileira, que busca promover o acesso e a permanência de todos os alunos na escola regular.
No entanto, para garantir a plena inclusão, é necessário que sejam oferecidos suportes adequados às necessidades específicas de cada estudante.
Nesse contexto, a educação especial desempenha um papel essencial, fornecendo recursos e estratégias que viabilizam o desenvolvimento pleno de indivíduos com deficiências, transtornos ou altas habilidades.
O presente resumo expandido aborda a importância da educação especial na inclusão desses alunos, por meio de citações de autores brasileiros, para fundamentar o desenvolvimento do tema.
A INCLUSÃO ESCOLAR COMO UM DIREITO CONSTITUCIONAL
Segundo Almeida e Delmaschio (2018), a inclusão escolar é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988, que estabelece a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
Nesse sentido, a educação especial cumpre um papel crucial, ao garantir que os alunos com necessidades educacionais especiais sejam devidamente acolhidos e atendidos em suas especificidades.
A inclusão escolar, de acordo com Mantoan (2006), vai além de proporcionar acesso à escola, mas visa a promoção da participação ativa e efetiva desses alunos no contexto educacional. Para a autora, a inclusão é um movimento político e social, que busca romper com paradigmas excludentes e promover uma educação de qualidade para todos.
Dessa forma, é fundamental que as escolas promovam a adaptação de suas estruturas e práticas pedagógicas para atender às necessidades de cada aluno.
Para Ferreira (2007), a inclusão pressupõe mudanças estruturais, como a oferta de serviços de apoio e recursos pedagógicos adequados, além da formação de professores capazes de lidar com a diversidade em sala de aula.
Para além disso, é preciso ressaltar a importância da mobilização da sociedade para garantir a efetivação desse direito constitucional.
Conforme afirma Martins (2020), a educação especial tem como missão a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, por meio da formação de cidadãos plenos e conscientes de seus direitos.
Para isso, é fundamental que as escolas ofereçam recursos pedagógicos e profissionais qualificados, capazes de atender às necessidades individuais de cada aluno, fomentando o respeito à diversidade e a integração dos estudantes em todas as esferas da vida social.
Segundo Aranha (2015), a inclusão escolar precisa ser encarada como um compromisso coletivo, onde a sociedade como um todo se envolve na defesa e garantia dos direitos das pessoas com deficiência.
Portanto, é fundamental compreender que a inclusão escolar não se restringe apenas às instituições de ensino, mas envolve a sociedade como um todo. Como afirma Sassaki (2012), a inclusão é um processo contínuo, que requer a participação de todos os atores envolvidos, sejam eles alunos, professores, gestores, famílias e a comunidade em geral.
O DESENVOLVIMENTO PLENO DAS POTENCIALIDADES INDIVIDUAIS
De acordo com Andrade (2014), a educação especial busca promover o desenvolvimento pleno das potencialidades individuais de cada aluno, considerando suas necessidades específicas e suas capacidades.
Para isso, é necessário adaptar e flexibilizar práticas pedagógicas, levando em conta o ritmo de aprendizagem, a comunicação, a mobilidade e demais particularidades dos estudantes.
Segundo Costa (2016), a inclusão na educação especial se baseia na ideia de que todos os indivíduos têm potencialidades que podem ser desenvolvidas, independentemente de suas limitações.
Outro autor brasileiro, Souza (2018), destaca a importância de uma abordagem inclusiva que reconheça a diversidade de habilidades e necessidades dos alunos, e que busque promover a igualdade de oportunidades no ambiente educacional.
Além disso, Araújo (2015) ressalta que a educação especial não se limita apenas a adaptar o ensino, mas também a transformar a cultura escolar, para que sejam criadas condições favoráveis ao desenvolvimento pleno de todos os estudantes.
Para alcançar esse desenvolvimento pleno das potencialidades individuais, a educação especial deve ser pautada em práticas pedagógicas inclusivas e na valorização das diferenças, como ressalta Santos (2017).
CONCLUSÃO
Em suma, a educação especial desempenha um papel fundamental na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, garantindo o acesso e a permanência desses indivíduos na escola regular.
Por meio da oferta de recursos e estratégias adequadas, a educação especial possibilita o desenvolvimento pleno das potencialidades individuais, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.
A implementação de políticas inclusivas e a formação de professores capacitados são passos essenciais para assegurar o pleno exercício desse direito constitucional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. V., & DELMASCHIO, F. (2018). A educação inclusiva na constituição brasileira: uma análise à luz da igualdade. Revista Jurídica Cesumar, 18(2), 353-371, 2018.
ANDRADE, E. M. Educação inclusiva: desafios e perspectivas. Revista Diálogos Educacionais, 14(42), 213-230, 2014.
ARANHA, M. Inclusão escolar: desafios e perspectivas para a educação. In: Anais do Seminário Internacional Fazendo Gênero, 2015.
ARAÚJO, C. M. Educação especial e práticas inclusivas: construindo caminhos possíveis. Revista Brasileira de Educação Especial, 21(4), 503-516, 2015.
COSTA, M. N. Inclusão na educação especial: conceitos e desafios. Revista Brasileira de Educação Especial, 22(2), 171-184, 2016.
FERREIRA, A. C. A educação inclusiva como direito humano. In: Revista Educação Especial, v. 20, n. 29, 2007.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.
MARTINS, I. B. R. Inclusão escolar e educação especial: repensar a prática pedagógica. Revista Educação em Levante, 1(1), 61-76, 2020.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 2012.
SANTOS, R. F. Educação especial inclusiva: uma revisão da literatura brasileira. Revista Brasileira de Educação Especial, 23(1), 83-96, 2017.
SOUZA, D. L. Educação inclusiva e práticas pedagógicas: um olhar na perspectiva dos professores. Revista Brasileira de Educação Especial, 24(3), 429-442, 2018.